Conto Erótico - Delicioso (Des)conhecido - Capítulos 40, 41 e 42




Autora: Letícia Bastos Mendes
Capítulo 40
A valsa deu lugar a música que eu e Henrique contamos juntos pela primeira vez: Gasolina "Daddy Yankee". Maria e Bartolomeu dançaram a "valsa" ao som de Let's Twist Again de "Chubby Checker". Para os convidados, tocaram músicas de todos os estilos, do rock dos anos 80 a clássicos do axé. Todos se acabavam de dançar e quando olhei para a multidão e avistei Fauzer dançando com Lucila e fiquei feliz por vê-los juntos. Fiquei os observando por um tempo e Henrique me abraçou. -O que está fazendo aí sozinha? - ele perguntou ao me beijar. -Olhando Fauzer e Lucila. Eles combinam muito né? -Muito! Tomara que dê certo os dois! -Tomara mesmo! Eles merecem encontrar alguém! -Merecem sim! Henrique beijou minha bochecha e sorriu. -Vamos comer! -interrompi Henrique e o puxei para a mesa onde estavam as comidas. O cardápio também foi cheio de personalidade. Um carrinho de pipoca e outro de cachorro-quente recarregavam as energias gastas na pista de dança. Também teve bebida à vontade e uma mesa recheada de doces: naked cake, cupcake red velvet, brigadeiros, quindins, pães de mel, brigadeiros e muito mais. Nos sentamos em nossa mesa reservada para os noivos e fiquei extremamente feliz ao ver todos ali se divertindo e comemorando esse momento especial que estava acontecendo em nossas vidas. As pessoas dançavam e percebi o quanto nossas roupas eram confortáveis.
No convite foi escrito: "O traje obrigatório é um “look para arrasar na pista" e foi o que a maioria vestiu. Algumas pessoas foram de jeans, outras de vestido curto conforme acharam confortáveis. estavam todos arrumados e se divertindo como o planejado. Meu pai e Simone vieram até nós. -Parabéns a vocês! Apesar de tudo o que eu causei, eu desejo do fundo do meu coração que vocês sejam felizes! -Obrigada pai! -Obrigado James! -Parabéns meus lindos!- Simone falou nos abraçando e soem seguida. -Obrigado! - Henrique falou sorrindo. -Agora se vocês nos dão licença, iremos arrasar nessa pista se dança! Simone puxou meu pai para o meio da multidão e soem Henrique segurou minha mão. -Está feliz? -Como nunca imaginei ser possível! -Eu te amo Amora! -Eu te amo muito mais! Henrique me deu um beijo e ficamos observando as pessoas ao nosso redor se divertindo como se não houvesse amanhã. Pensei em minha mãe e no quanto eu queria que ela estivesse ali, presente naquele momento, mas mesmo ela não estando lá fisicamente, ela estava em meu coração.
Estávamos no meio da festa quando de repente escuto um tumulto na porta de entrada da balada. Fui até ver o que estava acontecendo e meu queixo quicou no chão ao ver Aldo fazendo um escândalo para entrar sem convite. Os seguranças o barraram e fui até ele saber o que ele queria.
-O que você está fazendo aqui? - perguntei preocupada. -Eu vim dizer que sou contra esse a casamento! !! Henrique lado ao meu e me olhou sem entender nada. -Quem é você? - Henrique perguntou a Aldo. -Eu sou o ex amor da vida de Amora! Ela disse que me amava e sabe o que ela fez? Me seduziu e jogou fora igual um chicote que perde o açúcar. Revirei os olhos ao lembrar que terminei com Aldo por ele ser tão dramático. -Ela me usou e me jogou fora! E sabe o que tive que fazer pra superar? Eu virei gay! Isso mesmo! Eu tive que virar gay por causa dela! Henrique tentou segurar a risada, mas foi em vão. Ele começou a gargalhar sem parar deixando Aldo ainda mais impaciente. -Você não virou gay camarada! Você é gay! Só aproveitou o pé na bunda que levou pra assumir. -Você vai virar também. Enquanto ela está gemendo na cama com você, ela já está pensando na próxima vítima! Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Henrique direcionou um soco no nariz de Aldo que sangrou imediatamente. Coloquei a mão na boca surpresa com a reação de Henrique que me olhou pálido enquanto os seguranças tiravam Aldo de lá. -Está tudo bem? -perguntei a ele. -Eu acho que quebrei minha mão! -O que? -Eu quebrei a minha mão! ! Peguei a mão de Henrique e olhei em direção a luz e quase desmaiei em seguida. O dedilha de Henrique estava dobrado para o lado e completamente quebrado. Ela como se ele estivesse dando seta com o dedinho. Agarrei o colarinho de Henrique e o puxei para fora do salão pedindo nosso carro em seguida.
-Calma! Já estamos indo para o hospital! Henrique concordou e suava frio. seu sábios estava roxos e sua pele mãos branca que o normal. Henrique olhou sua mão e começou a gemer. -Eu vou vomitar. -O que? Segura! -Eu vou desmaiar. -Calma Henrique! O carro já está vindo. -Eu vou morrer! Henrique se sentou no chão ainda segurando sua mão. Me ajoelhei de frente para ele o passei a mão estamos seus cabelos úmidos. -Já vamos resolver isso tá bom? -Uhum. Me levantei e procurei pelo carro que ainda não havia chego. -Quem eu tenho que socar a cara para trazer meu carro logo?????? Perguntei gritando impaciente com a demora. Os manobristas ficaram assustados e trouxeram nosso carro cantando os pneus. Enfiei Henrique correndo dentro do carro e fui para o primeiro hospital que lembrei.
Amanhã tem os capítulos finais.
Capítulo 41
Entrei com Henrique no pronto socorro e ele foi encaminhado para a sala do ortopedista que o atendeu imediatamente. O ortopedista já tinha uma certa idade o que nos deixou aliviados ao saber que ele sabia o que estava fazendo. -Como foi que aconteceu isso? - o médico perguntou a Henrique que suava frio. -Ele deu um soco no nariz de um homem. -Um soco? E quebrou o dedo dessa maneira? -Acho que ele errou um pouquinho. -respondi. -Soco se dá de mão fechada. -Eu sei como se dá um soco! - Henrique respondeu furioso. -Entendo. O médico examinou a mão de Henrique e começou a rir. -Não vou nem pedir um raio X! Já sabemos que está quebrado. Henrique olhou para mim e a única coisa que eu consegui fazer foi rir. Como eu havia bebido um pouco durante nossa festa, eu estava simpática demais. Henrique me olhou de cara feia é tive que me esforçar muito para parar de rir. -Bom, eu vou te dar uma anestesia local e em seguida iremos reduzir a fratura. -O que é reduzir? - Henrique perguntou em pânico. -É colocarmos o osso no lugar. Vai doer um pouco, mas depois de estabilizado não doerá mais. -Não não não não não. .. você não vai fazer isso nem fudendo! – Henrique entrou em pânico. -Henrique... -Eu não vou fazer isso Amora! nem a pau!
-Eu você vai ficar assim? -Vou! A Palmirinha vive assim! -Ela é culinarista Henrique. - revirei os olhos. -Que seja! Isso ele não vai fazer! -Podemos se dar um sedativo, para que você não sinta. É isso ou cirurgia rapaz! Henrique me olhou apavorado pedindo socorro com o olhar. -Sedativo será! O médico concordou e saiu do consultório. Tentei acalmar Henrique que ficava a cada minuto mais desesperado. -Eu vou matar aquele filho da put@! Quem ele pensa que é pra aparecer no nosso casamento daquele jeito? -Ele é um idiota Henrique! -Quanto tempo você namorou ele Amora? -Foi antes de te conhecer Henrique! -Então ele é mais doido do que eu imaginava! -É sim! -Desculpa estragar a festa. -Você não estragou nada Henrique! Isso é só um mero detalhe! -Você não está brava? -Claro que não! Antes que Henrique pudesse responder, o médico entrou no consultório informou que uma enfermeira já estava vindo para ajudar no procedimento. Henrique deitou na maca e fechou os olhos tentando manter a calma. Quando a enfermeira abriu a porta eu queria me jogar da janela. Monique nos olhou de olhos arregalou tão surpresa quanto eu.
-Não não não não não. .. essa mulher não vai fazer nada com meu marido. - afirmei.
-Marido? - Monique questionou. -Sim! Marido! Apoiei a mão no ombro de Henrique que nos observava em silêncio. Assim que Monique passou o olhar por minha mão, Henrique levantou a mão boa mostrando a aliança em seu dedo. -Nós casamos hoje! Olhei para o doutor Geraldo que nos observava com diversão. -Chame outra enfermeira imediatamente! Essa pistoleira, vagaba mau caráter não vai injetar nada em Henrique. Eu já estava nitidamente alterada com a presença daquela mulher no mesmo ambiente que nós. Henrique percebeu meu nervosismo e tentou me acalmar sendo que era ele quem deveria ser acalmado. Monique saiu do consultório batendo os pés e Doutor Geraldo foi atrás dela. Pouco tempo depois, Dr Geraldo apareceu com outra enfermeira que era desconhecida por nós dois. Ela pegou uma veia em Henrique e logo em seguida lhe injetou um sedativo para que Henrique permanecesse mais calmo. Henrique dormiu durante o procedimento todo e quando acordou, já estava com dedo no lugar apontando para a frente e engessado. Ele não sentia dor alguma por conta dos analgésicos e fiquei aliviada por isso. Dr Geraldo pediu que Henrique retornasse em um mês para ver se já seria possível fazer a retirada do gesso, mas enquanto isso Henrique teria que conviver com aquele acessório nada agradável. No caminho de volta, decidi que deveríamos ir para casa ao invés de voltar para a festa então liguei para Maria avisando que estávamos indo pra casa e que estava tudo bem. Ela disse que logo iria embora também, pois tinha que dar um trato em seu novo marido. Dei risada de Maria embora levei Henrique que estava sonolento para a segurança do nosso lar.
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Fui com Henrique direto para o quarto. Tirei sua roupa e o deixei somente de cueca. Henrique vestia uma cueca boxer branca que o deixava ainda mais apetitoso. Tirei meu sapato e deitei ao lado de Henrique me aconchegando próxima ao seu corpo quente. Henrique beijou minha cabeça e suspirou. -Essa é a nossa noite de núpcias! Não deveríamos estar deitados. – ele resmungou grogue. -Henrique, nós temos a lua de mel pra aproveitar bastante. Só de estar aqui deitado há com você, sabendo que você é meu e que nada mais irá nos atrapalhar faz com que eu me sinta mais satisfeita que em qualquer viagem. Olhei para Henrique que lutava para manter os olhos abertos. -Eu te amo Amora. -Eu também. Agora descansa. Beijei sua boca e deitei a cabeça em seu peito. Aos poucos a respiração de Henrique foi ficando mais suave e peguei no sono pouco tempo depois.
Capítulo 42
Maria embarcou em um cruzeiro de lua de mel. Ela e Bartolomeu Joseph iriam dar uma volta por todo litoral sul e sem previsão de volta. Ela disse que nos ligaria diariamente e pediu que nós dois curtíssemos nossa primeira viagem como casal. Apesar de todas as felicitações de Maria, a nossa lua de mel começou com o pé esquerdo. Henrique estava morrendo de dor e pra piorar a situação, a nossa viagem seria para um hotel no litoral de frente para o mar. Eu não sabia como iria ser com o gesso de Henrique e seu drama todo. Depois de nós instalarmos no hotel que era simplesmente perfeito, Henrique e eu decidimos dar uma volta para observarmos o mar. Antes de sair, Henrique já começou com drama. -E se eu quiser entrar no mar? -Vamos ter que amarrar uma sacolinha! -Eu não vou parecer um farofeiro na praia Amora. Eu não saio daqui tão cedo. Henrique deitou novamente na cama me deixando furiosa. -Então fique aqui com essa cara de c* sem lavar enquanto eu vou me divertir sozinha na praia da nossa lua de mel! Fui para o banheiro e bati a porta atrás de mim. Vesti meu biquíni, minha saída de praia e ao voltar para o quarto, Henrique já estava pronto e me aguardando como se não tivesse dado um showzinho minutos antes.. A praia Porto da Barra que era localizada em Salvador era simplesmente perfeita. Ela tem águas limpas e piscinas naturais, o que faz dela uma das mais procuradas por turistas.Quando estávamos andando na beira do mar, Henrique me abraçou e ficamos admirando a vista. Quem diria que depois de tantos anos nós dois iríamos nos reencontrar e sermos finalmente felizes um com o outro? O destino nos desafia e mostra que as coisas só acontecem na hora que ele quer! Até parece a Maria teimosa igual o cão. Só faz as coisas do jeito dela. Henrique e eu entramos um pouco mais na água até alcançarem nossos joelhos. Henrique mantinha o braço engessado para cima e fiquei pensando se aquilo não afetaria sua circulação. Henrique sorriu para mim satisfeito quando alguma coisa prendeu em meu pé. Eu c comecei a pular desesperadamente tentando me livrar de algo que eu não sabia o que era. Henrique se aproximou tentando me segurar. -Calma Amora. -Ai Meu Deus! Aí Meu Deus! É um tubarão Henrique! -Deve ser uma sacola Amora. - Henrique respondeu com desdém. Segurei no braço bom de Henrique e fiquei de cabeça baixa tentando me livrar do objeto que estava preso ao meus pés quando de repente uma onda maior do que as que estavam vindo, veio em nossa direção e antes que eu pudesse me afastar de Henrique, ele levou a mão engessada para cima acertando meu rosto em cheio. Distraído igual a uma porta Henrique não percebeu o que havia feito e ficou olhando para sua mão levantada para ver se não havia molhado. Senti um ardor em meu rosto e em seguida gotas de sangue começaram a pingar na água. Segurei meu nariz dolorido e levantei o rosto olhando para Henrique que arregalou os olhos assustado ao ver o tanto de sangue que escorria em meu rosto. -Era mesmo um tubarão?????? Henrique perguntou desesperado e eu comecei a esbofetear seu braço bom. -Você me bateu com seu gesso seu mané! -Não bati não! Olhei Henrique com meu olhar de morte que ficou apavorado. -E agora? Vamos para o hospital!
-Não precisa. Já já para essa dor excruciante! - respondi com a mão ainda em meu nariz. -Deixe-me ver! Henrique tirou a minha mão da frente do nariz e ficou pálido imediatamente. Ele arregalou os olhos e forçou um sorriso. -Não. .. não está tão ruim. - Henrique falou por fim. -Viu? Daqui a pouco melhora. Segurei a mão de Henrique para voltarmos ao hotel e ele me impediu. -Eu acho que devemos ir para o hospital. -Não tem necessidade Henrique. -Tem sim. Seu nariz está torto. -Como assim torto? - coloquei a mão tentando sentir alguma coisa. -Bem torto... tipo pro lado. -Ai Meu Deus. Voltei correndo para o hotel segurando meu nariz para não doer ainda mais com o impacto dos meus passos. Entrei em nosso quarto como um foguete e ao olhar no espelho eu quase caí pra trás. Meu nariz estava ligeiramente para o lado direito e meu olho direito estava começando a ficar roxo. Comecei a chorar e a dor aumentou ainda mais. Henrique entrou esbaforido no quarto e arregalou ainda mais os olhos. -Amora, me perdoe! Eu não queria ter feito isso! Eu.... -Só me leve para o hospital Henrique. Henrique assentiu e ligou na recepção pedindo um taxi e um saco de gelos. Ao chegar na portaria do hotel, a recepcionista me entregou uma pano com algumas pedras de gelo dentro e nos informou que o táxi já nos aguardava em frente ao hotel. Ao entramos no táxi, Henrique pediu ao taxista para nos levar ao hospital mais próximo e ficamos em silêncio o restante do caminho.
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Depois de mais de uma hora aguardando para passar com o médico, fazer os exames e descobrir que meu nariz estava quebrado tendo que ser imobilizado, tivemos que conversar com dois policiais que não acreditaram na nossa versão da história e ficaram desconfiados de que Henrique havia me agredido. Depois de repetir a mesma história várias e várias vezes, passar o endereço do hotel, os policiais nos liberaram. Pegamos um táxi para o hotel e a única coisa que conseguimos fazer ao chegar no quarto foi dormir.
Amanhã tem os capítulos finais.
Eita casal kkkk
ResponderExcluirKkkk não falei que estava tudo muito calminho
ResponderExcluirKkkkk q azar
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