Conto Erótico - Prisioneira do Trafico - Capítulos 91 e 92 (Final)

Prisioneira do Tráfico

Capítulo 91

Não acredito o que meus olhos estão vendo, Oliver desfilando toda sua beleza e seu charme diante de nós. Caraca, como ele consegue ser tão lindo? Estava tão envolvida com a minha dor que eu esqueci o quanto ele é lindo.
Acalma Sara! Você tem um homem lindo ao seu lado, não olhe para a tentação! Mas porra... a tentação é perfeita demais...
Léo trava os passos e aperta minha mão, sinto seu corpo enrijecer. Acredito que ele deve ter travado o maxilar também, eu até poderia olhar se eu não tivesse hipnotizada olhando para Oliver.
- Oi Sara. - Ele fala diretamente comigo, abrindo um sorriso perfeito.
- Oi Oliver. - Respondo e só então saio do meu estado de hipnose. Olhos discretamente para Léo que está tenso e visivelmente enciumado. Bem feito! Ele que nos colocou nessa situação.
- Oi Martínez. - Oliver fala com Léo, e não esbanja o mesmo sorriso.
- Oi Hockenbach, é um prazer revê-lo. Não sabia que você estava no México.
- Eu cheguei à poucas horas, vim fazer uma visita surpresa para minha irmã, mas quem acabou tendo uma surpresa agradável fui eu.
O silêncio que se fez depois dessa frase foi ensurdecedor. Tinha um toque de provocação na fala do australiano que não passou despercebido por nenhum de nós.
- Estávamos na primeira consulta do pré-natal e saímos bem mais que felizes, radiantes é a palavra que resume nosso estado de espírito. - Léo me puxa para mais perto e dela nossos lábios. Não sei explicar, mas me sinto incomodada.
- Eu imagino que sim. Sempre ouço Olívia dizer que os pais ficam emocionados ao ouvir o coraçãozinho do bebê.
- Muito emocionado ao ouvir a batida de um coração, agora imagina de dois coraçõezinhos batendo ao mesmo tempo.
Léo se orgulha ao falar dos filhos, e Oliver continua com os olhos fixos aos meus. Ele ergue a sobrancelha ao ouvir o discurso caloroso do "pai coruja".
- Dois? - Oliver reveza o olhar entre mim e Léo.
- Sim, são gêmeos. O papai e a mamãe aqui arrasaram na produção. - Léo enche-se de orgulho. Eu deixo um sorriso tímido no meu rosto, sei dos sentimentos que o australiano sente por mim, devo muito a ele que foi um perfeito cavalheiro comigo, me salvando de ser comprada por algum doente, não me forçando a nada e me libertando quando eu pedi. Sinto-me em dívida com ele, e tenho uma profunda gratidão e respeito por ele.
- Parabéns! Tenho certeza que serão lindas crianças, pelo menos se puxar à mãe. - Ele não deixa de dar uma alfinetada em Léo.
- Dessa vez eu tenho que concordar. Se puxar à mãe serão as crianças mais lindas do mundo, assim como Rebeca.
Oliver sorrir, e só então sai de cima da moto, aquela montanha de músculos me causa fascínio, e aquela cabeleira loira? O homem era uma mistura de Thor, deus do trovão com o aquaman.
- Foi um prazer revê-lo Hockenbach, vamos marcar um jantar qualquer dia desses, antes do nosso casamento.
Oliver já em pé, me olha como se não acreditasse, vejo uma onda de dúvidas e decepção em seu rosto?
- Casar?
- Sim. No máximo daqui há um mês, queremos oficializar nosso casamento antes da barriga crescer mais.
Acho que Léo passou dos limites com seu ciúmes exagerado. Olho para Oliver como se eu lhe devesse uma explicação, é tão estranha essa situação.
- Eu faço votos que tudo saia na perfeita ordem e paz. Eu acho que foram revelações suficiente para um encontro tão rápido. - Ele pega suas madeixas compridas e faz um coque no alto da cabeça, o que evidencia os profundos olhos azuis.
- Então, a gente se ver por aí. - Léo fala com ele, apertando sua mão.
- Claro, a gente se ver por aí. - Oliver segura minha mão e sem se conter me puxa para um abraço. Puta merda! Com uma mão eu seguro a mão do Léo, e com a outra eu abraço Oliver e sinceramente, eu me sinto uma devassa nesse momento.
Leonardo Martínez não gosta nenhum pouco da audácia do australiano e me puxa de volta para o seu lado. Me sinto envergonhada, sem graça, até um pouco vadia. Sei lá...
- Até mais Oliver.
Léo faz uma cara de poucos amigos e saí comigo em direção ao nosso carro, eu não olho para traz, mas sinto seu olhar queimar meu corpo. Entramos no carro e toda a calma que Léo estava tentando mostrar some no exato momento que estamos acomodados no banco do automóvel.
- O que foi aquilo Sara? - Ele passa as mãos pelo cabelo quando está nervoso, um gesto que eu acho lindo.
- O que? - Me finjo de desentendida para não começar uma discussão.
- Aquele abraço!
- Ora bolas, você acabou de dizer, um abraço. - Porra! Eu nunca fui cínica, muito menos sonsa, mas juro que é necessário agora.
- O cara estava te comendo com os olhos, ele estava "cagando" para que eu estava falando e mesmo assim você correspondeu o abraço e eu ele lhe deu! - O homem está se corroendo de ciúmes, não sei se apaziguo ou se revido ou se respondo com uma patada.
- Eu apenas fui simpática.
- Simpática? O cara é louco por você, nem tenta disfarçar e você finge o que? Demência! - Foi a gota d'água.
- Não Leonardo Martínez, eu não fingi demência, eu realmente fui educada com ele. Pois Oliver foi um homem de palavra quando disse que jamais tocaria um dedo em mim sem o meu consentimento, quando você me colocou naquele leilão, eu fui comprada como um objeto por um homem, que devo agradecer dia e noite por ser honrado. - Conforme eu falava o sangue sumiu do rosto dele. - Eu nunca irei virar as costas para Oliver por causa do seu ciúme ridículo, eu me sinto em dívida com ele. Então baixe a sua bola e agradeça por eu ter te perdoado, pois ele estava disposto a assumir seus filhos.
- Eu nunca deixaria.
- Deixaria sim! Os filhos também são meus.
- As leis do tráfico são diferentes.
- Diferente uma ova! Se eu não te amasse o quanto eu te amo, eu não exitaria de Oliver fazer uma guerra, para nunca me separar dos meus filhos.
- Ah, então você cogitou a hipótese de ficar com ele?
- Não seja ridículo! Para com teu show, que eu já estou ficando com vergonha alheia por você.
Ele fecha os olhos e tenta reordenar os pensamentos, ou até mesmo pedir aos céus paciência. Ele faz merda e quer por a culpa em mim? Negativo! O culpado é ele! Somente ele!
- Me perdoe Sara. Eu realmente estou roxo de ciúmes. Você tem razão, eu fui um babaca, um idiota, um filho da pita com você. Eu não tenho razão para agir com você desse jeito.
- Não tem mesmo. - Continuo com a minha pose de durona encostada na janela do carro.
- É que... - Ele faz uma pausa e eu continuo firme olhando para frente, e forço a não encara-lo. - Eu tenho tanto medo de te perder novamente, eu acho que eu não aguentaria.
Meus coração enche-se de amor com essa declaração, mas eu continuo firme, louca para ceder, mas continuo séria.
- Não parece, na primeira oportunidade você fica dando showzinho estúpido de ciúmes.
Ele me puxa com uma velocidade assustadora e quando dou por mim, estou sentada em seu colo, nossos rostos estão muito perto um do outro e ele está me segurando com as duas mãos para que eu não desvie o olhar.
- Eu te amo, sou louco por você, estou corroído pelo ciúmes, porque sei que fiz merda e que aquele filho da puta fez uma jogada de mestre, sorte a minha que eu tenho uma mulher apaixonada e fiel. Eu sempre fui tão seguro de mim... mas quando o assunto é você, eu me sinto muitas vezes perdido e inseguro.
- Não devia. - Revirou os olhos.
- Mas eu tenho ciúmes, estou tão puto! Saí radiante com a notícia que serei pai de gêmeos é aquele enviado do cão aparece do nada para tentar estragar nosso momento. Não vamos deixar que eu meta os pés pelas mãos Sara.
- Você é um idiota. - Com raiva de mim porque já estou toda derretida.
- Um idiota que te ama, mais do que qualquer coisa nesse mundo. - Ele beija meu pescoço, acendendo o desejo que nunca se apaga dentro de mim.
- Está fazendo muita besteira para quem diz que me ama tanto. - Ele já está beijando meu pescoço suavemente, fazendo meu corpo todo se arrepiar.
- Casa comigo? - Ele tira o casaco que eu estava vestida e desce os beijos pelo meu colo, puxando a camiseta, junto com o sutiã e suga meus seios, um a um. Eu gemo baixinho.
- Estamos no estacionamento...
- Não tem ninguém aqui...
Ele desabotoa o short e o tira de uma vez, me deixando apenas de calcinha e camiseta. Eu envolvo as minhas pernas uma de cada lado do seu corpo. Seus olhos estão faiscando de desejo, e eu com esses benditos hormônios da gravidez, já estou pronta para ele.
- Eu quero você agora... - Ele está com os lábios nos meus seios e um dos dedos roçando a minha intimidade por cima da calcinha.
- Ainda bem que você quer agora... eu não ia ficar seminua dentro do carro, num lugar público à toa. - Rebolo em cima do seu dedo, enquanto puxo seus cabelos.
- Casa comigo? - Ele volta toda a atenção para os meus lábios num beijo gostoso e sedento.
- Me fode... - É tudo que eu consigo dizer, enquanto ele está abaixando as calças.
- Só eu fodo essa boceta?
- Só você meu amor, só você...
Eu estou completamente excitada, ele me beija, me morde e puxa a calcinha para o lado entrando em mim de uma só vez.
Sinto um pouco de dor... mas eu já estou viciada nessa dor gostosa quando ele me possui com força. Ele quer mostrar que eu sou somente dele, e não há nada de discreto quando ele me penetra forte e duro dentro do carro apertado. Seus beijos quentes, abafam meu gemido descontrolado.
- Gostosa, eu te amo! Você é só minha...
- Você é só meu....
- Todo seu.... - Ele soca com mais força, fazendo uma corrente elétrica percorrer do começo ao fim do meu corpo.
Estou perto, muito perto de atingir o orgasmo quando sou pedida novamente em casamento.
- Casa comigo, aceita ser minha mulher no papel?
Meu corpo subindo e descendo, meus seios balançando, eu agarrada na sua costa, nossos corpos numa sincronia perfeita de amor, paixão e desejo.
- Aceito... - Respondo quando meu corpo chega ao ápice do desejo, levando Léo junto comigo.
•••••••••••••••••••••

Prisioneira do Tráfico
Capitulo 92 (Final)

Dia do casamento
O grande dia tinha chegado, pouco mais de um mês havia se passado desde nosso encontro ocasional com Oliver no estacionamento do hospital,dizer que tudo ficou a mil maravilhas era um pouco de exagero, pois o bichinho do ciúme picou meu futuro marido e pelo visto o ferrão ainda estava dentro do seu corpo. Não era nada sufocante, era até engraçado vê-lo enciumado, o grande, poderoso e fodástico Leonardo Martínez morrendo de ciúmes de mim.
Resolvemos fazer a cerimônia e a festa, óbvio em Acapulco, pois além de ter um espaço gigantesco, o lugar ainda dispunha de uma capela que ficava ao alto dé uma pequena colina, com uma vista privilegiada para a praia. O pai de Léo com certeza estava inspirado no quando mandou fazer essa casa, aqui tudo é deslumbrante, gigantesco e de extremo bom gosto.
Apesar do ar superlativo que a mansão tem, coisa que eu não gosto muito, me sinto incrivelmente em paz nesse lugar. A casa é muito clara, com vista panorâmica para o mar, a piscina de borda infinita, o espaço arejado e bem decorado de cada cômodo, tudo aqui se parece com a grandiosidade do meu Léo, que adora luxo e sofisticação.
Mas não é só isso, as fotos dos pais dele e de toda a família tornam o ambiente mais familiar, até um louco nostálgico. Certo dia, mostramos as fotos de Diogo para Rebeca, tentamos explicar nossa relação sem deixar a cabeça da minha filha muito confusa. Talvez por ser criança demais, ou por ter tido pouquíssimo contato com o pai, o fato é que ela amou Léo ser irmão do seu pai. Menos dor de cabeça por enquanto, sei que um dia ela vai querer saber porque do nosso casamento não ter dado certo, o que o pai fazia, profissão, motivo da morte... enfim, sei que serei nocauteada de tantas perguntas, mas me mantenho no propósito que fiz com Léo, viver um dia de cada vez, resolver os assuntos conforme eles apareçam, nada de sofrer por antecipação.
Olho em volta do meu quarto, e relembro que há poucos minutos isso estava tomado por diversos profissionais da área de beleza. Confesso que estou um pouco cansada, a gravidez me deixou sonolenta, e tudo me canso, até no sexo meu rendimento tem caído um pouco.
Bom, ele tinha caído um pouco, mas eu tenho certeza que essa noite ele estará com cem por cento, pois minha querida avó teve a excelente ideia de contar para minha mãe, que os noivos devem dormir em quartos separados e se abster de sexo por uma semana. Acredita que a minha avó foi capaz disso? Dona Maria da Graça, como sempre foi obediente em relação a tudo que a sua querida sogra Margarethe fala. O pior de tudo é que a minha avó não pode vir, tadinha pegou uma gripe muito forte que a deixou de cama e bastante debilitada, só por causa da sua idade avantajada eu a perdôo.
Uma batida discreta na porta me tira do transe, de tantos profissionais, ficaram apenas o cabeleireiro, o maquiador e o estilista. Estamos decidindo o penteado quando Henry, o estilista, vai atender. Ouço-o resmungar.
- Não pode, dá azar ver a noiva antes do casamento, minha noiva! - Ele é incisivo com sua resposta, mas conhecendo o Léo como eu conheço...
- Sua noiva uma ova, a minha noiva. Eu não quero vê-la vestida de casamento, quero apenas beija-la... que se dane ela já é a minha mulher há muito tempo! - Ele empurra o pobre do estilista, por sorte estou apenas de roupão e o vestido está no closet. Com a maquiagem pronta, faço uma cara bem sensual, ele para abruptamente ao me ver.
- Porra! - Ele põe uma mão na boca e a outra no coração. - Como diz Gabriel, um tiro doeria menos.
Eu sorrio da sua cara de bobo apaixonado, ele já está quase pronto, tão lindo, meu coração acelera de vê-lo tão perto.
- Gostou da maquiagem?
- Eu casaria com você desse jeitinho... nunca esteve tão linda Sara.
- E estragar a obra prima que eu fiz para ela? Nem pensar! - Henry se entremete na conversa.
Trocamos olhares apaixonados, a tensão sexual é visível entre nós.
- Nós temos um tempo? - Ele me propõe com a cara mais lambida do mundo.
- Claro que terão todo intenso do mundo quando acabar a cerimônia, agora nem pensar. A maquiagem está pronta, estamos decidindo o penteado, então ela vai vestir seu belo vestido de noiva e...
- Eu prefiro que ela vá assim... com os cabelos soltos.
- Você não prefere nada, o senhor é o super poderoso CEO multimilionário, mas de penteado de noiva não entende nada. Então espere mais um pouco, que logo mais essa princesa linda estará com você na igreja.
Nós continuamos nos encarando, enquanto Henry está expulsando Léo do quarto. Por ele, para ele, eu diria um milhão de vezes sim. Tenho absoluta certeza que ele é o homem da minha vida...
Antes que ele saia por completo, uma lágrima caiu do meu olho esquerdo e um sorriso tímido brota em meus lábios. Estou tão emocionada, daqui a pouco tempo estaremos casados, e eu gostaria do fundo do meu coração que seja "até que a morte nos separe" e que essa visitante, que ninguém gosta, e que é única certeza que temos, demore fazer visita na nossa morada. Quero ficar velhinha ao lado dele, ver nossos filhos crescerem, se formarem, constituir suas próprias famílias, conhecer nossos netos e se Deus for muito generoso conosco conhecer nossos bisnetos... e só então, bem velhinhos, iremos dormir... abraçadinhos, e morreremos juntos... pois eu jamais terei coragem de enterrar o amor da minha vida...
- Ei! Que choro é esse? - O maquiador chama minha atenção.
Eu limpo as lágrimas, que viagem foi essa? Mas sinceramente, esse é o desejo mais sincero do meu coração.
- Os hormônios da gravidez! Toda gravidez me torno uma manteiga derretida.
- Eu também ficaria uma manteiga derretida se fosse linda assim, e tivesse casando com um boy de molhar a calcinha e podre de rico! - O cabeleireiro agora deixa o silêncio e se une aos matracas.
Depois de quase uma hora, estou devidamente pronta para o casamento. Hoje é o dia mais feliz da minha vida, por que então eu sinto um aperto no meu peito?
Emoção?
Medo?
Nervosismo?
Ansiedade?
Não sei, a única coisa que eu sei é que estou prestes a subir ao altar com Leonardo Martínez, homem que mudou minha vida, meu algoz, que virou meu tudo, meu cunhado que virará meu esposo.
Olho-me no espelho, e vejo que eles fizeram um trabalho e tanto, até as olheiras sumiram, não consegui dormir direito essas noites que antecederam o casamento, e dormir longe de Léo é simplesmente horrível.
- Linda!
- Magnífica!
- Esplêndida!
Todos estavam atrás de mim, admirando-me e por um momento eu me senti muito importante, tipo uma artista de cinema.
- Ele pediu o cabelo solto...
- Mas aí os convidados não veriam a linda costa do seu vestido. - Henry fala.
Alguém bate na porta, digo para entrar e o cerimonialista nos avisa que já está tudo pronto, e que o motorista já está no carro a posto nos aguardando.
Descemos as escadas e o fotógrafo faz algumas fotos. Só então nos dirigimos para o carro, que não é nada mais, nada menos que uma limusine suntuosa.
- Cadê Rebeca?
- Já está na igreja lhe aguardando.
Entro no carro e durante o pequeno trajeto olho a beleza do local, eu até queria algo mais fresco, mas Léo queria algo tradicional, e como eu quero agradá-lo escolhi esse modelo, óbvio que já tenho o segundo vestido para ficar bem à vontade e curtir a festa.
O que era para ser algo íntimo, acabou virando uma festa bem grande, para umas duzentas pessoa aproximadamente.
Paramos em frente a igreja, meu coração está descompassado. A porta da igreja está fechada, esperando minha entrada, o cerimonialista abre a porta do carro e me ajuda sair, o maquiador e o estilista que estavam no outro carro vem ao meu encontro dar os retoques finais.
Rebeca também vem ao meu encontro com meu irmão, ela está linda com o vestido de dama de honra.
- Mamãe você tá linda! - Ela me abraça enchendo meu coração de amor.
- Você também está uma princesa! - Dou um beijo no alto da sua cabeça, o vestido e o penteado são muito parecidos com os meus. Ela é uma mini Sara, só torço para que ela não sofra como eu sofri para poder encontrar o verdadeiro amor.
- Você parece uma princesa de verdade E o meu pai tá igual um príncipe! - Ela bate as mãozinhas uma na outra.
- Você o viu?
- Sim, e ele não para de andar de um lado pro outro. - Ela balança as mãozinhas imitando o gesto do pai.
- Ele está nervoso, é normal! Eu também estou muito nervosa, mas estou disfarçando bem. - Sorrio enquanto o maquiador passa uma camada fina de pó.
- Você está linda maninha. - Meu irmão abre um belo de um sorriso.
- Você também não está de se jogar fora. - Olho para ele, e vejo o quanto ele se parece com nosso pai. - Eu queria muito que o nosso pai estivesse aqui para me levar ao altar, mas fico feliz em poder ter você ao meu lado irmãozinho. - George está visivelmente emocionado.
- Obrigado por tudo Sara. Estou feliz por poder fazer parte do seu casamento. Estou ainda mais feliz por ver que esse casamento é de verdade, que vocês se amam muito.
- Sem choro. Você não vai querer sair com a cara inchada nas fotos não é mesmo? - O maquiador tenta me consolar.
- Eu acho que vai ser inevitável sair com a cara inchada... - dou um sorriso nervoso.
- Pronta? - O cerimonialista pergunta.
- Acho que sim.
Escuto a marcha nupcial em seus primeiros acordes, sinto meu sangue congelar e em seguida esquentar nível hard.
Rebeca entra sorridente, o nível de fofura está nas alturas. Em seguida eu e meu irmão entramos, meus pés parecem grudados no chão, sinto-me ainda mais tensa quando vejo que a igreja está lotada, e óbvio não reconheço a maioria dos rostos. Desvio o olhar dos rostos bonitos e bem cuidados e me volto para o altar.
É nesse momento que o meu sorriso se alarga, e a maquiagem provavelmente vai ficar borrada pois são inevitáveis olhar para o homem mais lindo, gentil, cavalheiro que tive o prazer de conhecer. Ele tem defeitos? Sim, ele tem muitos, assim como eu, mas ele vem tentando mudar, corrigir suas falhas, e isso o faz aos meus olhos um homão da porra!
Léo está sorridente no altar, mas percebo também que está tenso, assim como a mim. Nossos olhares não se desgrudam mais, e nem percebo quando chego no altar.
- Entregue. Cuide bem da minha irmã, faça-a feliz sempre. - George Neto fala para Léo.
- Ela toda a minha vida...
Ele dá um beijo na minha testa e sussurra no meu ouvido.
- Você está tão linda! Não sei se vou querer tirar esse vestido.
- Ah sim, com certeza você vai.
O padre nos chama a atenção e começa a cerimônia. Durante toda a celebração eu me emocionei bastante, e Léo estava a todo momento tentando me acalmar e se acalmar, a todo minuto ele sussurrava um eu te amo no meu ouvido, isso me acalmava, mas ao mesmo tempo me emocionava.
A hora da troca das alianças foi de muita emoção, Rebeca entra com as alianças em cima de uma almofadinha decorada, me fazendo babar, sou coruja sim! Essa ruivinha é coisa mais linda da minha vida!
Minha mão estava trêmula, não consegui fazer meus votos devido a emoção, o padre faz as considerações finais. E finalmente profere as últimas palavras:
- Se tem alguém contra esse casamento, que fale agora ou se cale para sempre!
Meus olhos estavam presos ao de Léo, vivendo nosso momento mágico, quando escutamos um grito no fundo da igreja.
- Eu!
Sabe aquele momento em que sua vida passa como um borrão na sua frente? E a sensação que você tem que nada daquilo é verdade é que tudo não passa de um sonho ruim?
Pois bem, é assim que me sinto...
Eu sei perfeitamente de quem é a voz... como eu poderia esquecer... mas meu coração não quer aceitar de forma alguma o que meus ouvidos estão ouvindo.
Eu e Léo olhamos juntos em direção à porta da igreja. Os convidados estão chocados, um grito de "Oh!" Foi proferido por todos, eu não os culpo, eu também teria feito a mesma coisa, para falar a verdade, era o que eu queria fazer agora, só não o fiz porque não consigo sequer abrir minha boca.
O meu pior pesadelo está materializado, parado, olhando fixamente para mim. Ele agora estava com os cabelos loiros longos, barba por fazer e os olhos azuis tão malvados e perversos como eu me lembrava...
Diogo Martínez está de volta...
E ele voltou para arruinar minha vida...
- Eu tenho uma coisa muito grave e séria e contra esse casamento. Ele não pode acontecer, pois Sara já é casada, e é casada comigo: Diogo Martínez!
Eu não posso desmaiar agora, eu simplesmente me recuso a passar mal nesse momento em que a minha vida está sendo arruinada. Léo segura forte na minha cintura, sinto que ele está se controlando para não fazer algo muito grave, mas é impossível não escutar os revólveres sendo engatilhados.
Meu Deus! Eu não quero que ocorra uma chacina dentro da capela.
- Sempre quis tudo o que é meu irmãozinho, que feio! Mas sinto te dizer que a brincadeira acabou. A mulher é minha e vou levá-la agora!
- Nem por cima do meu cadáver! - Léo responde me colocando atrás dele, e isso foi mais que eu pude suportar... noites mal dormidas, ansiedade e agora... um marido monstro que eu julgava morto está vivinho da Silva na minha frente, em carne e osso...
De repente tudo começou a ficar escuro...
••••••••••••••••••••

FIM

Temos a continuação da história com o livro 2, vamos começar a postar na quarta feira!

Comentários

  1. Genteeeeee eu tinha certeza q ele não tinha morrido... Pelo amor de Deus chegue quarta logo...

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  2. Eu sabia que esse homem Tavares vivo😨gente

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  3. Ai, sabia q ainda estava faltando coisa... Sempre desconfiei q esse monsro ia estragar a vida dela...

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  4. E
    É emoção demais para o meu coração!

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  5. Eu já tinha falado aqui nos comentários que achava que ele estava vivo eu sou bruxa mesmo como dizem minhas amigas .....e agora

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  6. uai tá escrito fim.. .mas preciso saber o final

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  7. Sinceramente,eu já imaginava, que história, que final de capítulo, ansiosamente esperando a quarta-feira, prá ler novamente esse conto promete muitos gozos e momentos de tensão,...

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  8. Sabia q esse tdo do Diogo estava vivo..tomara q Léo naum morra😪😪

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  9. Vixi, agora o bicho vai pegar, que merda, o Diogo não era pra estar vivo

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  10. Esperando anciosa pelos próximos capítulos

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