Conto Erótico - O Protetor - Capítulos 10 e 11
O PROTETOR
CAPÍTULO 10
“Há momentos que a carne fala mais alto...”
STEPHANIE
Tomei um baita susto quando observei Hunter me olhando daquele jeito.
Por alguns minutos me esqueci que de certa forma a minha liberdade havia sido roubada, e que estou a mercê de ser interrompida em algum momento íntimo.
Sou mulher, e ando nua em meu quarto. É natural.
É bom sentir-se livre, e gosto de ficar peladona, só ainda não havia experimentado ser observada assim.
Hunter!
Independentemente disso, nada mais justo, uma vez que o reparei duas vezes, só que havia mais nuances em tal imagem, tal ato.
Resolvi ignorar tais pensamentos e comecei a me arrumar. Hunter não deve ficar impregnado na minha cabeça...
***
Após um demorado e revigorante banho me arrumei para o crime.
Não resisti ao trocadilho!
Coloquei um vestido de couro decotado com um sobretudo vermelho por cima. Para combinar escolhi uma sandália preta com uma clutch nude.
Fiz a minha maquiagem e reparei um pouco em mim no espelho do banheiro.
Eu me pegava!
Apressei as meninas, pois a especialidade das duas é se atrasar em tudo. Mais do que eu.
Ao sair do quarto notei Hunter me olhando como se tivesse visto um fantasma.
Ignorei. Ainda estava possessa com ele.
— Estou extremamente atrasada — vociferei.
Saímos de casa e Hunter não deu uma palavra sequer comigo.
Após chegar na entrada da boate encontrei Evelyn e Luiza a minha espera, quando dei um passo na direção delas, eis que Hunter segurou meu braço levemente.
— Você terá privacidade. Ficaremos a uma distância de segurança. É só isso.
Não disse mais nada, e se afastou.
***
Minhas duas amigas e eu estávamos avançadas na fila da Avalon Hollywood. Hunter e os outros dois seguranças também estavam na fileira, mas há cerca de alguns metros de nós.
Ainda acho essa proteção exagerada, mas nada do que eu falar surtirá efeito para o meu pai, e o melhor é viver assim por aproximadamente mais dois meses.
É difícil, não vou negar, mas vou conseguir. Preciso.
— Eles serão mais discretos? — Luiza perguntou.
— Pelo jeito sim. Estão parecendo que realmente irão curtir uma balada — falei após uma discreta olhadela na direção dos três. Apesar disso, sei que podem estar armados.
— Concordo — Evelyn concluiu.
Dentro da boate as coisas aconteceram normalmente, e pudemos nos divertir por um tempo sem incômodo. Os homens nem pareciam estar no mesmo ambiente que nós, mesmo assim, Hunter não tirava o olho da direção em que nos encontrávamos, mesmo com muitas pessoas em nossa frente.
A questão aqui é que Hunter está com um pequeno probleminha, e a todo instante precisa resolvê-lo. O problema do gostoso são as mulheres que ele conversa, ou melhor...
— Hunter não pode vir a esses lugares. Seu segurança chama muita atenção. O cara é maravilhoso demais! — Foi Luiza quem falou.
— Odeio concordar, mas é a pura verdade — Evelyn fez coro.
Aqui ele não aborda mulheres, elas o abordam. É uma coisa muito louca o que estou presenciando, mas pelo menos é bom vê-lo desajeitado.
Como Hunter está em trabalho, ele não dá muita moral para elas, não sei o porquê, mas estou gostando de assistir tal coisa.
Devo estar ficando doida.
— Como está a relação de vocês dois, amiga? — Evelyn perguntou.
— Um pouco melhor que antes — ponderei. — Ele até me contou algumas coisas particulares do seu trabalho.
— Que tipo de coisas? — dessa vez Luiza me questionou.
Disse a elas de forma resumida o que Hunter me falou.
Quando o assunto gira em torno dele, minhas amigas ficam mais assanhadas que o habitual, e nem mesmo piscam. Não as culpo, comecei a achar algo interessante em Hunter, só ainda não sei o motivo.
— Meu Deus! O cara se colocou na frente de uma bala?!
— Sim.
— Eu preciso desse homem na minha vida! Eu daria tanto pra ele...
Gargalhamos.
— Não só você... — sibilei, olhando em sua direção.
— O que disse?
— Falei que... não só você daria pra ele... que Evelyn também faria o mesmo.
— Mas eu não comentei nada a respeito disso.
Os olhares das duas foram de encontro aos meus, e fiquei extremamente sem graça. Essa pérola não poderia ter saído em um pior momento.
— Estou falando pelos outros dias — disfarcei, desviando meu olhar e tomando minha marguerita. — Sei que ficou caidinha por ele. — complementei, ainda sem nenhum contato visual.
— Pelo visto não somos somente Luiza e eu que estamos caidinhas pelo gostosão ali. — Mordeu o lábio e fiquei mais vermelha ainda.
Saco!
— Meninas, eu...
— Não é vergonha nenhuma conversar sobre isso, Steph. Você mais do que ninguém sabe do que estamos falando, pois passa praticamente 24 horas ao lado dele. Hunter pode ter esse jeito bruto, mas é impossível não olhá-lo, desejar aquele corpo, aquela boca...
Deus...
Ouvi-las falando essas coisas me faz voltar no tempo, e o relembro nu na cama, fazendo aquilo com as mulheres. Tenho que me livrar desses pensamentos lascivos, preciso.
— Vamos mudar de assunto, por favor. — Me ajeitei melhor na cadeira do balcão.
HUNTER
Não sou de dispensar mulheres, mas tive que o fazer algumas vezes em um período curto de tempo nessa boate. Além de ter que vigiar a princesa, preciso analisar o ambiente e ver se não há ameaças.
Locais fechados têm pontos bons e ruins, mas prefiro boates a bares abertos. Experiência de vida.
— Os dois! Circulem um pouco e analisem o local. — Kenypher e John obedeceram e foram fazer sua ronda.
Pedi uma água e continuei de olho na pequena mulher. Pelo menos ela se divertia, e até sorria mais que o habitual quando eu conseguia reparar em seu rosto.
— Pelo visto alguém leva jeito para dispensar mulheres.
Uma loira sedutora se aproximou de mim com seu vestido preto chamativo, me fazendo olhá-la com cautela. De todas que trocaram uma palavra comigo hoje, essa é sem dúvida a mais bonita delas, mas não muda a ideia do meu objetivo por aqui.
— Faço o que posso. — Não fiz contato visual.
— Por que isso? Isso te faz sentir melhor que elas?
— Vim para curtir a música, e não me envolver com outra pessoa. Não me acho melhor do que ninguém — refutei.
Rapidamente dei mais uma conferida onde Stephanie estava, e percebi a princesa alegre demais. Suas amigas não ficavam para trás, e se divertiam com ela.
— Somos dois. — A loira fez sinal para o barman, em seguida pediu uma dose de whisky.
— Um pouco forte para você, não?
A mulher me olhou de cima a baixo e bebeu sua dose de uma vez.
Interessante!
— Acho...
— Antes que pense algo, não tenho interesse em você. Não agora — falou, e novamente desviou seu olhar.
— Não agora?! — repeti.
— Você é um gato, gostoso pra caralho pelo que analisei, mas não observo somente isso em um homem, então... acho que está entendendo o que minhas palavras significam.
— E o que te faz pensar que me interessei? Como você mesma disse, sou bom em dispensar mulheres. — Entrei em seu joguinho.
— Eu sou confiante, e me acho bastante interessante. Isso está em falta na maioria das mulheres, a questão é que me dou valor.
— Não respondeu a minha pergunta — pontuei.
— Você está interessado em outra mulher, por isso dispensou tantas.
— Alguém está equivocada.
— Estou?! Que tal aquela jovem... — Fez sinal com a cabeça onde Stephanie estava dançando.
Isso não é possível.
Estou tomando bastante cuidado em olhar para ela, e do nada essa loira me diz isso?!
— O que tem ela?
— Você a deseja. É só observar o modo que trocam olhares.
— Trocam olhares? — repeti.
— Isso. Ela não fica para trás, já que volta e meia te observa. Mas, na minha opinião, se fosse decidido o suficiente iria lá, o que não entendi, confesso, pois me parece ter receio de tal coisa.
Essa mulher...
Tem algo de errado na forma com que ela fala, mas não entendi bem ainda. Culta demais para o meu gosto em uma conversa informal, e cheia de si.
— Quando precisar de uma mulher experiente, me ligue, acho que aquela ali é muito novinha para você. — Meneou a cabeça na direção de Stephanie, em seguida me entregou um pequeno cartão.
Então o nome dela é Hillary...
— Espera um pouco... você mesma disse que não tem interesse em mim. — Joguei a isca.
— E disse depois: não agora. Veremos com o tempo. Se for me ligar, que seja à noite, tenho mais o que fazer pela manhã. Sou advogada, e se quiser pode me encontrar no escritório em que trabalho.
Saiu andando para o outro lado da boate, me deixando um pouco confuso. Usualmente eu não ligo para mulher alguma, mas essa tem algo diferente...
***
Tudo normal na ronda dos meus amigos. Agora preciso me preocupar com outra coisa...
Stephanie estava em um bate papo animado com um homem, e suas duas amigas também. Querendo ou não sou responsável pelas três, preciso agir até mesmo se eu sentir que suas amigas correm perigo.
Eu sei que soo paranoico falando desse assunto, mas estou atento a tudo.
O bate-papo da pequena estava evoluindo, e ao que tudo indicava iria esquentar logo já que... os dois se beijaram.
Fechei meus olhos!
A boate se tornou o pior lugar após a praia!
— Ferrou! Dessa vez é você quem irá escutar ela transando de noite — John caçoou, mas cessou a risada quando me viu com cara de poucos amigos.
— Não deixa de ser verdade. O que fará, Hunter? — a voz séria de Kenypher se fez presente.
— Nada. Pelo menos não por enquanto.
O tempo foi passando e as duas amigas de Stephanie já haviam ido embora com os respectivos homens que conversavam. Como a princesa havia ficado aqui, não poderia arredar o pé da boate, e já são 3h da manhã.
Realmente, devo concordar com Stephanie, sou uma babá de luxo.
STEPHANIE
— Nem preciso te dizer o quanto te quero longe daqui. Só comigo.
Nate falou perto do meu ouvido, e fiquei tentada a acompanhá-lo. Além de ter um bom papo, o homem é bonito e cheiroso, não sendo afoito em momento nenhum.
— Podemos resolver isso — falei, encorajada por tudo que havia acontecido neste meio tempo que o conheci.
Fomos cortando caminho pela multidão, e quando estávamos há poucos metros da saída, eis que Hunter apareceu em nossa frente.
— Posso saber para onde estão indo? — Hunter cruzou os braços.
— E... isso importa?
— Já está tarde e acho que deveria ir embora comigo.
— Sai fora, cara! Eu cheguei primeiro.
Nate não entendeu o que Hunter quis dizer.
Os dois se entreolharam, entretanto meu adorável segurança só respirou fundo e não disse nada ao homem.
— Te fiz uma pergunta, Stephanie.
— O que você quer com ela, cara? — Nate se colocou em minha frente, aumentando o tom.
— Quando te perguntar algo, você me responde, cara — disse no mesmo tom que ele, com deboche escancarado. — Minha pergunta foi direcionada para outra pessoa.
— Eu... ah, quer saber, isso não interessa. Você fode com mulheres no quarto ao meu lado. Tenho meus direitos!
— Ah, agora entendi, vocês são irmãos. Menos mal, eu vou cuidar...
— Cale a boca! — Hunter vociferou, dessa vez visivelmente nervoso. — Já disse que meu assunto não é com você!
— Ele não é meu irmão, e sim...
— Sou o segurança particular da princesa — completou.
O homem que me acompanhava começou a rir, inicialmente pensando que era algum tipo de brincadeira sem graça. Só depois de alguns segundos se deu conta que Hunter não estava brincando, e mudou sua expressão.
— Espera... isso é uma piada, não é?
— Não, não é.
— Seu... — tentei falar, mas não completei a frase, somente fechei meus olhos.
— Você tem um guarda-costas por quê?
— Hunter, você é um babaca. Te odeio tanto que te estrangularia com as minhas mãos! — ignorei a pergunta, nem eu mesma sei o porquê tenho um guarda-costas.
— Cara, você não pode falar com ela desse jeito. Eu não vou deixar.
Até que enfim alguém me defendeu.
— Algum problema? — Hunter chegou perto do homem, que parecia uma criança se comparado a ele.
— Eu... tenho amigos — balbuciou.
— Olha... isso é interessante. — Cruzou os braços. — Adoraria conhecê-los. Estou precisando exercitar meus músculos.
— Bem...
O homem se apequenou diante Hunter, e fiquei mais possessa ainda, pois ele claramente o intimidou.
— É melhor você dar o fora da minha frente. Agora!
— Ele não irá fazer isso — Tentei fazer algo, chegando ao lado do meu possível homem da noite.
— Ah, é?!— Hunter sorriu, daquela forma debochada que me acostumei a ver.
Olhei para o lado e percebi Nate se tremendo todo.
Lá se vai a minha noite...
— Eu... já volto.
Saiu a passos largos e minha irritação chegou ao pico.
HUNTER
A princesa está puta da vida!
Tenho uma parcela considerável nisso, mas não me importo. Ela fez questão de tirar a minha foda do dia, e acabei sendo vingativo e fiz o mesmo. Acho que estou arrependido de ter feito isso...
Não, nem sequer passa em minha cabeça arrependimento quanto ao meu gesto.
Quanto ao homem, não senti ameaça alguma nele, muito pelo contrário. Ele parecia querer deixá-la à vontade, e no fim eu estraguei sua noite.
Eu não devia ficar pensando no traseiro de Stephanie naquela boate, mas o fiz por várias horas. Homens são filhos da puta na maioria do tempo, e acabei mostrando a todos que consigo ser assim. Pode não parecer, mas estou me perguntando o porquê fiz o que fiz, uma vez que ela transar ou deixar de transar não é problema meu.
Acabei agindo como um ex-namorado ciumento, e literalmente fodi sua noite.
Já em casa, a princesa passou por mim feito um raio, indo em direção ao seu quarto, batendo a porta logo em seguida.
Fiquei em um dilema: ficar quieto e ir dormir ou piorar as coisas?
Optei pela segunda, afinal, sou homem, e nós gostamos de irritar as mulheres, principalmente quando elas já estão possessas conosco.
Dei pequenas batidinhas em sua porta, mas não fui respondido. Tomei a liberdade então de entrar em seu quarto, e ouvi um barulho vindo do seu banheiro. A princesa estava tomando banho.
Como se não bastasse a intromissão, fiquei tentado a invadir seu banheiro, mas tal coisa seria demais, confesso. O barulho do chuveiro cessou, mas ainda sim fiquei plantado em seu quarto, pensando em sabe-se lá o que.
No traseiro redondinho dela quem sabe...
É melhor afastar esses pensamentos. Dei um passo em direção à porta, mas eis que ouvi uma voz estridente perto de mim.
— Está fazendo o que em meu quarto de novo?!
Stephanie novamente estava irritada, e eu fiz questão de extrapolar todos os limites nesse dia. Ainda assim, reparei seu rosto, seus cabelos molhados, a toalha rosa que envolvia seu corpo.
Merda, não estou conseguindo disfarçar o meu desejo, e isso é perigoso!
— Acho que vim te pedir desculpas.
— Acha?!
Dei dois passos à frente, e Stephanie arregalou os olhos.
— Isso mesmo. — Outro passo em sua direção.
— Por que... acha?
— Agora eu não sei mais se devo te pedir desculpas.
Nossos olhares se conectaram e... porra, eu estava prestes a fazer uma burrada, principalmente ao observar o seu rosto e ver que ela precisa disso tanto quanto eu.
— Saia do meu quarto! Agora!
— Não! — falei decidido.
— Não vou pedir de novo! — aumentou o tom.
— Stephanie. — Toquei seus cabelos, logo em seguida passei meu polegar em seu rosto. — Eu sei que...
Sem aviso tomei um belo tapa na cara. Fechei os olhos momentaneamente e sorri. Essa mulher me surpreende.
— Da próxima vez que se aproximar de mim, vou arrancar suas bolas! — colocou o dedo em riste, e por uma fração de segundo acreditei em suas palavras. Mas passou.
Eu sei do seu segredinho sujo, princesa.
— Entendo o que se passa em sua cabeça, Stephanie. Você quer saber o que um homem de verdade pode te proporcionar. Eu não te culpo. Não precisa ter vergonha de mim.
— Seu... o que faz você pensar essas coisas absurdas?
— Absurdas?! — Gargalhei. — Eu sei exatamente quando uma mulher me quer, e você nem consegue disfarçar o quanto me deseja. — Prensei ela na parede, e Stephanie não sabia o que fazia: me repelia ou segurava sua toalha.
— Isso é assédio! Vou te denunciar, e...
Coloquei meu indicador perto da sua boca, a calando momentaneamente.
— Assédio é uma palavra muito forte, não? Você acha mesmo que não sei quando vai ao meu quarto e me observa transar com as mulheres que trago aqui? Pelo visto alguém curte voyeurismo, mas não fala — provoquei.
— Não gosto disso!
E você caiu na armadilha...
— Entendo. Então, você se imagina no lugar delas, não é? — questionei, mas isso poderia se configurar uma afirmação, dado que havia certeza em minhas palavras. — Não negue, Stephanie, você deseja meu corpo. Pode tocá-lo... — Levei uma de suas mãos na direção do meu peito.
— Não... desejo.
— Não ou deseja? Se decida, você não foi nada convincente.
— Por favor, vá embora. — Neste momento a pequena não conseguia mais fazer contato visual comigo.
— Tem certeza?
Diante da incapacidade de falar, cheguei mais perto e sussurrei no seu ouvido: — Mais uma vez. Diga somente mais uma vez que eu sairei do seu quarto agora, princesa. É uma promessa.
— Isso é um blefe!
— Não é! Se quiser vou embora neste instante, mas se não falar nada, você aceitará todas as consequências que te aguardam..
CAPÍTULO 11
“A mente e o corpo trabalham juntos...”
STEPHANIE
O que fazer?! Me entregar?!
Não tive tempo de pensar, ou... pensei demais.
A mão de Hunter foi abruptamente em minha nuca e sua boca tomou a minha. O beijo não foi lento, muito pelo contrário. Havia fome em seus lábios.
Intenso é pouco!
Deixei-me levar, retribuí àquele beijo desesperado, faminto. Agora não posso negar que o desejo, seria desonesto da minha parte.
O toque dos nossos lábios cessou segundos depois, mas Hunter segurou bem firme em meus cabelos, olhando profundamente em minhas íris. A sua outra mão simplesmente tirou o pano que envolvia meu corpo, me deixando totalmente nua. Em um gesto abrupto acabei tapando meu sexo com uma das mãos, e com a outra, a extensão dos meus seios.
— Não, Stephanie! — sussurrou coladinho ao meu ouvido. — Eu quero vê-la, e não só isso, quero provar todo o seu corpo e mostrar do que sou capaz. Não tenha vergonha de mim, pequena.
Suas mãos cobriram as minhas e me deixei levar ao fechar meus olhos.
— Hunter...
Parei de falar no instante em que ele roçou sua boca no meu pescoço. Sua pele em contato com a minha intensificou meus batimentos, e isso porque Hunter nem havia começado a fazer nada de fato.
— Pequena... — Sua língua roçou o meu colo e logo soltei um gemido exasperado. — Vou te dar exatamente o que seu corpo está pedindo, mas primeiro...
Abri meus olhos e Hunter me observava como se eu fosse a última mulher do mundo. Seus olhos não mentiam, e fui incapaz de falar.
— Eu estou...
— Tensa! — completou a frase. — A sua sorte é que sou um homem multitarefas.
Virou meu corpo, e quando isso aconteceu recostei minha bunda em sua calça. É visível a excitação do homem, e agora não há mais escapatória. Fui eu quem o deixei ficar.
Essa foi a minha escolha.
Senti suas mãos grossas em meus ombros, logo em seguida seus polegares passearam pela minha nuca.
— É só uma pequena massagem... — sibilou e mordiscou minha orelha, me fazendo encolher. — ...só que com segundas intenções.
Suas mãos deslizaram pelas minhas costas, e poucos segundos depois o senti apalpar minhas nádegas.
— Acho que nem consegue imaginar o quanto sonhei com esse rabo ultimamente. — Tomei um belo tapa e mordi meu lábio inferior. — Principalmente após vê-lo hoje.
— Isso que está fazendo comigo é tortura!
— Não nego que seja.
Depois de fazer um tour pelas minhas costas, o homem abruptamente me virou, passando o polegar levemente em meus lábios.
Meu corpo não me obedece mais!
— Hoje você será a minha cobaia!
Hunter me pegou no colo e levou-me para a cama.
— Você está me deixando louco, princesa. — Passeou com suas mãos do meu pescoço até os meus seios. Seus olhos em momento algum desviaram de mim, e confesso que enrubesci. Não estou acostumada a ter um homem me observando dessa maneira.
— Há... algo errado — gaguejei.
— Não há, pequena.
— Sua roupa, você...
— Me esqueça por um segundo. Foque em você e no que precisa. Sou bom em proporcionar prazer, e irei te provar agora.
Seu rosto chegou perto do meu abdômen, e quando percebi ele já estava passando a língua na região da minha barriga.
É impossível ficar indiferente...
— Se prepare, pequena.
— Para o que...? — falei com a voz manhosa, ansiosa pelo que viria.
Hunter não respondeu, só me lançou uma pequena olhadela, na qual eu entendi tudo. Quando percebi, ele já estava mordiscando a parte lateral das minhas coxas, e minhas duas mãos seguraram com força seus cabelos.
— Faz tempo que...
— Shh, quietinha. Se preocupe com o presente.
O homem começou a me maltratar, e os pelos da minha coxa se eriçaram com aquele toque gostoso que me era concedido.
Senti uma das mãos de Hunter em meus seios, os apalpando enquanto que sua boca descia, descia, descia mais...
Um pequeno choque percorreu meu corpo quando ele finalmente chegou em minha entrada. Começou me chupando vagarosamente, mas a intensidade só aumentava.
Mais, Hunter! Preciso de mais!
— Tão molhada... e nem comecei a entrar em você com a minha língua...
Fui retrucar, falar sabe-se lá o que, mas antes de tal ato, Hunter colocou um de seus dedos em minha boceta, fazendo movimentos de vai e vem. Tentei forçar sua cabeça para longe do meu sexo, porém foi em vão, além de me estocar, ele estimulava meu clitóris com a língua, e aquele prazer...
Ah, faz tempo que não sinto tal prazer...
Há quanto tempo eu não experimentava uma sensação dessas? Nem eu mesma sei.
Hunter veio por cima do meu corpo, tomando minha boca, me beijando com um ímpeto tremendo. Sua mão direita estava perto da minha boceta, enquanto seu indicador me fodia...
Sua língua passeou pelo meu pescoço, mas em seguida foi em direção aos meus seios. Eu já não sabia nem mesmo o meu nome.
— Goze para mim, pequena. Há quanto tempo você não tem um homem de verdade em seu quarto?
Não falei nada, só me concentrei no prazer que me era dado.
Hunter começou a chupar meus mamilos e segurei seu pescoço, o comprimindo contra meu corpo. Não havia mais escapatória, eu me entregaria a ele.
Senti mais pressão em minha boceta, e observei quando Hunter enfiou outro dedo em mim.
— Preste bastante atenção no seu corpo, Stephanie.
Seus lábios novamente foram em direção a minha boceta, e quando percebi...
Deus, como ter o controle de mim mesma com um homem desses fazendo essas coisas?!
Parece uma frase idiota, mas eu não conseguia me mexer. Não queria.
Hunter me estocava e chupava minha vulva, roçava a língua em meu clitóris e agora uma de suas mãos apertava meus mamilos.
— Pare... está muito quente — gemi, tentando me mexer.
Surtiu efeito contrário, pois ele começou a me chupar com mais intensidade.
Sua língua gostosa não me ajuda em nada...
Me comportei como uma virgem, pois poucos minutos depois tive um orgasmo tão forte que meus olhos ficaram fechados por no mínimo quinze segundos.
Ainda não sabia se era a vergonha em observar o rosto de Hunter. Sinceramente eu não sei.
— O seu gosto é uma delícia, princesa. — Mordiscou meus lábios. — Tenho certeza de que intimidar aquele cara na boate foi bom no fim das contas.
Ouvi um pequeno barulho e Hunter se levantou.
— O que está fazendo? — perguntei assustada.
— Indo para o meu quarto.
— Mas... já?!
Sou o desespero em pessoa. Fato!
— É necessário proteger certa pessoa. E ela precisa descansar.
— Eu estou bem. — Sorri, mas sei que foi um sorriso amarelo, sem graça.
— Stephanie... isso não é nada comparado ao que posso fazer. Não diga mentiras, seu corpo ainda não está preparado para tudo o que posso proporcionar. Durma bem.
Falou e simplesmente saiu do quarto.
Filho de uma mãe!
Fiquei deitada, jogada em minha cama, relembrando a forma como meu corpo se comportou antes de ter um orgasmo intenso e vívido.
Não tive forças para pedir, ou sequer controlar meu corpo quando a boca de Hunter tocou a minha pele.
Fitei o teto do meu quarto até adormecer, mas em meus pensamentos tinha certeza de que essa noite não seria esquecida facilmente...
HUNTER
Dormi com a consciência pesada.
O meu autocontrole precisou ser enorme para não tomar a pequena em meus braços. Ver sua bocetinha, aquele corpo, os seios pequenos tão redondinhos...
Meu pau fica duro só de imaginar.
Me envolver com clientes é complicado, ainda mais a filha de quem me contratou. O problema é o tanto que ela mexeu comigo, se eu pudesse...
Tentei não pensar nisso agora. Precisava fazer algo importante.
Fui em direção à Sunset Boulevard, uma das avenidas mais movimentadas de Los Angeles.
Finalmente poderia ver meu amigo, e queria olhar bem no fundo dos seus olhos e ter a certeza de que ele está bem.
Não esperei muito tempo e o vi caminhando na multidão em minha direção.
Romeo estava de óculos escuros com uma roupa largada, bermudão e sapatênis. Raramente o vi assim, pois o terno era sua vestimenta preferida.
— Hunter... meu amigo.
Do nada ele veio em minha direção e me abraçou. Tá aí algo que não esperava também, já que ele sempre foi um homem muito sério e discreto em suas atitudes.
— Como você está?
— Não vamos falar de mim. Primeiro que te agradecer. Por tudo. Eu melhorei, e graças a você que ajudou a custear meu tratamento. O doutor Karl teve uma grande parcela nisso, sobretudo pela paciência, acreditando em mim e não me deixando desistir.
Até mesmo o modo de ele conversar estava diferente, e há uma grande alegria estampada em seu rosto. Eu quero acreditar que meu amigo tenha melhorado, e que o trauma que passou tenha sido abrandado ou até mesmo se extinguido de alguma forma, o que considero bastante difícil.
— Somente fiz o que faria em meu lugar.
— Hunter, sei bem que gastou uma boa quantia comigo. Sei o quão caro é o tratamento com Karl.
— Romeo, você é como um irmão para mim — pontuei a verdade. — Começamos juntos, e você salvou meu rabo algumas vezes.
— O contrário também. — Sorriu. — Sempre fomos uma boa dupla até...
Parou. Eu sabia exatamente no que ele estava pensando, mas sei que certas memórias não podem ser recorrentes, não quando a pessoa faz de tudo para melhorar. O problema nisso é que não controlamos nossas emoções, e algumas sessões de terapia não são suficientes, sei disso.
— Tente esquecer.
— Eu irei.
Romeo olhou para o horizonte e colocou as mãos nos bolsos. Logo em seguida me fitou, e já tinha uma noção do que ele falaria.
— Sei o quanto é esperto, e sabe bem o que quero. Do que preciso.
— E você também. Romeo, você entende que voltar a atuar nesse ramo pode ser mais complicado do que previu, e que há dois problemas, não só o que estamos falando agora.
— Stanley.
— Sim, um problema tão grande quanto o estresse pós-traumático.
Stanley Rubben é um dos homens mais perigosos de Los Angeles, e está atrás de Romeo. Esse é o resumo da situação.
— Eu me resolvo com ele.
— Stanley quer sua cabeça. Não haverá diálogo algum.
Romeo ficou pensativo e fechou os olhos em seguida, balançando a cabeça, se culpando pelo que aconteceu.
— Eu errei e assumo.
— Não estou te culpando, só lembrando que há riscos para você em qualquer cidade do Estado. Por isso fiz questão que se tratasse com Karl na Finlândia.
Não posso passar a mão em sua cabeça como fiz algumas vezes, é necessário estar aqui por meu amigo, mas nunca faltar com a verdade.
— Hunter, me deixe trabalhar com você, acha que... pode fazer isso?— refutou, não me encarando.
— A questão maior é: você pode fazer isso?
Por alguns segundos vi hesitação em sua face, mas também sabia o quanto ele amava o trabalho que exerceu durante um bom tempo.
— Não só posso como quero! Vou piorar se ficar parado, e não preciso te dizer isso, você me conhece bem. Melhor do que ninguém.
Seu rosto mostrava uma nova expressão. Meu amigo estava decidido, e eu precisava pensar a respeito.
— Preciso de um tempo. Mas não prometo nada, Romeo.
— Eu entendo e respeito. Você já fez muito, e só em ouvir que está pensando já fico bastante grato.
STEPHANIE
É hora de voltar totalmente à minha rotina!
Fiz algumas ligações e procurei informações sobre onde seria a próxima reunião.
Pode soar estranho, mas semanalmente algumas amigas e eu nos reunimos aos domingos para conversarmos sobre livros. Basicamente é uma leitura coletiva, onde todas leem uma obra específica, discutindo em uma roda aberta sobre ele.
Falhei nas últimas duas vezes e não compareci à reunião, algo que considero sagrado, só que amanhã será em minha casa, e o livro em questão chamará a atenção, pelo menos para uma pessoa em especial já que eu o escolhi...
HUNTER
Stephanie estava me rondando, e eu sabia que tinha coisa errada. Percebi um sorrisinho malicioso em sua face quando ela se aproximou um pouco mais.
— Quero te fazer um comunicado. Algo que ainda não sabe.
— Diga.
— Sabe... temos um grupo de leitura semanalmente aos domingos, de livros de romance. Faltei os dois últimos porquê... acho que sabe, estava sem cabeça e toda a questão do meu pai me pegou desprevenida, só queria dizer que amanhã a reunião será aqui. — Me olhou de soslaio. — O livro que será discutido se chama O ar que ele respira.
É claro...
O rosto de Stephanie tomou outra forma. A princesa está aprontando, até sei o que pode me reservar.
— Sem chances. Nem me olhe assim. — Fui bastante firme com minhas palavras.
— Ah, vai ser divertido. Participe, qual o problema?
Eu sabia!
— Não.
— Tem certeza?
— Sim.
— Que pena...
— Arranje outra pessoa. Não é porque li por um acaso que irei participar dessa... coisa coletiva.
— Acho que não entendeu, Hunter. — Chegou pertinho de mim, com o rosto vitorioso, o que não entendi muito bem. — Você vai estar lá, participando ou não, pois faremos a discussão ao ar livre, e querendo ou não você é o meu segurança particular.
— Se esqueceu de uma coisa, princesa. Tenho John e Kenypher para fazer esse trabalho.
— Hm. É mesmo. — Fez um rostinho triste, mas dissimulado. — É uma pena então se eu disser a você que eles ficarão bastante ocupados nesse dia...? — Novamente seu olhar maléfico veio à tona, e dessa vez eu não tinha escapatória. — A decisão é toda sua! — Piscou, caçoando.
Ela venceu!
— Sabe de uma coisa, Hunter?! Por mais que a gente não se dê nada bem, estou aprendendo algumas coisas.
— Do que está falando? — grunhi.
— A ser como você. Estar sempre um passo à frente das pessoas, e tenho que destacar, você é um ótimo professor, só que... — Chegou mais perto e fez movimentos circulares em minha camisa. — Eu sou uma aluna que aprende rápido, e vou te superar. Quer apostar quanto?
Saiu sem olhar para trás, e realmente estava ficando preocupado, visto que Stephanie está conseguindo me provocar com êxito.
Continua amanhã
Continua amanhã
Adorando
ResponderExcluirAmandoooo
ResponderExcluirTô gostando
ResponderExcluirAté que enfim, transaram
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