Conto Erótico - Prisioneira do Trafico - Capítulos 11, 12 e 13

Prisioneira do Tráfico
Capítulo 11

- Está com ciúmes boneca? - Léo perguntou-me enquanto nos afastávamos da loja.

- Ciúmes uma merda, eu não quero é ser feita de boba! Saiu comigo? Então respeite minha presença! - Quis me soltar do seu abraço mas ele não deixou.

- Brabinha linda. Eu quero ir embora e fazer o que você falou que queria fazer.

Senti meu rosto corar. Eu e a minha língua desnecessária.

Encaminhamos para o estacionamento, o clima tinha esquentado, chegamos no carro e antes que eu entrasse ele me prendeu entre o carro e seu corpo.

- Quer transar imediatamente boneca?

Sua respiração era pesada, pude sentir a ereção pressionando meu ventre.

- Só se eu for dirigindo...

Ele sorriu, como se não acreditasse na proposta.

- Melhor não...

- Poxa, eu estava pensando numas coisas bem excitantes... mas deixa pra lá...

Ele pensou, olhou desconfiado, mas por fim cedeu.

- Vai ter de cumprir o que prometeu direitinho.

Ele me deu a chave do carro. Eu pulei de alegria, e me pendurei no pescoço dele dando-lhe um beijo gostoso. Léo correspondia o beijo, sua língua era urgente e sensual.

- Não me provoque Sara, ou eu vou te comer aqui nesse estacionamento!

- Lugares públicos? Você é cheio de fetiches, suas amantes não te satisfazem?

- Vamos logo antes que eu desista e pegue a chave. - Ele mudou de assunto.

Soltei-me dele e dei a volta e sentei no banco do motorista, regulei o banco para ficar mais confortável. Saí dirigindo devagar, enquanto os seguranças vinham logo em seguida.

Ele me orientou como sair da cidade até chegar na rodovia que nos levava a mansão, e foi nela que eu testei toda a potência da máquina.

- Vai devagar Sara! - Ele aparentava nervosismo ao ver o velocímetro passar dos 200 km/h. Continuei firme na direção, olhei pelos retrovisores e nem sinal dos seguranças.

- Acho que tens que comprar carros mais potentes para sua segurança.

- Nunca precisamos correr tanto assim! Sara você vai nos matar!

- Relaxa bebê! Você acha que eu não vou testar toda potência dessa belezura?

Consegui chegar a a velocidade máxima, a adrenalina percorria todo meu corpo, Léo estava tenso, porém calado ao meu lado.

Ao chegarmos na alameda da mansão diminui a velocidade, vi que ele deu um suspiro de alívio. Foi então que aumentei a velocidade e puxei o freio de mão, dando um cavalo de pau, fazendo o carro girar de um lado para o outro.

- Máquina! Amei! - Gritei eufórica quando o carro parou.

- Doida! Sara você é completamente louca!

Percebi que ele estava bravo de verdade, soltei o cinto de segurança e pulei no colo dele, não dando tempo que ele raciocinasse direito.

Beijei-o com volúpia, segurando seus cabelos negros tão perfumados. Rapidamente toda a raiva que ele estava sentindo transformou-se num tesão absurdo. Ele empurrou meu tronco no volante e puxou minha blusa tirando meus seios para fora, sugando-os com força, apesar de doloroso era muito excitante, eu gemia e rebolava por cima do seu pau que já estava duro como pedra.

Só então o carro dos seguranças chegaram, com farol alto, provavelmente assustados. Léo tirou a boca dos meus seios e eu voltei ao meu lugar fechando minha blusa.

- Venha! Eu preciso foder você urgente!

Sorri excitada, adorava deixá-lo descontrolado. Descemos, e percebi o quanto ele estava excitado e não fez questão de esconder.

- Guarde o carro! E hoje não estou para ninguém, a não ser que seja algo extremamente urgente.

Ele ordenou a Roberto que ficou sério e não me olhou uma vez se quer, com certeza Léo tinha repreendido o capanga pelo episódio acontecido na escada.

Ele saiu me puxando para dentro da mansão. Estava apressado é muito urgente. Dentro de poucos instantes estávamos na sua suíte e ele me encarou cheio de desejo.

- Agora sim você me paga!

- Ainda não terminei o que começamos no carro.

Pulei em cima dele e atraquei minhas pernas na sua cintura e nos beijamos intensamente, ele me levou até a cama deitando por cima de mim, eu o ajudei a se livrar da blusa, enquanto ele tirava a bermuda de uma só vez.

Antes que ele me tirasse minha blusa, eu o girei fazendo com que trocássemos de posição.

- Você é tão surpreendente Sara...

Eu o beijei e fiz um caminho de beijos pelo seu corpo másculo, porra esse homem me deixava completamente insana!

Cheguei ao seu pau duro, soluçando de desejo!

- Lindo... - Sussurrei safada para ele, passando a língua por toda a extensão da sua virilidade.

Beijei-o da cabeça até as bolas, senti seu corpo rígido, parecia que queria se controlar.

- Solta a fera em você bebê! - Provoquei-o

- Não quero machucar você sua maluquinha! -

- Se doer eu falo!

Foi só o que ele queria ouvir, imediatamente ele puxou meus cabelos e levou minha boca até seu pau.

- Engole todo! - Ordenou.

Agora eu estava enrascada! Coloquei-o o máximo que pude na minha boca, sentia ele entrando pela minha garganta, o cara era monstro de grande, mas não me fiz de rogada, e aumentei a velocidade fazendo-o gemer de tanto desejo!

- Para Sara não vou aguentar...

- Não quero que você aguente!

Ele entendeu o que eu quis dizer e gozou como um animal na minha boca, gemia por mim na hora do orgasmo.

- Sara! Sara! Sara...

- Gostoso! 

Terei-o da minha boca e passei a língua em torno dos meu lábios e me levantei. Peguei o controle e liguei o som.

Ecoou pelo sistema de áudio do quarto o reggaeton, eu comecei a rebolar e sensualizar tirando a roupa.

- Você vai me enlouquecer mulher!

- Você é forte, aguenta a pressão! Ou vai querer dividir? - Provoquei-o

- Nunca! - Vi que ele se fechou de raiva.

Mas não demorou muito tempo, a carranca estava desfeita quando me viu apenas de lingerie rosa com laços azuis.

Virei as costas para ele e comecei a rebolar até o chão, desabotoando o sutiã.

- Ruiva dos infernos...

Virei o rosto para ele sensualmente, fazendo cara de tarada.

- Não aguento mais!

Ele deu um pulo rápido da cama e puxou para ele. Começou a me beijar e morder-me inteira! Jogou-me na cama como violência.

- Ai! - Gemi manhosa!

- Eu quero você, eu quero muito você!

Despertei a fera! Sorri satisfeita!

- Mostre-me o quanto você quer!

Puta que pariu! Por que eu disse aquilo?
Ele me deu uma lambida com maestria. Já estava melada de tesão. Ele sugava-me como se estivesse faminto. Enfiou o dedo em mim, fazendo-me gemer, enfiou dois e ficou acariciando meu clitóris com a língua.

- Porra...  - Soltei um gemido abafado.

Continuou nessa tortura até que eu gozasse na sua boca, atracada nos seus cabelos.

Ele me pôs de quatro, deitou embaixo de mim colocando a cabeça embaixo da minha boceta, passando a língua intensamente, enquanto seus dedos trabalhavam nos meus dois buracos.

No auge do meu delírio, eu cavalguei na boca dele que em nenhum momento parou o que estava fazendo.

Juro que pensei que estivesse urinado nele, aquilo não era normal! Aliás, nada que fazíamos naquela cama era normal.

Amoleci de tanto orgasmo, esse homem estava acabando comigo, ele percebeu que eu estava satisfeita e saiu rapidamente de baixo e meteu tão fundo, que inclinei meu corpo para frente com o impacto!

- Uau... - Gemi

- Você gosta né safada? É rola que você quer?

- É... - Porra! O que eu estou fazendo?

- Então aguenta!

Ele entrava e saía de mim com uma velocidade descomunal, apertou meu pescoço e a minha cabeça no colchão macio e continuou a fazer o que de melhor sabia fazer: foder com força!

Os dedos dele excitava-me na frente, meu corpo entrou em colapso, os orgasmos eram múltiplos e intensos.

- Léo, Léo....

- Oh Sara ...

Ele chegou ao orgasmo praticamente junto comigo! Murmurando sacanagens e algumas palavras em espanhol que não entendi, mas que me levavam à loucura.

Caímos deitados um nos braços do outro, suados, ofegantes, Saciados, entregues e satisfeitos... éramos um retrato fiel de dois amantes apaixonados. Mas dentro de mim eu sabia que tudo não passava de desejo, sexo e chantagem...

••••••

Capítulo 12

 - Sara... Sarinha... Valente (personagem dos desenhos animados que tem o cabelo ruivo). - Sorri com o apelido, lembrei-me da minha filha.

Virei para o outro lado, e tentei dormir novamente, mas ele continuou. Senti a cama afundar, e em seguida ele deitou-se sobre mim, afundou na cabeça no meu pescoço, eu já estava toda entregue, o problema é que o corpo estava acabado devido à intensidade do sexo que tivemos na noite passada. Meu corpo fica excitado só de recordar.

- Você está cheirando a sexo! - Sussurrou no meu ouvido. - Eu gosto desse cheiro sabia?

- Você acabou comigo, não dormi nada, estou morta de cansada!

- Quem mandou mexer com quem estava quieto?

- Você não pareceu achar ruim!

Abri os olhos vagarosamente e encontro os olhos que tem tirado meu sossego. O que foi aquela noite? Depois que iniciamos na cama, fomos jantar e transamos na cozinha, na sala enquanto tomávamos um vinho, no banheiro, e tudo terminou na cama novamente.

Foi a noite inteira numa maratona sexual intensa! Puta que pariu, eu estou morta!

- Deixa eu ficar, por favor!

- Não, você vai comigo!

- Eu não sei se estou preparada para as piadas das suas amantes, minha língua é muito afiada!

- Está com ciúmes?

- Não, eu só não gosto de deboches! Por que eu teria ciúmes? Você não é nada meu!

Ele pareceu ficar magoado com as minhas palavras, levantou-se e me puxou pelos braços, e ficou encarando meu corpo nu.

- Esse corpo está tirando meu sossego ultimamente!

- Eu prometo que espero você bem quente, mas deixe-me em casa. Por favor!

Eu o abracei pelo pescoço, encostei minha cabeça no seu peito forte, tão cheiroso... não queria encara-lo, tentei usar toda a minha técnica de persuasão. Léo passeou com as mãos pelo meu corpo desnudo, soltou um suspiro.

- É uma proposta bem tentadora, mas eu quero que você vá comigo.

Empurrei-o com raiva e fui em direção ao banheiro.

- Acabou o amor Sara Martínez? - Odeio quando ele me chama assim.

- Ele nunca existiu, você sabe disso!- respondi tentando trancar a porta mas ele não deixou.

- Sabe fingir muito bem, jurava que você estava perdidamente apaixonada por mim ontem à noite. - Ele falava enquanto eu ligava o chuveiro e começava a tomar banho.

- Eu acho que não fui a única!

Ele me olhou e ficou calado.

- Amor, paixão, sexo... são coisas totalmente diferentes! - Fechei os olhos, deixei a água escorrer pelo meu corpo. Abri novamente e ele ainda estava lá, me olhando... parecia distante.

- Vem tomar banho comigo, vem...

Ele hesitou por um tempo até que finalmente tirou a roupa rapidamente enquanto eu passava enxaguante bucal.

Ele me agarrou embaixo do chuveiro já incrivelmente excitado. Nossos corpos molhados, escorregadios um no outro... a água que caia, não era suficiente para apagar o fogo que existia entre nós.

- O que você quer Sara? - Ele estava visivelmente perturbado.

- Você Léo... - Não conseguia tirar os olhos dos lábios dele.

Tudo aquilo era tão diferente, eu sabia que era errado, mas eu entrava cada vez mais naquele jogo de sedução e sexo. Ele me prendeu entre ele e a parede e meteu fundo, estava dolorida de tanto trepar.

- Ai... - Gemi.

 - Doeu? - Ele parecia preocupado.

- Um pouco...

- Está doendo? - Ele continuava metendo devagar e a dor já era inexistente.

Ah! Filho da puta gostoso dos infernos! Agarrei-me tão forte a ele, que parecíamos um só. A cabine do banheiro a esquentar e os vidros ficaram embasados.

- Oh Sara! Oh Sara! - Eu amava quando ele gozava chamando meu nome.

- Meu Léo... - As palavras escapuliram dos meus lábios...

••••••••••••••••••

Léo pegou minha mala pequena e me ajudou a embarcar. Acomodei-me ao lado dele, apertei o cinto e bom, eu estava exausta, praticamente desmaiei no assento de tanto sono.

Senti-me protegida e segura nos seus abraços... isso mesmo, ele tinha me colocado quase sobre ele, e como ultimamente dormíamos agarrados, nem percebi onde estávamos.

- Chegamos dengosa!

Aquele cheiro amadeirado de perfume importado, amava um homem cheiroso, quis desgrudar-me dele, mas meu corpo permanecia imóvel. Beijou minha cabeça e a minha testa.

- Você dá trabalho para acordar ein?

Eu amava quando ele me tratava tão carinhoso assim. Por um momento até esqueci nossa condição, dei um beijo na sua bochecha e me espreguicei na cadeira.

Dei de cara com Roberto quase a minha frente, rolo os olhos e volto a fechá-los novamente, acabou meu bom humor!

Instantes depois descemos uma pista de pouso, que parecia clandestina. Tinha alguns carros parados, um helicóptero parado um pouco distante e vi homens fortemente armados.

- Leonardo, seu filho da puta! Você me trouxe junto com um carregamento de drogas? - Estava irada! Como ele pode?

- Controle sua língua! - Ele voltou a usar aquela carranca de sempre.

- Controlar uma ...

- Já mandei calar a boca! - Falou alto e percebi que alguns seguranças nos olhavam com sorriso no canto da boca.

Fiquei calada, ele me queria calada, pois bem, era silêncio que ele ia ter!

- Vá para o Helicóptero que eu já estou indo.

Não olhei mas para ele, conseguia ser um bastardo quando queria! Caminhei com todo meu orgulho, sabia usar a pose de autoritarismo quando queria.

Roberto me acompanhou, quando viu que estava a certa distância do patrão começou suas gracinhas.

- Pensou que ia dar uma surra de boceta no patrão e ele ia ficar como um cachorrinho atrás de você sua vadia! - Ele ria com aquela cara imunda.

Não falei nada, continuei andando, só Deus sabe a raiva que estou sentindo.

- Ele estava todo carinhoso, abraçadinho com seu novo brinquedinho, nunca vi ele assim! Você deve ser boa no que faz!

Controle-se Sara! Não perca a paciência!

- Aquele idiota do seu ex, tenho certeza que não soube aproveitar a mulher que tinha! Patrão já te contou que eles se odiavam? É quase se mataram?

A curiosidade crescia dentro de mim, mas não queria dar o braço a torcer. Por que eles se odiavam? Disputa por cartéis?

- O filho da puta do seu marido foi muito esperto, cresceu demais! Foi logo para o Brasil! Esperto, muito esperto! Só não foi esperto suficiente para manter o casamento! Trocada você não foi! O que houve com vocês dois?

- Vá se foder! - Minha paciência tinha chegado no limite!

- O patrão disse para você ficar calada! - O asqueroso sorria.

- Para ele, não para você! Não me perturbe ou pode apostar que eu quebro isso que você chama de cara!

Subi no helicóptero com a ajuda de outro segurança que estava no local. Acomodei-me em um canto, tirei um óculos escuro da minha bolsa e coloquei-o no rosto.

Eu odeio, com toda a minha força essa vida de tráfico, quantas pessoas já perderam a vida, quantas famílias foram destruídas pelo vício com as drogas!

Nunca tinha aceitado essa vida de Diogo, não seria o Léo que me faria mudar de ideia.

Instantes depois ele chegou, continuava sério, sentou-se ao meu lado, e continuou calado e imóvel. Sentia-me péssima com essa situação, pedi tanto para não ir, mas não podia tapar o sol com a peneira, uma hora esse momento ia chegar, só não sabia que ia ser tão dolorido.

Será  que ele também gostava de se drogar? E ficar violento? Fechei os olhos e tentei afastar as lembranças do passado. Tentei esquecê-las por anos, mas elas se mantinham ali, vivas e latentes.

Ouvi pelo rádio do helicóptero que estávamos na Cidade do México, era imensa, cheias de arranha-céus. E pousamos em cima de um deles, onde já tinham cinco seguranças o aguardando.

Ele desceu primeiro e virou-se para me ajudar, eu quis evitar o contato, mas ele não deixou. Pegou-me pela mão mesmo a contra-gosto, o vento da hélice, bagunçava meus cabelos, ele sorria ao me ver tentar arruma-los.

Seguimos para dentro do edifício, obviamente o poderoso traficante morava na cobertura. Léo colocava a mão na minha cintura e me levou para dentro do apartamento.

Ele era todo branco, muito claro, lindo, mas a ausência de cores dava um aspecto de hospital.

Uma senhora muito parecida a Maria veio nos receber, ficou assustada quando me viu, acho que ela devia ser acostumada com sua outra amante, provavelmente a tal da Alejandra.

- Senhor Fernando! Quer que eu prepare um quarto para moça? - Ela estava um pouco sem graça.

- Não precisa Lourdes, leve-a para meu quarto! Prepare logo o almoço que estamos famintos! Irei resolver uns assuntos no escritório.

- Sim senhor! - Ela olhava para ele e para mim totalmente perdida.

Subimos a escada que levava para o próximo andar, a mulher estava visivelmente incomodada com a minha presença. Uma coisa que aprendi todos esses anos convivendo com traficante, era reconhecer um espião.

Essa senhora provavelmente gostava de uma das amantes do Léo. Não deixar que ela levasse fofocas de que estávamos mal. Se tem uma coisa que gosto é competir!

Ela abriu a porta da suíte e antes que ela saísse eu falei:

- Lourdes, você pode fazer um favor para mim? - Tentei ser mais amigável possível.

- Sim senhora, se estiver ao meu alcance.
- Ela não estava entendendo onde eu queria chegar.

- Ligue para Maria, a governanta de Acapulco, e diga que chegamos bem. Não quero deixá-la preocupada.

Ela arregalou os olhos, não soube disfarçar mais uma surpresa. Pelo o que entendi, Roberto e a puta da Andrea disseram que Léo não levava mulheres para residência oficial.

- A senhora já esteve lá? - Ela não conteve a curiosidade.

- Eu moro lá. - Dei um sorriso e fechei a porta do quarto, deixando a mulher atônita.

••••••••••

Não sei o que ele tanto fazia naquele escritório, mas ele passou quase o dia inteiro por lá.

Dormi o restando manhã e parte da tarde, acordei com uma batidas suaves na porta do quarto.

- Entre. - Sentei na cama, ainda meio sonolenta.

- Dona Sara, o senhor Fernando mandou avisar que precisa que a senhora vá até o escritório com ele. - Lourdes dessa vez estava um pouco mais amigável.

Por que no escritório? O que ele queria comigo? Sexo não deveria ser! Um frio percorreu na minha espinha.

- Ele está sozinho? - Minha voz saiu mais grossa que o normal.

- Não senhora, tem alguns homens com ele.

Seria alguma coisa relacionada ao Diogo? Sinto-me mal só de pensar, sei que não sou namorada dele, não tenho nenhuma dúvida de que não passo de amante, mas lembrar-me da realidade fez meu coração sentir uma leve dor.

- Diga a ele que em quinze minutos estarei indo.

- Sim senhora!

Levantei da cama e fui para o banheiro, tomei um banho rápido, escovei os dentes. Abri a mala, não tinha nada formal. Droga! Por que ele não me falou que trataríamos de negócios?

Vesti uma calça jeans, camiseta branca e uma jaqueta, calcei uma sandália alta. Penteei os cabelos e passei um gloss.

Queria dizer a mim mesma que não estava nervosa, mas merda! Eu estava! É muito!

Contei até dez, e desci. Odeio gente com pose de arrogante e autoritária, mas em certos momentos da vida era preciso agir assim, principalmente quando se tratava desse tipo de gente.

Cheguei na frente do escritório e bati à porta. Ouvi quando ele disse para eu entrar.

Abri a porta e junto com Léo, havia outros quatro homens, que se viraram em minha direção quando entrei.

Gostei do efeito que causei neles, todos ficaram boquiabertos quando me viram, percebi Léo ficou inquieto quando me viu.

Um homem muito bonito, aliás,  ele não podia se considerar bonito, ele era simplesmente perfeito! Loiro, alto, olhos azuis, puta que pariu, aquele homem deveria pagar imposto por desfilar tanta beleza por onde passava.

- Boa tarde, Sara Martínez! Prazer! Oliver Rockenbach!

Fiquei hipnotizada por tamanha beleza, não consegui nem falar, apenas balancei a cabeça e dei um leve sorriso. Ele retribuiu dando um sorriso arrasador. Evitei olhar para Léo, mas senti que ele não tirava os olhos de mim.

- Boa tarde Sara, sou Gutierrez, advogado do Fernando. Viemos finalizar a venda da Martínez Corporation para o senhor Oliver Rockebach. A senhora como viúva e herdeira do empresário Diogo Martínez está de acordo com venda?

- Sim! - Foi tudo o que pude falar.

- O dinheiro da compra será depositado na conta do senhor Fernando, e uma porcentagem para a filha menor, herdeira de Diego, a senhora está de acordo?

- Não!

Todos os olhos assustados voltaram-se para mim em sinal de surpresa.

- Podem transferir todo o dinheiro da compra para conta do Léo... Fernando. Não quero nada transferido para minha conta e nem da minha filha.

- Sara, a criança tem direitos... - O advogado começou a explicar, mas eu o interrompi.

- Ou é assim, ou eu não assino.

- Redija a parte final da compra. - Léo mandou um rapaz jovem redigir.

Ele estava muito sério, se eu não o conhecesse, poderia jurar que estava com ciúmes.

- Você vai na festa do Nikolai Adamovich?

Oliver perguntou-me visivelmente interessado, os olhos predadores pareciam querer devorar-me.

- Ela está comigo! Tire seus olhos cobiçosos de cima dela! - Léo meteu-se na conversa, seus olhos frios, sua expressão séria, transmitia uma raiva contida, deixou-me surpresa com a resposta.

Oliver olhou chocado, mas antes que ele pudesse falar alguma coisa, Léo

- Sara, sei que você está cansada, pode ir lanchar. Quando terminarmos aqui, mandarei avisa-la. - Apesar de calma, sua voz parecia irritada.

- Ok! Com licença senhores!

Sinceramente não sabia se estava envaidecida ou constrangida, ou um pouco de ambos. Mas saí daquela sala com uma dúvida... Léo está me escondendo alguma coisa muito séria. Mas isso não ficaria assim! Ele iria me contar de um jeito ou de outro.

Capítulo 13

Cheguei na cozinha, Lourdes estava colocando um bolo em cima da mesa. Parecia bem apetitoso, mas a pergunta ainda martelava na minha cabeça, Lourdes talvez não seria tão fiel à Léo como Maria. Ou ele ainda não tinha a orientado... bom, eu só ia saber perguntando.

- A senhora quer um fatia? - Ela perguntou educadamente.

- Sim, por favor!

Ela cortou uma fatia generosa do bolo de milho, e serviu uma xícara de café.

- Hum! Está cheiroso! - Fiz-me de educada, teria que tentar ganhar um pouco da simpatia dela, nem que seja mínimo possível.

- Espero que goste!

- Tenho certeza que sim!

Dei uma garfada generosa, realmente estava divino!

- Melhor bolo de milho que comi! Olha que já provei vários! - Tentei dar meu sorriso mais sedutor!

- Obrigada senhora!

- Pode me chamar de Sara!

- Vou tentar! - Ela estava sem graça.

- Sente-se, faça-me companhia!

Meio a contragosto, ela se sentou, serviu-se de uma fatia de bolo. Enquanto comíamos ela me olhou de forma carinhosa e disse:

- A senhora é muito linda! Uma beleza diferente! - Vi sinceridade no seu comentário.

- Obrigada, esses cabelos vermelhos, ajudam a ter essa beleza "diferente"!- Falei sorrindo.

- Pode ser, mas tudo na senhora é lindo... não sei explicar... dá para entender porque o patrão lhe quer no quarto dele.

- São tantas assim? - Meu coração deu uma leve pontada.

- Não! - Ela falou veemente. - As moças...

Calou-se quando percebeu que poderia falar demais.

- Relaxa Lourdes, eu sei que ele tem outras.

Ela suspirou aliviada, percebi que ela tinha muito medo dele, de falar algo que o desagradasse.

- Faz tempo que você trabalha aqui?

- Faz uns dez anos, ele ainda era um menino, recém envolvido...

- Com o tráfico! - Complementei o que ela não concluiu. - Você conheceu um homem chamado Diogo?

- Somos proibidos de falar sobre o senhor Diogo! - A mulher ficou pálida repentinamente.

- Por que? - Interesso-me ainda mais.

- Não posso falar nada! Só posso dizer que se odeiam de morte! - Ela fica inquieta na cadeira. - A senhora o conheceu?

- Digamos que sim!

Ela olha-me sem entender! Os olhos ficam em dúvida, então ela põe a mão sobre a boca e arregala os olhos, como se lembrasse de algo.

- O que foi Lourdes?

- Senhora, já pode vir! - O secretário do Léo entra na cozinha chamando-me.

Levanto-me, sem tirar os olhos da mulher, que está visivelmente perturbada.

- Depois continuamos a conversa!

Acompanho o homem pelos corredores de volta ao escritório e percebo o clima muito tenso ao entrar.

- Redigimos todo o contrato novamente Sra Martínez. - O advogado do australiano fala.

- Posso ler?

- Sim, claro! - Aquele deus grego respondeu. Puta que pariu! Eu não resistiria um homem desse muito tempo! Embora ele fosse um idiota, era lindo demais!

Ele me deu o contrato e dei uma breve lida, e pelo que pude perceber, não havia nenhuma transação de dinheiro que envolvia meu nome ou da minha filha! Maldita hora que Diogo apareceu no nascimento da filha! Acho que ele sempre me perseguiu, mesmo que eu não soubesse ele estava de olho em tudo o que eu fazia! Doente, obcecado, violento e manipulador! Registrou nossa filha, mesmo contra minha vontade! Não me deu o divórcio, e deixou nossas vidas para sempre atreladas a dele!

- Tudo certo Sra Martínez? - Senti um pouco de ironia na voz de Oliver.

- Sim, agora está tudo certo! - Pego a caneta e assino vários papeis que o advogado me dá, claro sempre lendo previamente. - Pronto! Negócio fechado!

- É muito bom fazer negócio com a senhora! - O duplo sentido das palavras ecoaram na sala.

- Você fez negócio com o Léo, nada disso me pertence! - Falei apontando para o papel. - É um alívio muito grande tirar esse fardo da minha costa!

- Um fardo de milhões de dólares? - Ele ergueu a sobrancelha, pensou um pouco de disse: - Agora eu entendo...

- Pronto! Obrigado por fechar negócio conosco! - Léo estava visivelmente irritado, levantou-se querendo livrar-se de todo mundo!

- Não esqueça Fernando, que eu compro tudo o que você queira vender! Absolutamente TUDO! Pago o preço que quiser! - Ela não tirava os olhos de mim.

Idiota! Eu poderia esmurra-lo agora mesmo! Cretino! O que eu queria mesmo? No meio desses vermes? Eu não passava de um pedaço de carne!

- Acredito que esse foi nosso último negócio! - Léo o encarou sério.

- Eu lhe cobrarei se não me der prioridade! Você sabe que me deve muitos favores! - O Deus grego, se preparava para sair, mas não antes de pegar minha mão e beija-la. - Foi um prazer te conhecer Sara! - Deu uma piscada.

Como eu sou idiota!

Todos saíram e eu já ia me retirar também quando Léo me puxou pelo braço.

- Você fica! - Ele ordenou e fechou a porta atrás dos homens.

- Eu fico uma porra que eu fico! Não acha que já está bom a sessão de humilhação por hora? Esqueceu que ainda tem a noite? Que esse "pedaço de carne" ainda tem que se arrumar?

- Sara você não é um pedaço de carne! - Ele bufou!

- Mas foi assim que eu me senti com todos vocês querendo me devorar! - Olhei ressentida para ele. - Léo, eu não sou uma acompanhante de luxo! Pelo contrário, eu estou é perdendo dinheiro aqui com você!

- Você não aceitou...

- Eu não quero esse maldito dinheiro! Eu nunca quis! -Falei alto. - Eu estou falando do meu trabalho, de me sustentar honestamente.

- Mas a sua filha vai ...

- Ela que não vai precisar mesmo! Sabe por que? - Eu estava ficando furiosa. - Porque ela tem uma mãe que a ama e não tem preguiça de pegar no pesado para sustenta-la! - Controle-se Sara, você não pode chorar! Esse homem nunca pode te ver chorar.

- Minha filha vai fazer três anos, e ela nunca comeu e nem bebeu com o dinheiro desse tráfico! E enquanto vida eu tiver, ela não vai precisar desse dinheiro!

- Mas você comeu! E está comendo novamente! - Seus olhos escuros estavam frios, isso me assustava.

- Porque fui obrigada! Nas duas vezes!

Sua expressão era indefinida, meu coração estava pesado, toda essa situação tinha mexido demais com meu psicológico.

- Então foi tudo teatro? - Ele estava tão distante, sabia que ele se referia o nosso entrosamento no sexo.

- Eu te falei que sei fingir bem! - Menti.

Saí sem que ele pudesse revidar, e antes que ele me visse chorar! Isso ele nunca ia ver! Nunca!

Estava nos primeiros degraus da escada quando Lourdes falou:

- Sara você não vai terminar seu lanche?

Queria muito continuar a investigação, mas minha cabeça e o meu coração estavam em frangalhos. O cara me chantageia, e só porque ele sabe foder gostoso, eu estou caidinha por ele? Sara, tome jeito!

- Não, Lourdes, eu irei me arrumar, tenho uma festa para ir hoje com o Léo. - Falei ainda de costa, não queria mostrar minha fragilidade para ninguém. - Você pode me ajudar a fechar o zíper do vestido?

- Não é preciso! Eu ajudo você! - Ouvi a voz dele respondendo no lugar dela. Não respondi nada e continuei subindo as escadas.

Entrei no quarto, joguei-me na cama e fechei os olhos e deixei as lágrimas caírem rapidamente, só para não sufocar-me. Enxuguei meu rosto, já chega! Não me permito mais que duas lágrimas, ainda mais quando o causador não vale nem meia!

Continuei de olhos fechados, reordenando meus pensamentos, tentei não pensar em absolutamente nada! E consegui... me desliguei de todos os problemas, das novas emoções, dos novos sentimentos...

Não sei por quanto tempo fiquei meditando em toda minha vida, abri os olhos, percebi que já havia anoitecido e resolvi tomar banho e me arrumar. Tirei toda a minha roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã. Entro no banheiro e vou preparar um banho relaxante na banheira, quando está do jeito que eu gosto, eu entro e fico relaxando.

Ouço os passos dele entrando no banheiro, não me movo e nem abri os olhos. Escuto ele tirar a roupa, meu coração acelera, de repente tudo fica em silêncio absoluto, sinto que ele me olha, mas resisto e não abro os olhos. Segundos depois ouço o chuveiro sendo ligado.

Merda! Por que eu só consigo prestar atenção no que ele está fazendo? Começo a travar uma luta interna, não quero me entregar, eu não posso me entregar! Porra! Ele é um maldito mafioso! Eu sei o que eles fazem é o que são capazes de fazer quando percebem que as mulheres estão de quatro por eles!

O problema todo é dizer para merda dessa corpo! Principalmente para a minha buceta fogosa, que fica em chamas quando ele me toca!

O chuveiro é desligado e ele vai embora. Tento controlar minha frustração. "Não pensa nele Sara! Não pensa!"

Calculo o tempo que ele leva para se arrumar e saio do banheiro! Não sei dizer o que sinto nesse momento, mas não estou gostando.

Começo a me vestir, eu sei que peguei pesado, o que menos faço é fingir quando estou com ele, mas certamente não temos uma relação normal. E tratar de assuntos relacionados ao meu casamento, mexe demais comigo, e não mereço essa indiferença toda, vamos ver se ele vai resistir por muito tempo quando me ver.

Olho-me no espelho e fico satisfeita com o resultado, sensual, muito sensual! O vestido vermelho, extremamente decotado vai fazê-lo ficar louco de raiva! Faço um rabo-de-cavalo, uma make ressaltando os lábios e pronto!

Ouço batidas na porta, digo para entrar, estou passando um pouco de perfume.

- O patrão disse que... - Ela parou de falar e ficou boquiaberta olhando-me. - Uau! Dona Sara, a senhora está deslumbrante!

- Você gostou Lourdes? - Dei uma volta para que ela apreciasse todo o modelo.

- Sem palavras! O patrão vai adorar, ele ama desfilar com mulheres lindas e sensuais, mas confesso que nenhuma como a senhora!

Ela observa a minha cara atônita, como gosta? Ele odeia quando visto algo chamativo.

- Acho que falei demais!

- Não Lourdes, é que ele sempre fala de decotes, roupa curta... - Agora é a vez dela espantar-se.

- Talvez seja ciúmes! - Ela concluiu. Dei uma sonora gargalhada.

- Com certeza não! O que ele mandou avisar?

- Que já estão atrasados.

- Então vamos! Que ele está com um mal humor horrível! Mas dou um jeito nele mais tarde!

Ela sorriu sem jeito e saiu na minha frente. Dei uma última conferida no visual. Então quer dizer que não sou apenas eu que fico afetada com a nossa relação... bom saber!

Peguei a bolsinha e desci, ele estava em pé, lindo de smoking com um copo de uísque na mão, parecia pensativo. Ouviu o barulho na escada e olhou...

Acertei! Ele ficou completamente sem reação nenhuma quando me viu. Cheguei ao último degrau e ele me olhava da cabeça aos pés, pelo volume da calça dava para perceber o quanto ele estava afetado!

- Vamos? - Falei tentando não mostrar nenhuma emoção.

- Sara... - Eu sabia que ele ia falar da roupa.

- Não tenho culpa, lembre-se onde você me levou para comprar um vestido de festa!

Ele aproximou-se de mim, sabia que ele não ia resistir, mas tão rápido assim era surpresa.

- Como vou sair assim? - Ele encostou em mim, e pude perceber o quanto estava excitado. Eu não quero ir, é minha última cartada.

- Vai ter que aguentar. - Coloquei os lábios no seu ouvido e sussurrei. - E estou sem calcinha...

Senti seu membro pulsar dentro da calça. Ele arregalou os olhos e ficou irritado.

- Você não vai ...

- Senhor, o carro está pronto!

- Vamos amor? - Era a frase que falei para ele, na loja da mocreia da Andréa, significava que queríamos transar urgente.

- Vamos amor... - Ele ainda estava duro pra cacete, e seu corpo colado ao meu. - Quando chegarmos resolvo nosso problema!

Deu-me um selinho e saímos, Roberto parado à porta nos esperando, viu a excitação do patrão e ficou envergonhado.

Passei por ele e pude ler seus lábios! "Safada, eu ainda te pego!" Fiz uma careta de nojo.

Léo continuava travado, segurava minha mão, mas percebi que tinha algo estranho, não sei explicar! Preocupação?

Entramos no carro, o motorista já estava nos aguardando, Roberto abriu a porta do passageiro para que nós entrássemos e em seguida sentou no banco da frente. Ele fez o percurso todo em silêncio, com certeza ele está preocupado com alguma coisa. Fiquei observando a linda cidade a noite!

Chegamos num lugar belíssimo, super requintado! O que não era bonito era a índole dos convidados obviamente.

O carro parou. Léo fechou o vidro de comunicação do motorista e pediu para que eles aguardassem. O que raios ele queria?

- Sara, eu preciso te pedir uma coisa. - Ele estava um pouco nervoso, embora tentasse disfarçar.

- Pedir? - Dei ênfase a palavra.

- Sim, pedir. Você falou que sabe fingir muito bem. - Vi um pouco de amargura nas suas palavras. - Eu quero que você finja que é apaixonada por mim! Aliás, temos que representar um casal apaixonado...

Senti todo o sangue sumir do meu rosto! Casal apaixonado? Porra ele tinha acreditado na história que eu estava fingindo? E finge que somos apaixonados? Com certeza isso não vai dá certo...

••••••••••••••

Continua amanhã

Não esqueçam curtir e comentar!

Comentários

  1. Nossa, ansiosa pelos próprios capítulos😆

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  2. Ah droga queria ler tudo de uma vez💖💖💖💖

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  3. Ansiosa pelos proximos capitulos... 😉✨

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  4. Meu Deus cada dia mais fica mais presa nesse conto que top ansiosa pra ver o de hj

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  5. Caracas isso tá bom demais! 😍😍😍❤️❤️❤️

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