Conto Erótico - O Protetor - Capítulos 12 e 13
O PROTETOR
CAPÍTULO 12
“Na dúvida é melhor se entregar...”
STEPHANIE
Hunter não entende o quanto posso ser persuasiva. Farei questão que ele conheça, visto que ficaremos muito tempo lado a lado.
É claro que ele odiaria estar perto de mulheres que irão falar incessantemente sobre personagens de um livro. Sei disso.
Na arte da provocação eu também sou boa, e tenho meios para irritá-lo ou persuadi-lo. Hunter não me conhece bem, só que estou disposta a mostrar a ele que a princesa aqui pode entrar em seu jogo...
Até mesmo ganhá-lo!
Minhas amigas começaram a chegar e logo foram em direção ao quintal da minha casa, ansiosas para que começássemos a discussão do livro.
Hunter chamou bastante atenção, como sempre, mas somente Luiza e Evelyn se dirigiram a ele, uma vez que as duas pensam que possuem certa intimidade.
Não, isso não são ciúmes da minha parte, que fique claro!
Esperei mais alguns minutos, e contando comigo, haviam dez meninas no total. Resolvemos começar a nossa pequena resenha...
— Obrigada por virem, meninas. Como sabem, fiquei duas semanas sem comparecer às reuniões, mas voltarei a participar ativamente das nossas conversas, pois amo ouvir a opinião de vocês sobre os personagens que amamos.
Algumas bateram palmas e logo olhei para o lado, captando o olhar descrente de Hunter, que logo balançou a cabeça e cruzou os braços.
— Quem quer começar?
Uma chuva de mãos levantadas veio à tona, e eu tinha absoluta certeza de que nossa discussão iria render por um longo tempo...
HUNTER
Qual sua opinião sobre o livro, Mandy? — Stephanie perguntou para uma das desesperadas que levantou a mão.
Percebem a situação em que me meti? Serão várias mulheres endeusando os personagens em questão, e eu preciso ouvir tudo. O pior é que sei que não irei concordar com inúmeras coisas, mas seria minha ruína debater com dez mulheres. O problema é quando olho para Stephanie...
Ela sabe que não estou à vontade, e de instante em instante me lança um sorrisinho debochado.
— Um dos melhores que li. Quem não gosta de um ogro que se transforma?
As mulheres fizeram coro e eu tive que fechar meus olhos momentaneamente.
Stephanie me paga...
— Acho que as mulheres conseguem extrair o melhor de um homem. E a paixão acaba nos envolvendo, e torcemos para que o amor os transforme — a tal da Mandy continuou.
— Nós, mulheres, gostamos dos quebrados! — uma menina de cabelos ruivos disse.
Joguei isso na cara da princesa, e concordo com a senhorita!
— O que faz nós, mulheres, devorarmos um livro de romance? — Stephanie questionou e logo fitou meu rosto.
É sério, princesa?! Só porque falei a verdade sobre gostarem de romance está me torturando assim?!
— Imaginar as cenas!
— Entender o estado de espírito dos personagens!
— Interagir com o ambiente e poder viajar sem sair de casa!
— Observar o amor nascendo da forma mais pura!
Ai. Meu. Saco.
Pelo jeito meu dia vai ser longo, e vou ouvi-las falando absurdos constantemente. Stephanie fará questão de instigar todo mundo, e isso será o meu castigo.
— Vamos começar a listinha de perguntas. O que acharam da mudança do Tristan?
Ainda estou aqui, e as mulheres não paravam de falar coisas aleatórias a respeito do livro. Até começou de forma organizada, só que agora houve alguns conflitos e opiniões divergentes.
Não preciso nem dizer o quanto está um porre ouvi-las. Principalmente pela minha visão, dado que li o livro duas vezes. Não me julguem, é de praxe eu ler em dois momentos distintos as obras que escolho iniciar a leitura.
Não sei de onde veio essa “mania”, mas exatamente todos os livros que li, em algum momento da minha vida eu os reli. Acho que para fixar o assunto, não sei. Até mesmo as biografias, o que a maioria das pessoas odeia, fiz tal coisa, e não me arrependo.
— No fundo todos os homens são babacas! — uma delas vociferou contra a outra, que defendia a “santidade” dos homens em geral.
Inferno, estou sendo obrigado a prestar atenção no que elas falam!
— Não generalize! — retrucou. — Há personagens que começam um amor de pessoa e terminam assim!
— Exceções! — uma amiga tentou ajudar a argumentação da loira...
Porra, eu podia estar transando, ouvindo músicas, até lendo novamente o livro que estaria em uma situação melhor.
— Não concordo! Acho que deveria ler os romances de uma forma diferente!
Pesado...
— E eu acho que cada uma lê do jeito que achar melhor!
Agora preciso de uma pipoca.
No fundo achei que seria uma discussão sadia, e até foi no começo, só que agora as mulheres se atravessavam com frequência, e o choque de opiniões está cada vez mais intenso. Não sei se era de praxe, mas os nervos começaram a ficar à flor da pele.
Estou começando a gostar disso...
— Ei... — Uma das mulheres olhou em minha direção.
— Pois não?
— Você é o chefe de segurança da Steph. Hunter, não é?
Pelo jeito a princesa fez questão de contar para a cidade toda quem sou e o que faço.
— Sim.
Todas as mulheres me olharam do nada. Por que essa pergunta?
— Qual o seu ponto de vista sobre o que estamos falando?
— Não sei, romance não é a minha praia. — Me fingi de desentendido, mas sabia bem o que Stephanie aprontou.
— Steph disse para nós que já tinha lido a obra anteriormente, e que fez boas considerações sobre o livro, além disso, falou que você o leu cinco vezes.
Mas que mentirosa filha de uma...
— Ela está equivocada. — Fuzilei Stephanie com meus olhos, mas ela devolveu com um sorriso cínico nos lábios.
— Hunter é tímido. Falou que não queria atrapalhar nosso debate, mas que fazia questão de ouvir nossa opinião.
— Ah, mas adoraríamos saber as considerações dele.
— Eu também queria ouvir uma opinião masculina — outra mulher fez coro.
— Iria ser lindo um homem comentando um dos melhores livros que já li.
A tagarelice começou, e as mulheres começaram a atropelar umas às outras querendo ouvir a minha voz.
Nada é tão ruim que não possa piorar...
STEPHANIE
Hunter não está à vontade.
Guardei o melhor para o fim, e disse para minhas amigas que o livro discutido é um dos preferidos de Hunter, mas as fiz prometerem questioná-lo somente no fim.
Conhecendo-o bem, se algo assim acontecesse no começo não duvido nada que ele daria um jeito de se safar.
— Prefiro ouvi-las falando. Gostei da forma com que estão analisando a história.
Falso!
Na verdade Hunter estava se esquivando, mas primeiramente tentou ser educado. Pelo visto é só comigo que o homem é um cavalo, já que nunca tratou mal uma amiga sequer minha.
— O que você acha sobre os livros de romance em geral? — Uma das meninas ignorou a resposta dele.
E agora, o que fará, Hunter?
— Eu consigo ler. Gosto de ler sobre tudo. Independentemente do gênero. — Suspirou, parecendo se dar por vencido.
E o ogro deu abertura. Interessante...
— Agora fale a verdade pra gente: você leu ou não o livro que estamos debatendo?
Hunter abriu a boca para falar algo, mas em seguida refutou.
— Sim. Eu li.
— E o que achou da história? — Luiza perguntou.
Pelo jeito ele não terá escapatória...
— É uma boa história. Me parece natural em comparação com outros livros. Nunca saberemos o que a dor da perda fará em nossa cabeça, e cada um irá lidar de um jeito diferente. As pessoas em geral remoem sentimentos tristes e se isolam. Quando ele teve essa opção, acabou não titubeando. Há química entre Tristan e Elizabeth, e o livro tem uma boa trama. É isso.
Caramba!
O homem me surpreende praticamente toda hora.
Nem preciso mencionar o quanto as meninas ficaram eufóricas e surpresas após Hunter finalmente abrir a boca e falar algo sobre a obra. Se havia alguma dúvida de que ele a leu por parte delas, agora tenho absoluta certeza de que foi sanada. Tenho um segurança bruto e grosso, mas ainda assim muito culto e inteligente, pois lê inúmeros gêneros de livros.
— Qual sua parte favorita do livro?
— Não tenho.
— Ah, deve ter uma frase, sei lá.
As meninas começaram a conversar entre si, e Hunter somente me analisou como se fosse me matar. É raro vê-lo sem seus óculos escuros, e agora sei exatamente o quão incomodado ele está.
— “Todo mundo merece ter pelo menos um amigo em que possa confiar seus medos e segredos”.
Eu. Fiquei. Chocada!
Como Hunter gravou essa frase?
— Aiiii, que amor!
— Meu deus, ele decorou!
— Seja o meu namorado!
— Me dê um beijo agora!
Vários elogios para Hunter do nada me pegaram desprevenida, mas ele não mudou sua face momento algum.
— Não esperem um homem assim na vida real, é o meu conselho. Se contentem com os normais. Se não conseguirem, sugiro que leiam esse tipo de romance, que sabidamente terá um final feliz.
HUNTER
O showzinho acabou. Digo, o debate.
Dei graças a Deus por isso, me senti extremamente torturado de certa forma. Teve até uma das mulheres dizendo que eu parecia o personagem do livro.
Relevei. Elas devem estar carentes.
Sim, é isso.
Depois que todas foram embora, Stephanie chegou bem do meu lado sorrindo feito uma criança. A princesa é bipolar, parece me amar e odiar ao mesmo tempo.
— Estou bastante orgulhosa de você, da sua interação com as meninas. Ganhou alguns pontos comigo.
— Não preciso de pontos. Meu serviço não me exige isso — vociferei.
— Isso não adianta. — Piscou. — Ser grosso comigo não vai apagar o bem que fez a elas. No fundo eu sei que gosta de agradar as pessoas.
— Já disse que prefiro você calada?
— E eu já te falei que gostei de você comentar sobre a obra que falávamos?
Sorri da forma mais debochada que consegui.
A princesa está conseguindo mesmo mexer com o meu psicológico e me provocar, algo que eu duvidava. Pelo jeito esse pequeno ser é mais esperto do que pensei, tenho que confessar. Não vou falar para ela, lógico, mas Stephanie está conseguindo aos poucos ter o meu respeito para algumas coisas.
— Como achar melhor, princesa. Só acho que devia tomar mais cuidado com algo.
— O quê? — Se interessou.
— Espalhar pra todo mundo que sou seu segurança. Isso não é bom.
— Qual o problema?
Inteligência não é o forte dela.
— Você me testa. — Franzi o cenho. — Concorda comigo que quanto menos pessoas souberem, melhor?
— Não. Você é um armário que fica praticamente colado a mim todo o tempo, seja em minha casa ou fora dela, então, na minha cabeça nem é necessário falar isso, já que faz questão de mostrar que não irá sair do meu lado. Mais algum questionamento?
Atrevida.
— É só isso.
— Então estamos resolvidos. Irei tomar um banho bem demorado. Por favor, não invada meu quarto.
No instante em que ela terminou a frase ficou sem graça.
Pela maneira que falou pareceu um convite, até mesmo ela me olhou de outra forma, envergonhada...
STEPHANIE
A noite caiu e Hunter não veio ao meu quarto quando mencionei o banho.
Não entendo minha cabeça, e desejei que ele viesse, mesmo falando daquela maneira. Não sei o que esse segurança grosso está fazendo comigo, o porquê mexe tanto com a minha imaginação.
O silêncio que preenchia o ambiente logo se esvaiu, uma vez que ele estava fazendo no quarto ao lado uma das coisas que ele consegue melhor: fazer mulheres gemerem e gritarem. Eu realmente não entendo...
Sentei-me na cama e bateu aquela dúvida: ignorar o fato que estou tentada a observá-lo ou dar um jeito de dormir?
Há ainda o agravante que ele sabe bem o que faço, pois fez questão de literalmente jogar isso na minha cara quando invadiu meu quarto.
Pense um pouco, Stephanie!
Use a cabeça e faça algo por você sem se importar com as consequências. Assim o fiz...
E de novo estava eu lá, à espreita, observando tudo o que Hunter fazia com àquelas mulheres que frequentavam o seu quarto.
O que está acontecendo comigo, afinal?
Certa frustração tomou conta de mim, já que Hunter não me deu o pacote completo, e sim um aperitivo.
Continuar observando tal cena só me inflamou mais um pouco, e não sabia o que fazer ou como me portar, estava com medo de ser descoberta, contudo precisava ficar aqui.
Conforme o sexo se intensificou, procurei minha parte sensível, e quando dei por mim estava me imaginando na cena enquanto me tocava e gemia baixinho.
Não sei por quanto tempo fiz tal ato, mas em certo momento fechei meus olhos e por causa de um pequeno deslize acabei forçando a porta e a abrindo, caindo praticamente de cara no chão. Ao levantar meus olhos vi uma mulher me fitando, e depois...
— Ahhh, um ladrão!
Meu susto foi tão grande que me levantei rapidamente e rumei para fora daquele cômodo. Nem mesmo reparei se Hunter havia me visto.
Continuei a andar a passos largos e entrei em meu quarto, fechando minha porta.
Estava ofegante, e uma pequena adrenalina correu por minhas veias. Ainda assim, não me arrependo de tal ato.
Por cinco minutos fiquei sentada na minha cama, foi o tempo de ouvir uma porta distante fechando com força. Quando enfim deitei-me, minha porta foi aberta bruscamente, presenciando Hunter na mesma com cara de poucos amigos, extremamente irritado.
— Você atrapalhou a minha foda, agora você irá pagar!
CAPÍTULO 13
“O momento que tanto esperamos é rodeado de inúmeros questionamentos. Qual o seu?”
HUNTER
Dane-se a porra do autocontrole!
Eu parecia estar cego, uma vez que ao entrar e fechar a porta do quarto de Stephanie eu não parecia a pessoa centrada que sou normalmente.
Pude contemplar os olhinhos da princesa brilhando. Ela não quer que eu vá embora. Nunca estive tão certo disso.
— Você será minha, princesa. Agora!
Fui em direção à sua cama, e ela só me olhava com os olhos arregalados, ainda surpresa por eu estar aqui.
— Faça comigo... o que estava fazendo com aquela mulher, do contrário pode ir embora do meu quarto agora.
Ousada!
Analisei Stephanie por alguns segundos, e não vi dúvida alguma em seu rostinho. Ela arcará com as consequências dessa noite...
Sentei-me na cama e logo tomei sua boca lascivamente. Stephanie correspondeu rapidamente e botou minhas costas contra a cama, vindo contra o meu corpo.
— Eu... quero tudo — sibilou, coladinha em meu ouvido.
— Acho que não me aguentaria, princesa. Não iria só foder com o seu corpo, foderia também com o seu psicológico. É inútil tentar entender.
— Mas eu preciso!
Retirou no mesmo instante sua roupa, não me deixando ao menos tocá-la. Ao vê-la nua, meu pau começou a latejar, tomando vida própria.
É a segunda vez que posso presenciar seu corpo nu em minha frente, e digo com absoluta certeza que não me cansaria de vê-la sem roupa. Stephanie está enlouquecendo minha cabeça...
— Vou te provar do que sou capaz, Hunter. — Mordeu uma parte dos meus lábios e logo passou a língua pelo meu tórax, chegando pertinho da minha barriga.
Como estava somente com um calção, a pequena não teve dificuldade alguma para retirá-lo. Depois disso, me olhou nos olhos, e aquela visão...
Ela tem um jeitinho de menina, mas seu rostinho parecia ter se transformado. Notei que ela sabia o que desejava, bem como seria o desfecho da noite.
Rapidamente Stephanie retirou minha boxer, liberando meu pau, que estava duro, pronto para ela.
Sua boquinha fez menção de ir para mais perto, contudo por alguns instantes ela somente o analisou, nem mesmo o tocando.
— Pelo visto alguém quer me chupar — provoquei.
— Não vou pedir para te chupar, eu simplesmente vou te chupar, Hunter! — tais palavras foram o estopim para eu forçar sua cabeça em meu pau, e ao contato de sua língua com minha glande pude enfim sentir aquela boca gostosa trabalhando no meu pau.
Boa menina!
Ela não estava para brincadeira, e começou a todo vapor, sugando meu pau intensamente, massageando minhas bolas e olhando diretamente em meu rosto.
Não tinha como me fazer de indiferente, e por certos momentos fechei meus olhos, entregue ao prazer que essa menina me proporcionava.
— Mas essa boquinha...
Stephanie me olhou da forma mais safada possível e continuou a chupar meu pau. Por certos momentos ela passava a língua em minha glande e me observava, me provocando mais um pouco.
— Hunter... o que acha dos meus seios?
Por um momento me confundiu, principalmente pela voz macia e pergunta um tanto aleatória.
— Pequenos e redondos. Do jeito que gosto.
— Hmm. Tenho um presente...
Se encurvou, e logo colocou o vão dos mesmos em meu pênis, começando a...
Que safada!
A pequena começou a fazer uma espanhola, e quando sentia a pele dos seios dela tocando meu pau tive a enorme certeza de que eu estava fodido. Essa pequena está me deixando maluco, e não previ que isso poderia acontecer, já que eu faço isso com as mulheres. Ela não podia ver meu descontrole...
Cessei seus movimentos e logo virei o seu corpo, a colocando de quatro. Até mesmo a camisinha havia esquecido.
— Segunda gaveta. Por favor, coloque logo e entre em mim — falou como se adivinhasse os meus pensamentos.
Não levei muito tempo e envolvi o preservativo em meu pau. Rocei ele em sua entrada, e Stephanie gemeu baixinho.
Como eu gosto de ouvi-la gemendo assim...
— Não pense que será algo calmo. — Dei um belo tapa em sua bunda e ela gritou baixinho. — Quem irá chamar meu nome dessa vez será você. Aproveite o momento...
Comecei a estocá-la ferozmente, fazendo com que Stephanie desse gritinhos estridentes. Tapei sua boca por alguns segundos, até que ela se acostumasse com a largura do meu pau em seu interior.
Os movimentos continuaram e lentamente retirei uma de minhas mãos de sua boca, a colocando em seus cabelos, os puxando.
Stephanie empinava seu rabo e aquela visão me deixava maluco. Toda rosadinha, apertada, quente, molhadinha...
Se controle, Hunter!
A girei na cama, e fui por cima da pequena. Um instinto selvagem se apossou de mim e lambi e chupei seus mamilos, mordiscando levemente suas aréolas.
A respiração dela estava alterada, e agora percebo que seus olhos não estão abertos.
Comecei a meter em sua boceta, e tomei sua boca. Descontrolado.
Sim, eu me encontrava assim, e o que essa pequena está fazendo comigo não é normal. Afastei meu corpo e continuei a meter olhando em suas íris enquanto corria com a minha mão pelo seu corpo.
— Hunter, me beije, me use como bem entender.
Não foi preciso dizer duas vezes, e quando nossas bocas se tocaram suas mãos deslizaram por minhas costas, fazendo com que ela cravasse suas unhas em mim, gemendo e gritando por meu nome.
— Ahh. Mais rápido, mais...
Obedeci e comecei a estocar violentamente a boceta dela.
— Assim...
Senti que ela teve alguns espasmos, e Stephanie começou a tremer enquanto estava agarrada a mim. Seu rosto ruborizou, e não preciso dizer nada...
— É gostoso ter um orgasmo tão intenso... — Sorriu graciosamente.
— Você está me deixando fodido, garota.
Peguei Stephanie no colo e a coloquei por cima de mim na cama. Estava chegando ao meu limite, está sendo uma surpresa que essa mulher me proporcionaria uma foda tão gostosa. Bendita hora que ela abriu a porta daquele quarto...
Enquanto a penetrava, continuei a chupar seus mamilos, que já estavam enrijecidos neste momento. O sabor de sua pele me deixava em frenesi.
— Você gosta...
— Do quê...?
A pequena começou a pular em cima de mim, gemer, gritar, implorar por mais...
— Me coma gostoso, Hunter. O que está esperando?
Me provocar não era o certo, mas ainda assim ela o fez...
A minha sanidade foi corrompida e logo peguei a pequena no colo e forcei-a contra a parede, metendo fundo e gostoso em sua boceta.
— Isso, Hunter. É disso que preciso...
Porra!
Não queria falar, precisava ouvi-la gemendo e clamando por mim.
Os vários minutos que se seguiram foram intensos, e quando notei Stephanie tendo outro orgasmo, vi que o meu dever havia sido cumprido.
— Tire essa camisinha! Agora!
Ela parecia estar possuída, a mulher realmente estava concentrada em seus atos. Não pensei que ela seria assim na cama...
Essas falsas quietinhas...
Stephanie começou a engolir meu pau e o sexo oral que ela fazia era maravilhoso. A boca dela me levava ao céu e ao inferno. Simultaneamente.
— Princesa... — Me contorci.
— Vou beber tudinho, Hunter.
O inevitável aconteceu e gozei em sua boca. Como uma boa menina ela engoliu tudo, me olhando com satisfação...
Foi difícil pregar o olho na noite que passei com Stephanie.
Não sabia que seria tão intenso, mas é bom estar errado em alguns momentos.
Apesar de tudo, preciso me concentrar no que é importante, e agora tenho que resolver uma situação delicada...
Pensei muito na decisão que havia tomado em relação ao meu amigo.
Quero Romeo por perto, além disso, preciso ter certeza da sua melhora após tudo que aconteceu nos últimos anos. Independentemente disso, não posso arriscar de ele ficar diretamente ligado à Stephanie, pois sou metódico em certos pontos. Mesmo assim, o trabalho que ele fará será ideal para o que necessito, já que desconfio de uma coisa que pode ter passado despercebido de todos.
Ele foi pontual e estava onde marcamos, um dos muitos locais isolados da cidade. Ainda há pessoas que o procuram, uma em especial me deixa preocupado.
— Hunter. Aconteceu algo?
— Precisamos conversar. Sério.
— Claro.
Encarei seus olhos, e Romeo ainda não conseguia me encarar diretamente por muito tempo. Sei que ele não está totalmente recuperado, mas também tenho certeza de que isso requer tempo. Vou ajudá-lo como puder, principalmente deixando ele fazer algo que ama.
— Preciso de você. Quero saber se sua percepção está intacta.
— Você... vai realmente me deixar voltar? — Se animou, e seus olhos brilharam instantaneamente.
— Esse é o seu teste de fogo. Serei eu quem vai acompanhar sua evolução agora, e por isso seu trabalho começará um pouco mais leve. Se concordar, você fará parte da minha equipe.
— Cara... eu faço o que quiser. Vou te provar que estou bem.
— Você sabe que há pessoas que te procuram, e não posso deixá-lo perto da pessoa que protejo.
— Sim. — Assentiu.
— Você fará o trabalho de campo, algo que faz com maestria. Precisarei que ronde o bairro onde estamos localizados, e que fique de olho em um lugar específico também.
— O que há com esse lugar?
— É só uma percepção. E acho que entende bem quando tenho esse tipo de feeling sobre algo.
— Geralmente é o que pensa — complementou.
— Espero que não dessa vez — pontuei. — Preciso que...
Expliquei tudo para Romeo. Passei informações importantes e valiosas ao meu amigo, e espero que ele consiga obter as respostas.
Romeo não conseguiu mascarar a felicidade em voltar a trabalhar com o que ama.
Acredito muito em seu potencial, e não somente em relação ao trabalho. Conheço muito bem o amigo que possuo, e sei que como pessoa ele é um homem exemplar e leal.
Ao chegar à casa de Stephanie a reparei de um jeito que não é habitual a mim.
Não me perguntem o motivo, mas me dei tal liberdade. A princesa não estabelecia contato visual comigo, e na minha opinião havia grande receio em sua face. Acho que tenho parcela nisso.
— Vergonha de mim? — interrompi o silêncio do momento.
— Não. Por que estaria? — retrucou rapidamente tirando os olhos do seu celular.
— Pelo que aconteceu ontem.
Stephanie não abriu a boca, somente voltou suas atenções ao celular novamente. Pelo visto ela não quer falar sobre o assunto.
— As pessoas transam. É isso — falei.
Praticamente encerrei a conversa, mas ouvi sua voz baixinha.
— Não é isso. Estou pensativa sobre outra coisa.
Semicerrei meus olhos, tentando entender sobre o que ela falava.
— Stephanie...
— Posso te pedir um favor? — Levantou seus olhos, me observando profundamente após me interromper.
Se há uma frase perigosa em relação à Stephanie, é a que mencionou agora.
— Depende. Se for a respeito...
— Conte mais! — Me interrompeu, levantando-se e chegando mais perto do meu corpo. — Eu preciso saber.
— Sobre o que está falando?
Eu não entendi o ponto ainda.
Há certos instantes em que ela está diferente do normal, e isso me deixa curioso. Dependendo do seu pedido, eu posso abrir uma exceção.
— Suas histórias. Perigos. Medos. Eu... quero saber algo do tipo que me contou quando protegeu seu cliente. Às vezes até me coloco no lugar, imagino a cena... — Me olhou de forma sucinta, atenta. — É bobeira pensar assim?
Não nego, fiquei surpreso com a sua curiosidade em relação a isso. Ainda mais conhecendo um pouco sobre ela.
— Por que isso agora?
Stephanie desviou seus olhos e fitou o chão momentaneamente, passando uma de suas mãos na cabeça logo em seguida.
O que diabos está havendo com essa mulher?
— É que às vezes penso que... eu preciso experimentar a adrenalina que sentiu, Hunter. Isso vem de algum tempo.
Ah, pronto...
— Não, princesa. Você não quer, vai por mim. — Tentei encerrar a conversa aqui mesmo, mas ela logo veio e segurou minha mão direita.
— Você não me conhece. Preciso me sentir... viva.
— E quer passar por um momento que pode perder sua própria vida? — Arqueei as sobrancelhas.
— Não sei, eu... acho que não assim, mas algo que me faça sentir... ligada de alguma forma.
A frase que ela disse é muito forte, não é bom temer pela própria vida, e ainda há o agravante de nunca sabermos o que faremos em uma situação delicada. Eu sou treinado para tal, mas Stephanie não sabe nada sobre isso, e quero que continue assim, pois se ela passar por uma situação dessas comigo por perto o errado serei eu.
— Acredite em mim quando digo que não quer sentir seu coração batendo forte, não sabendo o que virá em seguida.
— Hunter, sei que não entende, eu só... penso essas coisas de vez em quando.
— Muito pelo contrário, eu entendo perfeitamente, e te digo mais: nem eu sou indiferente quanto a isso. Esse tipo de adrenalina não é para você, procure outra coisa para se entreter, não fantasie com as minhas histórias. Ficar imaginando algumas é difícil até mesmo para mim.
— Então me conte! Qualquer coisa!
— Desde quando gosta de conversar comigo? — Mudei meu rosto, tentando enxergar a verdade em suas palavras.
— A partir do momento que percebi que é um homem interessante.
Acho que nem mesmo ela previu que falaria algo assim, com tanto afinco.
Essa mulher é estranha. Será que isso tudo é por causa da nossa foda? Se for, é melhor cortar as asinhas dela, não transo com uma mulher mais de duas vezes...
— Posso ter me expressado errado — continuou. — É que você tem boas histórias, e elas me instigam. É isso. Nada mais, nada menos.
Cravei meus olhos na pequena, e pude sentir desconforto após sua frase anterior, mas não iria retrucar. Se ela quer saber de certos assuntos, irei falar um pouco.
— Erros, Stephanie. Já cometi vários erros em minha vida pessoal. Basicamente me tornar uma pessoa melhor foi o estopim para iniciar essa atividade. Claro que houve algo que desencadeou isso, pois eu não sabia que possuía um instinto protetor.
— E o que aconteceu?
— Vou te contar o motivo de ter me tornado segurança particular.
Não sou de compartilhar algumas experiências, principalmente com pessoas que não conheço muito bem, como é o caso de Stephanie, só que de algum modo tenho certa confiança nela, e ainda não sei o porquê. No meu ponto de vista ela esconde alguns sentimentos, tal como eu. Somos bons nisso.
— Não sei bem o porquê, mas espero algo bem diferente e extravagante — sibilou, sorrindo de uma forma bonita.
Acompanhei Stephanie, mas não sei porque fiz isso. Não sou um homem de risadas, mas gosto da espontaneidade dela.
É maluca? É!
Faz perguntas pra caralho?! Sim!
Só que mesmo assim há algo nela que chama a atenção.
— Tudo começou com uma entrevista de emprego após me formar. Eu não sabia o que faria da vida, qual ramo ou segmento iria entrar, então mandei currículos para todos os lugares possíveis na cidade.
— Certo.
Como da primeira vez, Stephanie parou o que fazia e prestava atenção em minhas palavras.
— Depois que cheguei à empresa, fui recebido pelo proprietário. Já em sua mesa, o empresário me disse as atribuições do cargo, o que não vou entrar em detalhes, só que em um momento súbito uma pessoa entrou pela porta giratória principal, e foi ali que minha vida mudou, porque a pessoa que estava em frente ao suspeito era eu, e vi quando os olhos do assassino percorreram o ambiente à procura de alguém, e esse alguém era o homem que me entrevistava. Depois, sacou a arma...
— Espera um pouco! — Espalmou as mãos. — O dono estava de costas, certo?
— Sim. Ele ficava de costas para a entrada principal.
— E não havia detector de metal? Como ele entrou com uma arma?
Sorri, ela é esperta.
— Acredita que ele era amigo do homem que controlava a porta giratória?— Sorri de forma debochada.
— Mentira! — Esbugalhou os olhos.
— Sim. A porta foi liberada exclusivamente pra ele naquela hora, e isso aconteceu. Mathew iria tomar um tiro nas costas, mas eu fui mais rápido e pulei na direção do homem que fazia a entrevista. Literalmente. E não sei o motivo de agir daquele jeito. — Relembrei a cena em meu pensamento. — Ambos caímos e o tiro disparado pelo cara acabou acertando a parede. Se eu ficasse um segundo a mais pensando no que faria, o disparo seria efetuado com sucesso.
— A pessoa que deixou o atirador entrar não o ajudou em momento nenhum?
— Na verdade, a ajuda na porta só foi descoberta após uma investigação detalhada.
— Entendi. — Olhou para cima, pensando em alguma coisa. — E depois, o que aconteceu?
— Foi tudo muito rápido. A verdade é essa. — Passei a mão em meus cabelos. — O homem que protegi se assustou ao cair no chão, e fez contato visual com o atirador, logo em seguida correu, e o assassino foi atrás, mas não atirou dessa vez. Foi aí que houve o meu segundo ato impensado: corri na direção do cara e o derrubei.
— Hunter, você é...
— Eu sei, fiz algo estúpido, uma vez que o cara tinha uma arma. Mas eu vi uma oportunidade, já que ele saiu correndo atrás do dono da empresa e me “esqueceu”. Quando passou por mim, cerca de um segundo depois já estava correndo atrás dele, o derrubando em seguida e o desarmando.
— Você o desarmou fácil?
— Sim. Eu sempre pratiquei lutas desde a adolescência. Jiu-jitsu, krav maga, e algumas outras. Mais por hobby.
— Viu quando falo que é interessante apesar de grosso e um babaca com as mulheres?
Sorri.
— Não tenho culpa.
— Mas suas histórias são bem diferentes. Já deve ter passado por várias coisas, e ainda ajudou inúmeras pessoas ao longo da vida.
— Eu sei que pode parecer idiota começar nesse ramo por tal motivo, mas tomei gosto.
— Não é idiota ajudar as pessoas, independentemente da forma como foi, é um gesto bonito.
Stephanie tem razão no que diz. Apesar disso, eu sinto que ameaças fazem parte de mim. Não sei se fui mal acostumado por causa do trabalho, mas tenho algumas sensações estranhas.
— Em alguns momentos penso que o perigo me procura — falei, relembrando algumas coisas. — Estou sempre no lugar errado.
— Não é verdade. — Ela se aproximou e tocou minha mão novamente. — Você sempre está no lugar certo, do contrário as pessoas que protegeu não teriam sobrevivido. Todas estão vivas.
— Mas nem todas da forma que eu gostaria! — Mudei meu semblante e me lembrei dela.
— O que isso quer dizer?
— Eu cometi um erro pessoal, que não tem a ver com essa história. Prometi a mim mesmo que protegeria as pessoas que confiassem suas vidas em meu trabalho. Com a minha própria vida se fosse preciso.
— Pensei que o motivo havia sido por causa da entrevista.
— É um deles! — Me levantei. — Há mais coisas, e ainda não te contei o principal.
— Que seria... — Se levantou também.
— Não posso falar sobre isso.
— Hunter, eu...
— Paramos por aqui, princesa — a cortei.
— Você é sem graça. Nunca conta tudo e para nas melhores partes.
Ela é engraçada quando se emburra com algo. Seu rostinho...
— E qual seria a graça em te falar sobre tudo? — retruquei. — Há coisas que não precisam ser ditas.
Stephanie parou por alguns momentos, me analisando, procurando palavras. Sou bom de percepções e sei que ela está curiosa.
— Preciso que me prove algo?
— O quê?
— Me prove que estou errada. Que essa adrenalina é bobeira. Porque... eu gostei de ouvir isso e agora mais do que nunca sei que... sinto coisas.
— Não tem como. Você não ficará em perigo no que depender de mim, pode apostar.
— Hunter...
— Mas não faça nenhuma gracinha. E jamais banque a maluca. Ouviu bem?
— Não farei isso. Apesar de tudo tenho a cabeça muito boa. — Cruzou os braços, simulando nervosismo.
— Ótimo!
Essa é a primeira vez que pude sentir certo desconforto conversando com Stephanie...
Continua amanhã
Amando 💓
ResponderExcluirAmandooo
ResponderExcluirGostei desse casal Stephanie e Hunter
ResponderExcluirParece que essa garota vai fazer merda
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