Conto Erótico - Minha Stripper - Capítulos 05, 06 e 07




Capítulo 5

Autora: Pâmela Nogueira

Minha stripper!

Após levar Ana para escola, volto para casa e Maria me informa, que preciso fazer compras. Se não é esse anjo em minha vida! Até da comida ela cuida, para que não nos falte nada.
Decido pegar Lucas para irmos as compras! Ele ama quando passamos um tempo só nos dois. E hoje como ele não precisou ir a escola, é o dia perfeito para fazer isso.

Lucas nunca pergunta sobre seu pai, infelizmente ele presenciou algumas de nossas brigas e sempre me perguntava porque tinha marcas rochas em meu corpo. Eu sinto muito por ter deixado meu filho presenciar tudo aquilo. Eu deveria ter largado aquele traste quando ele me bateu a primeira vez. Mas logo penso que se eu tivesse feito isso eu não teria Ana!
Quando engravidei de Ana eu já estava tentando arrumar um jeito de largar meu marido. Já tinha um plano para deixá-lo, eu não queria mais sofrer seus abusos. Mas dias antes de ir embora, eu desmaie quando estava indo para o trabalho. Fui levada para o hospital onde trabalhava, e quando acordei ele estava lá... Com um sorriso enorme no rosto! Aquilo estremeceu todo meu corpo.
Foi quando July que era uma companheira de trabalho, entrou no quarto trazendo os papéis dos meus exames. Logo recebi a notícia que me deixou arrasada.
Eu estava grávida. Grávida de novo, daquele homem que tanto me agredia, carregava um filho que era fruto dos abusos! Eu já não queria mais ter relações com ele, então ele me pegava a força, ele usava da brutalidade para transar comigo. No último mês eu havia adoecido, e fiz uso de alguns antibióticos, não sei como pude não me lembrar que isso poderia acontecer. E o resultado foi Ana.
Minha menina, minha pequena sonhadora. Não foi uma gravidez desejada e nem foi fácil continuar vivendo ao lado do pai deles.
Com a notícia de uma nova gravidez, ele reforçou sua atenção sobre mim quase nunca me deixava sair sozinha. Por várias vezes me proibia até de sair para trabalhar.
Quando Ana completou quatro anos, fizemos uma pequena comemoração, com alguns amigos. Até que foi um dia agradável. Meus filhos estavam felizes e era isso que para mim importava.
Ao final todos já haviam ido embora, Fernando estava muito embriagado, ele tinha bebido de mais com seus amigos .
Eu coloquei as crianças para dormir e decidi arrumar a bagunça que estava na casa após a festa.
Então Fernando na tentativa de me agarrar a força como sempre fazia, ficou furioso quando o empurrei fazendo com que ele caísse sentado. Ele se levantou com mais raiva ainda e começou a me xingar e jogar tudo que encontrava a sua frente sobre mim, ele estava totalmente sem controle...

Lucas me tira dos meu momentos nostálgicos.

- Mamãe, podemos comprar sorvete? Não esquece os biscoitos de morango da Ana ela é chata, mas não podemos deixar de dar comida pra ela né. _ Diz em tom brincalhão.

- Lucas. Não fale assim de sua irmã! _ Digo bagunçado seus cabelos e o abraçando em seguida.

Lucas e eu fizemos uma bela compra e fomos tomar um sorvete em uma praça, próximo de onde estávamos. Lucas foi brincar com alguns meninos que estavam ali. Então resolvo ligar para Luiza, ela ainda deve estar furiosa.

- Gabriela sua vaca. _ Diz assim que atende.

- Luiza isso é jeito de falar comigo? Tenha mais educação! _ Digo me segurando para não rir.

- Você me deixou preocupada, Gabi, quando o rapaz do Uber veio nos buscar como ele disse que viria, e você não apareceu para ir embora. Fiquei agoniada de preocupação. Você podia pelo menos ter mandado uma mensagem, tentei te ligar algumas vezes mas seu celular estava fora de área. Agora, me conte tudo! Como foi com o cavaleiro sobre rodas?

Só a menção que Luiza fez sobre Otávio, fez com que meu corpo todo reagisse com as lembranças de ontem.

Conto por alto algumas coisas para Luiza, somente o que acho, que ela deva saber. Luiza me mataria se soubesse que eu fiquei de quatro por um cliente.
Isso nunca havia me acontecido... Eu já mais havia deixado, que um cliente me despertasse tanto interesse e sensações maravilhosas.
Mas Otávio... Otávio...Otávio nada! É só um cliente como outro qualquer.
Nunca mais irei vê-lo novamente.

E realmente acho isso uma pena!

Voltamos para casa, pois pedi que o mercado entregasse a compra já que meu carro ficou no clube. Sendo assim não podíamos demorar muito. Prometi a Lucas que iria levá-lo mais vezes a praça.

Já de noite, depois de dar janta para as crianças resolvemos assistir um filme. Ideia mal sucedida. Eles logo caíram no sono. Peguei um de cada vez os colocando em suas camas. Paro um tempo e fico os admirando, como são lindos! Eles são minha vida e tudo que faço por eles, vale a pena!

Volto para sala, mas antes abro uma garrafa de vinho, vou tomar uma taça para aproveitar minha noite de folga! Fico na dúvida se assisto um romance ou leio um livro.
Decido assistir um romance daqueles bem clichê. Outra atitude mal sucedida... Começo a me lembrar de Otávio, de suas mãos sobre meu corpo do seu beijo, do seu cheiro... Droga Gabriela! Desligo a televisão e vou para meu quarto.
Já em meu quarto tiro minhas roupas para tomar um banho! Quando vou entrar no banheiro escuto meu celular tocar. Volto para pegá-lo atendendo em seguida.

- Alô! Digo e aguardo uma resposta.

- Jade, sou eu Maurício! _ Diz e eu reviro os olhos.

- Maurício? Aconteceu alguma coisa? _ Pergunto receosa.

- Não... É... É que como você não veio trabalhar hoje, eu senti sua falta! Gostaria de saber se você está bem!
_ Diz gaguejando.

- Estou ótima Maurício! Obrigada por se preocupar! Ajudo em algo mais?

- Então! Você não quer tomar um vinho comigo? Se quiser posso ir até você. É só me passar seu endereço. Hoje meu irmão veio me ajudar com o clube, posso deixar ele aqui e ir até você.
_ Diz, e sua voz parece esperançosa.

- Maurício não me leve a mau mas... Eu não quero! Nunca dei meu endereço aí no clube justamente porque não quero misturar as coisas, minha casa é lugar sagrado para meus filhos. E hoje você me deu folga, quero aproveitar ao máximo com eles, agradeço sua preocupação mas é só isso mesmo. Agora tenho que desligar meu filho está me chamando. _ Minto, e encerro a ligação.

Amanhã me entendo com Maurício! Vou deixar bem claro para ele que não há, a menor chance de termos alguma coisa.
Volto em direção ao banheiro para em fim tomar meu banho.

Acordo tendo a sensação que está acontecendo um terremoto em minha cama! Abro meus olhos e vejo Ana acompanhada de Lucas, eles estão sobre mim. Amo acordar assim!

- Vamos mamãe. Levanta estou com fome! _ Diz Ana.

- A não, me deixa dormir mais um pouquinho! _Digo fingindo que vou dormir novamente

Lucas puxa minha coberta e os dois caem sobre mim me fazendo cócegas.
Levanto agarrando os dois e caímos no chão, continuando a brincadeira.

Depois de estarmos os três jogados e cansados da brincadeira, levantamos e seguimos para cozinha para tomar café.
Tomamos café em um clima muito divertido. Lucas e Ana foram para sala assistir desenhos e eu, estava me preparando para começar a arrumar a casa, quando interfone tocou.

- Samuel, aconteceu alguma coisa?
_ Pergunto assim que atendo.

- Dona Gabriela, tem uma encomenda que chegou agora para a senhora posso mandar subir?

- Encomenda Samuel? Mas eu não estou esperando nada! Do que se trata? _ Pergunto muito curiosa.

- Bom dona Gabriela, pelo que posso ver são flores. Mando subir ou dispenso o entregador.

Penso em dispensar a entrega mas como sou muito curiosa mando que suba. Fico aguardando já na porta mesmo sabendo que vai demorar um pouco até que o coitado suba todos aqueles lances de escada.
Quando o entregador aparece em meu campo de visão fico ainda mais intrigada.
Ele me entrega um enorme buquê de rosas vermelhas e me dá um papel para que eu assine. Após assinar, agradeço e ele se vai.
Entro novamente fechado a porta, e vou até a mesa depositando as flores ali, a procura de um cartão que identifique quem as enviou.
Quando acho finalmente um cartão o leio.

** * Estas rosa não tem o perfume tão doce quanto o seu, mas espero que elas sirvam para alegrar o seu dia!***

Leio aquelas palavras e releio novamente, mais algumas vezes.
Quem teria me mandado?
Que eu me lembre não tenho nenhum admirador que saiba meu endereço!
Isso me deixa preocupada.

- Olha Lucas mamãe ganhou flores! Hummm mamãe me dá uma florzinha!
_ Grita Ana passando as mãozinhas sobre as rosas.

Lucas não fala nada apena fica parado nos olhando.

- Pegue Ana, são todas suas. Pode colocá-las onde você quiser meu amor!
_ Digo a deixando feliz.

Deixo novamente eles sozinhos e sigo para fazer oque tinha em mente. Limpar a casa!

O dia passou bem rápido hoje. Limpei a casa, cozinhei para as crianças e ainda consegui hidratar meus cabelos... Hoje foi um dia produtivo!
Olho no relógio da parede da cozinha e vejo que logo Maria estará chegando.
Lucas e Ana já tomaram banho e estão prontos para jantar, Maria vai ficar surpresa!

- Ana, Lucas venham o jantar está servido. _ Grito.
Mal acabo de fechar a boca ouço o barulho da porta se abrindo.

As crianças comemoram a chegada de Maria , correm até ela para abraça-la.

- Ei cuidado vocês dois vão derrubar a dona Maria! _ Digo tentando conter os meus terremotos.

Maria abraça cada um deles e depois vem para me abraçar também.

- Menina oque aconteceu nessa casa hoje? Acordou animada foi? _ Pergunta sorrindo.

- É Maria hoje eu estava a todo vapor, mas também não a nada como uma noite de sono bem dormindo.

Depois de conversar algumas amenidades com Maria, pego minhas coisas para ir trabalhar. Terei que pedir um Uber já que estou sem meu carro.

Dou um beijo em cada um e desço correndo, vejo pelo aplicativo que meu carro já está chegando. Ponho meus fones de ouvido, e aproveitei para curtir o caminho ouvindo uma boa música já que não sou eu que dirijo hoje.

Quando finalmente estamos chegando, peço ao motorista que pare um pouco antes do meu destino. Prefiro fazer esse pequeno trajeto a pé! Ainda com meus fones no ouvido, caminho sem prestar muito atenção a minha volta.
Quando estou me aproximando da entrada do clube, tiro meus fones para os guardar na bolsa.
Faltando mais alguns passos para entrar, ouço uma voz conhecida, chamar por meu nome. Ao mesmo tempo que meu corpo treme de medo... Ele se arrepia de excitação!

- Jade. Ou prefere que eu a chame de Gabriela? _ Pergunta todo imponente.

Me viro, e parece que faço isso em câmera lenta. Ele me chamou pelo meu verdadeiro nome... Como ele descobriu isso?
Caminho agora apressadamente até ele.

- Não repita mais isso aqui! Onde descobriu isso? Você está me perseguindo? _ Digo em tom de reprovação, mas em voz baixa.

Otávio continua me olhando e parece notar o meu desespero.

- Desculpe! Eu só queria te ver outra vez. Aceita ir jantar comigo? Por favor!
_ Diz em tom amigável.

Ele só pode estar louco!

- Otávio! Eu não posso ir jantar com você, eu tenho que trabalhar! _ Digo mesmo que minha vontade seja outra.

- Eu pago! Me diga. É falar quanto e dinheiro não será o problema. _ Diz confiante.

Quando ia responder Otávio, aparece Maurício com uma cara nada boa.

- Jade, você já está atrasada. Entre a casa está cheia não há porque ficar aqui fora de conversa fiada.
_ Diz pegando em meu braço.

O que ele pensa que está fazendo, para sair me puxando assim? Deve estar louco também!
Puxo meu braço de sua mãos e vejo que onde ele apertava ficou vermelho.
Antes que eu possa responder Maurício, Otávio começa a falar:

- Tire suas mãos dela! Quem você pensa que é para tratar uma mulher assim? _ Diz ele carregando de raiva.

- Eu sou o patrão dela. E você quem é? Está se doendo porque? Vai levar dessa cadeira para brigar comigo? _ Diz debochando de Otávio.

A forma como ele se referiu a condição de Otávio me deixou revoltada. Ele não podia o tratar assim.

- Ga... Jade, venha comigo aceite minha oferta! _ Pediu Otávio, quase me chamando por meu verdadeiro nome.

- Jade se você sair daqui agora com seu amiguinho, aleijado não precisará mais voltar. Eu não dou permissão para que você o atenda. _ Diz Maurício.

Não acredito que ele está me chantageando! Fico perdida sem saber o que fazer. É desse clube que tiro o sustento dos meus filhos. Se eu não puder voltar mais como vou manter minha casa?
Otávio como se lesse meus pensamentos moveu-se até mim segurou em minhas mãos e falou:

- venha Jade! Só venha comigo e ficará tudo bem! _ Disse de uma maneira que me passou segurança.

Então eu só balancei minha cabeça em concordância.

- Vamos! Jorge nós aguarda no carro!
_ Disse ele.

- Meu carro, não posso deixar meu carro aqui outra vez. _ Digo.

- Não se preocupe, mandarei um de meus funcionários vir buscar. _ Disse pegando em minha mão enquanto íamos em direção ao carro.

Maurício gritou e esbravejou , mas fiz de conta que não estava ouvindo.
Eu estava enfeitiçada pelo homem ao meu lado.
E eu sabia que ia me arrepender da decisão que acabei de tomar. Mas...

Não quero pensar nisso agora. A única coisa que passa em minha cabeça é, beijar Otávio outra vez.
E como se fosse uma necessidade de meu corpo eu fiz...

Quando estávamos acomodados no carro olhei em seus olhos e me joguei em seus braços! Eu o beijei... E pode parecer exagero de minha parte mas o nosso beijo tinha sabor de saudade...


Capítulo 6

Narrado por Otávio

Em meu escritório, tento por meus pensamentos em ordem. Pego meu celular e faço uma discagem rápida para minha mãe. Preciso saber como são os pensamentos de Vicente sobre mim.

- Mãe! Digo assim que ela atende.

Mas ninguém fala nada do outro lado! Começo a me preocupar.
Então continuo a espera de uma resposta.
Mas a única coisa que ouço é uma respiração ofegante e tenho certeza que a pessoa do outro lado está chorando.

- Mãe por favor, fale comigo! Me desculpa por ter passado tanto tempo longe sem me comunicar com a senhora ou com Vicente. Mãe... Fale comigo eu preciso ouvir sua voz. _ Digo ansioso.

Aquele silêncio estava me matando. Eu entendia a mágoa de minha mãe, eu simplesmente sumi e não quis falar com ninguém. Mas eu preciso que ela fale comigo, preciso que ela me de notícias de meu filho.

- Mãe... Eu preciso saber do meu filho... Mãe eu tenho que saber se Vicente me perdoou, se ele ainda me ama! Mãe eu imploro me responda. _ Digo e percebo as lágrimas caído de meus olhos.

Eu já estou chorando no telefone, eu já estou quase desistindo quando a pessoa do outro lado resolve se pronunciar.

- Eu te amo pai! _ Disse soluçando.

Ao ouvir aquelas palavras que saíram da boca do meu filho, meu coração quase explodiu. Agora éramos dois chorando desesperadamente. Eu não conseguia falar mais nada eu só tinha culpa naquele momento! Meu filho meu menino, passou por tanta coisa e ainda consegue dizer que me ama!

- Filho, meu filho... Me perdoa pelo amor de Deus! Me perdoa! _ Digo desesperado.

- Pai eu te amo, eu nunca te odiei pai. Por favor me deixa te ver, eu tenho tanta saudade. Por favor papai não me abandona outra vez. _ Diz soluçando de tanto chorar.

Preciso recuperar a razão! Tenho que ser forte agora. Meu filho precisa que eu seja forte.

- Vicente, filho se acalme! Eu não vou mais a lugar algum sem você. Eu te amo meu filho, me perdoa por ter te deixado. _ Digo tentando me controlar.

- Filho cadê sua vó? Porque está com o celular dela? Aconteceu alguma coisa?
_ Pergunto agora preocupado com minha mãe.

- Pai a vovó saiu! Ela esqueceu o celular ,mas já deve estar voltando.
Pai eu quero te ver, me deixa ir até você! _ Diz Vicente aflito.

Recuperando meu fôlego mais uma vez, acalmo meu filho.

- Filho, eu quero te ver também! Liguei exatamente para falar com sua vó sobre isso. Quando minha mãe chegar peça a ela que venha! Venham me ver eu preciso te abraçar. _ Digo com todo amor que sinto.

- Sim papai, nos vamos! Mal posso esperar para que vovó chegue. _ Diz entusiasmado.

Despeço-me de Vicente com a alegria de saber que ele deseja me ver tanto quanto eu a ele.
Ainda ali tentando absorver aquele turbilhão de emoções que se irradiava por todo meu ser, ouço alguém batendo na porta e a abrindo em seguida.
Guilherme põem sua cabeça para dentro e pergunta se pode entrar.

Logo mando que entre! Ele me analisa, e nota que estou com olhos vermelhos, ele não fala nada somente vem até mim e me abraça.
Guilherme é um irmão para mim o único que mantive contato pelo tempo que estive fora. E não foi por vontade minha! Ele simplesmente não me deixou em paz. E sinceramente o agradeço por isso.
Após quebrar nosso abraço, decido colocá-lo a par de tudo que aconteceu com a minha volta.

- Agora, me conte tudo que Afonso aprontou Otávio! Ele me ligou dizendo que tinha preparado uma festinha particular para comemorar a sua chegada. Eu o alertei que você não ia gostar disso mas seu pai não é um velho fácil e você sabe muito bem disso. _ Disse puxando uma cadeira para sentar.

- Não diga novamente que aquele verme é meu pai! A culpa disso tudo é dele. _ Digo.

Conto por cima algumas coisas que aconteceram na última noite mas ainda não falei sobre Gabriela.
Estou deixando para o final pois quero que ele me ajude a descobrir tudo sobre ela. Tudo, quero saber tudo!

- Então Guilherme foi isso que aconteceu! Mas... Tem uma coisa que ainda não falei... _ Digo passando as mão por meus cabelos.

- Otávio... Otávio, tem um MAS, nessa história? Desembucha logo! _ Diz ficando de pé.

- Calma! Não e nada grave é ... É que, como eu já te contei, Afonso contratou duas garotas para animar a "festa" e... E... Eu passei a noite com uma delas! Bom na verdade eu a peguei em um leilão que armaram no meio da palhaçada toda. _ Digo e ele me olha surpreso.

- Ora... Ora! Meu amigo, mau voltou e já esta passando o rodo. Muito bem Otávio! Uma preocupação a menos para que eu tenha com você! _ Diz sorrindo.

- Não! Você ainda não entendeu. Mas sente-se vou te explicar melhor. E vou precisar de sua ajuda! _ Digo sabendo que ele vai surtar.

Conto tudo para meu amigo, como a vi pela primeira vez, a maneira que me impus contra Ricardo para que eu ficasse com Gabriela. Conto como foi maravilhosa a sensação de tela em minha mãos. Falo sobre o cheiro doce que ela tem, falo sobre o beijo dela que já mais havia tocado lábios tão doces quanto aos dela.
E por fim conto que mandei o motorista seguir- lá até sua casa, e que descobrisse algo sobre ela, passando-lhe oque Jorge havia descoberto. Após despejar tudo, fico aguardando que ele fale.
Ele parece não acreditar em tudo que acabei de falar!

- Otávio! Você está se ouvindo? Já parou pra pensar em tudo isso? Você deve estar ficando louco! Até você ter pagado para passar a noite com ela tudo bem! Que homem nunca pagou para sair com uma garota de programa? Isso é normal! Mas... Cara, você não pode sair por aí mandando seu motorista estalquear a vida da garota. E muito menos querer por um detetive para á investigar. Não pode fazer isso Otávio!
_ Diz incrédulo.

Eu sabia que ele teria essa reação!

- Ok! Se você não quer me ajudar, eu farei tudo sozinho! A final, são minhas pernas que não funcionam e não os meus braços! Eu ligarei para quem for preciso, para poder conseguir o que que quero. _ Digo o deixando ainda mais irritado.

- Porra! Porra, porra Otávio! Não é que eu não queira te ajudar cara, mas isso é precipitado de mais. É normal você se encantar com uma mulher, mas poxa já faz tempo que está sozinho. Não acha que isso é só uma carência?
Você nem sabe se a mulher se interessou por você também. Caralho Otávio, ela é uma... Uma mulher que ganha a vida tirando a roupa para outros homens e se deitando com eles!
Não cai nessa meu amigo você pode sair ferido outra vez! _ Diz tentando me fazer mudar de ideia.

Fico em silêncio pensando em tudo que Guilherme acabou de falar, de certa forma ele tem razão.
Mas o desejo de ter aquela mulher para mim fala mais alto!

- Guilherme! Eu já tomei minha decisão. Com ou sem sua ajuda, eu vou atrás de Gabriela! E sinceramente torço para que eu possa contar com você. _ Digo decidido.

Guilherme levanta suas mãos em sinal de rendição, e volta a se sentar na cadeira.

- Tudo bem! Eu sou seu amigo, aliás eu sou seu irmão! Já mais o deixaria sozinho. Nunca fiz isso e não seria agora que faria. Me conta qual é o plano maluco que você tem em mente?
_ Diz ele esfregando a mãos em seu rosto.

Fico muito aliviado que meu amigo tenha ficado ao meu lado e vai me ajudar, com o que tenho em mente.
Digo a ele tudo que quero, que faça e peço que ele seja rápido!

Ele já pega seu celular e liga para um amigo que fez o trabalho de investigação, quando descobri toda a verdade sobre Clara e Afonso.
Ele passa os dados que Jorge havia descoberto hoje pela manhã. E pede que comece agora mesmo a investigar Gabriela, queremos respostas o mais rápido possível!

- Pronto cara! Agora é só esperar. E espero que você saiba oque está fazendo! Não quero ter que recolher seus cacos novamente. _ Diz levantando-se para ir embora.

- Obrigada meu amigo! Sabia que você não ia me deixar na mão. _ Digo realmente grato.

Guilherme foi embora e eu continuei com minha ansiedade, pois estava a espera de meu filho e minha mãe.
Disco o número da cozinha e peço que Luana prepare tudo que Vicente gosta, quero mimar meu filho.

E digo que vou estar em meu quarto, aguardando a chegada deles.

Já em em meu quarto decido tomar uma ducha gelada para acalmar meus nervos! Vou até o closet e separo uma roupa confortável, ainda tenho um pouco de dificuldade para fazer tais coisas, mas vou me adaptando com o tempo.
Graças ao Guilherme que pensou em tudo consigo ter acesso a tudo não só em meu quarto, como em toda a casa, menos ao andar de cima. Ele queria mandar adaptar um elevador mas achei desnecessário, não tenho a intenção de permanecer muito tempo nesta casa! São muitas as lembranças que aqui, habitam.
Já no banheiro uso as barras adaptadas para mudar para a cadeira de banho. O sentimento de inutilidade é muito grande dentro de mim.
Como posso querer ter uma vida normal? Como posso querer aquela mulher, se eu nem ao menos sei se vou conseguir satisfaze-la! A dúvida começa a me sondar. Será que realmente não estou me precipitando?

Espanto meus pensamentos assim que a água gelada cai sobre mim.

Fico ali deixando aquela água cair sobre meu corpo, me perco nos sentimentos que tomam posse de mim nem sem por quanto tempo permaneço ali.

Já vestido , e agoniado em ficar ali esperando que Vicente chegue resolvo volta a estufa! Aquele lugar me acalma, me faz sentir a presença de Alice.

Quando estou fazendo o caminho até a estufa, meu coração erra uma batida e perco o ar quando vejo Vicente vindo de mãos dadas com minha mãe.

Como, por um impulso e sem pensar inclino-me para frente como se minhas pernas fossem me obedecer. Mas infelizmente caio... Caio no chão e fico envergonhado sinto as lágrimas cair pelos meus olhos não posso acreditar que não posso nem ao menos correr para abraçar o meu filho.
Ainda ali caindo no chão e chorando desesperadamente, vejo Vicente correr em minha direção ele também tem lágrima nos olhos, ele corre... corre e se joga a minha frente ele me abraça ele me puxa para si como se seus braços pudessem me levantar. Ele me abraça desesperadamente, um abraço de saudade um abraço de dor meu filho chora, chora, desesperado falando que me ama.

- Papai, papai, como eu senti saudade de você papai por favor não me abandone nunca mais, eu preciso de você papai eu preciso muito de você, eu já não tenho mais a mamãe eu não tenho mais minha irmã eu só tenho você! Papai eu preciso muito de você não me abandone nunca mais por favor. (...)

Eu não consigo falar eu não consigo soltar Vicente, como eu pude ser tão imbecil? Como o deixei no momento em que mais precisou de mim? Só consigo implorar por seu perdão.

Minha mãe vem em nossa direção e nos abraça, ela também chora está emocionada. Há tempos minha mãe não me via e sinto que ela também sente muita saudade, abraço minha mãe preciso sentir o calor dela senti que ela me ama e também me perdoa. Eu fui muito falho com minha mãe e com meu filho. A culpa que vou carregar por ter feito isso nunca vai me abandonar, eu fui um imbecil um covarde, deixei meu filho no momento em que ele mais precisava de mim. Sem dar satisfação a minha mãe deixando ela morta de preocupação! Como eu pude meu Deus? Como eu pude errar tanto com as pessoas que mais me amam nessa vida?

Jorge que estava a uma certa distância, respeitando o nosso momento começou se aproximar para me ajudar a levantar e voltar para cadeira.
já sentado novamente em minha cadeira, abraço mais uma vez meu filho. Minha mãe pede que eu me acalme e para quê entrássemos para casa assim poderíamos conversar melhor.
já na sala acomodados confortavelmente, Osvaldo vem em nossa direção para saber em que pode nos servir, ele também tem lágrimas nos olhos ele também ficou emocionado. Osvaldo viu meus filhos nascerem ele acompanhou todo o sofrimento que passamos.
Pedir a Osvaldo que me ajudasse a me mover para o sofá, eu queria sentar em um lugar confortável em que pudesse abraçar o meu filho e tê-lo o mais próximo possível de mim. Eu queria pegar aquele moleque em meu colo como há muito tempo eu não fazia, ele já não era mais uma criança pequena ele não era mais um bebê, mas ele precisava do meu carinho e ele precisava que eu o acalentasse ele precisava saber que eu estava ali e não ia mais a lugar algum sem ele.

ficamos ali sentado aproveitando o momento tão desejado por nós três, minha mãe parecia não acreditar que eu estava ali que eu estava bem.

Após longas horas de conversa e depois de ter lanchado com meu filho e minha mãe. Minha mãe decide que é hora de ir embora Vicente olha em minha direção como se fizesse um pedido para que ele pudesse ficar, eu jamais negaria isso ao meu filho eu estou de volta e o lugar dele ao meu lado!

- Mãe. Vicente ficará comigo! Já é hora dele voltar a ser responsabilidade minha. Amanhã mandarei Jorge buscar as coisas dele. _ Digo decidido.

- Meu filho, você se sente bem para isso? Acha mesmo que está pronto para que Vicente fique? _ Pergunta preocupada.

- Vó pode ficar tranquila, eu vou cuidar do meu pai! _ Diz Vicente.

- Sim mãe eu estou pronto! Tudo ficará bem pode ir tranquila. E espero vela em minha casa todos os dias que puder vir nos visitar! _ Digo estendendo os braços para que ela me abrace.

Logo minha mãe se vai e ficamos apenas Vicente e eu, estávamos curtindo o momento e matando a saudade que tanto nos machucava.

o tempo passou tão rápido que só me dei conta quando Luana entrou na sala para avisar que o jantar seria servido.
Pedi que ela chamasse Jorge ou Osvaldo para que pudessem me ajudar a voltar para cadeira. E assim ela fez! Logo estavam os dois, Osvaldo e Jorge parados na sala me olhando e querendo me ajudar. Pronto agora tenho duas babá!
Vicente parecia se divertir com atitude dos dois marmanjos a minha frente ele segurava para não rir. Acabei achando graça da situação também!

Jantamos em um clima muito agradável, eu já não me sentia assim em família há muito tempo realmente é muito bom ter meu filho de volta, espero que daqui para frente nada mais possa nos separar.

Não pude deixar de notar que Vicente não quis tocar no nome de sua mãe e de sua irmã eu sei que ainda dói muito nele, é muito recente, um ano é muito pouco para que amenize a dor que eu o causei. Prefiro não falar nada deixo que ele fale sobre isso quando ele estiver se sentindo à vontade. Será doloroso para nós dois tocar nesse assunto.
Vicente diz que já está cansado e pergunta se pode ir para o seu quarto o mesmo que sempre foi dele e sempre será!
Abraço mais uma vez o meu filho só que agora eu sei que amanhã ele estará comigo. Não só amanhã como em todos os outros dias de nossa vida!

Capítulo 7

Narrado por Otávio

Após uma noite de sono bem dormida eu estava muito tranquilo após resolver a minha situação com meu filho, agora só me resta descobrir tudo sobre Gabriela.

Puxo minha cadeira para sair da cama, hoje eu estou muito disposto. Espero que o detetive que Guilherme contratou me traga notícias o mais rápido possível.
Vou até o banheiro e faço minhas higienes matinais, troco de roupa e saio do meu quarto para tomar café com meu filho, são momentos que eu quero recuperar não quero deixar nada passar, quero recuperar o tempo perdido!
Encontro Vicente já sentado à mesa me esperando para tomar café da manhã, Luana serve o nosso café e Osvaldo está ao nosso lado como um cão de guarda, minha verdadeira babá. Já não consigo mais nem me irritar com isso, estou tão feliz de ter Vicente aqui, que nada é capaz de me tirar essa felicidade

Tomamos café, e olha só... Vicente come, como um verdadeiro leão para onde será que vai toda essa comida?

O moleque é ainda tão mirrado para doze anos! Não posso deixar de ficar encantado com meu filho, ele é um moleque, muito bom! Graças a Deus ele me perdoou, ele não me odeia!
Ao contrário meu filho, me ama e demonstrou isso ontem.

Ainda ali sentados à mesa conversando, e Vicente me contando tudo que fez esse tempo que estive fora, Luana entra e me informa que Guilherme acabou de chegar e foi para o escritório me esperar!
Peço licença o meu filho e vou para o escritório. Será que Guilherme já tem notícias sobre Gabriela?

Ao entrar no escritório vejo Guilherme me olhar com um enorme sorriso no rosto. Logo ele começa a falar:

- Ora meu amigo, fico muito feliz em saber que Vicente está aqui! Até que enfim resolveu dar um pouco de atenção ao seu filho, e deixar essa ideia boba de que ele não o perdoaria. O moleque te ama!

- É verdade Guilherme! Eu perdi um tempo precioso da vida do meu filho, sem contar que ele precisava que eu estivesse ao lado dele para curar as feridas, se eu tivesse ficado, talvez teria me recuperado mais rápido. Mas como sempre agi como um tremendo imbecil! _ Disse pesaroso.

- Bom meu amigo, me sinto muito feliz em ver que as coisas estão entrando no eixos! Mas eu vim aqui porque agora pela manhã o detetive entrou em contato. E descobriu algumas coisas sobre a vida da sua Gabriela. Resolvi vim correndo te contar porque sabia que você estaria muito ansioso. _Diz ainda fazendo suspense.

- Diga-me logo então, pare de rodeios quero logo saber tudo que descobriu sobre Gabriela, quero ir atrás dela o mais rápido possível. _Digo apressadamente.

- Calma meu amigo, não é tão simples assim e creio que o que foi descoberto, não vai te ajudar em muita coisa mas, se servir para alguma coisa faça o que achar que deve ser feito._ Diz e ainda está me matando de curiosidade.

- OK! OK! Agora fale logo já estou ficando irritado de tanto esperar._ Digo parecendo irritado.

- Então Otávio, o detetive entrou em contato comigo hoje de manhã, e me enviou algumas fotos da sua Bela dama indo ao mercado, acompanhada de um garoto que deve ter no máximo uns nove ou dez anos. Não sei exatamente! Tem fotos dela em uma praça tomando sorvete, me mandou também um relatório! Lá contém que ela chegou a cidade tem por volta de uns dois anos, e a exatamente um ano ela trabalha no clube de stripper, ela é bem reservada. Sabemos também, que ela não sai muito para atender... Você sabe bem o que eu quero dizer né! Ela prefere ficar só dançando e tirando a roupa mesmo... Como se isso fosse amenizar alguma coisa... Tem uma senhora que têm livre acesso a casa dela, parece que cuida das crianças para ela trabalhar o nome dessa senhora se eu não me engano é Maria. Ah já ia me esquecendo o nome do filho é Lucas e da menina é Ana a, menina é pequena deve ter cinco ou seis ano.
Ontem ela não foi trabalhar! Aqui neste envelope, contém tudo que Marcos conseguiu levantar sobre ela.
Ah já ia me esquecendo o principal, ela não tem marido! Nunca foi visto nenhum homem a visitando.
_ Disse por fim.

Tem muita coisa que um detetive consegue descobrir em apenas um dia eu estou admirando com o serviço de Marcos! Mas também com o dinheiro que o pagamos o mínimo é ser eficiente.

Quando ele termina, solto o ar que nem sabia que estava segurando!

- Obrigada Guilherme! Não é muito, mas é o suficiente! Mande Marcos continuar a investigar. Quero saber oque a trouxe para essa cidade. E porque foi trabalhar de stripper. _ Digo agora mais tranquilo.

Guilherme pede que eu pense muito antes de fazer qualquer coisa. Que eu não faça nada para me arrepender depois.

Fico grato com sua preocupação!
Logo ele diz que vai ver Vicente, e me deixa sozinho no escritório.
Como não sou homem de ficar esperando para depois...

Ligo para minha secretária, e peço que ela mande flores para o endereço de Gabriela. Passo-lhe o que quero que escreva no cartão e ressalto que não quero ser identificado.
Agradeço e desligo!

Hoje mesmo vou atrás dela. Mal posso esperar para beija-la novamente!

Volto para a companhia de meu filho, que está com Guilherme na sala. Os dois conversam animadamente alguma coisa que ainda não sei do que se trata.
Entro na conversa, mas minha cabeça não está totalmente ali! Não consigo parar de pensar em Gabriela! Será que ela me aceitaria, assim sendo um inválido?

Depois do almoço, ficamos novamente só Vicente e eu.
Ele pede para irmos a estufa, ele sabe o quanto Alice amava aquele lugar.
Eu aceito seu pedido!

Já na estufa ele parece sofrer, vejo lágrimas cair de seus olhos.
Meu coração se parte! Eu não queria vê-lo chorar nunca mais!
Ele parece querer falar algo, mas eu não o pressiono! Quero que ele fale quando estiver pronto.
E não demora muito para que aconteça...

- Pai? Você me perdoa? _ Pergunta e fico sem entender.

- Te perdoar meu filho? Pelo que? Se foi eu que te fiz tanto mau! _ Digo.

Ele continua em silêncio até tomar coragem de começar a falar!

- Pai, eu sabia! Eu sabia que minha mãe estava se encontrando com meu avô! Eu eu já tinha visto eles algumas vezes quando íamos a casa da vovó.
Só que eu tinha medo pai! Eu tinha medo do que ia acontecer se eu te contasse. Eu tinha medo e estava certo em ter!

Sinto meu sangue gelar quando ouço oque Vicente acaba de falar. Claro que eu não iria sentir raiva do meu filho. Eu sinto é asco por aquela mulher que um dia foi minha esposa e mãe dos meus filhos! Como podia ser tão imprudente? Como pode ter deixado nosso filho ver a sem-vergonhice dela.
Eu já andava desconfiado que Clara estava me traindo, mas nunca, nunca em toda minha vida iria imaginar que séria com meu próprio pai.
Quando Guilherme sugeriu que eu contratasse um detetive para segui-la eu neguei, eu não queria acreditar que depois de tantos anos juntos ela seria capaz disso.
Mas as coisas foram piorando ainda mais, então concordei com Guilherme. Era melhor acabar logo com essa dúvida!
Passou alguns dias e Guilherme ligou em minha sala pedindo que eu fosse até a sala dele com urgência.
Quando cheguei em sua sala ele não me disse nada! Apenas me entregou o envelope que já estava aberto.
Pude sentir naquela hora, que minha vida iria desabar....

Chamo meu filho para mais perto de mim, e ele vem!
O abraço forte. Quero que ele saiba que não tem culpa de nada.

- Você não tem culpa de nada. Você está me ouvindo? Nada! Você e Alice são os únicos inocentes nessa tragédia toda. _ Digo segurando em seu rosto.

Ficamos ali em silêncio por um longo tempo... Até que me lembrei que tenho que sair!

- Filho, eu vou dar uma saída, e pode ser que eu demore a voltar. Você se importa de ficar com Luana e Osvaldo?

- Não pai pode ir tranquilo. Eu ficarei bem!

Agora bem mais tranquilo eu vou me arrumar. Mas antes tenho que avisar Jorge que logo vamos sair.

Já estando pronto me despeço de Vicente, me certificando que ele ficará bem.

Jorge vem e informa que já está só a minha espera.
Entro no carro e não consigo controlar meu nervosismo. Merda... Pareço um adolescente indo para o primeiro encontro.

Chego de frente ao clube, e fico olhando atento na esperança de ver Gabriela chegando.
Já estamos aqui a uns trinta minutos e nada dela aparecer.
Começo a pensar que ela não vira hoje.
Peço que Jorge me leve para casa dela. Eu não vou desistir tão fácil!
Quando Jorge está virando o carro para irmos, meu coração acelerado, minhas mãos começam a soar...

Peço que Jorge pare imediatamente e abra a porta para que eu saia de dentro do carro.
Inferno! Eu queria a correr até ela.

Vejo que ela vem distraída e cantarolando alguma coisa... Ela é linda... Ela é perfeita!

Vejo que ela guarda algo em sua bolsa, e quando ela está quase entrando no clube eu a chamo.

- Jade. Ou prefere que eu a chame de Gabriela? _ Pergunto imponente.

Quando pronuncio o seu verdadeiro nome sinto que ela se desespera. Me arrependo de minha atitude. Ela vem até mim furiosa.

- Não repita mais isso aqui! Onde descobriu isso? Você está me perseguindo? _ Diz em tom de reprovação, mas em voz baixa.

- Desculpe! Eu só queria te ver outra vez. Aceita ir jantar comigo? Por favor!
_ Digo amigável.

Aguardo sua resposta ancioso mas ela parece irredutível.

- Otávio! Eu não posso ir jantar com você, eu tenho que trabalhar. _Diz.

- Eu pago! Me diga. É só falar quanto e dinheiro não será o problema. _ Digo confiante.

Quando ela ia finalmente me responder, aparece um idiota com cara de poucos amigos.

- Jade, você já está atrasada. Entre a casa está cheia não há porque ficar aqui fora de conversa fiada.
_ Diz pegando no braço dela.

O que esse filho da puta pensa que está fazendo?

- Tire suas mãos dela! Quem você pensa que é para tratar uma mulher assim? _ Digo com vontade de socar a cara dele.

- Eu sou o patrão dela. E você quem é? Está se doendo porque? Vai levantar dessa cadeira para brigar comigo? _ Diz debochando da minha condição.

A maneira como ele falou comigo, me fez pensar se realmente eu tenho condições que querer essa mulher a minha frente. Não tenho nem ao menos como brigar por ela, ou a defender!

Faço uma última tentativa e vejo que ela está quase cedendo.

- Ga... Jade, venha comigo aceite minha oferta! _ Peco, quase a chamando por seu verdadeiro nome.

- Jade se você sair daqui agora com seu amiguinho, aleijado não precisará mais voltar. Eu não dou permissão para que você o atenda. _ Diz o imbecil.

Não acredito que ele está a chantageando! Jade parece lutar contra a vontade de vir comigo. Talvez ela esteja com medo de alguma coisa ou até mesmo de alguém.
Vou até ela tentando lhe passar segurança.

- Venha Jade! Só venha comigo e ficará tudo bem! _ Disse na esperança que ela confie em mim.

Então ela só balança a cabeça em concordância.

- Vamos! Jorge nós aguarda no carro!
_ Digo.

- Meu carro, não posso deixar meu carro aqui outra vez. _ Diz aflita.

- Não se preocupe, mandarei um de meus funcionários vir buscar. _ Digo.

Peguei em sua mão a guiei até meu carro. Ela ainda permanecia quieta.

Dentro do carro eu achei melhor deixar que ela falasse quando estivesse a vontade.

Mas ela ficou me olhando fixamente como se pudesse ler meus pensamentos... Eu queria beija-la... Queria tocar seu corpo outro vez!

Tomo um susto quando ela solta o sinto de segurança abruptamente e se joga em meus braços... A beijei com tudo aquilo que que tinha... Com Desejo, com saudade .... Como podia sentir saudade dela? Mas eu tinha!

A puxei ainda mais para perto de mim eu queria ela bem ali... Em meus braços! Ela vai parando no beijo lentamente e continua me olhando.
Ela passa as mão por meu rosto, e por meu cabelo o bagunçado.

- Desculpe, mas eu não pude me conter... Diz com voz ofegante.

Ela começa a se retirar do meu aperto mas eu não permito.

- Que bom que não se conteve! Eu estava louco por isso. _ Digo em seu ouvido.

Aproveitei o contato para apreciar o seu cheiro. Esse cheiro que me enfeitiçou!

- Otávio eu não quero jantar... Eu quero ficar sozinha com você! _ Disse me deixando louco.

Abaixo o vidro que dá acesso ao motorista, e peço que ele nos leve agora mesmo para minha casa.

Gabriela que estava com a cabeça encostada em meu ombro, saiu de imediato como se ali tivesse espinhos.
Não entendi oque houve!

- Olha aqui Otávio, não pense que sou idiota e ingênua não! _ Diz apontando o dedo em minha direção.

- Desculpe Gabriela... Mas eu não estou entendendo.

- Gabriela, Gabriela, Gabriela... É isso mesmo Otávio! Onde descobriu meu nome? E foi você! Não foi? Me mandou aquelas flores! O que pensa que está fazendo?

Até chego achar graça de tudo aquilo, mas uma hora ou outra vou ter que contar.

- Quando saiu de minha casa, parecendo que estava fugindo da polícia. Mandei que meu motorista a seguisse.

Ela me olha incrédula!

- Depois, pedi que ele tentasse descobrir algo sobre você... E agora estamos aqui!

- O que mais seu motorista descobriu sobre mim?

- Que você tem dois filhos...

- Agora chega! Para o carro eu quero descer. Agora Otávio eu quero descer agora!

- Gabriela, me escuta, se acalma! Olha pra mim. Gabriela olha pra mim agora!

Ela se assusta e me olha!

- Desculpe eu não queria gritar!
Veja só... Vamos conversar deixe eu te ajudar... Me conta sobre sua vida... Sobre você! Eu realmente quero saber tudo, e se você deixar eu farei oque puder para te ajudar!

Ela não responde nada, fica o restante do caminho em silêncio!

Chegando em casa fomos direto para o meu quarto. Pedi a Osvaldo que não deixe Vicente saber que já voltei. E por nada, por nada mesmo quero ser incomodado.

Gabriela entra em meu quarto e se senta na poltrona, cruzando os braços de frente ao corpo. Até assim ela consegue ficar linda.
Paro minha cadeira de frente a ela.

- Gabriela! Me desculpe se eu te assustei aquela hora! Eu não sou assim. Me desculpa de verdade.

Ela ainda permanece em silêncio. Mas ao pouco vai mudando sua expressão emburrada.

- Otávio você disse que faria qualquer coisa para me ajudar não foi?

- Sim! Peça e se tiver ao meu alcance eu farei.

- Eu vou entrar naquele banheiro agora! E quando eu sair... Eu quero você deitado em sua cama, sem essa roupa que está usando... Exatamente como estava na noite que que nos conhecemos!

Disse, e se levantou indo em direção ao banheiro!
Ainda ali sentado em minha cadeira, pensei se eu poderia fazer o que ela havia acabado de me pedir.
Não o fato de ir para cama... Mas sim se eu poderia dar a ela oque ela queria!
Será que eu conseguirei satisfazer essa mulher que tanto tenho desejado?

Movo minha cadeira até a cama e tiro minhas roupas, logo em seguida passo para minha cama. Sinto meu corpo todo tenso, e minhas mãos estão molhadas.

Parece que já faz uma eternidade que Gabriela entrou naquele banheiro, não estou mais aguentando de tanta ansiedade! Olho várias vez a hora em meu celular. Se eu pude andar, iria buscá-la!

Fico ainda mais nervoso quando finalmente a porta do banheiro se abre e Gabriela sai dela totalmente nua... Minha boca chega a salivar de tanto desejo... Vontade de provar seu sexo!

Ela vem lentamente como se tivesse ouvido uma música, e ela a pudesse sentir! Posso afirmar que nunca tive uma visão tão apetitosa!

Gabriela sobe na cama sentando-se de pernas abertas sobre mim, passa suas mãos por meu pescoço e ataca minha boca em um beijo ardente.
Aperto seu corpo ainda mais para mim, desço minha não por seu corpo aproveitando ainda mais, Gabriela enclina seu corpo para traz me dando livre acesso ao seus seios.
Deliro de excitação a cada movimento seu , me sinto vivo! Sinto que estou voltando a vida...
Abocanho seu mamilo enquanto acaricio o outro.
Sinto que meu membro já está a ponto de explodir... Ela está sentindo o quanto estou excitado, ela rebola em cima dele fazendo movimentos de vai e vem. Se ela não parar não vou aguentar!
Ela está se movendo para sair de cima de mim. Eu a queria ainda aqui tão perto como se fossemos um só. Gabriela distribui beijos pelo meu corpo e aproxima suas mãos de minha cueca. Penso em pedir que ela pare! Mas não faço! Deixo que ela tire minha cueca deixando em evidência o tamanho da minha excitação!
Chego a perder o ar...
Gabriela em apenas um movimento abocanha o meu pau o chupando cheia de vontade e desejo.

- Gabriela... Se você não parar eu não vou aguentar! _ Digo pois não estou mais aguentando.

Ele continua me chupando, e olhando para mim! Puta merda como ela está sexy com o meu pau na boca.

- Goze para mim Otávio, me deixe sentir o seu sabor! _ Diz e volta abocanhar o meu pau.

Como se meu corpo fosse seu escravo, ele atende imediatamente o seu pedido.

Eu gozo jatos quentes de porra em sua boca e ela cheia de desejo engole tudo não deixando sobrar nada.

Me mexo na cama para deitar e poder abraça-la, ela deita sobre o meu corpo e voltamos a nos beijar, o meu pau já duro outra vez nem parece que acabei de gozar. Gabriela está muito excitada se mexe sobre mim, seu corpo também implora por um orgasmo.

- Gabriela eu preciso estar dentro de você, eu preciso te sentir ainda mais!
_ Peço.

- Eu também quero te sentir dentro de mim Otávio. _ Diz ela.

Gabriela se levanta e vai até sua bolsa, e volta trazendo um preservativo, ela abre a embalagem e com a boca desliza o preservativo sobre meu pau ereto.

Puta merda essa mulher vai me enlouquecer!

Ela volta a subir em cima de mim, e também a me beijar.
Logo ela enclina seu quadril e segura meu pau... Vai sentando lentamente como se estivesse absorvendo a sensação que tomava conta de nós.

Porra! Que mulher quente!

Ajudo ela com os movimentos, e aperto seus seios, é a coisa mais linda ela cavalgando em meu pau.

- Otávio... Eu vou gozar eu não aguento mais eu.. eu... Goza comigo Otávio!

Ela ordena e meu corpo a obedece mais uma vez.

Gabriela cai sobre meu corpo, nossas respirações estão ofegantes. Eu mal tenho forças mas eu a abraço, eu a abraço loucamente, eu cheio seu cabelo beijando sua cabeça.

Eu quero que ela sinta como estou, como me sinto! Quero agradecê-la por me mostrar que eu ainda sou um homem! Eu a quero e preciso que ela saiba disso...

Continua amanhã

Ansiosas? O que acharam deste capítulo?




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