Conto Erótico - Prisioneira do Trafico (Livro 2) - Capítulos 04, 05 e 06
Prisioneira do Tráfico
Livro 2
Autora: Patrícia Melo
Capítulo 4
Amadeo
Vou atrás do homem que se parecia muito com o desgramado do Diogo, ele virá a direita e apresso o passo, viro na mesma direção, já com a arma em punho. Diogo é um cara muito esperto, se realmente é ele, com certeza ele deve está preparado para nos enfrentar.
Dou de cara com... simplesmente ninguém! O cara que eu estava perseguindo, simplesmente sumiu!
- Desgraçado!
É ele! Com certeza! Pego o rádio e aviso a todos os seguranças que fiquem atento. A maioria dos quartos são leitos de pacientes, abro os outros cômodos e não encontro nada!
Decido ir para os leitos dos Martínez, dois dos seguranças fazem vigilância.
- Tudo tranquilo por aqui? Por que os dois estão na porta do quarto de Sara?
- Sr. Martínez está com ela. - um dos homens fala.
- Mas ele não pode, Sara está fraca!
- Sinto muito sr. Amadeo, nada impediria ele entrar, mesmo um pouco debilitado, temos muito respeito por ele.
Acho melhor não dizer nada, sei bem o que eles estão falando, Léo é imponente e exala respeito, poder e autoridade. É temido por todo o tráfico, mesmo tendo saído recentemente do mesmo, essa autoridade jamais sairá dele, é algo natural, assim como o seu irmão exala perversidade, é impossível não perceber que Diogo é um homem mal, não sei como Sara se deixou seduzir por ele. Diogo é um homem bonito, sempre atraiu muitas mulheres, mas Sara é tão esperta, talvez a juventude e a imaturidade dela, a fez cair na cilada daquele asqueroso.
Dou três toques na porta antes de entrar, abro suavemente e porra... devo está virando uma mulherzinha de merda, a imagem que eu vejo faz meu coração pulsar forte. Só consigo pensar na loira... como poderíamos viver um amor assim...
Não Amadeo, você não pode viver nada relacionado ao amor. Você é um homem mal, que faz coisas ruins. Amor não faz parte do seu dicionário.
Léo e Sara estão dormindo abraçados no pequeno leito, até o mais cético dos homens, certamente se renderia ao amor dos dois. Uma mulher é capaz de transformar a vida de um homem, a minha vida inteira vivi no meio do perigo, e já vi clãs serem levantados e destruídos por causa de mulher. Essa é uma das razões pelo qual não me envolvo.
Me surpreendo, quando em frações de segundo,
Léo está com uma arma apontada em minha direção, e suspira aliviado ao ver que sou eu.
- Vejo que não perdeu o jeito. - Falo baixo para não acordar a mulher.
- A mão esquerda não me dá tanta habilidade, mas da para o gasto. - Ele sorri e saí do abraço da sua amada sem acorda-la.
Levanta, e eu sorrio da roupa do hospital.
- Você ficou bem de vestido. - O provoco e recebo um olhar matador em troca.
- Suponho que não veio velar nosso sono.
- Muito perspicaz Martínez.
- Fale logo, e espero que seja algo sério, por mais que o leito seja apertado, foi a melhor dormida que tive desde que cheguei nesse maldito hospital.
- Não fale assim, esse é o local de trabalho de Olívia. Apenas as condições que os trouxeram aqui não foram favoráveis.
- Vejo que em breve, eu estarei rindo de um bobo apaixonado.
- Apenas sonhe com isso Martínez. - Finjo-me de durão, mas é em vão, ele sabe o quanto a loira mexe comigo.
- Então fale logo, senhor "durão".
- Vamos para o seu quarto, não quero acordar Sara e deixá-la preocupada, você melhor que ninguém sabe como está o emocional dela.
Ele me olha desconfiado, dá uma última conferida na mulher e saí. Ele sabe que tempos ruins chegaram e não podemos vacilar.
Na saída do quarto, ele dá uma ordem:
- Defendam minha mulher com a própria vida se possível.
- Sim senhor! - Os dois seguranças falam.
#Leonardo Martínez
Me sinto fodido! Essa é a palavra certa! Desde que eu filho da puta do Diogo apareceu, tudo começou a desandar. Preciso por um fim na vida daquele desgraçado, ele não vai parar enquanto não pegar Sara...
Vi o jeito que olhava para ela, uma mistura de amor, ódio, posse e ressentimento. O que vi, não gostei. Na verdade odiei! Ele pode ter sido o marido dela, mas hoje ele não é nada dela! Nada!
Estou furioso! Com ódio mortal dentro de mim! Ainda sinto ardência no braço e na lateral da cintura, onde os dois tiros pegaram de raspão. Não consigo entender, por que Amadeo não mirou na cabeça daquele maldito?
Legítima defesa, ou qualquer caralho! Fato é que teríamos nos livrado dele. Mas parece que que meu "querido" irmão tem pacto com o satanás, porque nada consegue atingi-lo, até eu mirar na cabeça dele.
Quando soube que a minha ruivinha estava acordada, ninguém me impediu de ir vê-la, olhar essa mulher é como se o meu coração ganhasse mais uma batida, suspeito que todas as batidas que faz agora é por ela, como se dissesse Sa-ra.
Entramos no meu quarto e nos acomodamos no sofá. Amadeo está tenso, percebe-se pelo olhar, ele é uma raposa, tenho sorte de tê-lo ao meu lado, ele não sossegará até encontrar o Diogo.
- E então? Quais são as novidade?
- Acredito que tenha visto Diogo agora pouco nesse corredor.
- O quê? - Levantou-me muito rápido e sinto uma fisgada nos postos.
- Ja passei o rádio para nossos homens ficarem atentos. Ele simplesmente sumiu de vista, e nesse andar a maioria é quarto de pacientes e não posso invadi-los. Mas como disse, se for realmente ele, nós o pegaremos.
Levanto a cabeça para o alto, suspiro e penso: "Quando esse pesadelo vai ter fim?" Em outros tempos pegaria Sara e Rebeca e viajaríamos pelo mundo, e deixaria Amadeo em busca de Diogo, não que eu queira fugir de uma briga com ele, mas quero apenas viver minha vida com as minhas meninas, do que me preocupar com esse psicopata.
Mas não posso fazer isso, Sara está grávida e de gêmeos, já sofremos quando ela perdeu o primeiro bebê que esperava, eu irei protegê-la a qualquer custo dessa vez, nem que isso custe a minha vida.
- Isso tem que acabar Amadeo, e tem que ser logo! Diogo nãos pode ganhar mais confiança, ele tem que ser parado logo, já que quis se aparecer, boa coisa ele não está tramando.
- Eu sugiro que não conte nada a Sara, ela está muito debilitada. Vou conversar com Olívia, quanto mais cedo vocês saírem daqui, melhor.
- Eu não vou me esconder em casa por dele, vou acabar com a raça daquele filho da puta.
- Sei disso Léo, eu e você sabemos nós defender, mas Sara? Ela é o alvo dele, ela e a filha é com quem devemos nos preocupar.
- Tem razão. O Diogo é sujo, já começou as investigações?
- Já, dentro de dois dias terei um relatório, e se tivermos muito sorte, as coisas ficarão mais fáceis de descobrir onde ele está. Tudo é uma questão de planejamento, temos que descobrir o que ele fez nesse tempo todo que foi dado como morto, só então saberemos seus próximos passos. Mas pode ter certeza que não descansarei enquanto não por a mão naquele bastardo de merda.
Uma leve batida na porta chama nossa atenção, ela se abre e surge Olívia sorridente, mas o sorriso morre quando ela vê Amadeo, o joguinho de cão e gato deles está rendendo.
- Desculpe Léo, não sabia que você estava com visita. - Ela fecha a cara e eu tento não rir dos dois, Amadeo está com cara de cachorro arrependido, certeza que ele aprontou algo.
- Eu não sou visita, faço a segurança dele. Inclusive vim avisa-lós que provavelmente Diogo está aqui no hospital, então precisamos redobrar a segurança e se possível dar logo a alta do casal Martínez, esse hospital gigantesco é cheio de lugares para qualquer pessoa se esconder e não ser visto por ninguém.
O duplo sentido das palavras de Amadeo faz a médica corar. Não o culpo, se Sara fosse médica, eu já a teria fodido em todos os lugares possíveis desse hospital.
- Se formou em medicina Amadeo, para dizer o que posso ou não fazer?
Bonito, agora estou no meio do fogo cruzado.
- Não sou, mas quero mantê-los em segurança. Se não der alta, eu mesmo os tirarei daqui, vale ressaltar, que o seu paciente é dono desse hospital!
- Vale ressaltar, que eu sou a médica responsável pela saúde dos dois, não venha querer ensinar meu trabalho, eu saberei quando for a hora deles sair.- Olívia estava realmente zangada.
- Eles sairão daqui amanhã comigo! Quer você queira ou não.
Os dois estavam cara a cara, óbvio que a ira deles não era por nossa causa, e sim por causa deles, a tensão sexual entre eles era bem intensa, isso me fez lembrar o início da minha relação com Sara, como ela era arredia, mas toda essa rebeldia se acabava eu por cima dela ou vice-versa. Eu faria tudo de novo, todos os perigos e desafios por ela, a ruiva é simplesmente a feiticeira vermelha que roubou meu coração.
- Acho que estamos todos com os ânimos exaltados devido aos últimos acontecimentos. - Começo a intervir. Eles continuam se encarando como se fosse se enfrentar num ringue, ou na cama...
- Faça essa criatura compreender que aqui é perigoso para vocês.
- Criatura é a senhora sua avó!
Olívia tinha perdido totalmente a compostura e eu estava como juiz na briga de namoradinhos.
- Amadeo, mais respeito com Olívia, ela é uma mulher e nossa
médica, não irei admitir qualquer falta de respeito com ela ou com qualquer outra funcionária.
Tenho dúvidas se os dois estão ouvindo minha bronca, eles continuam se encarando como dois animais perigosos, perto de se atacarem.
- Fui claro?
- Sim chefe. Eu me excedi. - Sem tirar os olhos da loira ele me responde. - É que eu não estou acostumado e lidar com patricinhas mimadas que colocam a vida dos seus pacientes por mero capricho.
- Olha eu...
- Amadeo. - Alguém o chama pelo rádio.
Ele pega o aparelho, e continua a encarar a médica.
- Na escuta.
- Diogo Martínez acaba de sair do estacionamento, ele estava disfarçado de médico.
Meu sangue ferve, meus punhos cerram de ódio.
- Não o percam de vista, hoje eu ponho fim nessa perseguição, ou eu ou ele vamos conversar com o capeta essa noite.
- Sim senhor, manteremos contato.
A expressão de raiva que Olívia estava, foi substituída por medo, ela estava assustada com as palavras de Amadeo.
- Você não pode colocar sua vida em risco seu idiota. - Ela bate em seu peito. E eu me meto na discussão.
- Eu irei com você Amadeo, de hoje o Diogo não passa.
- Não Léo, isso pode ser uma manobra, colocar toda a atenção para ele, é melhor você ficar e fazer a segurança de Sara. Mandarei mais homens para reforçar a segurança, eu dou conta de Diogo, afinal, eu não tenho nada a perder.
Sinto uma pontada de mágoa na voz do meu amigo, Olívia engole em seco, mas não diz nada. Amadeo tem razão, pode ser um plano para capturar Sara. Nunca permitirei, somente por cima do meu cadáver ele a pegará.
- Tenha cuidado irmão. Entre viver e matá-lo, escolha sua vida. Você é muito importante para nós.
Ele sorri emocionado, mas é orgulhoso demais.
- Nem morto eu deixo esse filho da puta escapar. Pode custar a minha vida, mas eu o mato. Não farei falta para ninguém além de você irmão. - Ele bate no meu ombro bom, e sei que esses indireta mais que direta é pra Olívia. - Se cuida companheiro, cuide de sua mulher e dos seus filhos.
Amadeo sai como um foguete sem ao menos olhar para trás. Deixando Olívia assustada e boquiaberta. Eu me aproximo dela e tento conforta-la.
- Ele volta, ele é tinhoso. E quando ele voltar, aconselho vocês dois acabarem esse joguinho de cão e gato que está acabando com vocês dois.
- Não daria certo... - Ela admite pela primeira vez que sente algo por ele.
- Era isso que Sara sempre dizia. Mas quando tem sentimentos, nada, nem ninguém é capaz de deter, e é nítido que vocês dois se gostam.
Ela fica em silêncio, depois dá um sorriso nervoso. Eu saio do quarto e vou para o quarto de Sara. Se algum engraçadinho aparecer, será recebido a bala, ninguém encosta na minha mulher e nos meus filhos.
••••••••••••••••••••
Capítulo 5
Pego Jeep, blindado, traçado e chipado, uma verdadeira máquina de guerra. O carro do patrão, um dos motivos pelo qual não me apaixono, o cara fica um bobo.
Léo Martínez, embora ficasse mais tempo na frente dos negócios lícitos, quando precisava ir para o combate era um verdadeiro comandante. Ditava ordem e estava sempre na linha de frente. Agora vejo em Léo, um homem assombrado pelo medo de perder a mulher amada.
Eu não o culpo, a ruiva dominou o coração do nosso chefe, e carrega no ventre dois filhos dele, eu surtaria, nada nem ninguém chegaria perto de Olívia... quero dizer, de uma mulher que eu venha a amar.
- Onde vocês estão? - pergunto pela escuta a um dos homens que estão em perseguição.
- Senhor, é uma armadilha. Dois dos nossos homens foram atingidos, os carros capotaram. Ele está se dirigindo a estrada estadual. A cada momento aparece um carro diferente, nosso carro está bastante danificado. Por hora, acho melhor recuarmos antes que percamos mais homens.
- Só me espere chegar. Aí vocês podem sair.
- Entendido senhor.
Nem morto eu vou recuar, esse filho da puta não vai me fazer sair com o rabinho entre as pernas. Pego um atalho que me levará mais rápido para a rodovia estadual. Vou jogando quem eu vejo pelo caminho para fora da pista. Quando chego na rodovia, um carro preto surge com os faróis apagados, e bate na lateral do meu carro. Luto para equilibrar o veículo na pista para que ele não capote.
O carro gira, inúmeras vezes, seguro com toda força o volante e consigo aprumar a direção, outro carro surge atirando no para-brisa, por sorte essa merda é blindada. Puxo minha pistola e tecido aos tiros. Eles são muitos, Jorge estava certo, era uma armadilha. Mas eles não me acertarão, dou marcha ré e um cavalo de pau e volto pela estrada que vim, arrastando dois carros que queriam me fechar.
Essa máquina tem qualidade, essa adrenalina me deixa doido, meu sangue ferve de emoção, não consigo viver sem essa vida louca.
Deixo os carros batidos e corro como um louco.
- Jorge, realmente era uma emboscada. Perdemos muitos homens. - Falo pela escuta, mas ele não me responde. - Jorge!
- Ele foi atingido senhor. - um dos homens falam.
- Levem todos os feridos para o hospital.
- Sim senhor.
- Merda! Filho da puta é mais esperto que nós pensávamos.
Soco o volante com ódio e passo as mãos pelos cabelos. Não podemos perder nossos melhores homens. Eu fui burro, agi pela emoção, e coloquei minha equipe em perigo.
Ligo para Léo, e explico a situação, ele fala baixo, Sara ainda dorme, ele resmunga um palavrão e diz que vai deixar tudo preparado.
A dificuldade é grande em enxergar com o para-brisa cravado de balas, a blindagem de excelente qualidade não permitiu que me atingisse, mas eles estavam armados para uma guerra. Preciso descobrir quem são os aliados desse bastardo.
Chego no hospital, junto com os feridos, já tem uma equipe nos aguardando. Léo já está vestido como um bom traficante, tenho que admitir, o filho da puta mete medo com a cara de mal que ele tem.
Alguns feridos já estão sendo socorridos, eu paro meu carro, e Olívia que estava socorrendo os feridos, larga tudo o que está fazendo quando vê meu carro destruído. Corre em minha direção quando abro o carro, ela praticamente me puxa de uma vez de dentro do veículo e me olha dos pés à cabeça procurando por algum ferimento, os olhos dela de preocupação e eu como um bom pervertido que sou, estou de pau duro.
- Você está bem Amadeo? Se machucou? - As palavras saem atropeladas da boquinha carnuda e rodada.
- Sim. - Faço uma cara de sofrimento e ela enlouquece procurando onde seja.
- Aonde? Eu não consigo ver! - Fala desesperada.
- Aqui. - Aponto para o peito. Ela continua procurando, até que se dá conta que é uma brincadeira e fica furiosa.
- Seu idiota! Eu aqui preocupada com você e você me tirando para palhaça! - Poxa, agora que a brincadeira estava ficando boa, ela me trata desse jeito! Mulheres, nunca irei entendê-las.
- Ei! - Eu a pego de volta e a aperto bum abraço que não tem por onde ela sair. - Eu quase morro, se eu não fosse tão incrível em tudo o que faço, hora dessa, você estaria chorando em cima do meu corpo frio. - Ela estava se debatendo, parou por um momento quando me ouviu dizer essas palavras. Uma confusão de medo e raiva misturavam-se em seu perfeito rosto de boneca.
- Eu choraria, não vou mentir. Mas finalmente me livraria de você e arrumaria alguém descente para me satisfazer, já que você não consegue.
Ui! Essa doeu! Meu sorriso se desfez, mas valeu a pena o sorriso que ela me deu. Se soltou e foi ajudar a equipe no cuidado com os feridos.
De longe vejo Martínez sorrindo. Balanço a cabeça e caminho na sua direção.
- Parece que a doutora ficou nervosa. - Ele fala brincando.
- Ela vai me deixar louco antes de me enterrar, isso pode ter certeza.
- A vida é curta, termine esse jogo de cão e gato de vocês dois e se amem, é isso que estão precisando.
- Eu não posso negar... - Desde que conheci essa mulher, não me interesso por nenhuma outra. Deve ser alguma obsessão, puta que pariu. Estou subindo pelas paredes.
- Vamos entrar, quero me conte como tudo aconteceu e o que acha. Não quero deixar Sara sozinha por muito tempo.
Léo conversa com a equipe médica, felizmente não foi nada grave. Orienta a segurança que falará pessoalmente com a polícia, uma grande quantidade de propina terá que ser paga para abafar o caso. O cara é forte, decidido e frio, todos temem quando o poderoso Martínez passa, como se não tivesse machucado, como um "deus" para essa gente.
Toda essa pose autoritária e arrogante tem fim quando ele se aproxima do quarto da mulher. Um sorriso de canto de boca se forma no rosto anguloso do ex-traficante. Ele confirma com os seguranças se está tudo bem com a amada, eles confirmam, mas mesmo assim ele abre a porta para se certificar se ela está realmente bem.
Admiro um amor assim, esses dois se amam com intensidade, paixão e transmite uma verdade de sentimentos pouco comum em muitos casais. Acho que amor assim é difícil de existir, se eu não tivesse presenciando, diria que só existiriam na imaginação fértil das escritoras.
- Podemos ir Amadeo.
Martínez interrompe meus pensamentos, entramos no quarto dele, e eu passo todo relatório.
- Foi tudo planejado, ele queria te tirar daqui, ele nunca imaginou que você ficaria.
- Idiota! Jamais deixaria minha mulher sozinha. - Ele passa as mãos no rosto nervoso. - O que ele pretende? Sara está grávida de um filho meu, a filha dele me chama de pai. Sara ama a mim e não a ele. O que esse filho da pita quer? Ele não ver que perdeu? Que é o fim?
- Ele quer vingança. Ele a quer de volta. E temos que agir rápido para pará-lo. Você sabe que ele sempre foi um grande estrategista, ele teve tempo suficiente para planejar tudo. E por mais que me doa dizer isso, está tudo conforme ele planejou.
- Ele nunca a terá de volta! Nem por cima do meu cadáver! - Os olhos de Léo era de puro ódio. - Se por um acaso algo acontecer comigo Amadeo, vingue-se! Não deixe nunca Sara com ele. Eu confio em você, apenas em você.
Porra! Martínez colocou a mão direita no meu ombro, e olhou no fundo dos meus olhos, sim! Eu devia isso a ele, eu sou um homem de palavra.
- Nada vai acontecer com você e caso aconteça, Esse calhorda não sobreviverá muito tempo para comemorar.
- Ela é tudo o que importa na minha vida Amadeo. Tudo... minha vida não tem sentido sem ela é você sabe disso! Viu o quanto eu sofri longe dessa mulher. Eu quero que se foda tudo! Ela só não pode ficar longe de mim.
Ca-ra-lho! O cara é doido mesmo! Isso jamais acontecerá comigo! Nem que a loirinha seja tentadora demais!
- Admiro vocês, enquanto eu viver, tem minha lealdade.
- Obrigado Amadeo. - Ele deu um tapinha nos meus ombros. - Faça como quiser, tem carta branca para tudo, pode contratar quem quiser.
- Vou traçar um novo plano, vai ser agora!
- Ótimo, boa sorte! Amanhã conversamos! Deixe a segurança reforçada no quarto de Sara, vou dormir com ela.
- Pode deixar.
Reorganizei todo o esquema de segurança dos Martínez, o plano agora estava mais sólido, preciso de um plano para pegar o desgraçado do Diogo, eles não podem ficar a vida inteira se escondendo dele.
Já é quase manhã, preciso descansar um pouco, meu corpo dói, preciso de um relaxante muscular e algumas horas de sono. Encaminho-me para o estacionamento, vejo Olívia arrumando suas coisas no carro, não resisto e vou até ela, que está concentrada no banco traseiro.
Encosto-me nela e resolvo brincar, tapo sua boca, ela tenta se libertar, mas sou mais forte e a domino.
- Shh! Nós precisamos apenas relaxar... não aguento mais esse jogo... faça de mim o que você quiser. - Sussurro em seu ouvido. Ela fica tensa, mas para de se bater.
Eu afrouxo meu abraço e a viro para mim, ela ainda está boquiaberta e assustada. Tão linda minha menina que tenho vontade insana de beija-lá por todo o corpo.
- Tudo o que eu quiser Amadeo? - Ela dá um sorrisinho safado e meu pau dá logo sinal de vida.
- Tudo....
•••••••••••••••••••
Capítulo 6
Esperava ansioso pela fantasia que ela devia ter.
- Eu posso me vestir de segurança, que aliás já sou, e realizar todas suas fantasias.
- Eu tenho uma ideia melhor, uma fantasia que ficaria perfeita em você. - Ela fala segurando a gola da minha camisa e já estou surtando de desejo.
- Ah é? E qual seria?
- De maçã do amor...
- Maçã do amor? Deve ser quente.
- Com certeza. Pegue um cabo e enfie no seu rabo, que ficará perfeito de "maçã do amor"!
Ela me empurra e todo seu seu brilho no olhar sumiu, ficando enfurecida.
- Porra Olívia! Um pau no cu?
- Seria perfeito para você seu idiota!
Ela tenta ir para o lado do motorista, mas eu impeço, que bicho mordeu essa mulher?
- Cadê aquela mulher que estava toda preocupada comigo quando me viu chegar? - Encosto-a entre o carro e o meu corpo, não dando saída para ela se livrar.
- Eu faria isso com qualquer paciente! - Embora ela esteja furiosa, percebo que também está excitada com a nossa proximidade.
- Então é isso que você faz com seus pacientes?
- Não seja escroto Amadeo! Me largue! Daqui a pouco terá troca de turno e isso aqui estará cheio, não quero que ninguém presencie essa cena ridícula que você está fazendo.
- Você tem vergonha de mim por eu ser um simples segurança? - Tento me fazer de vítima, os olhos dela estão confusos, ela pensa um pouco antes de responder.
- Você sabe que não é isso, você nunca foi um simples segurança e agora parece-me que subiu de "cargo". - Decidi ficar calado, provavelmente eu falaria besteira, mais do que já falo, resolvi ficar em silêncio admirando aqueles lábios lindos, prontos para serem beijados.
- Eu só queria te pedir uma carona. Estou sem carro.
- Vá de táxi!
- Ai! Pra que tanta agressividade princesinha? É apenas uma carona inocente. - Faço um biquinho que julgo irresistível, mas me ferrei.
- Não! - Ela continuou firme.
- Por favor... - Faço minha melhor cara, mas ela está irredutível.
- Não!
Ela não realmente não quer, é uma pena, eu tenho tanto amor pra dar, mas ela simplesmente não colabora.
Ficamos nos encarando por um bom tempo, a minha vontade era beijar esses incríveis lábios rosados, nossos lábios estavam muito próximos, podia sentir sua respiração ofegante, mas resisti bravamente.
- Que pena...
Me afastei lentamente sem olhar para trás, pude sentir seu olhar quente sobre meu corpo, se eu olhar, não irei resistir, e não é assim que eu quero tê-la. Finjo estar mancando, tenho que fazer meu teatro, só para ela ficar com a consciência pesada.
"Merda Amadeo! Você não pode te-la, era será a sua perdição!"
Razão e emoção gritam dentro de mim, preciso me concentrar... Léo precisa de mim.
Caminho em direção ao hospital, passo pelos táxis e escuto um carro parar ao meu lado, não preciso olhar para saber quem é...
- Apenas uma carona, entra logo antes que eu me arrependa.
Viro o rosto para não rir na frente dela, e quase esqueço que tenho que mancar. Dou a volta pelo carro, ela destrava, e eu entro. Ficamos calados até ela sair do hospital.
- Onde você mora?
- Hotel Blank.
- O que? Num hotel? - Ela quase perde a direção.
- Por que o espanto?
- Você leva uma vida, digamos errante... ficar num hotel? E os armamentos?
- O hotel é do Martínez.
- Puta que pariu, esse homem é dono do México?
- Ou da metade dele. - Sorrio.
Ela mexe no som do carro, e coloca uma música suave, nunca mais conseguirei ouvir essa música sem pensar nela. Olívia está tensa, começa a bater os dedos no volante do carro, muda de rota.
- O caminho não é por aí, mas eu não vou deixar você voltar para o hotel depois de tudo que passou, e se eles tiverem esperando você? Não! É melhor você ir para um local improvável, pelo menos é o que eu acho.
- E qual seria esse lugar seguro? - finjo-me de desentendido.
- Minha casa.
Puta merda! Não me responsabilizo pelos meus atos sozinho numa casa ao lado dela. Pela primeira vez na vida, me sinto tenso, porra! Eu não vou resistir.
Ela continua a dirigir o carro igualmente tensa, entramos num condomínio de alto padrão, o mesmo que Leonardo mora. Sei onde ela mora, embora eu nunca tenha entrado na sua casa. Ela para o carro na garagem subterrânea. Descemos em silêncio, óbvio que a casa era muito segura, o irmão ficava com ela quando estava aqui no México, mas ele ainda está em transição com o tráfico.
Subimos a escada que dá acesso a área principal, posso escutar sua respiração ofegante, ela está nervosa. Eu estou cansado, mas ainda consigo fazer um grande estrago.
Chegamos a sala de estar, e meu celular vibra, pego e vejo nome de Léo aparecer no visor. Atendo imediatamente parando no meio da são.
#LigaçãoOn
- Bom dia Léo. - Atendo.
- Bom dia Amadeo, onde você se meteu que não te encontrei? - Ele parecia bem ansioso.
- Vim tomar um banho e tirar um cochilo, preciso descansar por umas duas horas. Aconteceu alguma coisa? Posso ir agora se quiser.
- Não! - Ele me cortou rapidamente. - Estava apenas preocupado, tire o dia de folga, no final do dia, pedirei para Olívia nos dá alta. - Olha para ela que está sem entender nada. - Cuidado, irei mandar reforços para o hotel.
- Eu não estou no hotel.
- E onde raios você está? Diogo está enlouquecido aí fora e você inventou de fazer o que Amadeo? - Léo alterou a voz, a situação não era boa, os ânimos estavam exaltados.
- Olívia ia me dá uma carona para o hotel, e achou melhor me trazer para casa dela, para eu poder descansar melhor, já que aqui é cheio de segurança - A loirinha está corada, muito envergonhada, como uma mulher como ela, linda, independente e inteligente poderia ser tão angelical dessa forma?
Ouço Martínez suspirar do outro lado, ele parece escolher as palavras, Olívia mantém uma certa distância, impossível ela ouvir o que ele diz ao celular.
- Amadeo, gosto muito de Olívia, ela é uma grande amiga. É irmã de um grande aliado, por favor não vá fazer merda! Não podemos romper com Oliver agora! Não magoe essa menina.
Parecia um irmão mais velho protegendo a irmã, mesmo o tempo de convivência sendo pouco, Olívia virou praticamente da família. Todos tinham grande estima por ela.
- Deixa comigo! Preciso de uma roupa limpa. - Comunico.
- Acho que o que você menos vai precisar é roupa, seu safado! - Martínez é um verdadeiro filho da puta, tento conter o riso, virando-me de lado. - Mando um dos homens levar daqui a meia hora pra você, podem tirar a manhã de folga, não esqueçam.
- Sim senhor.
Desligo o telefone, e olho minha loirinha inocente no topo da escada, o vestido bem ajustado, mostra todas as curvas indecentes dessa princesa.
- Já podemos subir? Vou-te mostrar o quarto de hóspedes.
- Poxa! Pensei que conheceria a suíte master da dona da casa! - Vou subindo e jogando charme para ela.
- Cantada barata Amadeo! Acho melhor você mudar seu repertório.
Revira os olhos e saí, e eu vou seguindo-lhe como um cachorrinho.
- Martínez disse para descansarmos durante o dia, ele quer você os dê alta. Fica muito difícil vigiar aquele hospital gigantesco.
- Acho melhor mesmo, eles já estão bem. Preciso avaliar Sara, se bem que o estado emocional dela é o mais grave. Mas irei mandar uma equipe para ficar com eles os primeiros dias, ela também deve passar por um psicólogo, não só ela mas a família inteira. Um ex psicopata... Credo em cruz! - Ela se benzeu e eu fiquei sorrindo, como é linda essa diaba.
Nós encaramos por um momento, como eu queria agarra-la.
- Eu vou pegar um short do meu irmão, como ele gosta de roupas apertadas provavelmente vai dá em você.
Ela saiu, rápido, com certeza com medo de não resistir, aproveito para tomar banho. E embaixo da água morna que eu tiro toda a tensão, ódio desse Diogo, não sossegarei enquanto esse infeliz não tiver morto, o cara só vive para fazer maldade para o irmão e a ex-mulher, nem a bonequinha da filha dele desperta algum tipo de bom sentimentos naquele traste.
Escovo meus dentes com uma escova nova que tem no banheiro, gente chique é outro nível, tem até algumas amostras de perfumes importados, escolho um passo, agora sim, tomado banho e bem cheiroso. Saio do banheiro e o calça moletom está em cima da minha cama, enxugo-me e a visto, como ela falou o irmão é um monstro de forte, mas o elástico na cintura ajuda a mesma não cair.
Só agora meu estômago dá sinal de fome, resolvo descer em busca de algo para comer, desço as escadas e sigo a procura da cozinha que não é difícil de achar.
Posso ver os detalhes delicados de Olívia em quase toda a casa, ela é uma mulher clássica e de muito bom gosto. Não tem ninguém na cozinha, vou a geladeira pegar alguns frios, ligo a cafeteira. Estou terminando de preparar todo o café quando Olívia chega...
Ela não está preparada para um simples café da manhã....
Continua amanhã.
Estou achando fraco de curtidas e comentários, vcs não estão gostando? deixe uma curtida e coemnte la noo grupo o que vcs estão achando...
Livro 2
Autora: Patrícia Melo
Capítulo 4
Amadeo
Vou atrás do homem que se parecia muito com o desgramado do Diogo, ele virá a direita e apresso o passo, viro na mesma direção, já com a arma em punho. Diogo é um cara muito esperto, se realmente é ele, com certeza ele deve está preparado para nos enfrentar.
Dou de cara com... simplesmente ninguém! O cara que eu estava perseguindo, simplesmente sumiu!
- Desgraçado!
É ele! Com certeza! Pego o rádio e aviso a todos os seguranças que fiquem atento. A maioria dos quartos são leitos de pacientes, abro os outros cômodos e não encontro nada!
Decido ir para os leitos dos Martínez, dois dos seguranças fazem vigilância.
- Tudo tranquilo por aqui? Por que os dois estão na porta do quarto de Sara?
- Sr. Martínez está com ela. - um dos homens fala.
- Mas ele não pode, Sara está fraca!
- Sinto muito sr. Amadeo, nada impediria ele entrar, mesmo um pouco debilitado, temos muito respeito por ele.
Acho melhor não dizer nada, sei bem o que eles estão falando, Léo é imponente e exala respeito, poder e autoridade. É temido por todo o tráfico, mesmo tendo saído recentemente do mesmo, essa autoridade jamais sairá dele, é algo natural, assim como o seu irmão exala perversidade, é impossível não perceber que Diogo é um homem mal, não sei como Sara se deixou seduzir por ele. Diogo é um homem bonito, sempre atraiu muitas mulheres, mas Sara é tão esperta, talvez a juventude e a imaturidade dela, a fez cair na cilada daquele asqueroso.
Dou três toques na porta antes de entrar, abro suavemente e porra... devo está virando uma mulherzinha de merda, a imagem que eu vejo faz meu coração pulsar forte. Só consigo pensar na loira... como poderíamos viver um amor assim...
Não Amadeo, você não pode viver nada relacionado ao amor. Você é um homem mal, que faz coisas ruins. Amor não faz parte do seu dicionário.
Léo e Sara estão dormindo abraçados no pequeno leito, até o mais cético dos homens, certamente se renderia ao amor dos dois. Uma mulher é capaz de transformar a vida de um homem, a minha vida inteira vivi no meio do perigo, e já vi clãs serem levantados e destruídos por causa de mulher. Essa é uma das razões pelo qual não me envolvo.
Me surpreendo, quando em frações de segundo,
Léo está com uma arma apontada em minha direção, e suspira aliviado ao ver que sou eu.
- Vejo que não perdeu o jeito. - Falo baixo para não acordar a mulher.
- A mão esquerda não me dá tanta habilidade, mas da para o gasto. - Ele sorri e saí do abraço da sua amada sem acorda-la.
Levanta, e eu sorrio da roupa do hospital.
- Você ficou bem de vestido. - O provoco e recebo um olhar matador em troca.
- Suponho que não veio velar nosso sono.
- Muito perspicaz Martínez.
- Fale logo, e espero que seja algo sério, por mais que o leito seja apertado, foi a melhor dormida que tive desde que cheguei nesse maldito hospital.
- Não fale assim, esse é o local de trabalho de Olívia. Apenas as condições que os trouxeram aqui não foram favoráveis.
- Vejo que em breve, eu estarei rindo de um bobo apaixonado.
- Apenas sonhe com isso Martínez. - Finjo-me de durão, mas é em vão, ele sabe o quanto a loira mexe comigo.
- Então fale logo, senhor "durão".
- Vamos para o seu quarto, não quero acordar Sara e deixá-la preocupada, você melhor que ninguém sabe como está o emocional dela.
Ele me olha desconfiado, dá uma última conferida na mulher e saí. Ele sabe que tempos ruins chegaram e não podemos vacilar.
Na saída do quarto, ele dá uma ordem:
- Defendam minha mulher com a própria vida se possível.
- Sim senhor! - Os dois seguranças falam.
#Leonardo Martínez
Me sinto fodido! Essa é a palavra certa! Desde que eu filho da puta do Diogo apareceu, tudo começou a desandar. Preciso por um fim na vida daquele desgraçado, ele não vai parar enquanto não pegar Sara...
Vi o jeito que olhava para ela, uma mistura de amor, ódio, posse e ressentimento. O que vi, não gostei. Na verdade odiei! Ele pode ter sido o marido dela, mas hoje ele não é nada dela! Nada!
Estou furioso! Com ódio mortal dentro de mim! Ainda sinto ardência no braço e na lateral da cintura, onde os dois tiros pegaram de raspão. Não consigo entender, por que Amadeo não mirou na cabeça daquele maldito?
Legítima defesa, ou qualquer caralho! Fato é que teríamos nos livrado dele. Mas parece que que meu "querido" irmão tem pacto com o satanás, porque nada consegue atingi-lo, até eu mirar na cabeça dele.
Quando soube que a minha ruivinha estava acordada, ninguém me impediu de ir vê-la, olhar essa mulher é como se o meu coração ganhasse mais uma batida, suspeito que todas as batidas que faz agora é por ela, como se dissesse Sa-ra.
Entramos no meu quarto e nos acomodamos no sofá. Amadeo está tenso, percebe-se pelo olhar, ele é uma raposa, tenho sorte de tê-lo ao meu lado, ele não sossegará até encontrar o Diogo.
- E então? Quais são as novidade?
- Acredito que tenha visto Diogo agora pouco nesse corredor.
- O quê? - Levantou-me muito rápido e sinto uma fisgada nos postos.
- Ja passei o rádio para nossos homens ficarem atentos. Ele simplesmente sumiu de vista, e nesse andar a maioria é quarto de pacientes e não posso invadi-los. Mas como disse, se for realmente ele, nós o pegaremos.
Levanto a cabeça para o alto, suspiro e penso: "Quando esse pesadelo vai ter fim?" Em outros tempos pegaria Sara e Rebeca e viajaríamos pelo mundo, e deixaria Amadeo em busca de Diogo, não que eu queira fugir de uma briga com ele, mas quero apenas viver minha vida com as minhas meninas, do que me preocupar com esse psicopata.
Mas não posso fazer isso, Sara está grávida e de gêmeos, já sofremos quando ela perdeu o primeiro bebê que esperava, eu irei protegê-la a qualquer custo dessa vez, nem que isso custe a minha vida.
- Isso tem que acabar Amadeo, e tem que ser logo! Diogo nãos pode ganhar mais confiança, ele tem que ser parado logo, já que quis se aparecer, boa coisa ele não está tramando.
- Eu sugiro que não conte nada a Sara, ela está muito debilitada. Vou conversar com Olívia, quanto mais cedo vocês saírem daqui, melhor.
- Eu não vou me esconder em casa por dele, vou acabar com a raça daquele filho da puta.
- Sei disso Léo, eu e você sabemos nós defender, mas Sara? Ela é o alvo dele, ela e a filha é com quem devemos nos preocupar.
- Tem razão. O Diogo é sujo, já começou as investigações?
- Já, dentro de dois dias terei um relatório, e se tivermos muito sorte, as coisas ficarão mais fáceis de descobrir onde ele está. Tudo é uma questão de planejamento, temos que descobrir o que ele fez nesse tempo todo que foi dado como morto, só então saberemos seus próximos passos. Mas pode ter certeza que não descansarei enquanto não por a mão naquele bastardo de merda.
Uma leve batida na porta chama nossa atenção, ela se abre e surge Olívia sorridente, mas o sorriso morre quando ela vê Amadeo, o joguinho de cão e gato deles está rendendo.
- Desculpe Léo, não sabia que você estava com visita. - Ela fecha a cara e eu tento não rir dos dois, Amadeo está com cara de cachorro arrependido, certeza que ele aprontou algo.
- Eu não sou visita, faço a segurança dele. Inclusive vim avisa-lós que provavelmente Diogo está aqui no hospital, então precisamos redobrar a segurança e se possível dar logo a alta do casal Martínez, esse hospital gigantesco é cheio de lugares para qualquer pessoa se esconder e não ser visto por ninguém.
O duplo sentido das palavras de Amadeo faz a médica corar. Não o culpo, se Sara fosse médica, eu já a teria fodido em todos os lugares possíveis desse hospital.
- Se formou em medicina Amadeo, para dizer o que posso ou não fazer?
Bonito, agora estou no meio do fogo cruzado.
- Não sou, mas quero mantê-los em segurança. Se não der alta, eu mesmo os tirarei daqui, vale ressaltar, que o seu paciente é dono desse hospital!
- Vale ressaltar, que eu sou a médica responsável pela saúde dos dois, não venha querer ensinar meu trabalho, eu saberei quando for a hora deles sair.- Olívia estava realmente zangada.
- Eles sairão daqui amanhã comigo! Quer você queira ou não.
Os dois estavam cara a cara, óbvio que a ira deles não era por nossa causa, e sim por causa deles, a tensão sexual entre eles era bem intensa, isso me fez lembrar o início da minha relação com Sara, como ela era arredia, mas toda essa rebeldia se acabava eu por cima dela ou vice-versa. Eu faria tudo de novo, todos os perigos e desafios por ela, a ruiva é simplesmente a feiticeira vermelha que roubou meu coração.
- Acho que estamos todos com os ânimos exaltados devido aos últimos acontecimentos. - Começo a intervir. Eles continuam se encarando como se fosse se enfrentar num ringue, ou na cama...
- Faça essa criatura compreender que aqui é perigoso para vocês.
- Criatura é a senhora sua avó!
Olívia tinha perdido totalmente a compostura e eu estava como juiz na briga de namoradinhos.
- Amadeo, mais respeito com Olívia, ela é uma mulher e nossa
médica, não irei admitir qualquer falta de respeito com ela ou com qualquer outra funcionária.
Tenho dúvidas se os dois estão ouvindo minha bronca, eles continuam se encarando como dois animais perigosos, perto de se atacarem.
- Fui claro?
- Sim chefe. Eu me excedi. - Sem tirar os olhos da loira ele me responde. - É que eu não estou acostumado e lidar com patricinhas mimadas que colocam a vida dos seus pacientes por mero capricho.
- Olha eu...
- Amadeo. - Alguém o chama pelo rádio.
Ele pega o aparelho, e continua a encarar a médica.
- Na escuta.
- Diogo Martínez acaba de sair do estacionamento, ele estava disfarçado de médico.
Meu sangue ferve, meus punhos cerram de ódio.
- Não o percam de vista, hoje eu ponho fim nessa perseguição, ou eu ou ele vamos conversar com o capeta essa noite.
- Sim senhor, manteremos contato.
A expressão de raiva que Olívia estava, foi substituída por medo, ela estava assustada com as palavras de Amadeo.
- Você não pode colocar sua vida em risco seu idiota. - Ela bate em seu peito. E eu me meto na discussão.
- Eu irei com você Amadeo, de hoje o Diogo não passa.
- Não Léo, isso pode ser uma manobra, colocar toda a atenção para ele, é melhor você ficar e fazer a segurança de Sara. Mandarei mais homens para reforçar a segurança, eu dou conta de Diogo, afinal, eu não tenho nada a perder.
Sinto uma pontada de mágoa na voz do meu amigo, Olívia engole em seco, mas não diz nada. Amadeo tem razão, pode ser um plano para capturar Sara. Nunca permitirei, somente por cima do meu cadáver ele a pegará.
- Tenha cuidado irmão. Entre viver e matá-lo, escolha sua vida. Você é muito importante para nós.
Ele sorri emocionado, mas é orgulhoso demais.
- Nem morto eu deixo esse filho da puta escapar. Pode custar a minha vida, mas eu o mato. Não farei falta para ninguém além de você irmão. - Ele bate no meu ombro bom, e sei que esses indireta mais que direta é pra Olívia. - Se cuida companheiro, cuide de sua mulher e dos seus filhos.
Amadeo sai como um foguete sem ao menos olhar para trás. Deixando Olívia assustada e boquiaberta. Eu me aproximo dela e tento conforta-la.
- Ele volta, ele é tinhoso. E quando ele voltar, aconselho vocês dois acabarem esse joguinho de cão e gato que está acabando com vocês dois.
- Não daria certo... - Ela admite pela primeira vez que sente algo por ele.
- Era isso que Sara sempre dizia. Mas quando tem sentimentos, nada, nem ninguém é capaz de deter, e é nítido que vocês dois se gostam.
Ela fica em silêncio, depois dá um sorriso nervoso. Eu saio do quarto e vou para o quarto de Sara. Se algum engraçadinho aparecer, será recebido a bala, ninguém encosta na minha mulher e nos meus filhos.
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Capítulo 5
Pego Jeep, blindado, traçado e chipado, uma verdadeira máquina de guerra. O carro do patrão, um dos motivos pelo qual não me apaixono, o cara fica um bobo.
Léo Martínez, embora ficasse mais tempo na frente dos negócios lícitos, quando precisava ir para o combate era um verdadeiro comandante. Ditava ordem e estava sempre na linha de frente. Agora vejo em Léo, um homem assombrado pelo medo de perder a mulher amada.
Eu não o culpo, a ruiva dominou o coração do nosso chefe, e carrega no ventre dois filhos dele, eu surtaria, nada nem ninguém chegaria perto de Olívia... quero dizer, de uma mulher que eu venha a amar.
- Onde vocês estão? - pergunto pela escuta a um dos homens que estão em perseguição.
- Senhor, é uma armadilha. Dois dos nossos homens foram atingidos, os carros capotaram. Ele está se dirigindo a estrada estadual. A cada momento aparece um carro diferente, nosso carro está bastante danificado. Por hora, acho melhor recuarmos antes que percamos mais homens.
- Só me espere chegar. Aí vocês podem sair.
- Entendido senhor.
Nem morto eu vou recuar, esse filho da puta não vai me fazer sair com o rabinho entre as pernas. Pego um atalho que me levará mais rápido para a rodovia estadual. Vou jogando quem eu vejo pelo caminho para fora da pista. Quando chego na rodovia, um carro preto surge com os faróis apagados, e bate na lateral do meu carro. Luto para equilibrar o veículo na pista para que ele não capote.
O carro gira, inúmeras vezes, seguro com toda força o volante e consigo aprumar a direção, outro carro surge atirando no para-brisa, por sorte essa merda é blindada. Puxo minha pistola e tecido aos tiros. Eles são muitos, Jorge estava certo, era uma armadilha. Mas eles não me acertarão, dou marcha ré e um cavalo de pau e volto pela estrada que vim, arrastando dois carros que queriam me fechar.
Essa máquina tem qualidade, essa adrenalina me deixa doido, meu sangue ferve de emoção, não consigo viver sem essa vida louca.
Deixo os carros batidos e corro como um louco.
- Jorge, realmente era uma emboscada. Perdemos muitos homens. - Falo pela escuta, mas ele não me responde. - Jorge!
- Ele foi atingido senhor. - um dos homens falam.
- Levem todos os feridos para o hospital.
- Sim senhor.
- Merda! Filho da puta é mais esperto que nós pensávamos.
Soco o volante com ódio e passo as mãos pelos cabelos. Não podemos perder nossos melhores homens. Eu fui burro, agi pela emoção, e coloquei minha equipe em perigo.
Ligo para Léo, e explico a situação, ele fala baixo, Sara ainda dorme, ele resmunga um palavrão e diz que vai deixar tudo preparado.
A dificuldade é grande em enxergar com o para-brisa cravado de balas, a blindagem de excelente qualidade não permitiu que me atingisse, mas eles estavam armados para uma guerra. Preciso descobrir quem são os aliados desse bastardo.
Chego no hospital, junto com os feridos, já tem uma equipe nos aguardando. Léo já está vestido como um bom traficante, tenho que admitir, o filho da puta mete medo com a cara de mal que ele tem.
Alguns feridos já estão sendo socorridos, eu paro meu carro, e Olívia que estava socorrendo os feridos, larga tudo o que está fazendo quando vê meu carro destruído. Corre em minha direção quando abro o carro, ela praticamente me puxa de uma vez de dentro do veículo e me olha dos pés à cabeça procurando por algum ferimento, os olhos dela de preocupação e eu como um bom pervertido que sou, estou de pau duro.
- Você está bem Amadeo? Se machucou? - As palavras saem atropeladas da boquinha carnuda e rodada.
- Sim. - Faço uma cara de sofrimento e ela enlouquece procurando onde seja.
- Aonde? Eu não consigo ver! - Fala desesperada.
- Aqui. - Aponto para o peito. Ela continua procurando, até que se dá conta que é uma brincadeira e fica furiosa.
- Seu idiota! Eu aqui preocupada com você e você me tirando para palhaça! - Poxa, agora que a brincadeira estava ficando boa, ela me trata desse jeito! Mulheres, nunca irei entendê-las.
- Ei! - Eu a pego de volta e a aperto bum abraço que não tem por onde ela sair. - Eu quase morro, se eu não fosse tão incrível em tudo o que faço, hora dessa, você estaria chorando em cima do meu corpo frio. - Ela estava se debatendo, parou por um momento quando me ouviu dizer essas palavras. Uma confusão de medo e raiva misturavam-se em seu perfeito rosto de boneca.
- Eu choraria, não vou mentir. Mas finalmente me livraria de você e arrumaria alguém descente para me satisfazer, já que você não consegue.
Ui! Essa doeu! Meu sorriso se desfez, mas valeu a pena o sorriso que ela me deu. Se soltou e foi ajudar a equipe no cuidado com os feridos.
De longe vejo Martínez sorrindo. Balanço a cabeça e caminho na sua direção.
- Parece que a doutora ficou nervosa. - Ele fala brincando.
- Ela vai me deixar louco antes de me enterrar, isso pode ter certeza.
- A vida é curta, termine esse jogo de cão e gato de vocês dois e se amem, é isso que estão precisando.
- Eu não posso negar... - Desde que conheci essa mulher, não me interesso por nenhuma outra. Deve ser alguma obsessão, puta que pariu. Estou subindo pelas paredes.
- Vamos entrar, quero me conte como tudo aconteceu e o que acha. Não quero deixar Sara sozinha por muito tempo.
Léo conversa com a equipe médica, felizmente não foi nada grave. Orienta a segurança que falará pessoalmente com a polícia, uma grande quantidade de propina terá que ser paga para abafar o caso. O cara é forte, decidido e frio, todos temem quando o poderoso Martínez passa, como se não tivesse machucado, como um "deus" para essa gente.
Toda essa pose autoritária e arrogante tem fim quando ele se aproxima do quarto da mulher. Um sorriso de canto de boca se forma no rosto anguloso do ex-traficante. Ele confirma com os seguranças se está tudo bem com a amada, eles confirmam, mas mesmo assim ele abre a porta para se certificar se ela está realmente bem.
Admiro um amor assim, esses dois se amam com intensidade, paixão e transmite uma verdade de sentimentos pouco comum em muitos casais. Acho que amor assim é difícil de existir, se eu não tivesse presenciando, diria que só existiriam na imaginação fértil das escritoras.
- Podemos ir Amadeo.
Martínez interrompe meus pensamentos, entramos no quarto dele, e eu passo todo relatório.
- Foi tudo planejado, ele queria te tirar daqui, ele nunca imaginou que você ficaria.
- Idiota! Jamais deixaria minha mulher sozinha. - Ele passa as mãos no rosto nervoso. - O que ele pretende? Sara está grávida de um filho meu, a filha dele me chama de pai. Sara ama a mim e não a ele. O que esse filho da pita quer? Ele não ver que perdeu? Que é o fim?
- Ele quer vingança. Ele a quer de volta. E temos que agir rápido para pará-lo. Você sabe que ele sempre foi um grande estrategista, ele teve tempo suficiente para planejar tudo. E por mais que me doa dizer isso, está tudo conforme ele planejou.
- Ele nunca a terá de volta! Nem por cima do meu cadáver! - Os olhos de Léo era de puro ódio. - Se por um acaso algo acontecer comigo Amadeo, vingue-se! Não deixe nunca Sara com ele. Eu confio em você, apenas em você.
Porra! Martínez colocou a mão direita no meu ombro, e olhou no fundo dos meus olhos, sim! Eu devia isso a ele, eu sou um homem de palavra.
- Nada vai acontecer com você e caso aconteça, Esse calhorda não sobreviverá muito tempo para comemorar.
- Ela é tudo o que importa na minha vida Amadeo. Tudo... minha vida não tem sentido sem ela é você sabe disso! Viu o quanto eu sofri longe dessa mulher. Eu quero que se foda tudo! Ela só não pode ficar longe de mim.
Ca-ra-lho! O cara é doido mesmo! Isso jamais acontecerá comigo! Nem que a loirinha seja tentadora demais!
- Admiro vocês, enquanto eu viver, tem minha lealdade.
- Obrigado Amadeo. - Ele deu um tapinha nos meus ombros. - Faça como quiser, tem carta branca para tudo, pode contratar quem quiser.
- Vou traçar um novo plano, vai ser agora!
- Ótimo, boa sorte! Amanhã conversamos! Deixe a segurança reforçada no quarto de Sara, vou dormir com ela.
- Pode deixar.
Reorganizei todo o esquema de segurança dos Martínez, o plano agora estava mais sólido, preciso de um plano para pegar o desgraçado do Diogo, eles não podem ficar a vida inteira se escondendo dele.
Já é quase manhã, preciso descansar um pouco, meu corpo dói, preciso de um relaxante muscular e algumas horas de sono. Encaminho-me para o estacionamento, vejo Olívia arrumando suas coisas no carro, não resisto e vou até ela, que está concentrada no banco traseiro.
Encosto-me nela e resolvo brincar, tapo sua boca, ela tenta se libertar, mas sou mais forte e a domino.
- Shh! Nós precisamos apenas relaxar... não aguento mais esse jogo... faça de mim o que você quiser. - Sussurro em seu ouvido. Ela fica tensa, mas para de se bater.
Eu afrouxo meu abraço e a viro para mim, ela ainda está boquiaberta e assustada. Tão linda minha menina que tenho vontade insana de beija-lá por todo o corpo.
- Tudo o que eu quiser Amadeo? - Ela dá um sorrisinho safado e meu pau dá logo sinal de vida.
- Tudo....
•••••••••••••••••••
Capítulo 6
Esperava ansioso pela fantasia que ela devia ter.
- Eu posso me vestir de segurança, que aliás já sou, e realizar todas suas fantasias.
- Eu tenho uma ideia melhor, uma fantasia que ficaria perfeita em você. - Ela fala segurando a gola da minha camisa e já estou surtando de desejo.
- Ah é? E qual seria?
- De maçã do amor...
- Maçã do amor? Deve ser quente.
- Com certeza. Pegue um cabo e enfie no seu rabo, que ficará perfeito de "maçã do amor"!
Ela me empurra e todo seu seu brilho no olhar sumiu, ficando enfurecida.
- Porra Olívia! Um pau no cu?
- Seria perfeito para você seu idiota!
Ela tenta ir para o lado do motorista, mas eu impeço, que bicho mordeu essa mulher?
- Cadê aquela mulher que estava toda preocupada comigo quando me viu chegar? - Encosto-a entre o carro e o meu corpo, não dando saída para ela se livrar.
- Eu faria isso com qualquer paciente! - Embora ela esteja furiosa, percebo que também está excitada com a nossa proximidade.
- Então é isso que você faz com seus pacientes?
- Não seja escroto Amadeo! Me largue! Daqui a pouco terá troca de turno e isso aqui estará cheio, não quero que ninguém presencie essa cena ridícula que você está fazendo.
- Você tem vergonha de mim por eu ser um simples segurança? - Tento me fazer de vítima, os olhos dela estão confusos, ela pensa um pouco antes de responder.
- Você sabe que não é isso, você nunca foi um simples segurança e agora parece-me que subiu de "cargo". - Decidi ficar calado, provavelmente eu falaria besteira, mais do que já falo, resolvi ficar em silêncio admirando aqueles lábios lindos, prontos para serem beijados.
- Eu só queria te pedir uma carona. Estou sem carro.
- Vá de táxi!
- Ai! Pra que tanta agressividade princesinha? É apenas uma carona inocente. - Faço um biquinho que julgo irresistível, mas me ferrei.
- Não! - Ela continuou firme.
- Por favor... - Faço minha melhor cara, mas ela está irredutível.
- Não!
Ela não realmente não quer, é uma pena, eu tenho tanto amor pra dar, mas ela simplesmente não colabora.
Ficamos nos encarando por um bom tempo, a minha vontade era beijar esses incríveis lábios rosados, nossos lábios estavam muito próximos, podia sentir sua respiração ofegante, mas resisti bravamente.
- Que pena...
Me afastei lentamente sem olhar para trás, pude sentir seu olhar quente sobre meu corpo, se eu olhar, não irei resistir, e não é assim que eu quero tê-la. Finjo estar mancando, tenho que fazer meu teatro, só para ela ficar com a consciência pesada.
"Merda Amadeo! Você não pode te-la, era será a sua perdição!"
Razão e emoção gritam dentro de mim, preciso me concentrar... Léo precisa de mim.
Caminho em direção ao hospital, passo pelos táxis e escuto um carro parar ao meu lado, não preciso olhar para saber quem é...
- Apenas uma carona, entra logo antes que eu me arrependa.
Viro o rosto para não rir na frente dela, e quase esqueço que tenho que mancar. Dou a volta pelo carro, ela destrava, e eu entro. Ficamos calados até ela sair do hospital.
- Onde você mora?
- Hotel Blank.
- O que? Num hotel? - Ela quase perde a direção.
- Por que o espanto?
- Você leva uma vida, digamos errante... ficar num hotel? E os armamentos?
- O hotel é do Martínez.
- Puta que pariu, esse homem é dono do México?
- Ou da metade dele. - Sorrio.
Ela mexe no som do carro, e coloca uma música suave, nunca mais conseguirei ouvir essa música sem pensar nela. Olívia está tensa, começa a bater os dedos no volante do carro, muda de rota.
- O caminho não é por aí, mas eu não vou deixar você voltar para o hotel depois de tudo que passou, e se eles tiverem esperando você? Não! É melhor você ir para um local improvável, pelo menos é o que eu acho.
- E qual seria esse lugar seguro? - finjo-me de desentendido.
- Minha casa.
Puta merda! Não me responsabilizo pelos meus atos sozinho numa casa ao lado dela. Pela primeira vez na vida, me sinto tenso, porra! Eu não vou resistir.
Ela continua a dirigir o carro igualmente tensa, entramos num condomínio de alto padrão, o mesmo que Leonardo mora. Sei onde ela mora, embora eu nunca tenha entrado na sua casa. Ela para o carro na garagem subterrânea. Descemos em silêncio, óbvio que a casa era muito segura, o irmão ficava com ela quando estava aqui no México, mas ele ainda está em transição com o tráfico.
Subimos a escada que dá acesso a área principal, posso escutar sua respiração ofegante, ela está nervosa. Eu estou cansado, mas ainda consigo fazer um grande estrago.
Chegamos a sala de estar, e meu celular vibra, pego e vejo nome de Léo aparecer no visor. Atendo imediatamente parando no meio da são.
#LigaçãoOn
- Bom dia Léo. - Atendo.
- Bom dia Amadeo, onde você se meteu que não te encontrei? - Ele parecia bem ansioso.
- Vim tomar um banho e tirar um cochilo, preciso descansar por umas duas horas. Aconteceu alguma coisa? Posso ir agora se quiser.
- Não! - Ele me cortou rapidamente. - Estava apenas preocupado, tire o dia de folga, no final do dia, pedirei para Olívia nos dá alta. - Olha para ela que está sem entender nada. - Cuidado, irei mandar reforços para o hotel.
- Eu não estou no hotel.
- E onde raios você está? Diogo está enlouquecido aí fora e você inventou de fazer o que Amadeo? - Léo alterou a voz, a situação não era boa, os ânimos estavam exaltados.
- Olívia ia me dá uma carona para o hotel, e achou melhor me trazer para casa dela, para eu poder descansar melhor, já que aqui é cheio de segurança - A loirinha está corada, muito envergonhada, como uma mulher como ela, linda, independente e inteligente poderia ser tão angelical dessa forma?
Ouço Martínez suspirar do outro lado, ele parece escolher as palavras, Olívia mantém uma certa distância, impossível ela ouvir o que ele diz ao celular.
- Amadeo, gosto muito de Olívia, ela é uma grande amiga. É irmã de um grande aliado, por favor não vá fazer merda! Não podemos romper com Oliver agora! Não magoe essa menina.
Parecia um irmão mais velho protegendo a irmã, mesmo o tempo de convivência sendo pouco, Olívia virou praticamente da família. Todos tinham grande estima por ela.
- Deixa comigo! Preciso de uma roupa limpa. - Comunico.
- Acho que o que você menos vai precisar é roupa, seu safado! - Martínez é um verdadeiro filho da puta, tento conter o riso, virando-me de lado. - Mando um dos homens levar daqui a meia hora pra você, podem tirar a manhã de folga, não esqueçam.
- Sim senhor.
Desligo o telefone, e olho minha loirinha inocente no topo da escada, o vestido bem ajustado, mostra todas as curvas indecentes dessa princesa.
- Já podemos subir? Vou-te mostrar o quarto de hóspedes.
- Poxa! Pensei que conheceria a suíte master da dona da casa! - Vou subindo e jogando charme para ela.
- Cantada barata Amadeo! Acho melhor você mudar seu repertório.
Revira os olhos e saí, e eu vou seguindo-lhe como um cachorrinho.
- Martínez disse para descansarmos durante o dia, ele quer você os dê alta. Fica muito difícil vigiar aquele hospital gigantesco.
- Acho melhor mesmo, eles já estão bem. Preciso avaliar Sara, se bem que o estado emocional dela é o mais grave. Mas irei mandar uma equipe para ficar com eles os primeiros dias, ela também deve passar por um psicólogo, não só ela mas a família inteira. Um ex psicopata... Credo em cruz! - Ela se benzeu e eu fiquei sorrindo, como é linda essa diaba.
Nós encaramos por um momento, como eu queria agarra-la.
- Eu vou pegar um short do meu irmão, como ele gosta de roupas apertadas provavelmente vai dá em você.
Ela saiu, rápido, com certeza com medo de não resistir, aproveito para tomar banho. E embaixo da água morna que eu tiro toda a tensão, ódio desse Diogo, não sossegarei enquanto esse infeliz não tiver morto, o cara só vive para fazer maldade para o irmão e a ex-mulher, nem a bonequinha da filha dele desperta algum tipo de bom sentimentos naquele traste.
Escovo meus dentes com uma escova nova que tem no banheiro, gente chique é outro nível, tem até algumas amostras de perfumes importados, escolho um passo, agora sim, tomado banho e bem cheiroso. Saio do banheiro e o calça moletom está em cima da minha cama, enxugo-me e a visto, como ela falou o irmão é um monstro de forte, mas o elástico na cintura ajuda a mesma não cair.
Só agora meu estômago dá sinal de fome, resolvo descer em busca de algo para comer, desço as escadas e sigo a procura da cozinha que não é difícil de achar.
Posso ver os detalhes delicados de Olívia em quase toda a casa, ela é uma mulher clássica e de muito bom gosto. Não tem ninguém na cozinha, vou a geladeira pegar alguns frios, ligo a cafeteira. Estou terminando de preparar todo o café quando Olívia chega...
Ela não está preparada para um simples café da manhã....
Continua amanhã.
Estou achando fraco de curtidas e comentários, vcs não estão gostando? deixe uma curtida e coemnte la noo grupo o que vcs estão achando...
Eu tô adorando pelo amor Deus ñ paraaaaa naaaaaao
ResponderExcluirEsta cada capítulo mais interessante
ResponderExcluirAmandooo e anciosa por cada capítulo 😍
ResponderExcluirAmando esse conto💙
ResponderExcluirEstou amando
ResponderExcluirAdorando! Acho até pouco 3 capítulos por noite. 😉
ResponderExcluirEstou amando
ResponderExcluir😍
Tudo de maravilhoso.... Cada dia apaixonada.
ResponderExcluirPresizo de um Leo um Amadeo em minha vida
ResponderExcluirMuito bom 👏🏾👏🏾👏🏾🤩
ResponderExcluirPelo amor de tua mãe eu tô apaixonada por este conto não para não
ResponderExcluirlinda
ResponderExcluirAmando
ResponderExcluirAmando esse conto😍
ResponderExcluir🧡
ResponderExcluirPô,como não amar esse conto maravilhoso.... tá de brincadeira, só pode....
ResponderExcluirTo apaixonada nesse conto 😍
ResponderExcluirNem novela me desperta tanta vontade de acompanhar ...
Estou gostando muito desse conto, as vezes perco o sono a noite, não consigo dormir enquanto eu não leio os 3 capítulos
ResponderExcluirAmando!Amadeu é Olívia
ResponderExcluirEsse conto está incrível amando cada capitulo
ResponderExcluirComo ñ gostar história perfeita q te prende te Faz qrer ler mais é mais é mais
ResponderExcluirÉ o principal deixa a gente super excitada ��♀️
Eu estou amando , continue pelo amor de Deus
ResponderExcluirEu estou amando essa história.
ResponderExcluirÉ melhor que muita novela. Vi um pedaço da história no Facebook, e fiquei curiosa querendo saber a história inteira. Comecei a ler do início à dois dias, e não consigo parar....
Quero mais
ResponderExcluir😍😍😍
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