Conto Erótico - Meu delegado - Capítulos 35 e 36 (Final)
Meu Delegado
Autora: k.Monteiro
35° CAPÍTULO
Sophia
Algumas semanas depois…
Já faz duas semanas que voltamos para casa e contamos a noticia da gravidez para a
família.
E qual foi a minha surpresa em saber que a Mila também estava gravida e de três meses?
Nós não sabíamos se chorávamos ou se sorriamos com a surpresa.
Faz mais ou menos um mês que eu descobri que estou grávida, ainda não fui ao médico,
na verdade irei hoje, na mesma médica que a Mila vai, por sinal. Eu não sei ainda de
quantos meses eu estou, mas devo dizer também que já estou me sentindo um pouco
inchada, não chega a ser igual a barriguinha da Mila que já está bem aponta, mas já
começo a me sentir um pouco maior. Com isso também tem o enjôos, que não me deixam
em paz. Eu já não aguento mais, eu vomito praticamente o dia inteiro é só eu sentir um
cheiro um pouco mais forte que já coloco tudo pra fora.
O Rodrigo e o Gus não desgrudam mais da minha barriga. Eu pensei que o Gustavo iria
ficar um pouco enciumado, afinal de contas ele sempre foi o único filho e a atenção era
praticamente toda, se não toda, pra ele. Mas ele ficou tão feliz em saber que teria um
irmãozinho ou irmãzinha. E eu também fiquei muito feliz em saber que ele levou isso
numa boa. Ele quer ficar tocando na minha barriga toda hora pra saber se o bebê está bem,
ou se ele está mexendo ou não. Apesar de eu já ter dito pra ele que está muito cedo para o
bebê se mexer.
Estou vendo que essa criança vai ter dois protetores ao lado. O irmão e o pai, dois babões.
Fico imaginando se for menina. Meu Deus! Mas ela vai sofrer demais com o pai que tem.
- Mãe, eu posso ir pra piscina? – volto minha atenção para o Gus que esta no topo das
escadas.
- Claro filho.
Ele some das minhas vistas indo em direção ao seu quarto.
Me levantodo sofá e vou até a cozinha encontrando minha mãe e a dona Maria preparando
o almoço. Minha mãe não mora com a gente, ela queria continuar na favela, disse que não
queria atrapalhar a nossa vida morando aqui, mas o Rodrigo não deixou ela ficar lá, e com
o seu poder de persuasão ele conseguiu convencê-la a voltar para o apartamento em que
morávamos. Mesmo ela tendo a sua pensão, eu sempre a ajudo com algum dinheiro a
mais, por mais que ela não me peça nenhum real, eu sei que um dinheiro a mais sempre
ajuda.
Conseguimos pagar pra ela finalmente a operação para o seu joelho há algum tempo já, e ela está novinha em folha, está até pensando em voltar a trabalhar.
Apesar de eu ainda estar de férias e poder cuidar muito bem do meu filho, essa semana ela
vem pra cá praticamente todos os dias, é ela que toma conta do Gustavo, pois a Maria é
paga somente para tomar conta da casa. Eu até tentei pagar minha mãe por isso, mas ela
diz que cuidar do neto não é nenhuma obrigação e sim um prazer. Então não vai ser eu que
vou querer arrumar uma briga com a dona Marta por causa disso.
- O que vocês duas estão fazendo ai, em? – pergunto me sentando á mesa.
- Lasanha, filha.
- Huum mãe, o cheiro está delicioso.
Agradeço por não me enjoar dessa vez. Pois eu amo lasanha e minha boca já está cheia
d’água só de sentir esse cheirinho.
- O Rodrigo chega que horas?
- Ah mãe, 12:30 mais ou menos ele está chegando.
- Que horas é a consulta?
- 14:00 horas, vamos terminar o almoço e ir direto pra lá.
Ela acena a cabeça e volta a sua atenção para a panela.
- Querem alguma ajuda ai? Estou entediada aqui sem fazer nada.
- Não precisa, filha, está tudo certo aqui, nós duas estamos dando conta.
Respiro fundo e coço a cabeça.
Como eu queria estar trabalhando. Minhas férias de fato só acabam semana que vem, no
mesmo dia em que o Gus voltará às aulas, por sinal. Já o Rodrigo voltou ao trabalho bem
mais cedo, assim que chegamos de viagem, no dia seguinte, ele já voltou para a delegacia.
- Mãe, fica na piscina comigo? Não gosto de ficar lá sozinho. – diz o Gus entrando na
cozinha.
- Claro meu filho, vou sim. Vai indo que eu vou colocar um biquíni e já volto.
- Tá bom. – ele sai com um sorriso enorme no rosto e eu sorrio com isso também.
Vou para o quarto e escolho um dos biquínis novos que eu tinha comprado, mas não havia
usado na viagem. Opto por um biquíni branco na parte de baixo e azul, com um bojo
confortante, na parte de cima e pego uma bermuda jeans, apenas pra não ter que subir isso
tudo depois.
Chego na piscina e já encontro o Gustavo dentro dela só que na parte rasa, colo o shorts
em cima da cadeira de tomar sol e sento na borda da piscina próximo a ele, deixando os
meus pés molharem na água. Faço um coque no meu cabelo para não molhá-lo e logo
sinto o Gustavo nadando perto de mim e não demorou muito ele coloca a sua cabeça para
fora da água e sorri pra mim. Ele vem para o meio de minhas pernas, abraça a minha
cintura e deixa um beijo de leve na minha barriga. Eu não vejo a hora da minha irmãzinha nascer.
- Mas a gente ainda nem sabe o sexo, Gustavo e nem dá pra ver. – sorrio alisando os seus
cabelos.
- Mas é uma menininha sim. Eu sei.
- Mas você não gostaria que fosse um menino? Pra brincar com você?
- Ah mãe, se for eu vou amar ele também, mas eu queria que fosse uma menina.
Ele se separa de mim e me olha.
- Pra falar a verdade eu também. Já tenho um homenzinho. – digo apertando suas
bochechas e ele revira os olhos como sempre. – Agora pra completar seria legal se fosse
uma menina.
- O meu pai vai ficar louco de ciúmes. – ele diz rindo. – Ainda mais se ela for linda igual a
senhora.
- Nem me fale Gus. Tadinho desse bebê se for uma menina.
Nós sorrimos, demos o assunto por encerrado e ele me puxou para dentro da piscina de
vez.
Ficamos ali a manhã inteira, eu sempre ficava na parte rasa, pois eu não sabia nadar e
ainda morria de medo de aprender. Sim, sou estranha. Já o Gustavo, ia para o fundo e
quando eu falava pra ele tomar cuidado ele me falava: “Ah mãe relaxa, eu sei nadar”.
Mas nem por isso eu ficava menos nervosa.
Só vi que a hora tinha passado quando vejo o Rodrigo saindo da garagem e vindo até a
piscina. Levanto-me da borda da piscina e espero ele chegar perto de mim.
- Boa tarde, meu amor. – digo com os meus braços abertos para abraça-lo.
- Morena. – ele diz passando as mãos pela minha cintura me abraçando, ele cola nossas
bocas em um beijo e sinto suas mãos descendo lentamente para a minha bunda e eu paro o
beijo.
- Rodrigo, o Gustavo está ali, para.
Ele levanta suas mãos lentamente colocando em minha cintura apertando-a.
- Oi pai. – diz o Gus saindo da piscina e vindo até a gente.
Ele abraça o Rodrigo, deixando-o levemente molhado.
- Fala filhão. - deixa um beijo sobre sua cabeça. – Cuidou da sua mãe e do seu irmãozinho
como falei?
- Sim senhor, mas eu já disse que é uma menina pai.
- Não fala isso Gustavo, pelo amor de Deus. – diz o Rodrigo com os olhos arregalados e já
passava as mãos pela cabeça rapidamente. – Não estou preparado psicologicamente para
ter uma filha, não.
-Mas não tem mistério nenhum pai.
- Você que pensa, Gustavo… Mulher é bicho complicado, vê a sua mãe, olha o trabalho
que ela me dá. Agora você imagina mais uma. Acho que vou enfartar antes dos quarenta e
cinco.
- Ei, eu não dou trabalho nenhum, Rodrigo. Quem dá trabalho aqui é você.
Digo pensando nas inúmeras vezes que tive que me segurar pra não dar na cara de alguma
mulher, ou até na dele mesmo.
- Ah pai, eu adoraria ter uma irmãzinha.
- Vamos ver se você vai continuar com esse mesmo pensamento quando crescer mais um
pouquinho e…
- Meus Deus, Rodrigo! Não envenena a mente da criança. – digo já sabendo muito bem do
que ele estava falando. – Vamos almoçar né, estou morrendo de fome e temos consulta
hoje.
- Claro amor. Meu bebê já está com fome. – ele diz e se abaixa levemente passando a mão
sobre minha barriga. – Você tem que comer direito, Sophia, não precisa ficar me
esperando. Quando o meu filho quiser comer, você da comida a ele.
- Tudo bem, amor. – digo sorrindo. – Mas é que eu prefiro te esperar.
Ele deixa um beijo na minha testa e se vira.
- Vou guardar isso aqui e te espero na cozinha. – diz se referindo a sua arma que estava em
seu coldre.
Ele nunca foi de deixar a arma em qualquer lugar da casa, nem mesmo quando eu ainda
trabalhava pra ele, e depois que começamos a namorar ele nunca gostava de deixar a arma
em um lugar acessível para o Gustavo pegar…
Pego o meu shorts em cima da cadeira e o visto. O Gustavo termina de se secar e fomos
para a cozinha. A mesa já estava posta e a lasanha estava com uma cara maravilhosa,
minha boca rapidamente se encheu d’água e minha barriga roncou. Logo o Rodrigo chega
na cozinha e todos sentamos para comer. E meu Deus! Eu nunca comi tanto em toda a
minha vida. Eu estou vendo que, o que eu não engordei na gestação do Gus, eu vou
engordar agora o dobro nessa. E eu agradeço por não ter me enjoado, pois seria uma pena
jogar a lasanha pra fora novamente.
Depois que terminamos de almoçar eu e o Rodrigo subimos para o quarto. Assim que
entramos, ele fecha a porta e sinto os seus braços passando pela minha cintura e suas mãos
alisavam minha barriga.
- Você realmente não quer que seja uma menina? – pergunto segurando de leve as suas
mãos em cima da minha barriga.
- Não é isso meu amor. – deixa um beijo o meu pescoço. – É que eu acho que não vou
saber lidar com o fato de ter duas Sophia pra eu tomar conta.
-Amoor, nada a ver.
- Você realmente acha que eu vou deixar minha filha desprotegida pra esses garotos
safados abusarem dela?
- Meu Deus! Mas a criança nem nasceu ainda.
- Mesmo assim. Eu Já estou fazendo os meus planos. Estou vendo que minha arma vai ser
mais usada para espantar esses moleques do que de fato eu uso para o meu trabalho…
Ainda mais se puxar a beleza da mãe.
- Você realmente não existe, sabia? Nunca vi tão possessivo.
- Não é ser possessivo.É ter cuidado… Bem diferente.
- Uhuum sei.
Sinto os seus beijos pelo meu pescoço e suas mãos descem para o meu short abrindo-o.
- Rodrigo…
- Quanto tempo nós temos?
Sua mão entra no meu biquíni e o sinto tocando lentamente o meu clitóris, fazendo-me
jogar a minha cabeça de leve para trás e soltar um leve gemido.
- Nã-não sei.
Minha respiração aos poucos estava ficando ofegante e os seus dedos me tocavam um
pouco mais rápido, fazendo-me contorcer levemente em seus braços.
- Acho que dá tempo.
Diz com sua boca próximo ao meu ouvido, ele rapidamente retira a sua mão de dentro do
meu short e me vira de frente para ele, esse movimento fez com que nossas bocas se
chocassem e ele aproveitou para começar um beijo. Sinto suas mãos na minha cintura
levantando-me e eu enrolo minha perna em seu corpo, meus braços estão envolta do seu
pescoço tentando trazê-lo para mais perto de mim.
O Rodrigo começa a andar e eu não sinto a cama em minhas costas, como esperei, mas
sim o gelado do mármore da pia do banheiro em minhas pernas.
- Rodrigo, a gente não pode se atrasar. – digo ofegante.
- Eu sei, meu amor, vai ser rápido. Prometo.
Sinto suas mãos nas minhas costas e ele desfaz os nós do meu biquíni. Assim que ele
consegue tirá-lo de mim, suas mãos vão para a minha cintura me retirando de cima da
bancada, fazendo-me ficar em pé. Ele leva suas mãos ao cós do meu short e o retira
lentamente, logo fazendo o mesmo com a parte de baixo do biquíni, deixando-me
completamente nua.
O Rodrigo pega na minha cintura com força, aproximando-me dele, gruda nossas bocas
em um beijo lento, mas excitante. Suas mãos, uma delas está em minha cintura, e a outra
apertando com força a minha bunda. Eu já estou completamente molhada, completamente pronta para recebê-lo agora mesmo.
Com um pouco de dificuldade, levo minhas mãos até sua blusa e a levanto lentamente,
separo por alguns instantes, as nossas bocas e retiro a blusa por completo. A cada dia que
passa o Rodrigo fica cada vez melhor, não sei como isso é possível, mas o seu corpo está
ainda mais definido do que quando nos conhecemos, parece que quanto mais velho fica,
melhor é. Desço minhas mãos lentamente pelo seu peitoral forte, chego em sua calça e
aperto o seu pau, ainda coberto, e ele solta um leve gemido. Percebo que ele também
está prontinho pra mim. Como não tínhamos muito tempo, eu trato de desabotoar logo a
sua calça e a tiro junto com a boxer jogando-as no chão.
- Você me deixa louca, Rodrigo.
Digo olhando o seu corpo, agora completamente despido, e o seu membro ereto a minha
frente. A vontade que eu tinha era de coloca-lo em minha boca e vê-lo perdendo o
controle.
- Não faz isso. – diz severo.
- Isso o que?
- Morder os lábios enquanto olha para o meu pau desse jeito.
Eu nem percebi que estava fazendo isso.
- Senão? – digo o provocando.
- Sophia… – ele fecha os olhos e respira fundo. – Você tem sorte que não temos tempo,
senão eu te mostraria tudo que eu estou com vontade de fazer com você nesse momento.
- Não seja por isso. Eu desmarco a consulta. – digo passando minhas mãos pelo seu corpo
sentindo-o se arrepiar.
- A proposta é tentadora, mas não… E chega de conversa, eu deveria estar te fodendo
agora e não perdendo o meu tempo conversando com você. – me pega em seu colo
novamente e anda em direção ao box.
Rodrigo e o seu jeito delicado, porém, eu não posso reclamar, eu amo esse jeito dele. Mas
ele também sabe ser bem romântico quando quer.
Sinto minhas costas encostando-se ao azulejo gelado, o que fez minha pele se arrepiar um
pouco. Sinto os seus beijos no meu pescoço e suas mãos apertam lentamente os meus
seios. Suas mãos descem para a minha cintura e sua boca vai em direção ao meu pescoço,
deixando beijos e mordidas pelo local e sinto o seu membro roçando lentamente na minha
entrada.
Abro os meus olhos e vejo o Rodrigo esfregando-o repetidas vezes em minha intimidade,
mas em momento nenhum ele o penetrava.
- Ro-rodrigo… Coloca logo… – ele não espera mais nenhum minuto e me penetra por
completo, fazendo-me soltar um gemido alto, até demais.
- Tão quente… Tão gostosa… Aah! Nunca me canso disso. A-amor, se mexe.
Ele é um desgraçado, está me torturando. A prova disso é o sorrisinho safado e debochado
em sua cara. Ele segura a minha cintura com força e começa a me penetrar forte e fundo,
sua outra mão acariciava de leve o meu clitóris e eu tinha que me segurar para não gritar e
a casa inteira saber o que estamos fazendo. Levo minhas mãos para as suas costas,
arranhando-o com toda a vontade, já que eu não podia gritar como eu queria, ele que
aguentaria as minhas arranhadas.
- Vem Sophia… Goza comigo… Aah!
Não consigo responder nada, pois se eu abrir a boca, a única coisa que sairá dela serão
gemidos. Ele me penetra ainda mais rápido e fundo e eu já podia sentir o meu orgasmo
chegando, sinto minha intimidade contrair com mais força e o Rodrigo geme mais alto no
meu ouvido, ao mesmo tempo em que deixa um tapa na minha bunda fazendo-me liberar
por completo.
O Rodrigo da mais algumas estocadas e também se libera dentro de mim. Por causa do Rodrigo nos atrasamos para a consulta, mas devo dizer que valeu a pena.
Valeu muito.
Como chegamos um pouquinho atrasados, eles colocaram outra pessoa no nosso lugar e
agora temos que esperá-la ser atendida, para entrarmos.
- Está nervoso, amor? – digo segurando sua mão tentando o acalmar, pois ele mexe as
pernas rápida e irritantemente.
- Só estou um pouco ansioso, quero ver logo como ele é.
- Eu também quero. – deixo minha cabeça cair em seu ombro e em seguida sinto os seus
braços envoltos da minha cintura, levando-me um pouco mais pra perto dele e deixando
um beijo na minha cabeça.
Olho para algumas mulheres sentadas à minha frente. Umas pareciam ser um pouco mais
velhas, já outras eu me via nitidamente nelas, quando eu estava grávida do Gustavo. Tem
meninas bem novinhas e claramente assustadas, assim como eu estava há oito anos, sem
saber o que fazer, sem ter a mínima noção de como é colocar uma vida no mundo. Eu
sabia que era muita responsabilidade e sabia também que se eu quisesse eu poderia não ter
aquela responsabilidade toda em cima de mim. Mas eu não tinha e não tenho coragem de
acabar com a vida de um ser tão inocente. E eu me vejo muito em muitas dessas jovens
que estão sentadas aqui, com suas barrigas enormes, os olhares assustados e
amedrontados.
Eu sei bem como é. A reta final é ainda pior, é onde você vê que não tem mais volta, é isso
ou é isso. A criança está prestes a nascer e você não tem nenhuma noção de como serão as
coisas; se você vai saber ser uma boa mãe, mesmo sozinha, adolescente e sem o apoio do
pai. Mas parece que essas duvidas somem por alguns instantes, quando vimos o rostinho
deles pela primeira vez. Logico que depois disso ainda é bem difícil, mas ai, eu me toquei
de que eu não deveria ficar me questionando se conseguiria ou não, eu teria que fazer e
pronto, pois agora eu tinha uma responsabilidade que seria só minha…
Já outras mulheres, eu consigo me ver nelas, como eu sou agora: Mulheres confiantes,
felizes e que sabem exatamente o que quer da vida e como quer.
Agora eu realmente me sinto muito mais preparada, com 26 anos, com a minha profissão e
casada. Eu nunca me imaginaria assim, por mais que eu já estivesse sonhado, eu nunca me
imaginava de fato com tudo isso. Uma família linda que me acolheu, um homem que me
ama de verdade e que ama o meu filho também, que ele adotou como se fosse dele, e
agora eu estou grávida. Mas eu não estou assustada e com medo, como da primeira vez.
Muito pelo contrário, eu estou bem feliz, pois eu sei que agora eu vou ter alguém ao meu
lado me apoiando. Agora eu seu que, felizmente, esse bebê vai ter uma oportunidade que o Gus não teve por alguns anos de sua vida.
- Sophia Albuquerque.
Ouço o meu nome ser chamado e rapidamente me levanto do sofá e o Rodrigo também.
- Sim? – digo olhando para a recepcionista que estava parada na minha frente com uma
prancheta na mão.
- Pode entrar, a Doutora Vitória está te esperando. – diz com um sorriso simpático.
- Tudo bem, obrigada.
Vou até a porta que ela me indicou e bato escutando logo em seguida um “entre”. Assim
fizemos.
Assim que entramos, demos de cara com uma mulher já de idade, mas bem conservada.
Ela tem um sorriso simpático direcionado para nós.
- Boa tarde, Sophia. – diz ela me estendendo a mão e eu a cumprimento.
- Boa tarde, doutora Vitória.
- E o senhor é o pai, eu suponho? – ela faz o mesmo gesto para o Rodrigo, que também a
cumprimenta e direciona um sorriso sem dentes pra ela.
- Rodrigo.
- Prazer, Rodrigo e Sophia. Podem se sentar.
Diz apontando para as poltronas de frente para a sua mesa e assim fizemos.
- Primeiro eu queria me desculpar pelo atraso, doutora, houve um imprevisto e nos
atrasamos um pouco.
- Tudo bem, querida. – diz ela simpática. – Então… Essa é a sua primeira consulta, não é
mesmo?
- Sim, eu só fiz dois exames de farmácia um mês atrás e ficou por isso mesmo.
- Por que demorou tanto tempo pra procurar um medico, em?
- Eu disse que éramos pra ter ido ao dia seguinte, mas ela não quis. – diz o Rodrigo me
olhando de rabo de olho.
- É porque estávamos de férias e eu não queria voltar pro Rio naquele momento. Então eu
decidi esperar até as nossas férias acabar.
- Huum, okay. Mas você teve algum problema, sentiu algumas dores nesse meio tempo?
- Não. Nada. Está tudo normal… Eu só estou me sentindo já um pouco inchada, mas isso
não é um problema.
- Realmente, não é. – diz ela sorrindo. – Bom, então vamos fazer os exames, depois
conversamos mais.
- Vamos.
Ela se levanta, vai até um pequeno armário e tira um saco plástico de lá.
- Coloca esse vestido aqui pra mim… Sem calcinha, okay? E se estiver com a bexiga
cheia, esvazie-a.
- Tudo bem.
Entro no banheiro e retiro a minha roupa.
Eu estou nervosa, a minha barriga parece que ter milhões de borboletas. Eu vou ver o meu
bebê pela primeira vez!
A ultrassom que eu vou fazer é a transvaginal, com ela dá pra ver com mais perfeição de
quanto tempo eu realmente estou e é mais fácil para detectar qualquer anormalidade, tanto
com o meu corpo, quanto com o bebê.
Esvazio a minha bexiga, que de fato já estava cheia, e coloco o vestido, deixo minhas
roupas em um canto e saio do banheiro encontrando o Rodrigo e a Doutora Vitória
conversando.
- Eu só vou poder te dizer com certeza depois dos exames. Mas se estiver tudo bem, sim, o
sexo está liberado.
- Rodrigo… – o repreendo, pois eu não acredito que ele teve coragem de perguntar algo do
tipo para ela.
Ele se vira pra mim, com a cara mais lavada do mundo.
- O que foi, amor? A Doutora disse que eu podia tirar todas as minhas duvidas.
- Você me mata de vergonha. – digo levando minha mão ao rosto.
- Não precisa ter vergonha nenhuma, Sophia, essa é a pergunta que eu mais ouço dos
homens aqui no consultório. É normal essa duvida.
Ela se levanta e vem até a mim.
- Não precisa se envergonhar, agora vamos lá ver esse bebê. Pode vir também, papai.
O Rodrigo rapidamente se levanta e Doutora abre uma segunda porta que tem na sala e
entramos em um outro ambiente, esse já tem uma maca e um monitor e posso ver alguns
instrumentos que eu não faço a mínima idéia para que serve.
- Pode se deitar e abra as suas pernas pra mim, deixando os joelhos dobrados.
Com um pouco de vergonha eu me deito e faço o que ela disse, o Rodrigo vem para o meu
lado e segura a minha mão.
- Agora é a hora da verdade. Vamos ver como ele ou eles estão, vai que são dois, né? – ela
diz sorrindo.
Só a hipótese de ter duas crianças dentro de mim, me deixa assustada.
- Nem brinca, Doutora.
- Seria bem legal. – diz o Rodrigo rindo feito um bobo.O olho com uma cara assustada. Como legal? Vai ser trabalho em dobro, tomara que seja
só um… Um de cada vez!
A médica coloca sua luva e pega a sonda, com uma espécie de preservativo na ponta, e
leva em direção a minha intimidade. Assim que ela o inseriu dentro de mim, uma imagem
meio borrada já aparece no monitor ao meu lado. Olho para o Rodrigo, que assim como eu
já estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Eita… Eu estava brincando em, mas parece que são gêmeos mesmo. – diz a médica
sorrindo.
- Co-como assim, Doutora? – pergunto assustada. – Diz que a senhora está brincando!
- Não, eu estou falando sério. Mas espera um minuto. – ela diz sem acreditar e parecia
estar se divertindo com aquilo.
A imagem no monitor desaparece e a Doutora mexe em algumas coisas naquele aparelho.
O meu coração está acelerado. Eu não estou acreditando nisso. Meu Deus!
Olho para o Rodrigo que já está chorando.
- Meu Deus do céu. – digo apertando a mão do Rodrigo.
- Por isso que é bom a transvaginal no comecinho, detecta tudo. Eu tenho quase certeza
que são dois sim, viu.
Uma imagem de outro ângulo aparece no monitor.
- São gêmeos mesmo. – ela diz sorrindo.
- Meu Deus, você está falando sério? Tem certeza?
Eu olhava para o Rodrigo não acreditando.
- Seríssimo, olha só aqui. – ela aponta para o monitor. – Estão vendo, são gêmeos não
idênticos, cada um tem sua bolsa…
Ela passa o dedo sobre a tela mostrando a repartição entre as duas bolsas e agora eu posso
ver nitidamente os dois bebês um de cada lado.
- Rodrigo?! – olho para ele como quem estivesse indignada por ele ter colocado dois bebês
dentro de mim.
Não poderia ser um de cada vez?
O Rodrigo não sabia fazer outra coisa a não ser chorar. Parecia estar, assim como eu, sem
acreditar, mas ele não conseguia dizer nada.
- Doutora.. Olha, isso ai não tem erro, não?
- Não Sophia. – a danada parecia se diverti. – São dois mesmo, cada um tem a sua
placenta…
- Rodrigo..como… como você conseguiu colocar duas crianças dentro de mim?!
Ele ia abrir a boca pra falar, mas eu o impedi.
Não responde.
- Vocês são demais. – ela diz rindo.
- Olha você está com oito semanas, ou seja, dois meses, quase três.
- Mas eu menstruei mês retrasado. – digo com um pouco de medo disso ter feito algum
mal aos bebês.
- Foi antes de você fazer o teste?
- Sim. Na verdade eu fiz o teste mais pra ter certeza de que eu não estava grávida, pois eu
tinha menstruado no mês anterior. Então eu não imaginava que estaria grávida, mas eu fiz
o teste e deu positivo.
- Depois disso, houve mais sangramentos?
- Não.
- É normal isso acontecer no primeiro mês de gestação, não se preocupe. E pelo o que eu
estou vendo aqui está, tudo bem com os bebês e com você também. Não precisa se
preocupar. A não ser se voltar a acontecer, ai você me procura imediatamente.
- Tudo bem.
- Meu Deus! Eu não estou acreditando. Duas crianças. – o Rodrigo diz com um sorriso
enorme no rosto.
- Sim Rodrigo, duas crianças. – digo ainda um pouco assustada.
Não é que eu não esteja feliz, mas é que imagina você esperando UM filho, ou pelo menos
achando que está esperando só um, e ai do nada vem a médica e diz que são dois. É de
assustar.
O Rodrigo deixa um beijo na minha boca e me abraça desajeitadamente.
- Obrigado.
Que droga! Isso me desmontou, fazendo-me derramar as lágrimas que estavam presas.
- Amor, não precisa agradecer.
Ele se separa de mim, deixa um beijo na minha testa e volta o seu olhar para o monitor.
Eles são tão pequenininhos, dá pra ver nitidamente que não tem quase nada formado,
perfeitamente.
- Da pra escutar o coração deles? – ele pergunta.
- Vamos ver se conseguimos.
Ela mexe em mais alguns botões e de repente uns barulhos rápidos é ouvido em toda a sala
e o Rodrigo se emociona mais ainda.
- É bem forte, né? – diz ele apertando minhas mãos.
- Sim, Rodrigo.
Ficamos mais algum tempinho ali e ela logo encerrou a consulta e eu fui me vestir.
Ainda estou um pouco surpresa, mas ao mesmo tempo feliz. Agora eu entendo o porquê
de eu estar me sentindo um pouco mais inchada em tão pouco tempo de gestação. Há duas
crianças dentro de mim.
Saio do banheiro e me sento ao lado do Rodrigo.
A Doutora conversou com a gente, explicou que estava ocorrendo tudo bem. Não tinha
nada de anormal, tanto comigo quanto com os bebês.
Ela me explicou também que os meus enjoos frequentes eram por causa da gestação
gemelar, geralmente esse tipo de gestação provoca mais enjôos, mas ela me receitou um
remédio, que segundo ela, diminuirá isso. O Rodrigo voltou a perguntar sobre o sexo e a
médica disse que estava tudo certo. Eu queria enfiar a minha cara debaixo da mesa de
tanta vergonha, mas os dois pareciam não se importar.
Depois de o Rodrigo tirar todas as duvidas e eu também, nós pegamos as fotos dos exames
e fomos embora.
- Amor, você não podia colocar uma de cada vez? – digo já dentro do carro, estávamos a
caminho de casa onde ele me deixaria e depois voltaria para a Delegacia.
- Nós esperamos tanto tempo que pra recompensar mandaram logo dois pra gente. – ele
diz divertido.
- Eu estou um pouquinho assustada ainda, são duas crianças.
- Eu estou muito feliz, isso sim. Dois bebês. – ele dizia passando a mão na minha barriga.
– Não vejo a hora de consegui ver os sexos, de senti-los mexendo.
- Aai nem eu.
- O Gustavo vai ficar louco quando souber, amor.
- Nem me fale. Está pra nascer um irmão mais babão igual a ele.
Ele sorri e volta sua atenção para a estrada. Não demorou muito e chegamos em casa, ele
nem entrou, apenas me deixou no portão e voltou rapidamente para a delegacia.
Assim que eu entro em casa o Gus já vem me bombardeando de perguntas.
- E ai mãe! Como foi? Minha irmã tá bem? Ela se mexeu? – ele diz tudo rapidamente.
- Meu Deus, quantas perguntas, filho.
Sento-me no sofá fazendo-o sentar-se no meu colo.
- Cadê a sua avó?
- Está na cozinha conversando com a Maria.
- Então vamos lá pra eu contar a novidade pra todo mundo.
Levantamos-nos e fomos até a cozinha.
- E ai minha filha, como foi? – pergunta a minha mãe sentada à mesa junto com a Maria.
- Assustador.
Como assim? Tem algo errado com o bebê? – ela pergunta preocupada.
- Não mãe, está tudo bem com os bebês.
- Aah sim então por… Espera ai, você disse bebês?
- Sim mãe, bebês. Eu estou grávida de gêmeos.
- Meu Deus, Sophia. – ele se levanta um pouco sem acreditar também e me abraça. –
Parabéns minha filha.
- Obrigada, mãe.
- Parabéns, Sophia. – diz a Maria me abraçando também.
- Obrigada, Maria.
- Mãe, então quer dizer que eu vou ter dois irmãos de uma vez só? – diz o Gustavo
parecendo estar fascinado ouvindo isso.
- Sim, meu filho, dois de uma vez. – digo sorrindo.
- Caramba! Que legal. – ele abraça a minha cintura e deixa um beijo na minha barriga logo
depois alisando o local.
Cinco meses depois…
Já estou com sete meses, pareço uma bola de tão gorda, tenho certeza que se me jogarem
no chão eu realmente rolo. O Rodrigo diz que eu estou linda e continuo do mesmo jeito,
obviamente apenas com a barriga maior, mas eu me sinto totalmente inchada. Saltos nos
meus pés, nem pensar, por dois motivos, um porque realmente não cabe mais e outro
porque o Rodrigo não deixa. Ele acha que vou cair e me machucar.
Ele passou a ser ainda mais protetor depois da gravidez, ele cuida de mim como se eu
fosse uma criança e o pior é que ele está fazendo o nosso filho ficar ainda mais parecido
com ele, nesse quesito.
Quando o Rodrigo está na delegacia é o Gustavo que ocupa o papel dele dentro de casa
perguntando se já comi, se preciso de algo que ele irá pegar e por ai vai.
O único lugar que eu tenho paz é na clinica, lá eu posso fazer as coisas com as minhas
próprias mãos sem ter o Rodrigo falando que é perigoso para os bebês.
Onde que lavar a louça é perigoso pra alguém?
Se ele já mima essas crianças estando dentro da minha barriga, imagina quando sair. Não
vai precisar de vó pra estragar os nossos filhos, ele mesmo fará isso.
Faltam alguns meses ainda para o nascimento, mas o problema é que nunca conseguimos
ver os sexos. O quarto está quase pronto, na verdade está totalmente neutro sem cor
nenhuma, pois não conseguimos descobrir os sexos desses bebês, o mesmo acontece com
as roupinhas. Mas agora estamos aqui no consultório da Doutora Vitória para ver se
finalmente conseguimos descobrir os sexos.
- Vamos ver aqui. – ela mexe com o aparelho em minha barriga e olha fixamente para a
tela. – Eu acho que agora vai em.
Ela mexe em alguns botões no aparelho ao lado e da um sorriso. Mexe mais um pouco e
sorri novamente.
- E ai Doutora? – diz o Rodrigo aflito.
- São duas menininhas.
- Ai meu Deus, está falando sério? – digo radiante, o Gustavo vai amar essa noticia.
Eu sempre quis ter uma menina, mas vieram duas.
- Sim. Demoramos, mas conseguimos descobrir. São meninas comportadas, fizeram jogo
duro com a gente. – diz divertida.
Olho para o Rodrigo que tinha os olhos arregalados, parecendo não acreditar no que estava
ouvindo.
Não Doutora, vê isso ai direito. – ele diz.
Eu estava morrendo de ri com a situação.
- Eu já vi Rodrigo. Duas meninas.
- Porr@ eu acho que vou enfarta.
- Olha a boca, Rodrigo. – digo sorrindo. – E para de palhaçada é bom pra você aprender.
- Duas… meninas. – ele fala pausadamente, parecendo digerir a noticia, ele leva as mãos a
cabeça coçando-a.
- Isso é pra você aprender a nunca mais colocar duas crianças dentro de mim de uma vez
só. – digo sorrindo.
A Doutora Vitória estava se divertindo horrores com a situação.
Não demorou muito e a consulta terminou e fomos para a casa.
Ele ainda estava um pouco sem acreditar e não disse nada mais. Como sempre fazia, ele
me deixou em casa, pois eu não tinha mais nenhum paciente hoje, e logo voltou para a
delegacia.
O Gustavo ficou radiante em saber que ele continuaria sendo o “único” homem da casa e
as meninas também gostaram, pois assim que ele chegou perto da minha barriga elas
começaram a se mexer. Isso sempre acontecia, elas… Agora eu posso dizer elas. Adoram
o Gus, assim como o Rodrigo, é só eles chegarem perto que elas começam a se mexer.
Depois de ligar para a família inteira contando a novidade de que mais duas meninas
entrariam para a família, pois a Mila também espera uma menina, a Natasha, que está
prevista para vir ao mundo no próximo mês. Todos ficaram felizes em saber. A Julia ficou
maluca e já disse que tem varias ideias para me ajudar na decoração do quarto e eu logico
não neguei sua ajuda. Depois de falar com todos, eu já estava me sentindo muito cansada e
fui para o meu quarto descansar um pouco os meus pés. Ligo o ar condicionado e me deito
na cama.
Confesso que a reação do Rodrigo me deixou um pouquinho assustada, será que ele não
vai… Não! O Rodrigo nunca faria isso. Ele queria tanto um filho e não vai ser por causa
do sexo que ele vai amá-las menos.
Deixo esses pensamentos loucos de lado e deixo o sono me levar. Sinto uma forte movimentação dentro da minha barriga, mãos acariciando-a e ouço uma
voz no fundo.
- Desculpa se o papai foi um babaca. – sinto um beijo sobre minha barriga e a
movimentação é ainda maior. – É que eu fiquei assustado, poxa, mas eu não quero que
vocês pensem que eu não amo vocês, viu! Porque não é isso…
Abro os olhos e vejo o Rodrigo praticamente deitado sobre minha barriga, suas mãos a
acariciavam e seu olhar é fixo na mesma.
- É só que eu sou meio ogro, sabem? Eu não sei se eu vou saber lidar com duas
menininhas lindas igual a vocês duas. Mas eu prometo, prometo que vou dar o meu
máximo, eu vou cuidar de vocês duas assim como eu cuido do irmão e da mãe de vocês.
Se for preciso eu dou minha vida por vocês… – sinto uma lágrima cair sobre e minha
barriga e eu não consigo segurar as minhas também – Não vou deixar nada de ruim
acontecer com vocês duas… Nada! Eu sempre estarei aqui para protegê-las… Sempre!
Ele fica um tempo beijando a minha barriga e acariciando-a e as meninas faziam a festa.
- Tá vendo o que vocês estão fazendo comigo? Me transformaram em uma manteiga
derretida… Mas ó! Não deixem ninguém saber disso, ouviram bem? Senão o papai não
vai ter mais moral com a minha equipe… Ó! Segredinho nosso. – ele sorri e beija
novamente minha barriga.
- Que coisa linda, amor. – digo soltando um soluço.
Ele levanta sua cabeça rapidamente e parece um pouco sem jeito ao perceber que eu
acordei.
- Nem vi que você tinha acordado. – ele limpa o rosto e se deita do meu lado, puxado-me
para o seu peito.
- Você mexendo na minha barriga e a festa que elas estavam fazendo é quase impossível
não acordar. – digo sorrindo.
- Desculpa por não ter tido uma reação tão boa assim de cara. É que eu realmente fiquei
um pouco assustado. Duas meninas de uma vez não vai ser fácil pra mim.
- Amor, relaxa… Não é o fim do mundo, são só duas menininhas.
- Sophia, eu já estou pensando em quando elas crescerem e quiserem namorar.. e-eu…
Elas são minhas eu não vou dividi-las com marmanjos nenhum.
- Amoor, não é assim.
- Eu sei muito bem o que passa na cabeça de um homem e…
- Aah já entendi. Você está com medo de que apareça um homem igual a você na vida delas, é?… Que queira fazer o mesmo que você faz comigo, só que com elas…
- Sophia você só está complicando mais ainda.
- Amor relaxa, eu também não tenho tanta pratica assim com meninas e…
- A gente as coloca num convento. Problema resolvido.
- De jeito nenhum, minhas filhas não serão freiras… A menos que elas queiram é logico.
- Elas vão querer, eu sei que vão. – ele diz convicto.
- Duvido. – digo sorrindo. – Tomara que elas pareçam com a Camila.
- Sophia não! Não fala isso. – ele diz com seus olhos arregalados.
Começo a ri, pois só eu sei, na verdade o Rodrigo também sabe, o quanto a Camila é
louca, uma louca consciente, mas louca. Ela era a que roubava a cena total na escola,
todos os nossos amigos de turma eram loucos nela, mas ela sempre esnobava todos. A não
ser quando o garoto interessava a ela, ai ela esnobava, mas depois pegava. E pela reação
do Rodrigo ele sabe muito bem como ela é. Não preciso nem falar que se parecer comigo
vai ser tímida pro resto da vida. Mas eu disse isso apenas para irritá-lo mais ainda. Mas
que seria legal vê-lo ficar de cabelos brancos por causa das filhas. Ah seria! delas, é?… Que queira fazer o mesmo que você faz comigo, só que com elas…
- Sophia você só está complicando mais ainda.
- Amor relaxa, eu também não tenho tanta pratica assim com meninas e…
- A gente as coloca num convento. Problema resolvido.
- De jeito nenhum, minhas filhas não serão freiras… A menos que elas queiram é lógico.
- Elas vão querer, eu sei que vão. – ele diz convicto.
- Duvido. – digo sorrindo. – Tomara que elas pareçam com a Camila.
- Sophia não! Não fala isso. – ele diz com seus olhos arregalados.
Começo a ri, pois só eu sei, na verdade o Rodrigo também sabe, o quanto a Camila é
louca, uma louca consciente, mas louca. Ela era a que roubava a cena total na escola,
todos os nossos amigos de turma eram loucos nela, mas ela sempre esnobava todos. A não
ser quando o garoto interessava a ela, ai ela esnobava, mas depois pegava. E pela reação
do Rodrigo ele sabe muito bem como ela é. Não preciso nem falar que se parecer comigo
vai ser tímida pro resto da vida. Mas eu disse isso apenas para irritá-lo mais ainda. Mas
que seria legal vê-lo ficar de cabelos brancos por causa das filhas. Ah seria!
EPÍLOGO
Sophia
- Vamos começar. – avisa o médico.
- Amor, fica calmo. – digo sorrindo apertando a sua mão.
Ele está mais nervoso que eu. Acho que é pelo fato de eu já ter passado por isso uma vez e
agora ter um ótimo médico que me tranqüilizou, me ajudou a ficar bem calma nesse
momento, ou pode ser também pela anestesia que me deixou assim. Mas eu realmente
estou bem tranquila. Já o Rodrigo está nervoso não é de hoje, desde quando marcamos a
cesariana ele está desse jeito.
- Droga Sophia, eu estou aqui pra te tranquilizar e quem está me tranquilizando é você. –
ele fala olhando em meus olhos.
Posso ver os seus olhos já transbordando de lágrimas, eu o conheço muito bem e sei que
esta se segurando para não deixá-las cair. Por mais que eu diga que está tudo bem, ele não
fica menos nervoso, acho que só vai ficar calmo quando as meninas estiverem fora de
mim e ele poder ver que estamos as três super bem. Ele ficou ainda mais nervoso quando
foi procurar na internet vídeos de partos gêmeos cesariana. Nossa! Ele ficou
completamente desesperado e assustado pela forma que é.
- Oh olha pra mim, só pra mim tá bom? – falo segurando o riso, pois de certa forma é
engraçado e fofo essa preocupação toda.
Ele acena a cabeça e reclina o seu corpo um pouco deixando um beijo leve em minha
boca, logo depois ele separa e levanta um pouco o seu corpo só que ainda mantendo o seu
olhar ao meu. Eu aperto a sua mão lentamente tentando passar calma pra ele e acho que
estava conseguindo, pois aos poucos ele retribuía o meu aperto e sorria pra mim.
Não demorou muito e eu ouvi o primeiro chorinho, é bem fraquinho ainda, mas apenas de
ouvi-lo o meu coração se encheu todo de alegria e as lágrimas nos meus olhos embaçaram
a minha visão. Fecho os meus olhos lentamente fazendo com que as lágrimas derramem.
- Nasceu, amor… A Alicia nasceu. – diz o Rodrigo todo feliz.
Posso sentir sua voz tremula, assim como sua mão também está nesse momento. Abro os
meus olhos e vejo o Rodrigo olhando vidrado para o outro lado do pano, que impedia a
minha visão do que acontecia do outro lado. Ele tem um sorriso lindo no rosto e um
brilho, nunca visto por mim, em seus olhos. Vejo os seus olhos acompanharem algo, que
agora eu consegui ver que se trata da enfermeira com a Alicia nos braços.Olha mamãe, como é linda a Alicia. – ela diz e abaixa um pouco os seus braços, próximo
ao meu rosto dando-me a visão da minha filha.
Ela ainda está um pouco suja pela placenta e com um pouco de sangue também, mas
mesmo assim eu passo minha outra mão livre de leve em seu rostinho, fazendo-a ficar
mais quieta.
- Ela é linda, amor. – diz o Rodrigo emocionado.
- Agora eu tenho que levá-la. Daqui a pouco eu a trago mais limpinha, pra você. É rapido.
Aceno e ela vai com a minha filha para o outro lado da sala e começa a limpá-la.
O Rodrigo se abaixa e deixa um beijo na minha testa. Logo depois eu escuto o segundo
chorinho e o meu coração se enche novamente.
- Agora é a Giulia. – ele diz com um sorriso enorme.
E eu não conseguia falar nada, apenas chorava de emoção.
A enfermeira faz o mesmo que fez com a Alicia, traz a Giulia até a mim e logo em seguida
a leva para fazer os exames e limpá-la.
O Rodrigo se agacha do meu lado e bastante sem jeito ele me abraça forte e deixa as suas
lágrimas caírem com ainda mais força, fazendo com que, de certa forma, as nossas
lagrimas se misturassem.
- Olha as suas meninas aqui. – diz uma das enfermeiras com uma das minhas filhas no
colo. Isso fez com que o Rodrigo se separasse de mim, mas continuou agachado ao meu
lado.
A enfermeira se debruça e coloca a minha filha em um dos meus braços.
- Alicia. – diz o Rodrigo sorrindo.
- Giulia. – diz a outra enfermeira colocando-a no meu outro braço.
Eu as segurava com tanta força e mesmo tempo cuidado, pois eu estava com medo de
deixa-las cair no chão. O Rodrigo só sabia chorar olhando pra essa cena.
- Chega mais perto, amor.
Ele rapidamente vem para perto de mim e passa os seus braços cuidadosamente pelo meu
corpo, nos abraçando.
- Elas são tão lindas, igual a você. – diz e beija cada uma.
Eu apenas sorrio e aceno.
Elas são realmente bem diferentes, por mais que elas ainda não estejam realmente limpas,
dá pra ver que a Alicia é mais escurinha do que a Giulia, mas a diferença é bem pouca e
também tem outra diferença que eu realmente espero que não dê problemas daqui á alguns
anos. É o fato da Giulia ter os olhos azuis, igual aos do Rodrigo.
- A Alicia tem os seus olhos, amor. – diz o Rodrigo acariciando-a.
E a Giulia os seus. – digo sorrindo.
Ele sorri e acena.
- Obrigado. – ele diz e abaixa a cabeça chorando mais ainda, ele está visivelmente
emocionado.
- Amor eu já disse que não pre…
- Não adianta… Eu sempre… Sempre vou te agradecer por ter realizado o meu sonho, por
ter me dado uma família linda e por ter aparecido na minha vida… Sempre. – ele diz e me
beija.
Eu entendo essa necessidade dele de me agradecer, pois eu também sempre que posso faço
o mesmo. Depois de tudo o que passamos. Depois dos erros que ambos cometemos.
Depois de por uma idiotice e infantilidade minha eu quase pus tudo a perder e mesmo
depois disso ele ter me aceitado de volta e conseguir fazer com que a nossa vida seguisse
tranquilamente, sem que os fantasmas do passado nos atrapalhasse. Eu sempre vou
agradecê-lo por ele ter feito tanto por mim e eu ainda me sinto no direito de estar sempre
agradecendo a ele por tudo que fez e por nunca ter desistido da gente… De mim, mesmo
quando eu não estive com ele quando ele precisou. Eu sei que ele fez todas as coisas sem
pensar em receber algo em troca, ele fez por amor. Assim como eu também fiz o que fiz
por amor a ele. Eu quase morri por ele, mas não. Isso não é de forma nenhuma uma queixa
ou arrependimento de tudo que fiz e muito menos falo isso pra ele se sentir culpado ou
algo do tipo. Muito pelo contrario. Lembrar dessas coisas só me faz ter ainda mais certeza
de que eu realmente fiz a coisa certa. Só me faz ter ainda mais certeza de que se não fosse
ele, não seria mais ninguém, pois ele é o primeiro e único homem da minha vida e eu
quero tê-lo sempre ao meu lado. E só a possibilidade de poder perdê-lo me da um medo
enorme. Eu não consigo mais ver a minha vida sem o Rodrigo. E se eu pudesse voltar no
tempo eu faria tudo novamente. Tudo, menos tê-lo deixá-lo de lado quando poderíamos ter
resolvido os nossos problemas juntos. Mas de certa forma essa fase da nossa vida nos
ajudou muito, pois eu amadureci bastante e eu aprendi a não deixar mais que “pequenas
coisas” atrapalhem a nossa relação. E todos os problemas que veio em nossos caminhos
nesse tempo que passou, nós soubemos resolver juntos, um ao lado do outro.
Como ele disso anos atrás.
“– Em um relacionamento tem que haver companheirismo, quando um cair o outro estar
lá para levantar. É pra andarem juntos, mas é juntos um ao lado do outro, enfrentando
todos os problemas que virá pelo caminho…”
E foi isso que eu fiz todos esses anos. Quando os problemas apareciam, nós sempre
estávamos juntos, todas as vezes que aparecia alguma dificuldade eu me lembrava dessas
palavras e me agarrava nelas. E é assim que estamos a cinco anos casados, mas são os
cinco de muitos outros que virão por ai.
Pois eu não vejo a minha vida sem esse homem.
Ah minha filha, elas são lindas. – diz minha mãe babando nas netinhas.
Ainda teria que ficar alguns dias no hospital, aquela coisa de sempre. Mas eu já me sento
bem, se fosse por mim iria embora hoje mesmo.
- São lindas igual a tia aqui né. – diz a Camila que está com a Alicia nos braços.
Olho para o Rodrigo que coça a cabeça e nega com seus olhos levemente arregalados.
Não consigo segurar uma gargalhada e ele me olha sério.
- Não ri Sophia. – posso ver que está começando a ficar um pouquinho nervoso.
- Ih Rodrigo, você não sabe o que te espera… Quer dizer, vocês. – diz a Mila apontando
para o Rodrigo e o Douglas que estão em pé próximo a porta do banheiro.
- A Natasha já sei que vai ser igual a mãe era, aqueles olhos verdes dela vai deixar muitos
menininhos loucos por ai. – digo e começo a ri junto com a Mila.
A Natasha já está com três meses e muito esperta e linda, devo dizer ela é a cara da Mila.
E é a minha afilhada.
O Douglas olha para o Rodrigo e diz.
- A gente está muito f*dido.
- Pra car#lho. – diz o Rodrigo se jogando na poltrona.
- Olha a boca vocês dois. –digo sorrindo, mas já sentindo a minha barriga doer pelo
pequeno esforço.
- Não vai ter pra ninguém quando essas três crescerem.
Eu amo a Camila e o poder que ela tem de irritar o Rodrigo. Posso ver o seu rosto
vermelho de raiva. A minha barriga, eu já não aguentava mais de dor, mas mesmo assim
não consigo parar de ri.
- Oi gente, chegamos. – diz a tia Patrícia entrando na sala junto com a Julia.
Isso me fez parar de rir por um momento.
Elas vêm até a mim e me abraça, uma de cada vez.
- Como você está, minha querida? – diz a Julia deixando um beijo no meu rosto.
- Estou bem, só um pouquinho cansada.
- Que bom que correu tudo certo… Mas agora eu quero ver minhas netinhas lindas.
Ela sai de perto de mim e vai até a Mila e a minha mãe que estão com elas no colo e
começa a paparica-las, aquela coisa de vó. E a tia Patrícia também foi até elas fazer o
mesmo. Olho para o Rodrigo que ainda está com a cara levemente emburrada e sorrio de leve.
Tadinha das minhas filhas, não sabem o pai que tem.
Finalmente chegamos. Não aguentava mais ficar naquele hospital. – digo assim que o
Rodrigo estaciona o carro na garagem.
- E nem eu aguentava mais vim pra casa e não te encontrar aqui. – diz e deixa um beijo
rápido em meus lábios.
Ele sai do carro e logo em seguida abre a porta me ajudando a descer.
- Cuidado amor… Não é melhor eu te pegar no colo?
- Não precisa Rodrigo, obrigada. – sorrio, deixo um beijo rápido em sua boca e termino de
descer do carro. – Leva as meninas pra mim.
Na mesma hora a Maria e a minha mãe aparecem na garagem.
- Oi Sophia, que bom que chegou. A senhora quer ajuda?
- Oi Maria, pode pegar as bolsas pra mim? Eu ficaria muito agradecida. – digo e ela
acena.
O Rodrigo abre a porta de trás e retira a cadeirinha que está com a Giulia e dá para a
minha mãe, depois pega as bolsas para a Maria levar e em seguida pega a cadeira onde a
Alicia se encontra e entramos em casa.
Assim que eu passo pela porta principal da sala, vejo o Gustavo descendo as escadas,
eufórico.
- Mãe, a senhora chegou as minhas irmãs chegaram. – diz me abraçando.
- Sim meu amor, chegamos. – deixo um beijo em sua cabeça e sorrio.
Ele se separa de mim e vai até o sofá onde minha mãe já está sentada com a Giulia no
colo. O Rodrigo vai até lá e também se senta com a Alicia em seus braços, me sento no
outro sofá e fico olhando para aquela cena.
O Gustavo está fascinado com as irmãs, dava pra ver que está bastante feliz. Ele fazia
várias perguntas como: “Quem é quem?” “Por que elas são diferentes, se são gêmeas?”.
E dentre outras perguntas que o Rodrigo fez questão de responder.
- Minhas irmãs são muito lindas, pai. – ele divide sua atenção entre uma e outra.
- Eu sei, meu filho. E é por isso que eu vou precisar muito da sua ajuda.
Vai começar. Penso e sorrio.
- Como assim, pai? Ajuda pra que?
- Pra nenhum moleque metido a esperto querer encostar nas nossas meninas. Elas são
nossas, só nossas.
- Não faz isso com a criança, Rodrigo, pelo amor de Deus. – digo sorrindo. Mas por que não, pai?
- Daqui á alguns anos você vai entender o porquê, meu filho… Você vai entender. – ele diz
passando a mão nos cabelos do Gus.
O Gustavo nada mais disse, apenas ficou com um olhar de quem não havia entendido
nada, mas se calou.
Realmente essas meninas irão sofrer.
- Tadinha das minhas netas. – diz minha mãe sorrindo.
- Tadinho de mim, dona Marta.
Ficamos mais algum tempinho ali na sala até a Alicia decidir que era a hora de fazer as
necessidades, ai tivemos que subir para eu poder trocá-la.
O quarto delas é lindo, ele é completamente claro, na cor branca, mas com pequenos
enfeites decorativos da cor rosa. Eu tive a ajuda da Julia e da minha mãe para a decoração
do quarto e eu amei o resultado final, ficou bem delicado e eu consegui usar o rosa de uma
maneira que não ficasse enjoativo, na verdade ele quase não aparece, mas mesmo assim
está lindo.
Como o Rodrigo não sabe trocar fralda, ele passa a Alicia para os meus braços e pega a
Giulia com a minha mãe. Enquanto eu trocava a fralda da Alicia o Rodrigo estava
babando com a Giulia em seus braços sentado em uma das poltronas que tem no quarto.
Termino de trocar a fralda e a pego nos meus braços sentando-me lentamente na poltrona
ao lado do Rodrigo.
- Nunca passou pela minha cabeça um dia ser pai, até você aparecer… E olha só eu aqui,
super feliz em ser pai de duas meninas lindas, que provavelmente me farão enfartar antes
dos quarenta e cinco.
- Ai amor, você não existe. – digo sorrindo. – Você vai ver que nem vai ser tão difícil
assim… Pelo menos eu espero. – digo sorrindo e ele me acompanha.
- Mas é serio, eu estou muito feliz… Só estou com um pouco de medo de não saber lidar
com elas, quando crescerem. O Gustavo vai ser moleza, agora duas meninas, na
adolescência, hormônios a flor da pele… Agrh! Eu realmente estou com medo e não é só
na questão dos meninos. – diz e eu sorrio. – Mas é que eu realmente tenho medo de não
saber ser um pai tão bom assim, de não saber conversar com as minhas filhas, de não
conseguir aconselha-las da melhor forma possível. Eu quero ser um pai presente, não
quero ser aqueles que jogam a responsabilidade da educação apenas para a mãe. Não! Eu
quero participar de tudo, mas eu realmente não sei se tenho jeito pra fazer isso com elas. E
eu tenho medo de fracassar.
- Fica tranqüilo, amor. Pode parecer que não, mas eu também tenho um pouco de medo em
relação a isso, mas isso nós vamos aprender juntos e com o tempo. – estico a minha mão e
seguro a dele. – E eu acho que não vai ser muito diferente da forma como a gente cria o
Gustavo não. As meninas requerem um pouco mais paciência? Sim, talvez. – solto uma
gargalhada e ele me acompanha. – Mas a gente consegue… Juntos, conseguimos. Ele abaixa a sua cabeça e deixa um beijo na minha mão.
- Eu te amo. – diz ele sorrindo.
- Também te amo, meu amor.
- Amo vocês também viu minhas princesas. – diz esticando a mão para tocar a Alicia.
Olho para a porta e vejo o Gustavo encostado nela nos olhando.
- Vem aqui filho. – o chamo e ele vem até a gente ficando em pé do nosso lado.
- Eu também te amo filhão. – diz o Rodrigo passando o braço pelos ombros do Gustavo
dando um abraço meio desengonçado.
- Também te amo pai, o senhor sabe… Minhas irmãs também e a mamãe.
Meus olhos já estão cheios de lágrimas só de ouvir isso. Eu não consigo e acho que é
impossível expressar com palavras o tamanho da minha felicidade nesse momento. Eu
tenho uma família linda que eu amo muito e que sempre está ao meu lado.
- Vocês são tudo pra mim. – digo deixando as lágrimas caírem de vez.
O Gustavo se afasta do Rodrigo e se senta no braço da poltrona me abraçando, ele não
disse nada, apenas me abraçou e isso é tão confortante.
Vejo o Rodrigo levantando bastante sem jeito, por causa da Giulia em seus braços, e se
encosta no outro braço da poltrona, ele passa um braço pelo meu pescoço e deixa um beijo
sobre a minha cabeça.
E ficamos aqui assim. Nós cinco, durantes horas, conversando e babando nas meninas.
Às vezes a vontade de chorar me invadia novamente, mas é de felicidade. Pra mim, os
meus choros são mais uma forma de agradecer a Deus por tudo que ele tem feito pra mim.
Agradecê-lo por ter colocado um homem maravilhoso na minha vida e por ter me
presenteado com uma família linda igual a minha.
Três anos depois…
- Olha aqui meninas, vocês se comportem na casa da tia Camila, tá?
Elas estão na minha frente, com os olhinhos caídos tentando fazer charme, só que comigo
não rola. Com o Rodrigo sim, mas comigo não.
Elas estão tão grandes e espertas, já sei que realmente darão trabalho daqui á alguns anos.
Imaginem duas irmãs super cúmplices, elas não se separam, praticamente tudo que uma
faz a outra tem que estar junta e eu fico muito feliz por isso. Dificilmente elas brigam
entre elas, logico que acontece de às vezes uma das duas, ou as duas, estarem viradas e
começarem a brigar, mas mesmo assim é super raro isso acontecer. É mais fácil elas se
juntarem para brigar com o Gustavo do que entre elas. Eu fico impressionada porque ao
mesmo tempo em que elas não se parecem, elas também têm muitas coisas parecidas.
Confuso, eu sei.
As duas têm cabelos cacheados, o formato dos rostos é parecido. Se tivessem o mesmo
tom de pele e a Alicia tivesse os olhos azuis da Giulia, poderia dizer que são gêmeas quase
idênticas. Sem falar na esperteza que as duas têm, eu realmente não aguento a inteligência
de dois pingos de gente igual essas meninas. Com três anos elas já falam tudo, mas tudo
mesmo. Antes mesmo de completarem um ano, elas já estavam andando… Tudo com
essas meninas foi rápido, o que de certa forma eu até acho legal…
Hoje elas irão dormir na casa Camila, eu não sei como ela vai aguentar essas três meninas
juntas. Eu realmente não sei.
E como sempre, quando elas saiam para dormir na casa das avós ou na Mila, eu falava as
mesmas coisas e elas paravam para escutar atentamente, mesmo tendo apenas três anos.
Mas as crianças nessa idade entendem sim.
- Ouviram meninas? – repito.
Elas olham uma para a outra e depois volta os seus olhares para mim e acena.
- Sim mamãe. – respondem juntas.
- Tudo bem, agora vem me dar um beijo as duas. – digo e abro os meus braços.
Elas vêm até a mim, me abraçam e deixam um beijo de cada lado da minha bochecha.
- Vamos, né meninas? – diz a Mila em pé na nossa frente.
- Vamos Titia. – diz a Alicia toda alegre.
Essa daí adora sair.
Colo as mochilinhas uma em cada e elas já estavam prontas para ir. Onde vocês duas pensam que vão sem falar comigo, em? – diz o Rodrigo chegando na
sala.
Ele tinha saído pra levar o Gustavo na escola, pois a escola programou um programa férias
para os alunos, eles irão ficar duas semanas em uma daquelas colônias de férias que tem
acampamento, campeonatos de futebol, musica e tudo mais. O Gustavo saiu daqui super
animado, pois ia ficar duas semanas fora de casa. Já está se sentindo O grande.
- Papai. – elas dizem ao mesmo tempo e vão até ele abraçando.
- Nem parece que elas o viram algumas horas atrás. – falo com a Mila e ela sorri.
- É assim mesmo, amiga, com a Nath é a mesma coisa, um grude que só com o pai. Nem
quis vir comigo por isso.
- O Rodrigo ama isso, olha só. – digo apontando para a cena.
Ele está com as duas nos braços, uma de cada lado, e eles conversavam animadamente.
- É papai, a gente vai dormi na casa da Nath. – diz a Alicia empolgada.
- Ah, mas eu vou ficar sozinho? Sem minhas princesinhas? Ah não!
- Papai… não.. olha, a gente vai voltar. – diz a Giulia parecendo estar com um pouco de
pena do pai, Ela passa as mãos pelo rosto do pai levemente. – Mamãe vai ficar aqui com
você.
- Poxa, então tá bom, mas não demorem, viu?
- Não papai, a gente não vai demorar. – diz a Alicia e deixa um beijo em sua bochecha e o
abraça fazendo com que a Giulia fizesse o mesmo.
- Então vamos né gostosas, a Natasha já deve estar louca porque vocês não chegam.
- Vamos titia. – diz a Alicia.
O Rodrigo as coloca no chão e deixa um ultimo beijo nelas.
- Se cuidem. E voltem logo. – diz o Rodrigo.
Elas acenam, vem para perto da gente e seguram nas mãos da Mila.
- Deixa um beijão na Nath e pode deixar que iremos buscá-las amanhã, assim eu mato as
saudades da minha afilhada.
- Tudo bem. Espero vocês para o almoço então.
Ela se despede de mim e do Rodrigo e sai com as meninas.
- Finalmente a sós. A casa só nossa agora. – digo indo até o Rodrigo e envolvendo os
meus braços em seu pescoço.
Busco sua boca para um beijo e suas mãos descem lentamente para a minha bunda,
apertando-a de leve.
- Graças a Deus. – ele diz assim que separo nossas bocas.
- Tenho planos para a gente essa noite. – digo arranhando minha unha levemente em sua nuca, fazendo-o se arrepiar.
- Huum… Então foi tudo de caso pensado, Senhora Albuquerque?
- Pior que não, apenas aproveitei que teríamos a casa só para a gente. – deixo um beijo de
leve em seu pescoço e ele aperta a minha bunda com força.
- E eu posso saber que planos são esses?!
Eu não sei como ele vai reagir ao que eu tenho em mente, mas espero que goste.
Vejo que já está quase escurecendo e resolvo não enrolar mais, até porque, com ele
apertando a minha bunda desse jeito não dá.
Fico na ponta dos pés e mordo sua orelha de leve, dizendo.
- Me leva para o quarto e descobrirá.
Sinto os seus braços fortes me levantando rapidamente e eu enrolo as minhas pernas em
seu corpo. Suas mãos ainda estão em minha bunda apertando-a com força contra o seu
corpo.
- Você é a minha perdição.
- E você a minha. – digo e busco os seus lábios.
Sinto-o andando e logo em seguida subindo as escadas e não demorou muito para que eu
ouvisse a porta do quarto batendo.
O Rodrigo me joga sobre a cama e rapidamente retira a sua camisa, voltando para cima de
mim novamente, devorando a minha boca. Suas mãos tocam precisamente todas as partes
do meu corpo fazendo-me ficar ainda mais acesa. Mas eu não posso deixá-lo comandar
hoje. Hoje não. Então com muito sacrifício, eu consigo ficar por cima dele na cama.
Continuo o beijo e para tentar tirar o foco dele para o que eu vou fazer, começo a rebolar
lentamente sobre o seu membro, fazendo gemidos altos saírem da boca de ambos.
Estico a minha mão até o criado mudo o abrindo e retiro de lá de dentro a algema dele,
que eu já havia deixado estrategicamente aberta para facilitar o meu trabalho. Mudo a
algema de mão e ainda rebolando sobre o seu pau para distraí-lo, eu levo a minha
mão livre até a minha bunda onde ele a apertava com força. Levanto sua mão lentamente e
para ajudar na distração aprofundo ainda mais o beijo fazendo nossas línguas brigarem
excitantemente por espaço. Quando finalmente consigo ter sua mão no alto, sem pensar
muito eu fecho a algema em seu pulso junto à cabeceira da cama.
O Rodrigo rapidamente separa as nossas bocas e me olha espantado, logo em seguida
olhando para o seu braço preso.
- Porra Sophia, pra quê isso?! – diz parecendo um pouco nervoso agora e puxa com força
o braço preso.
- Nós vamos brincar um pouco.
- Mas pra isso precisa me prender, porra?
- Sim… Faz parte. Agora seja um menino bonzinho e me dê a outra mão pra fazer o mesmo.
- Não… Me solta. – ele diz sério. Mas eu sei que se eu insistir, ele deixa.
- Amoor. – digo rebolando lentamente sobre o seu pau, fazendo um gemido sufocado
sair de sua boca. Deixo um beijo em seu pescoço e logo em seguida uma mordidinha de
leve. – Deixa vai… Você vai gostar. – ou não. – Eu prometo.
Beijo carinhosamente o seu pescoço e continuo rebolando sobre ele.
- Porra, anda logo, antes que eu me arrependa.
Rapidamente pego a outra algema dentro da gaveta e prendo sua outra mão.
Deixo um beijo rápido em sua boca e saio de cima dele.
- Onde você vai?
- Espera que eu já volto. – digo entrando no closet.
- Que merda Sophia, volta aqui… EU JÁ ESTOU ARREPENDIDO.
Sorrio com isso e pego a fantasia, que estava escondida entre as minhas coisas, e começo a
vesti-la.
Eu sempre ouvi falar que de vez em quando é sempre bom variar a hora do sexo. Por mais
que eu nunca tenha me cansado do sexo do Rodrigo é bom fazer coisas novas de vez em
quando, apesar de que, o que eu vou fazer hoje não é tão novo assim, pois ele já fez
comigo. Mas vai ser novo pra ele. Ah se vai. Do jeito que esse homem é, eu aposto que
mulher nenhuma nunca teve coragem de fazer o que eu irei fazer… Dominá-lo. Mas vai
ser bom fazer o Rodrigo provar do seu próprio veneno… Veneno delicioso, devo dizer.
Coloco o vestido extremamente curto sobre a lingerie que eu já tinha posto
antecipadamente, para adiantar o meu trabalho. O vestido é preto e vai até a beiradinha da
minha bunda, fecho apenas alguns dos botões, deixando um decote generoso e coloco a
meia preta que vai até a metade das minhas coxas.
- SOPHIA, PORRA!
- Olha a boca, amor… – digo sorrindo. Eu sei o quanto ele está irritado, pois sei como ele
odeia esperar, ainda mais quando está excitado. – Calma que eu já estou indo.
Coloco os acessórios dá fantasia, um cinto que tem um cassetete meio que emborrachado
pendurado nele e o coldre, só não colocaria nenhuma arma ali, mas tudo bem.
Olho-me no enorme espelho e pego um salto, também na cor preta, colocando-o. Dou
mais uma ultima olhada e respiro fundo.
Pego o meu celular e já o preparo, pois precisarei dele.
Vou para o quarto e encontro um Rodrigo muito vermelho e aparentando está nervoso e
sem paciência. Ele puxa os seus braços na tentativa de se soltar, mas de nada adianta.
Coloco o celular sobre a mesinha ao lado da porta e fico em pé de frente pra ele, com
meus braços cruzados e as pernas levemente abertas olhando-o com a cara fechada. São muitos anos de convivência, acho que consegui pegar um pouco da marra desse homem
pra mim.
Não digo nada e continuo observando-o até ele reparar a minha presença ali e parar
imediatamente o que está fazendo e me olhar, visivelmente surpreso. Sua boca está aberta
mostrando incredulidade, eu acho, e seus olhos transbordam desejo.
- Puta que pariu, Sophia.
- O senhor tem uma boquinha muito suja, sabia? – digo lentamente olhando-o por
completo ainda do mesmo jeito que anteriormente. – Isso não é jeito de se falar com uma
autoridade.
- Merda! Eu não estou acreditando! Tire-me daqui, eu preciso arrancar essa roupa de você
e te foder. Agora! – posso vê-lo se mexendo meio incomodo sobre a cama.
Retiro o cassetete da minha cintura e ando lentamente até ele.
- Eu já falei que isso não é maneira de se falar… Ah e antes que eu me esqueça, é senhora
Delegada pra você.
- Sophia, não faz isso, você vai me deixar louco… Porra!
Subo lentamente na cama, me sento sobre o seu membro e debruço sobre ele falando
baixinho em seu ouvido.
- Essa é a intenção. – deixo uma mordida na sua orelha e rebolo de leve em seu colo
fazendo-o gemer em meu ouvido.
- Porra o que eu estou fazendo da minha vida… Deixando você me dominar. – diz
parecendo não se conformar com a situação.
Quem diria! Um dominador, sendo dominado.
Solto uma gargalhada e falo olhando em seus olhos.
- Eu já te dominei há muito tempo.
- Filha da… – bato com o cassetete de leve em sua perna direita, fazendo-o pular. – Porra
você me ba…
- Olha o que você vai dizer, em… O seu castigo pode ser pior… Então eu sugiro que fique
caladinho e me deixe fazer o meu trabalho. – eu rebolava de leve sobre o seu membro e
distribuía leves mordidas em seu pescoço.
- Porra, eu não estou acreditando nisso. – diz ele se rendendo. – QUE MERDA!
Solto uma gargalhada e deixo um selinho rápido em sua boca, desço beijando todo o seu
peitoral descoberto. Jogo o cassetete no chão e começo a arranha-lo de leve, fazendo com
que gemido contidos saíssem de sua boca.
Chego ao cós da sua calça e desabotoo-a lentamente, a retiro junto com os sapatos,
jogando em um canto qualquer do quarto, seu membro está praticamente estourando
dentro da sua boxer. Passo minhas mãos sobre ele, apertando-o de leve e o Rodrigo geme
mais alto. Sorrio com isso e levo minhas mãos até a sua cintura abaixando a boxer lentamente, fazendo com que o seu membro pulasse para fora, jogo-a em qualquer lugar e
volto minha atenção para o homem maravilhoso, nu e algemado a minha frente.
Ah Rodrigo! Quem diria!
- Porra Sophia, pelo menos faça alguma coisa, eu não aguento mais.
- Isso não é maneira de se falar… Cadê a educação? – digo séria, mas ao mesmo tempo
tinha um leve sorrisinho no rosto.
- Por favor, faz alguma coisa.
Cruzo os meus braços e fecho a cara esperando ele falar o que eu quero ouvir.
Ele respira fundo e revira os olhos.
- Por favor, senhora Delegada… Faça alguma coisa.
Ando lentamente e subo novamente na cama ficando sobre ele, me sento sobre o seu
pau e posso senti-lo pulsar. Seguro toda a minha vontade de desamarrá-lo e deixá-lo
fazer o que quiser comigo e respiro fundo.
Hoje sou eu que comando.
Deixo um beijo no seu pescoço e levo minha mão até o seu pau, segurando-o de leve.
- Quem é a sua dona? A quem você pertence?
Digo lentamente e os movimentos em minhas mãos também são lentos e torturantes.
- Porra, não faz isso.
Passo minha língua lentamente pelo seu pescoço, fazendo todo o seu corpo se arrepiar e o
seu membro tremer na minha mão.
- Eu ainda não ouvi a resposta.
- Porra. VOCÊ! – ele praticamente grita e isso me faz sorrir ao ver o tamanho do seu
desespero.
- Muito bem…
Desço rapidamente e antes de leva-lo até minha boca, passo minhas mãos em sua extensão
mais algumas vezes.
- AAH SOPHIA.
Ele geme alto assim que eu o ponho na minha boca, minha língua rodeava toda sua glande
e depois o levava até onde conseguia… E assim eu fiquei por alguns minutos, até perceber
que ele já estava quase no seu limite, seu membro pulsava forte em minhas mãos….
- Ah Sophia e-eu.
Antes que ele possa gozar eu paro e o retiro de dentro da minha boca. O Rodrigo me olha
parecendo não acreditar.
- Cacete, por-porque vo-você parou?! – ele estava incrédulo. Não quero que você goze agora.
- Porra!! Me solta. Anda, me solta! Eu quero te tocar. Quero tirar essa porra dessa roupa ai
e te…
- Eu posso fazer isso por você. – me levanto e fico por cima dele fazendo nossas bocas se
encostarem. – Um showzinho especial. O que você acha? – passo minha língua
contornando lentamente os seus lábios.
- Faz o que você quiser. Só, por favor, me deixa te tocar.
- Eu posso te soltar, com uma condição…
- Qualquer coisa.
- Enquanto eu estiver fazendo o que eu tenho que fazer, você vai ficar aqui, paradinho
apenas assistindo…
- Porra, tá, só me tira daqui. – diz me interrompendo.
- Se não eu não termino o que comecei. – continuo.
- Tudo bem, amor, agora me solta.
Sei que vou me arrepender.
Estico o meu braço até o criado mudo, pego as chaves das algemas e destranco-as. No
mesmo momento que eu retiro a segunda, eu sou surpreendida pelos braços fortes do
Rodrigo em minha cintura, agarrando-me com força nos virando na cama fazendo-o ficar
por cima de mim.
Sem me dar tempo para nada, ele gruda nossas bocas em um beijo carnal e excitante. Por
um momento eu acabei me esquecendo do que eu disse minutos atrás e me entreguei. Ele
esfrega o seu membro com força em minha intimidade já totalmente encharcada, sinto sua
mão nos meus seios os apertando com força.
- Ro-Rodrigo… – tento tirá-lo de cima de mim, mas é quase impossível. – Você prometeu.
- Porra! – ele aperta mais uma vez o meu seio e se separa um pouco de mim.
Eu o jogo para o lado e me levanto da cama.
- Fica ai. – digo.
- O que você vai fazer? – diz ele sentando agora na cama e levando sua mão ao seu
membro completamente duro.
- Você não quer me ver sem essa roupa? – digo indo até a mesinha onde deixei o celular.
- Isso é o que eu mais quero… E depois te foder.
Ignoro o seu ultimo comentário… Na verdade não ignoro nada, pois uma coisa dessas
vinda do Rodrigo não se pode ignorar.
- Então eu vou fazer esse trabalho por você, amor.
- Não prec…
Shiiiiu. – faço um sinal para que ele se calasse e logo a musica que escolhi, PillowTalk –
Zayn Malik, é reproduzida pelo aparelho de som que tem no quarto.
Conectei o celular para que reproduzisse a musica por eles e ficar bem melhor pra fazer o
que eu tenho em mente.
Eu nunca havia feito isso, mas também não sinto um pingo de vergonha. Acho que com o
tempo de casado que temos, vergonha é uma coisa que não tenho mais com ele quando se
trata de sexo.
Deixo o ritmo sexy da musica me levar e começo a balançar o meu corpo lentamente,
passo as minhas mãos sobre os meus seios e bunda, lentamente. Olho para o Rodrigo que
tem novamente aquela expressão em seu rosto: De quem não está acreditando no que está
vendo.
Levo minhas mãos até o cinto em minha cintura e desabotôo-o, fazendo o mesmo com o
coldre, jogando-os no chão em seguida.
- Porra eu não estou acreditando. – ele dizia enquanto acariciava de leve o seu membro.
E essa visão é maravilhosa.
Começo a desabotoar o meu vestido lentamente deixando aos poucos o vermelho da
minha lingerie rendada aparecer.
Ele ama quando eu uso lingerie vermelha.
Assim que consigo deixar o vestido totalmente aberto, paro um pouco e deixo o meu
corpo levar pela batida da musica, sem desgrudar os meus olhos do dele, eu desço
rebolando lentamente até o chão. Vejo-o apertando seu membro com um pouco mais de
força e eu sorrio de uma maneira sexy pra ele.
Subo lentamente, passando as mãos pelo meu corpo e retiro o vestido do meu corpo,
jogando-o para ele, que rapidamente o pega no ar. Ele o leva até o rosto cheirando e logo
em seguida o deixando de lado voltando a prestar atenção em mim.
Passo minhas mãos pelo meu corpo, agora coberto apenas pela lingerie. Posso dizer que
depois de duas gestações e uma delas sendo de gêmeas, o meu corpo melhorou. Na
verdade eu comecei a malhar e isso ajudou também a deixá-lo ainda melhor, pois eu
realmente não engordei quase nada na minha gestação… Eu acho que é a genética.
Retiro os sapatos e vou andando lentamente até a cama, coloco uma das minhas pernas
sobre ela.
- Tira. – falo me referindo à meia.
O Rodrigo rapidamente vem para a beirada da cama se sentando ali, suas mãos vão para a
minha coxa, ele deixa um beijo nela e logo em seguida começa a descer a meia. Mas eu o
paro.
- Nada disso. – digo e faço um sinal de negação com o dedo. – Tira com a boca.
Ele me olha parecendo um pouco surpresa, mas faz o que eu mandei, sem me contrariar.Assim que ele consegue tirá-la, ele deixa um tapa nela na minha coxa. Sorrio e
coloco a outra perna na cama e ele faz o mesmo.
Antes que eu possa pensar muito, já estou jogada na cama com ele por cima de mim
devorando a minha boca. Mas eu não recuo. Deixo que ele faça agora o que ele quiser
comigo.
A quem eu quero enganar? Eu amo quando ele toma conta da situação. Eu amo quando ele
me domina. Eu aguentei até tempo demais.
- Rodrigo, eu preciso de você… – digo enquanto suas mãos estavam ocupadas em arrancar
o meu sutiã fora.
Ele me olha e sorri malicioso.
- Eu vou te dar o que você quer.
Assim que ele tira o meu sutiã ele desce para a calcinha retirando-a de mim. Seu corpo
volta para cima do meu e com um movimento rápido, sinto-o me penetrando por
completo, fazendo-me gemer alto.
- OH RODRIGO!!!
Ele começa a estocar com força e rapidez, o que me fazia ficar ainda mais louca e
excitada, em poucos minutos já consigo sentir o meu orgasmo chegando e eu o aviso.
O Rodrigo para, nos virando na cama e se senta, fazendo-me ficar por cima dele. Tudo
isso sem sair de dentro de mim.
- Vai rebola. – diz e deixa um tapa na minha bunda.
Rapidamente começo a me movimentar e ele leva suas mãos para a minha cintura.
A musica novamente repetia. Não sei quantas vezes ela já foi tocada, mas ajudava no
clima. A batida sexy e a letra faziam um grande contraste com o momento.
Já estava sentindo novamente os espasmos me atingir e sinto que o Rodrigo também está
chegando ao seu limite.
Suas mãos fortes sobem pelas minhas costas e uma delas segura com força o meu cabelo.
O Rodrigo gruda nossas bocas em um beijo raivoso.
- Fucking you… – ele canta roucamente uma parte da musica ainda com nossas bocas
próximas e logo em seguida morde de leve o meu lábio inferior, puxando-o pra si.
Essas simples palavras e os seus gestos foram suficientes para que eu chegasse ao meu
limite, desmanchando-me em seus braços. E não demorou muito para ele fazer o mesmo.
Nossas respirações estavam ofegantes e fora isso o único som no quarto é o da musica.
Suas mãos subiam e desciam pelas minhas costas, de vez em quando apertando-a, o que
fazia o meu corpo reagir a isso.
- Porra isso foi… Foda.
Sorrio apenas e deixo um beijo em seu pescoço.
Você me surpreende a cada dia que passa. – diz passando sua mão retirando os cabelos
do meu rosto.
- E isso é bom? – deixo um beijo rápido em sua boca e volto minha atenção aos seus
olhos.
- Maravilhosamente bom.
Ele junta nossas bocas em um beijo calmo e terno. Suas mãos passam lentamente pelas
minhas costas fazendo-me grudar mais em seu corpo. Ele para o beijo e me faz olhá-lo e
em meio a todo esse clima gostoso ele faz como sempre e diz.
- Eu te amo, Morena.
- Eu também te amo, Meu Delegado, hoje e pra sempre.
- Pra sempre.
FIM…
Gostaram do conto?
Autora: k.Monteiro
35° CAPÍTULO
Sophia
Algumas semanas depois…
Já faz duas semanas que voltamos para casa e contamos a noticia da gravidez para a
família.
E qual foi a minha surpresa em saber que a Mila também estava gravida e de três meses?
Nós não sabíamos se chorávamos ou se sorriamos com a surpresa.
Faz mais ou menos um mês que eu descobri que estou grávida, ainda não fui ao médico,
na verdade irei hoje, na mesma médica que a Mila vai, por sinal. Eu não sei ainda de
quantos meses eu estou, mas devo dizer também que já estou me sentindo um pouco
inchada, não chega a ser igual a barriguinha da Mila que já está bem aponta, mas já
começo a me sentir um pouco maior. Com isso também tem o enjôos, que não me deixam
em paz. Eu já não aguento mais, eu vomito praticamente o dia inteiro é só eu sentir um
cheiro um pouco mais forte que já coloco tudo pra fora.
O Rodrigo e o Gus não desgrudam mais da minha barriga. Eu pensei que o Gustavo iria
ficar um pouco enciumado, afinal de contas ele sempre foi o único filho e a atenção era
praticamente toda, se não toda, pra ele. Mas ele ficou tão feliz em saber que teria um
irmãozinho ou irmãzinha. E eu também fiquei muito feliz em saber que ele levou isso
numa boa. Ele quer ficar tocando na minha barriga toda hora pra saber se o bebê está bem,
ou se ele está mexendo ou não. Apesar de eu já ter dito pra ele que está muito cedo para o
bebê se mexer.
Estou vendo que essa criança vai ter dois protetores ao lado. O irmão e o pai, dois babões.
Fico imaginando se for menina. Meu Deus! Mas ela vai sofrer demais com o pai que tem.
- Mãe, eu posso ir pra piscina? – volto minha atenção para o Gus que esta no topo das
escadas.
- Claro filho.
Ele some das minhas vistas indo em direção ao seu quarto.
Me levantodo sofá e vou até a cozinha encontrando minha mãe e a dona Maria preparando
o almoço. Minha mãe não mora com a gente, ela queria continuar na favela, disse que não
queria atrapalhar a nossa vida morando aqui, mas o Rodrigo não deixou ela ficar lá, e com
o seu poder de persuasão ele conseguiu convencê-la a voltar para o apartamento em que
morávamos. Mesmo ela tendo a sua pensão, eu sempre a ajudo com algum dinheiro a
mais, por mais que ela não me peça nenhum real, eu sei que um dinheiro a mais sempre
ajuda.
Conseguimos pagar pra ela finalmente a operação para o seu joelho há algum tempo já, e ela está novinha em folha, está até pensando em voltar a trabalhar.
Apesar de eu ainda estar de férias e poder cuidar muito bem do meu filho, essa semana ela
vem pra cá praticamente todos os dias, é ela que toma conta do Gustavo, pois a Maria é
paga somente para tomar conta da casa. Eu até tentei pagar minha mãe por isso, mas ela
diz que cuidar do neto não é nenhuma obrigação e sim um prazer. Então não vai ser eu que
vou querer arrumar uma briga com a dona Marta por causa disso.
- O que vocês duas estão fazendo ai, em? – pergunto me sentando á mesa.
- Lasanha, filha.
- Huum mãe, o cheiro está delicioso.
Agradeço por não me enjoar dessa vez. Pois eu amo lasanha e minha boca já está cheia
d’água só de sentir esse cheirinho.
- O Rodrigo chega que horas?
- Ah mãe, 12:30 mais ou menos ele está chegando.
- Que horas é a consulta?
- 14:00 horas, vamos terminar o almoço e ir direto pra lá.
Ela acena a cabeça e volta a sua atenção para a panela.
- Querem alguma ajuda ai? Estou entediada aqui sem fazer nada.
- Não precisa, filha, está tudo certo aqui, nós duas estamos dando conta.
Respiro fundo e coço a cabeça.
Como eu queria estar trabalhando. Minhas férias de fato só acabam semana que vem, no
mesmo dia em que o Gus voltará às aulas, por sinal. Já o Rodrigo voltou ao trabalho bem
mais cedo, assim que chegamos de viagem, no dia seguinte, ele já voltou para a delegacia.
- Mãe, fica na piscina comigo? Não gosto de ficar lá sozinho. – diz o Gus entrando na
cozinha.
- Claro meu filho, vou sim. Vai indo que eu vou colocar um biquíni e já volto.
- Tá bom. – ele sai com um sorriso enorme no rosto e eu sorrio com isso também.
Vou para o quarto e escolho um dos biquínis novos que eu tinha comprado, mas não havia
usado na viagem. Opto por um biquíni branco na parte de baixo e azul, com um bojo
confortante, na parte de cima e pego uma bermuda jeans, apenas pra não ter que subir isso
tudo depois.
Chego na piscina e já encontro o Gustavo dentro dela só que na parte rasa, colo o shorts
em cima da cadeira de tomar sol e sento na borda da piscina próximo a ele, deixando os
meus pés molharem na água. Faço um coque no meu cabelo para não molhá-lo e logo
sinto o Gustavo nadando perto de mim e não demorou muito ele coloca a sua cabeça para
fora da água e sorri pra mim. Ele vem para o meio de minhas pernas, abraça a minha
cintura e deixa um beijo de leve na minha barriga. Eu não vejo a hora da minha irmãzinha nascer.
- Mas a gente ainda nem sabe o sexo, Gustavo e nem dá pra ver. – sorrio alisando os seus
cabelos.
- Mas é uma menininha sim. Eu sei.
- Mas você não gostaria que fosse um menino? Pra brincar com você?
- Ah mãe, se for eu vou amar ele também, mas eu queria que fosse uma menina.
Ele se separa de mim e me olha.
- Pra falar a verdade eu também. Já tenho um homenzinho. – digo apertando suas
bochechas e ele revira os olhos como sempre. – Agora pra completar seria legal se fosse
uma menina.
- O meu pai vai ficar louco de ciúmes. – ele diz rindo. – Ainda mais se ela for linda igual a
senhora.
- Nem me fale Gus. Tadinho desse bebê se for uma menina.
Nós sorrimos, demos o assunto por encerrado e ele me puxou para dentro da piscina de
vez.
Ficamos ali a manhã inteira, eu sempre ficava na parte rasa, pois eu não sabia nadar e
ainda morria de medo de aprender. Sim, sou estranha. Já o Gustavo, ia para o fundo e
quando eu falava pra ele tomar cuidado ele me falava: “Ah mãe relaxa, eu sei nadar”.
Mas nem por isso eu ficava menos nervosa.
Só vi que a hora tinha passado quando vejo o Rodrigo saindo da garagem e vindo até a
piscina. Levanto-me da borda da piscina e espero ele chegar perto de mim.
- Boa tarde, meu amor. – digo com os meus braços abertos para abraça-lo.
- Morena. – ele diz passando as mãos pela minha cintura me abraçando, ele cola nossas
bocas em um beijo e sinto suas mãos descendo lentamente para a minha bunda e eu paro o
beijo.
- Rodrigo, o Gustavo está ali, para.
Ele levanta suas mãos lentamente colocando em minha cintura apertando-a.
- Oi pai. – diz o Gus saindo da piscina e vindo até a gente.
Ele abraça o Rodrigo, deixando-o levemente molhado.
- Fala filhão. - deixa um beijo sobre sua cabeça. – Cuidou da sua mãe e do seu irmãozinho
como falei?
- Sim senhor, mas eu já disse que é uma menina pai.
- Não fala isso Gustavo, pelo amor de Deus. – diz o Rodrigo com os olhos arregalados e já
passava as mãos pela cabeça rapidamente. – Não estou preparado psicologicamente para
ter uma filha, não.
-Mas não tem mistério nenhum pai.
- Você que pensa, Gustavo… Mulher é bicho complicado, vê a sua mãe, olha o trabalho
que ela me dá. Agora você imagina mais uma. Acho que vou enfartar antes dos quarenta e
cinco.
- Ei, eu não dou trabalho nenhum, Rodrigo. Quem dá trabalho aqui é você.
Digo pensando nas inúmeras vezes que tive que me segurar pra não dar na cara de alguma
mulher, ou até na dele mesmo.
- Ah pai, eu adoraria ter uma irmãzinha.
- Vamos ver se você vai continuar com esse mesmo pensamento quando crescer mais um
pouquinho e…
- Meus Deus, Rodrigo! Não envenena a mente da criança. – digo já sabendo muito bem do
que ele estava falando. – Vamos almoçar né, estou morrendo de fome e temos consulta
hoje.
- Claro amor. Meu bebê já está com fome. – ele diz e se abaixa levemente passando a mão
sobre minha barriga. – Você tem que comer direito, Sophia, não precisa ficar me
esperando. Quando o meu filho quiser comer, você da comida a ele.
- Tudo bem, amor. – digo sorrindo. – Mas é que eu prefiro te esperar.
Ele deixa um beijo na minha testa e se vira.
- Vou guardar isso aqui e te espero na cozinha. – diz se referindo a sua arma que estava em
seu coldre.
Ele nunca foi de deixar a arma em qualquer lugar da casa, nem mesmo quando eu ainda
trabalhava pra ele, e depois que começamos a namorar ele nunca gostava de deixar a arma
em um lugar acessível para o Gustavo pegar…
Pego o meu shorts em cima da cadeira e o visto. O Gustavo termina de se secar e fomos
para a cozinha. A mesa já estava posta e a lasanha estava com uma cara maravilhosa,
minha boca rapidamente se encheu d’água e minha barriga roncou. Logo o Rodrigo chega
na cozinha e todos sentamos para comer. E meu Deus! Eu nunca comi tanto em toda a
minha vida. Eu estou vendo que, o que eu não engordei na gestação do Gus, eu vou
engordar agora o dobro nessa. E eu agradeço por não ter me enjoado, pois seria uma pena
jogar a lasanha pra fora novamente.
Depois que terminamos de almoçar eu e o Rodrigo subimos para o quarto. Assim que
entramos, ele fecha a porta e sinto os seus braços passando pela minha cintura e suas mãos
alisavam minha barriga.
- Você realmente não quer que seja uma menina? – pergunto segurando de leve as suas
mãos em cima da minha barriga.
- Não é isso meu amor. – deixa um beijo o meu pescoço. – É que eu acho que não vou
saber lidar com o fato de ter duas Sophia pra eu tomar conta.
-Amoor, nada a ver.
- Você realmente acha que eu vou deixar minha filha desprotegida pra esses garotos
safados abusarem dela?
- Meu Deus! Mas a criança nem nasceu ainda.
- Mesmo assim. Eu Já estou fazendo os meus planos. Estou vendo que minha arma vai ser
mais usada para espantar esses moleques do que de fato eu uso para o meu trabalho…
Ainda mais se puxar a beleza da mãe.
- Você realmente não existe, sabia? Nunca vi tão possessivo.
- Não é ser possessivo.É ter cuidado… Bem diferente.
- Uhuum sei.
Sinto os seus beijos pelo meu pescoço e suas mãos descem para o meu short abrindo-o.
- Rodrigo…
- Quanto tempo nós temos?
Sua mão entra no meu biquíni e o sinto tocando lentamente o meu clitóris, fazendo-me
jogar a minha cabeça de leve para trás e soltar um leve gemido.
- Nã-não sei.
Minha respiração aos poucos estava ficando ofegante e os seus dedos me tocavam um
pouco mais rápido, fazendo-me contorcer levemente em seus braços.
- Acho que dá tempo.
Diz com sua boca próximo ao meu ouvido, ele rapidamente retira a sua mão de dentro do
meu short e me vira de frente para ele, esse movimento fez com que nossas bocas se
chocassem e ele aproveitou para começar um beijo. Sinto suas mãos na minha cintura
levantando-me e eu enrolo minha perna em seu corpo, meus braços estão envolta do seu
pescoço tentando trazê-lo para mais perto de mim.
O Rodrigo começa a andar e eu não sinto a cama em minhas costas, como esperei, mas
sim o gelado do mármore da pia do banheiro em minhas pernas.
- Rodrigo, a gente não pode se atrasar. – digo ofegante.
- Eu sei, meu amor, vai ser rápido. Prometo.
Sinto suas mãos nas minhas costas e ele desfaz os nós do meu biquíni. Assim que ele
consegue tirá-lo de mim, suas mãos vão para a minha cintura me retirando de cima da
bancada, fazendo-me ficar em pé. Ele leva suas mãos ao cós do meu short e o retira
lentamente, logo fazendo o mesmo com a parte de baixo do biquíni, deixando-me
completamente nua.
O Rodrigo pega na minha cintura com força, aproximando-me dele, gruda nossas bocas
em um beijo lento, mas excitante. Suas mãos, uma delas está em minha cintura, e a outra
apertando com força a minha bunda. Eu já estou completamente molhada, completamente pronta para recebê-lo agora mesmo.
Com um pouco de dificuldade, levo minhas mãos até sua blusa e a levanto lentamente,
separo por alguns instantes, as nossas bocas e retiro a blusa por completo. A cada dia que
passa o Rodrigo fica cada vez melhor, não sei como isso é possível, mas o seu corpo está
ainda mais definido do que quando nos conhecemos, parece que quanto mais velho fica,
melhor é. Desço minhas mãos lentamente pelo seu peitoral forte, chego em sua calça e
aperto o seu pau, ainda coberto, e ele solta um leve gemido. Percebo que ele também
está prontinho pra mim. Como não tínhamos muito tempo, eu trato de desabotoar logo a
sua calça e a tiro junto com a boxer jogando-as no chão.
- Você me deixa louca, Rodrigo.
Digo olhando o seu corpo, agora completamente despido, e o seu membro ereto a minha
frente. A vontade que eu tinha era de coloca-lo em minha boca e vê-lo perdendo o
controle.
- Não faz isso. – diz severo.
- Isso o que?
- Morder os lábios enquanto olha para o meu pau desse jeito.
Eu nem percebi que estava fazendo isso.
- Senão? – digo o provocando.
- Sophia… – ele fecha os olhos e respira fundo. – Você tem sorte que não temos tempo,
senão eu te mostraria tudo que eu estou com vontade de fazer com você nesse momento.
- Não seja por isso. Eu desmarco a consulta. – digo passando minhas mãos pelo seu corpo
sentindo-o se arrepiar.
- A proposta é tentadora, mas não… E chega de conversa, eu deveria estar te fodendo
agora e não perdendo o meu tempo conversando com você. – me pega em seu colo
novamente e anda em direção ao box.
Rodrigo e o seu jeito delicado, porém, eu não posso reclamar, eu amo esse jeito dele. Mas
ele também sabe ser bem romântico quando quer.
Sinto minhas costas encostando-se ao azulejo gelado, o que fez minha pele se arrepiar um
pouco. Sinto os seus beijos no meu pescoço e suas mãos apertam lentamente os meus
seios. Suas mãos descem para a minha cintura e sua boca vai em direção ao meu pescoço,
deixando beijos e mordidas pelo local e sinto o seu membro roçando lentamente na minha
entrada.
Abro os meus olhos e vejo o Rodrigo esfregando-o repetidas vezes em minha intimidade,
mas em momento nenhum ele o penetrava.
- Ro-rodrigo… Coloca logo… – ele não espera mais nenhum minuto e me penetra por
completo, fazendo-me soltar um gemido alto, até demais.
- Tão quente… Tão gostosa… Aah! Nunca me canso disso. A-amor, se mexe.
Ele é um desgraçado, está me torturando. A prova disso é o sorrisinho safado e debochado
em sua cara. Ele segura a minha cintura com força e começa a me penetrar forte e fundo,
sua outra mão acariciava de leve o meu clitóris e eu tinha que me segurar para não gritar e
a casa inteira saber o que estamos fazendo. Levo minhas mãos para as suas costas,
arranhando-o com toda a vontade, já que eu não podia gritar como eu queria, ele que
aguentaria as minhas arranhadas.
- Vem Sophia… Goza comigo… Aah!
Não consigo responder nada, pois se eu abrir a boca, a única coisa que sairá dela serão
gemidos. Ele me penetra ainda mais rápido e fundo e eu já podia sentir o meu orgasmo
chegando, sinto minha intimidade contrair com mais força e o Rodrigo geme mais alto no
meu ouvido, ao mesmo tempo em que deixa um tapa na minha bunda fazendo-me liberar
por completo.
O Rodrigo da mais algumas estocadas e também se libera dentro de mim. Por causa do Rodrigo nos atrasamos para a consulta, mas devo dizer que valeu a pena.
Valeu muito.
Como chegamos um pouquinho atrasados, eles colocaram outra pessoa no nosso lugar e
agora temos que esperá-la ser atendida, para entrarmos.
- Está nervoso, amor? – digo segurando sua mão tentando o acalmar, pois ele mexe as
pernas rápida e irritantemente.
- Só estou um pouco ansioso, quero ver logo como ele é.
- Eu também quero. – deixo minha cabeça cair em seu ombro e em seguida sinto os seus
braços envoltos da minha cintura, levando-me um pouco mais pra perto dele e deixando
um beijo na minha cabeça.
Olho para algumas mulheres sentadas à minha frente. Umas pareciam ser um pouco mais
velhas, já outras eu me via nitidamente nelas, quando eu estava grávida do Gustavo. Tem
meninas bem novinhas e claramente assustadas, assim como eu estava há oito anos, sem
saber o que fazer, sem ter a mínima noção de como é colocar uma vida no mundo. Eu
sabia que era muita responsabilidade e sabia também que se eu quisesse eu poderia não ter
aquela responsabilidade toda em cima de mim. Mas eu não tinha e não tenho coragem de
acabar com a vida de um ser tão inocente. E eu me vejo muito em muitas dessas jovens
que estão sentadas aqui, com suas barrigas enormes, os olhares assustados e
amedrontados.
Eu sei bem como é. A reta final é ainda pior, é onde você vê que não tem mais volta, é isso
ou é isso. A criança está prestes a nascer e você não tem nenhuma noção de como serão as
coisas; se você vai saber ser uma boa mãe, mesmo sozinha, adolescente e sem o apoio do
pai. Mas parece que essas duvidas somem por alguns instantes, quando vimos o rostinho
deles pela primeira vez. Logico que depois disso ainda é bem difícil, mas ai, eu me toquei
de que eu não deveria ficar me questionando se conseguiria ou não, eu teria que fazer e
pronto, pois agora eu tinha uma responsabilidade que seria só minha…
Já outras mulheres, eu consigo me ver nelas, como eu sou agora: Mulheres confiantes,
felizes e que sabem exatamente o que quer da vida e como quer.
Agora eu realmente me sinto muito mais preparada, com 26 anos, com a minha profissão e
casada. Eu nunca me imaginaria assim, por mais que eu já estivesse sonhado, eu nunca me
imaginava de fato com tudo isso. Uma família linda que me acolheu, um homem que me
ama de verdade e que ama o meu filho também, que ele adotou como se fosse dele, e
agora eu estou grávida. Mas eu não estou assustada e com medo, como da primeira vez.
Muito pelo contrário, eu estou bem feliz, pois eu sei que agora eu vou ter alguém ao meu
lado me apoiando. Agora eu seu que, felizmente, esse bebê vai ter uma oportunidade que o Gus não teve por alguns anos de sua vida.
- Sophia Albuquerque.
Ouço o meu nome ser chamado e rapidamente me levanto do sofá e o Rodrigo também.
- Sim? – digo olhando para a recepcionista que estava parada na minha frente com uma
prancheta na mão.
- Pode entrar, a Doutora Vitória está te esperando. – diz com um sorriso simpático.
- Tudo bem, obrigada.
Vou até a porta que ela me indicou e bato escutando logo em seguida um “entre”. Assim
fizemos.
Assim que entramos, demos de cara com uma mulher já de idade, mas bem conservada.
Ela tem um sorriso simpático direcionado para nós.
- Boa tarde, Sophia. – diz ela me estendendo a mão e eu a cumprimento.
- Boa tarde, doutora Vitória.
- E o senhor é o pai, eu suponho? – ela faz o mesmo gesto para o Rodrigo, que também a
cumprimenta e direciona um sorriso sem dentes pra ela.
- Rodrigo.
- Prazer, Rodrigo e Sophia. Podem se sentar.
Diz apontando para as poltronas de frente para a sua mesa e assim fizemos.
- Primeiro eu queria me desculpar pelo atraso, doutora, houve um imprevisto e nos
atrasamos um pouco.
- Tudo bem, querida. – diz ela simpática. – Então… Essa é a sua primeira consulta, não é
mesmo?
- Sim, eu só fiz dois exames de farmácia um mês atrás e ficou por isso mesmo.
- Por que demorou tanto tempo pra procurar um medico, em?
- Eu disse que éramos pra ter ido ao dia seguinte, mas ela não quis. – diz o Rodrigo me
olhando de rabo de olho.
- É porque estávamos de férias e eu não queria voltar pro Rio naquele momento. Então eu
decidi esperar até as nossas férias acabar.
- Huum, okay. Mas você teve algum problema, sentiu algumas dores nesse meio tempo?
- Não. Nada. Está tudo normal… Eu só estou me sentindo já um pouco inchada, mas isso
não é um problema.
- Realmente, não é. – diz ela sorrindo. – Bom, então vamos fazer os exames, depois
conversamos mais.
- Vamos.
Ela se levanta, vai até um pequeno armário e tira um saco plástico de lá.
- Coloca esse vestido aqui pra mim… Sem calcinha, okay? E se estiver com a bexiga
cheia, esvazie-a.
- Tudo bem.
Entro no banheiro e retiro a minha roupa.
Eu estou nervosa, a minha barriga parece que ter milhões de borboletas. Eu vou ver o meu
bebê pela primeira vez!
A ultrassom que eu vou fazer é a transvaginal, com ela dá pra ver com mais perfeição de
quanto tempo eu realmente estou e é mais fácil para detectar qualquer anormalidade, tanto
com o meu corpo, quanto com o bebê.
Esvazio a minha bexiga, que de fato já estava cheia, e coloco o vestido, deixo minhas
roupas em um canto e saio do banheiro encontrando o Rodrigo e a Doutora Vitória
conversando.
- Eu só vou poder te dizer com certeza depois dos exames. Mas se estiver tudo bem, sim, o
sexo está liberado.
- Rodrigo… – o repreendo, pois eu não acredito que ele teve coragem de perguntar algo do
tipo para ela.
Ele se vira pra mim, com a cara mais lavada do mundo.
- O que foi, amor? A Doutora disse que eu podia tirar todas as minhas duvidas.
- Você me mata de vergonha. – digo levando minha mão ao rosto.
- Não precisa ter vergonha nenhuma, Sophia, essa é a pergunta que eu mais ouço dos
homens aqui no consultório. É normal essa duvida.
Ela se levanta e vem até a mim.
- Não precisa se envergonhar, agora vamos lá ver esse bebê. Pode vir também, papai.
O Rodrigo rapidamente se levanta e Doutora abre uma segunda porta que tem na sala e
entramos em um outro ambiente, esse já tem uma maca e um monitor e posso ver alguns
instrumentos que eu não faço a mínima idéia para que serve.
- Pode se deitar e abra as suas pernas pra mim, deixando os joelhos dobrados.
Com um pouco de vergonha eu me deito e faço o que ela disse, o Rodrigo vem para o meu
lado e segura a minha mão.
- Agora é a hora da verdade. Vamos ver como ele ou eles estão, vai que são dois, né? – ela
diz sorrindo.
Só a hipótese de ter duas crianças dentro de mim, me deixa assustada.
- Nem brinca, Doutora.
- Seria bem legal. – diz o Rodrigo rindo feito um bobo.O olho com uma cara assustada. Como legal? Vai ser trabalho em dobro, tomara que seja
só um… Um de cada vez!
A médica coloca sua luva e pega a sonda, com uma espécie de preservativo na ponta, e
leva em direção a minha intimidade. Assim que ela o inseriu dentro de mim, uma imagem
meio borrada já aparece no monitor ao meu lado. Olho para o Rodrigo, que assim como eu
já estava com os olhos cheios de lágrimas.
- Eita… Eu estava brincando em, mas parece que são gêmeos mesmo. – diz a médica
sorrindo.
- Co-como assim, Doutora? – pergunto assustada. – Diz que a senhora está brincando!
- Não, eu estou falando sério. Mas espera um minuto. – ela diz sem acreditar e parecia
estar se divertindo com aquilo.
A imagem no monitor desaparece e a Doutora mexe em algumas coisas naquele aparelho.
O meu coração está acelerado. Eu não estou acreditando nisso. Meu Deus!
Olho para o Rodrigo que já está chorando.
- Meu Deus do céu. – digo apertando a mão do Rodrigo.
- Por isso que é bom a transvaginal no comecinho, detecta tudo. Eu tenho quase certeza
que são dois sim, viu.
Uma imagem de outro ângulo aparece no monitor.
- São gêmeos mesmo. – ela diz sorrindo.
- Meu Deus, você está falando sério? Tem certeza?
Eu olhava para o Rodrigo não acreditando.
- Seríssimo, olha só aqui. – ela aponta para o monitor. – Estão vendo, são gêmeos não
idênticos, cada um tem sua bolsa…
Ela passa o dedo sobre a tela mostrando a repartição entre as duas bolsas e agora eu posso
ver nitidamente os dois bebês um de cada lado.
- Rodrigo?! – olho para ele como quem estivesse indignada por ele ter colocado dois bebês
dentro de mim.
Não poderia ser um de cada vez?
O Rodrigo não sabia fazer outra coisa a não ser chorar. Parecia estar, assim como eu, sem
acreditar, mas ele não conseguia dizer nada.
- Doutora.. Olha, isso ai não tem erro, não?
- Não Sophia. – a danada parecia se diverti. – São dois mesmo, cada um tem a sua
placenta…
- Rodrigo..como… como você conseguiu colocar duas crianças dentro de mim?!
Ele ia abrir a boca pra falar, mas eu o impedi.
Não responde.
- Vocês são demais. – ela diz rindo.
- Olha você está com oito semanas, ou seja, dois meses, quase três.
- Mas eu menstruei mês retrasado. – digo com um pouco de medo disso ter feito algum
mal aos bebês.
- Foi antes de você fazer o teste?
- Sim. Na verdade eu fiz o teste mais pra ter certeza de que eu não estava grávida, pois eu
tinha menstruado no mês anterior. Então eu não imaginava que estaria grávida, mas eu fiz
o teste e deu positivo.
- Depois disso, houve mais sangramentos?
- Não.
- É normal isso acontecer no primeiro mês de gestação, não se preocupe. E pelo o que eu
estou vendo aqui está, tudo bem com os bebês e com você também. Não precisa se
preocupar. A não ser se voltar a acontecer, ai você me procura imediatamente.
- Tudo bem.
- Meu Deus! Eu não estou acreditando. Duas crianças. – o Rodrigo diz com um sorriso
enorme no rosto.
- Sim Rodrigo, duas crianças. – digo ainda um pouco assustada.
Não é que eu não esteja feliz, mas é que imagina você esperando UM filho, ou pelo menos
achando que está esperando só um, e ai do nada vem a médica e diz que são dois. É de
assustar.
O Rodrigo deixa um beijo na minha boca e me abraça desajeitadamente.
- Obrigado.
Que droga! Isso me desmontou, fazendo-me derramar as lágrimas que estavam presas.
- Amor, não precisa agradecer.
Ele se separa de mim, deixa um beijo na minha testa e volta o seu olhar para o monitor.
Eles são tão pequenininhos, dá pra ver nitidamente que não tem quase nada formado,
perfeitamente.
- Da pra escutar o coração deles? – ele pergunta.
- Vamos ver se conseguimos.
Ela mexe em mais alguns botões e de repente uns barulhos rápidos é ouvido em toda a sala
e o Rodrigo se emociona mais ainda.
- É bem forte, né? – diz ele apertando minhas mãos.
- Sim, Rodrigo.
Ficamos mais algum tempinho ali e ela logo encerrou a consulta e eu fui me vestir.
Ainda estou um pouco surpresa, mas ao mesmo tempo feliz. Agora eu entendo o porquê
de eu estar me sentindo um pouco mais inchada em tão pouco tempo de gestação. Há duas
crianças dentro de mim.
Saio do banheiro e me sento ao lado do Rodrigo.
A Doutora conversou com a gente, explicou que estava ocorrendo tudo bem. Não tinha
nada de anormal, tanto comigo quanto com os bebês.
Ela me explicou também que os meus enjoos frequentes eram por causa da gestação
gemelar, geralmente esse tipo de gestação provoca mais enjôos, mas ela me receitou um
remédio, que segundo ela, diminuirá isso. O Rodrigo voltou a perguntar sobre o sexo e a
médica disse que estava tudo certo. Eu queria enfiar a minha cara debaixo da mesa de
tanta vergonha, mas os dois pareciam não se importar.
Depois de o Rodrigo tirar todas as duvidas e eu também, nós pegamos as fotos dos exames
e fomos embora.
- Amor, você não podia colocar uma de cada vez? – digo já dentro do carro, estávamos a
caminho de casa onde ele me deixaria e depois voltaria para a Delegacia.
- Nós esperamos tanto tempo que pra recompensar mandaram logo dois pra gente. – ele
diz divertido.
- Eu estou um pouquinho assustada ainda, são duas crianças.
- Eu estou muito feliz, isso sim. Dois bebês. – ele dizia passando a mão na minha barriga.
– Não vejo a hora de consegui ver os sexos, de senti-los mexendo.
- Aai nem eu.
- O Gustavo vai ficar louco quando souber, amor.
- Nem me fale. Está pra nascer um irmão mais babão igual a ele.
Ele sorri e volta sua atenção para a estrada. Não demorou muito e chegamos em casa, ele
nem entrou, apenas me deixou no portão e voltou rapidamente para a delegacia.
Assim que eu entro em casa o Gus já vem me bombardeando de perguntas.
- E ai mãe! Como foi? Minha irmã tá bem? Ela se mexeu? – ele diz tudo rapidamente.
- Meu Deus, quantas perguntas, filho.
Sento-me no sofá fazendo-o sentar-se no meu colo.
- Cadê a sua avó?
- Está na cozinha conversando com a Maria.
- Então vamos lá pra eu contar a novidade pra todo mundo.
Levantamos-nos e fomos até a cozinha.
- E ai minha filha, como foi? – pergunta a minha mãe sentada à mesa junto com a Maria.
- Assustador.
Como assim? Tem algo errado com o bebê? – ela pergunta preocupada.
- Não mãe, está tudo bem com os bebês.
- Aah sim então por… Espera ai, você disse bebês?
- Sim mãe, bebês. Eu estou grávida de gêmeos.
- Meu Deus, Sophia. – ele se levanta um pouco sem acreditar também e me abraça. –
Parabéns minha filha.
- Obrigada, mãe.
- Parabéns, Sophia. – diz a Maria me abraçando também.
- Obrigada, Maria.
- Mãe, então quer dizer que eu vou ter dois irmãos de uma vez só? – diz o Gustavo
parecendo estar fascinado ouvindo isso.
- Sim, meu filho, dois de uma vez. – digo sorrindo.
- Caramba! Que legal. – ele abraça a minha cintura e deixa um beijo na minha barriga logo
depois alisando o local.
Cinco meses depois…
Já estou com sete meses, pareço uma bola de tão gorda, tenho certeza que se me jogarem
no chão eu realmente rolo. O Rodrigo diz que eu estou linda e continuo do mesmo jeito,
obviamente apenas com a barriga maior, mas eu me sinto totalmente inchada. Saltos nos
meus pés, nem pensar, por dois motivos, um porque realmente não cabe mais e outro
porque o Rodrigo não deixa. Ele acha que vou cair e me machucar.
Ele passou a ser ainda mais protetor depois da gravidez, ele cuida de mim como se eu
fosse uma criança e o pior é que ele está fazendo o nosso filho ficar ainda mais parecido
com ele, nesse quesito.
Quando o Rodrigo está na delegacia é o Gustavo que ocupa o papel dele dentro de casa
perguntando se já comi, se preciso de algo que ele irá pegar e por ai vai.
O único lugar que eu tenho paz é na clinica, lá eu posso fazer as coisas com as minhas
próprias mãos sem ter o Rodrigo falando que é perigoso para os bebês.
Onde que lavar a louça é perigoso pra alguém?
Se ele já mima essas crianças estando dentro da minha barriga, imagina quando sair. Não
vai precisar de vó pra estragar os nossos filhos, ele mesmo fará isso.
Faltam alguns meses ainda para o nascimento, mas o problema é que nunca conseguimos
ver os sexos. O quarto está quase pronto, na verdade está totalmente neutro sem cor
nenhuma, pois não conseguimos descobrir os sexos desses bebês, o mesmo acontece com
as roupinhas. Mas agora estamos aqui no consultório da Doutora Vitória para ver se
finalmente conseguimos descobrir os sexos.
- Vamos ver aqui. – ela mexe com o aparelho em minha barriga e olha fixamente para a
tela. – Eu acho que agora vai em.
Ela mexe em alguns botões no aparelho ao lado e da um sorriso. Mexe mais um pouco e
sorri novamente.
- E ai Doutora? – diz o Rodrigo aflito.
- São duas menininhas.
- Ai meu Deus, está falando sério? – digo radiante, o Gustavo vai amar essa noticia.
Eu sempre quis ter uma menina, mas vieram duas.
- Sim. Demoramos, mas conseguimos descobrir. São meninas comportadas, fizeram jogo
duro com a gente. – diz divertida.
Olho para o Rodrigo que tinha os olhos arregalados, parecendo não acreditar no que estava
ouvindo.
Não Doutora, vê isso ai direito. – ele diz.
Eu estava morrendo de ri com a situação.
- Eu já vi Rodrigo. Duas meninas.
- Porr@ eu acho que vou enfarta.
- Olha a boca, Rodrigo. – digo sorrindo. – E para de palhaçada é bom pra você aprender.
- Duas… meninas. – ele fala pausadamente, parecendo digerir a noticia, ele leva as mãos a
cabeça coçando-a.
- Isso é pra você aprender a nunca mais colocar duas crianças dentro de mim de uma vez
só. – digo sorrindo.
A Doutora Vitória estava se divertindo horrores com a situação.
Não demorou muito e a consulta terminou e fomos para a casa.
Ele ainda estava um pouco sem acreditar e não disse nada mais. Como sempre fazia, ele
me deixou em casa, pois eu não tinha mais nenhum paciente hoje, e logo voltou para a
delegacia.
O Gustavo ficou radiante em saber que ele continuaria sendo o “único” homem da casa e
as meninas também gostaram, pois assim que ele chegou perto da minha barriga elas
começaram a se mexer. Isso sempre acontecia, elas… Agora eu posso dizer elas. Adoram
o Gus, assim como o Rodrigo, é só eles chegarem perto que elas começam a se mexer.
Depois de ligar para a família inteira contando a novidade de que mais duas meninas
entrariam para a família, pois a Mila também espera uma menina, a Natasha, que está
prevista para vir ao mundo no próximo mês. Todos ficaram felizes em saber. A Julia ficou
maluca e já disse que tem varias ideias para me ajudar na decoração do quarto e eu logico
não neguei sua ajuda. Depois de falar com todos, eu já estava me sentindo muito cansada e
fui para o meu quarto descansar um pouco os meus pés. Ligo o ar condicionado e me deito
na cama.
Confesso que a reação do Rodrigo me deixou um pouquinho assustada, será que ele não
vai… Não! O Rodrigo nunca faria isso. Ele queria tanto um filho e não vai ser por causa
do sexo que ele vai amá-las menos.
Deixo esses pensamentos loucos de lado e deixo o sono me levar. Sinto uma forte movimentação dentro da minha barriga, mãos acariciando-a e ouço uma
voz no fundo.
- Desculpa se o papai foi um babaca. – sinto um beijo sobre minha barriga e a
movimentação é ainda maior. – É que eu fiquei assustado, poxa, mas eu não quero que
vocês pensem que eu não amo vocês, viu! Porque não é isso…
Abro os olhos e vejo o Rodrigo praticamente deitado sobre minha barriga, suas mãos a
acariciavam e seu olhar é fixo na mesma.
- É só que eu sou meio ogro, sabem? Eu não sei se eu vou saber lidar com duas
menininhas lindas igual a vocês duas. Mas eu prometo, prometo que vou dar o meu
máximo, eu vou cuidar de vocês duas assim como eu cuido do irmão e da mãe de vocês.
Se for preciso eu dou minha vida por vocês… – sinto uma lágrima cair sobre e minha
barriga e eu não consigo segurar as minhas também – Não vou deixar nada de ruim
acontecer com vocês duas… Nada! Eu sempre estarei aqui para protegê-las… Sempre!
Ele fica um tempo beijando a minha barriga e acariciando-a e as meninas faziam a festa.
- Tá vendo o que vocês estão fazendo comigo? Me transformaram em uma manteiga
derretida… Mas ó! Não deixem ninguém saber disso, ouviram bem? Senão o papai não
vai ter mais moral com a minha equipe… Ó! Segredinho nosso. – ele sorri e beija
novamente minha barriga.
- Que coisa linda, amor. – digo soltando um soluço.
Ele levanta sua cabeça rapidamente e parece um pouco sem jeito ao perceber que eu
acordei.
- Nem vi que você tinha acordado. – ele limpa o rosto e se deita do meu lado, puxado-me
para o seu peito.
- Você mexendo na minha barriga e a festa que elas estavam fazendo é quase impossível
não acordar. – digo sorrindo.
- Desculpa por não ter tido uma reação tão boa assim de cara. É que eu realmente fiquei
um pouco assustado. Duas meninas de uma vez não vai ser fácil pra mim.
- Amor, relaxa… Não é o fim do mundo, são só duas menininhas.
- Sophia, eu já estou pensando em quando elas crescerem e quiserem namorar.. e-eu…
Elas são minhas eu não vou dividi-las com marmanjos nenhum.
- Amoor, não é assim.
- Eu sei muito bem o que passa na cabeça de um homem e…
- Aah já entendi. Você está com medo de que apareça um homem igual a você na vida delas, é?… Que queira fazer o mesmo que você faz comigo, só que com elas…
- Sophia você só está complicando mais ainda.
- Amor relaxa, eu também não tenho tanta pratica assim com meninas e…
- A gente as coloca num convento. Problema resolvido.
- De jeito nenhum, minhas filhas não serão freiras… A menos que elas queiram é logico.
- Elas vão querer, eu sei que vão. – ele diz convicto.
- Duvido. – digo sorrindo. – Tomara que elas pareçam com a Camila.
- Sophia não! Não fala isso. – ele diz com seus olhos arregalados.
Começo a ri, pois só eu sei, na verdade o Rodrigo também sabe, o quanto a Camila é
louca, uma louca consciente, mas louca. Ela era a que roubava a cena total na escola,
todos os nossos amigos de turma eram loucos nela, mas ela sempre esnobava todos. A não
ser quando o garoto interessava a ela, ai ela esnobava, mas depois pegava. E pela reação
do Rodrigo ele sabe muito bem como ela é. Não preciso nem falar que se parecer comigo
vai ser tímida pro resto da vida. Mas eu disse isso apenas para irritá-lo mais ainda. Mas
que seria legal vê-lo ficar de cabelos brancos por causa das filhas. Ah seria! delas, é?… Que queira fazer o mesmo que você faz comigo, só que com elas…
- Sophia você só está complicando mais ainda.
- Amor relaxa, eu também não tenho tanta pratica assim com meninas e…
- A gente as coloca num convento. Problema resolvido.
- De jeito nenhum, minhas filhas não serão freiras… A menos que elas queiram é lógico.
- Elas vão querer, eu sei que vão. – ele diz convicto.
- Duvido. – digo sorrindo. – Tomara que elas pareçam com a Camila.
- Sophia não! Não fala isso. – ele diz com seus olhos arregalados.
Começo a ri, pois só eu sei, na verdade o Rodrigo também sabe, o quanto a Camila é
louca, uma louca consciente, mas louca. Ela era a que roubava a cena total na escola,
todos os nossos amigos de turma eram loucos nela, mas ela sempre esnobava todos. A não
ser quando o garoto interessava a ela, ai ela esnobava, mas depois pegava. E pela reação
do Rodrigo ele sabe muito bem como ela é. Não preciso nem falar que se parecer comigo
vai ser tímida pro resto da vida. Mas eu disse isso apenas para irritá-lo mais ainda. Mas
que seria legal vê-lo ficar de cabelos brancos por causa das filhas. Ah seria!
EPÍLOGO
Sophia
- Vamos começar. – avisa o médico.
- Amor, fica calmo. – digo sorrindo apertando a sua mão.
Ele está mais nervoso que eu. Acho que é pelo fato de eu já ter passado por isso uma vez e
agora ter um ótimo médico que me tranqüilizou, me ajudou a ficar bem calma nesse
momento, ou pode ser também pela anestesia que me deixou assim. Mas eu realmente
estou bem tranquila. Já o Rodrigo está nervoso não é de hoje, desde quando marcamos a
cesariana ele está desse jeito.
- Droga Sophia, eu estou aqui pra te tranquilizar e quem está me tranquilizando é você. –
ele fala olhando em meus olhos.
Posso ver os seus olhos já transbordando de lágrimas, eu o conheço muito bem e sei que
esta se segurando para não deixá-las cair. Por mais que eu diga que está tudo bem, ele não
fica menos nervoso, acho que só vai ficar calmo quando as meninas estiverem fora de
mim e ele poder ver que estamos as três super bem. Ele ficou ainda mais nervoso quando
foi procurar na internet vídeos de partos gêmeos cesariana. Nossa! Ele ficou
completamente desesperado e assustado pela forma que é.
- Oh olha pra mim, só pra mim tá bom? – falo segurando o riso, pois de certa forma é
engraçado e fofo essa preocupação toda.
Ele acena a cabeça e reclina o seu corpo um pouco deixando um beijo leve em minha
boca, logo depois ele separa e levanta um pouco o seu corpo só que ainda mantendo o seu
olhar ao meu. Eu aperto a sua mão lentamente tentando passar calma pra ele e acho que
estava conseguindo, pois aos poucos ele retribuía o meu aperto e sorria pra mim.
Não demorou muito e eu ouvi o primeiro chorinho, é bem fraquinho ainda, mas apenas de
ouvi-lo o meu coração se encheu todo de alegria e as lágrimas nos meus olhos embaçaram
a minha visão. Fecho os meus olhos lentamente fazendo com que as lágrimas derramem.
- Nasceu, amor… A Alicia nasceu. – diz o Rodrigo todo feliz.
Posso sentir sua voz tremula, assim como sua mão também está nesse momento. Abro os
meus olhos e vejo o Rodrigo olhando vidrado para o outro lado do pano, que impedia a
minha visão do que acontecia do outro lado. Ele tem um sorriso lindo no rosto e um
brilho, nunca visto por mim, em seus olhos. Vejo os seus olhos acompanharem algo, que
agora eu consegui ver que se trata da enfermeira com a Alicia nos braços.Olha mamãe, como é linda a Alicia. – ela diz e abaixa um pouco os seus braços, próximo
ao meu rosto dando-me a visão da minha filha.
Ela ainda está um pouco suja pela placenta e com um pouco de sangue também, mas
mesmo assim eu passo minha outra mão livre de leve em seu rostinho, fazendo-a ficar
mais quieta.
- Ela é linda, amor. – diz o Rodrigo emocionado.
- Agora eu tenho que levá-la. Daqui a pouco eu a trago mais limpinha, pra você. É rapido.
Aceno e ela vai com a minha filha para o outro lado da sala e começa a limpá-la.
O Rodrigo se abaixa e deixa um beijo na minha testa. Logo depois eu escuto o segundo
chorinho e o meu coração se enche novamente.
- Agora é a Giulia. – ele diz com um sorriso enorme.
E eu não conseguia falar nada, apenas chorava de emoção.
A enfermeira faz o mesmo que fez com a Alicia, traz a Giulia até a mim e logo em seguida
a leva para fazer os exames e limpá-la.
O Rodrigo se agacha do meu lado e bastante sem jeito ele me abraça forte e deixa as suas
lágrimas caírem com ainda mais força, fazendo com que, de certa forma, as nossas
lagrimas se misturassem.
- Olha as suas meninas aqui. – diz uma das enfermeiras com uma das minhas filhas no
colo. Isso fez com que o Rodrigo se separasse de mim, mas continuou agachado ao meu
lado.
A enfermeira se debruça e coloca a minha filha em um dos meus braços.
- Alicia. – diz o Rodrigo sorrindo.
- Giulia. – diz a outra enfermeira colocando-a no meu outro braço.
Eu as segurava com tanta força e mesmo tempo cuidado, pois eu estava com medo de
deixa-las cair no chão. O Rodrigo só sabia chorar olhando pra essa cena.
- Chega mais perto, amor.
Ele rapidamente vem para perto de mim e passa os seus braços cuidadosamente pelo meu
corpo, nos abraçando.
- Elas são tão lindas, igual a você. – diz e beija cada uma.
Eu apenas sorrio e aceno.
Elas são realmente bem diferentes, por mais que elas ainda não estejam realmente limpas,
dá pra ver que a Alicia é mais escurinha do que a Giulia, mas a diferença é bem pouca e
também tem outra diferença que eu realmente espero que não dê problemas daqui á alguns
anos. É o fato da Giulia ter os olhos azuis, igual aos do Rodrigo.
- A Alicia tem os seus olhos, amor. – diz o Rodrigo acariciando-a.
E a Giulia os seus. – digo sorrindo.
Ele sorri e acena.
- Obrigado. – ele diz e abaixa a cabeça chorando mais ainda, ele está visivelmente
emocionado.
- Amor eu já disse que não pre…
- Não adianta… Eu sempre… Sempre vou te agradecer por ter realizado o meu sonho, por
ter me dado uma família linda e por ter aparecido na minha vida… Sempre. – ele diz e me
beija.
Eu entendo essa necessidade dele de me agradecer, pois eu também sempre que posso faço
o mesmo. Depois de tudo o que passamos. Depois dos erros que ambos cometemos.
Depois de por uma idiotice e infantilidade minha eu quase pus tudo a perder e mesmo
depois disso ele ter me aceitado de volta e conseguir fazer com que a nossa vida seguisse
tranquilamente, sem que os fantasmas do passado nos atrapalhasse. Eu sempre vou
agradecê-lo por ele ter feito tanto por mim e eu ainda me sinto no direito de estar sempre
agradecendo a ele por tudo que fez e por nunca ter desistido da gente… De mim, mesmo
quando eu não estive com ele quando ele precisou. Eu sei que ele fez todas as coisas sem
pensar em receber algo em troca, ele fez por amor. Assim como eu também fiz o que fiz
por amor a ele. Eu quase morri por ele, mas não. Isso não é de forma nenhuma uma queixa
ou arrependimento de tudo que fiz e muito menos falo isso pra ele se sentir culpado ou
algo do tipo. Muito pelo contrario. Lembrar dessas coisas só me faz ter ainda mais certeza
de que eu realmente fiz a coisa certa. Só me faz ter ainda mais certeza de que se não fosse
ele, não seria mais ninguém, pois ele é o primeiro e único homem da minha vida e eu
quero tê-lo sempre ao meu lado. E só a possibilidade de poder perdê-lo me da um medo
enorme. Eu não consigo mais ver a minha vida sem o Rodrigo. E se eu pudesse voltar no
tempo eu faria tudo novamente. Tudo, menos tê-lo deixá-lo de lado quando poderíamos ter
resolvido os nossos problemas juntos. Mas de certa forma essa fase da nossa vida nos
ajudou muito, pois eu amadureci bastante e eu aprendi a não deixar mais que “pequenas
coisas” atrapalhem a nossa relação. E todos os problemas que veio em nossos caminhos
nesse tempo que passou, nós soubemos resolver juntos, um ao lado do outro.
Como ele disso anos atrás.
“– Em um relacionamento tem que haver companheirismo, quando um cair o outro estar
lá para levantar. É pra andarem juntos, mas é juntos um ao lado do outro, enfrentando
todos os problemas que virá pelo caminho…”
E foi isso que eu fiz todos esses anos. Quando os problemas apareciam, nós sempre
estávamos juntos, todas as vezes que aparecia alguma dificuldade eu me lembrava dessas
palavras e me agarrava nelas. E é assim que estamos a cinco anos casados, mas são os
cinco de muitos outros que virão por ai.
Pois eu não vejo a minha vida sem esse homem.
Ah minha filha, elas são lindas. – diz minha mãe babando nas netinhas.
Ainda teria que ficar alguns dias no hospital, aquela coisa de sempre. Mas eu já me sento
bem, se fosse por mim iria embora hoje mesmo.
- São lindas igual a tia aqui né. – diz a Camila que está com a Alicia nos braços.
Olho para o Rodrigo que coça a cabeça e nega com seus olhos levemente arregalados.
Não consigo segurar uma gargalhada e ele me olha sério.
- Não ri Sophia. – posso ver que está começando a ficar um pouquinho nervoso.
- Ih Rodrigo, você não sabe o que te espera… Quer dizer, vocês. – diz a Mila apontando
para o Rodrigo e o Douglas que estão em pé próximo a porta do banheiro.
- A Natasha já sei que vai ser igual a mãe era, aqueles olhos verdes dela vai deixar muitos
menininhos loucos por ai. – digo e começo a ri junto com a Mila.
A Natasha já está com três meses e muito esperta e linda, devo dizer ela é a cara da Mila.
E é a minha afilhada.
O Douglas olha para o Rodrigo e diz.
- A gente está muito f*dido.
- Pra car#lho. – diz o Rodrigo se jogando na poltrona.
- Olha a boca vocês dois. –digo sorrindo, mas já sentindo a minha barriga doer pelo
pequeno esforço.
- Não vai ter pra ninguém quando essas três crescerem.
Eu amo a Camila e o poder que ela tem de irritar o Rodrigo. Posso ver o seu rosto
vermelho de raiva. A minha barriga, eu já não aguentava mais de dor, mas mesmo assim
não consigo parar de ri.
- Oi gente, chegamos. – diz a tia Patrícia entrando na sala junto com a Julia.
Isso me fez parar de rir por um momento.
Elas vêm até a mim e me abraça, uma de cada vez.
- Como você está, minha querida? – diz a Julia deixando um beijo no meu rosto.
- Estou bem, só um pouquinho cansada.
- Que bom que correu tudo certo… Mas agora eu quero ver minhas netinhas lindas.
Ela sai de perto de mim e vai até a Mila e a minha mãe que estão com elas no colo e
começa a paparica-las, aquela coisa de vó. E a tia Patrícia também foi até elas fazer o
mesmo. Olho para o Rodrigo que ainda está com a cara levemente emburrada e sorrio de leve.
Tadinha das minhas filhas, não sabem o pai que tem.
Finalmente chegamos. Não aguentava mais ficar naquele hospital. – digo assim que o
Rodrigo estaciona o carro na garagem.
- E nem eu aguentava mais vim pra casa e não te encontrar aqui. – diz e deixa um beijo
rápido em meus lábios.
Ele sai do carro e logo em seguida abre a porta me ajudando a descer.
- Cuidado amor… Não é melhor eu te pegar no colo?
- Não precisa Rodrigo, obrigada. – sorrio, deixo um beijo rápido em sua boca e termino de
descer do carro. – Leva as meninas pra mim.
Na mesma hora a Maria e a minha mãe aparecem na garagem.
- Oi Sophia, que bom que chegou. A senhora quer ajuda?
- Oi Maria, pode pegar as bolsas pra mim? Eu ficaria muito agradecida. – digo e ela
acena.
O Rodrigo abre a porta de trás e retira a cadeirinha que está com a Giulia e dá para a
minha mãe, depois pega as bolsas para a Maria levar e em seguida pega a cadeira onde a
Alicia se encontra e entramos em casa.
Assim que eu passo pela porta principal da sala, vejo o Gustavo descendo as escadas,
eufórico.
- Mãe, a senhora chegou as minhas irmãs chegaram. – diz me abraçando.
- Sim meu amor, chegamos. – deixo um beijo em sua cabeça e sorrio.
Ele se separa de mim e vai até o sofá onde minha mãe já está sentada com a Giulia no
colo. O Rodrigo vai até lá e também se senta com a Alicia em seus braços, me sento no
outro sofá e fico olhando para aquela cena.
O Gustavo está fascinado com as irmãs, dava pra ver que está bastante feliz. Ele fazia
várias perguntas como: “Quem é quem?” “Por que elas são diferentes, se são gêmeas?”.
E dentre outras perguntas que o Rodrigo fez questão de responder.
- Minhas irmãs são muito lindas, pai. – ele divide sua atenção entre uma e outra.
- Eu sei, meu filho. E é por isso que eu vou precisar muito da sua ajuda.
Vai começar. Penso e sorrio.
- Como assim, pai? Ajuda pra que?
- Pra nenhum moleque metido a esperto querer encostar nas nossas meninas. Elas são
nossas, só nossas.
- Não faz isso com a criança, Rodrigo, pelo amor de Deus. – digo sorrindo. Mas por que não, pai?
- Daqui á alguns anos você vai entender o porquê, meu filho… Você vai entender. – ele diz
passando a mão nos cabelos do Gus.
O Gustavo nada mais disse, apenas ficou com um olhar de quem não havia entendido
nada, mas se calou.
Realmente essas meninas irão sofrer.
- Tadinha das minhas netas. – diz minha mãe sorrindo.
- Tadinho de mim, dona Marta.
Ficamos mais algum tempinho ali na sala até a Alicia decidir que era a hora de fazer as
necessidades, ai tivemos que subir para eu poder trocá-la.
O quarto delas é lindo, ele é completamente claro, na cor branca, mas com pequenos
enfeites decorativos da cor rosa. Eu tive a ajuda da Julia e da minha mãe para a decoração
do quarto e eu amei o resultado final, ficou bem delicado e eu consegui usar o rosa de uma
maneira que não ficasse enjoativo, na verdade ele quase não aparece, mas mesmo assim
está lindo.
Como o Rodrigo não sabe trocar fralda, ele passa a Alicia para os meus braços e pega a
Giulia com a minha mãe. Enquanto eu trocava a fralda da Alicia o Rodrigo estava
babando com a Giulia em seus braços sentado em uma das poltronas que tem no quarto.
Termino de trocar a fralda e a pego nos meus braços sentando-me lentamente na poltrona
ao lado do Rodrigo.
- Nunca passou pela minha cabeça um dia ser pai, até você aparecer… E olha só eu aqui,
super feliz em ser pai de duas meninas lindas, que provavelmente me farão enfartar antes
dos quarenta e cinco.
- Ai amor, você não existe. – digo sorrindo. – Você vai ver que nem vai ser tão difícil
assim… Pelo menos eu espero. – digo sorrindo e ele me acompanha.
- Mas é serio, eu estou muito feliz… Só estou com um pouco de medo de não saber lidar
com elas, quando crescerem. O Gustavo vai ser moleza, agora duas meninas, na
adolescência, hormônios a flor da pele… Agrh! Eu realmente estou com medo e não é só
na questão dos meninos. – diz e eu sorrio. – Mas é que eu realmente tenho medo de não
saber ser um pai tão bom assim, de não saber conversar com as minhas filhas, de não
conseguir aconselha-las da melhor forma possível. Eu quero ser um pai presente, não
quero ser aqueles que jogam a responsabilidade da educação apenas para a mãe. Não! Eu
quero participar de tudo, mas eu realmente não sei se tenho jeito pra fazer isso com elas. E
eu tenho medo de fracassar.
- Fica tranqüilo, amor. Pode parecer que não, mas eu também tenho um pouco de medo em
relação a isso, mas isso nós vamos aprender juntos e com o tempo. – estico a minha mão e
seguro a dele. – E eu acho que não vai ser muito diferente da forma como a gente cria o
Gustavo não. As meninas requerem um pouco mais paciência? Sim, talvez. – solto uma
gargalhada e ele me acompanha. – Mas a gente consegue… Juntos, conseguimos. Ele abaixa a sua cabeça e deixa um beijo na minha mão.
- Eu te amo. – diz ele sorrindo.
- Também te amo, meu amor.
- Amo vocês também viu minhas princesas. – diz esticando a mão para tocar a Alicia.
Olho para a porta e vejo o Gustavo encostado nela nos olhando.
- Vem aqui filho. – o chamo e ele vem até a gente ficando em pé do nosso lado.
- Eu também te amo filhão. – diz o Rodrigo passando o braço pelos ombros do Gustavo
dando um abraço meio desengonçado.
- Também te amo pai, o senhor sabe… Minhas irmãs também e a mamãe.
Meus olhos já estão cheios de lágrimas só de ouvir isso. Eu não consigo e acho que é
impossível expressar com palavras o tamanho da minha felicidade nesse momento. Eu
tenho uma família linda que eu amo muito e que sempre está ao meu lado.
- Vocês são tudo pra mim. – digo deixando as lágrimas caírem de vez.
O Gustavo se afasta do Rodrigo e se senta no braço da poltrona me abraçando, ele não
disse nada, apenas me abraçou e isso é tão confortante.
Vejo o Rodrigo levantando bastante sem jeito, por causa da Giulia em seus braços, e se
encosta no outro braço da poltrona, ele passa um braço pelo meu pescoço e deixa um beijo
sobre a minha cabeça.
E ficamos aqui assim. Nós cinco, durantes horas, conversando e babando nas meninas.
Às vezes a vontade de chorar me invadia novamente, mas é de felicidade. Pra mim, os
meus choros são mais uma forma de agradecer a Deus por tudo que ele tem feito pra mim.
Agradecê-lo por ter colocado um homem maravilhoso na minha vida e por ter me
presenteado com uma família linda igual a minha.
Três anos depois…
- Olha aqui meninas, vocês se comportem na casa da tia Camila, tá?
Elas estão na minha frente, com os olhinhos caídos tentando fazer charme, só que comigo
não rola. Com o Rodrigo sim, mas comigo não.
Elas estão tão grandes e espertas, já sei que realmente darão trabalho daqui á alguns anos.
Imaginem duas irmãs super cúmplices, elas não se separam, praticamente tudo que uma
faz a outra tem que estar junta e eu fico muito feliz por isso. Dificilmente elas brigam
entre elas, logico que acontece de às vezes uma das duas, ou as duas, estarem viradas e
começarem a brigar, mas mesmo assim é super raro isso acontecer. É mais fácil elas se
juntarem para brigar com o Gustavo do que entre elas. Eu fico impressionada porque ao
mesmo tempo em que elas não se parecem, elas também têm muitas coisas parecidas.
Confuso, eu sei.
As duas têm cabelos cacheados, o formato dos rostos é parecido. Se tivessem o mesmo
tom de pele e a Alicia tivesse os olhos azuis da Giulia, poderia dizer que são gêmeas quase
idênticas. Sem falar na esperteza que as duas têm, eu realmente não aguento a inteligência
de dois pingos de gente igual essas meninas. Com três anos elas já falam tudo, mas tudo
mesmo. Antes mesmo de completarem um ano, elas já estavam andando… Tudo com
essas meninas foi rápido, o que de certa forma eu até acho legal…
Hoje elas irão dormir na casa Camila, eu não sei como ela vai aguentar essas três meninas
juntas. Eu realmente não sei.
E como sempre, quando elas saiam para dormir na casa das avós ou na Mila, eu falava as
mesmas coisas e elas paravam para escutar atentamente, mesmo tendo apenas três anos.
Mas as crianças nessa idade entendem sim.
- Ouviram meninas? – repito.
Elas olham uma para a outra e depois volta os seus olhares para mim e acena.
- Sim mamãe. – respondem juntas.
- Tudo bem, agora vem me dar um beijo as duas. – digo e abro os meus braços.
Elas vêm até a mim, me abraçam e deixam um beijo de cada lado da minha bochecha.
- Vamos, né meninas? – diz a Mila em pé na nossa frente.
- Vamos Titia. – diz a Alicia toda alegre.
Essa daí adora sair.
Colo as mochilinhas uma em cada e elas já estavam prontas para ir. Onde vocês duas pensam que vão sem falar comigo, em? – diz o Rodrigo chegando na
sala.
Ele tinha saído pra levar o Gustavo na escola, pois a escola programou um programa férias
para os alunos, eles irão ficar duas semanas em uma daquelas colônias de férias que tem
acampamento, campeonatos de futebol, musica e tudo mais. O Gustavo saiu daqui super
animado, pois ia ficar duas semanas fora de casa. Já está se sentindo O grande.
- Papai. – elas dizem ao mesmo tempo e vão até ele abraçando.
- Nem parece que elas o viram algumas horas atrás. – falo com a Mila e ela sorri.
- É assim mesmo, amiga, com a Nath é a mesma coisa, um grude que só com o pai. Nem
quis vir comigo por isso.
- O Rodrigo ama isso, olha só. – digo apontando para a cena.
Ele está com as duas nos braços, uma de cada lado, e eles conversavam animadamente.
- É papai, a gente vai dormi na casa da Nath. – diz a Alicia empolgada.
- Ah, mas eu vou ficar sozinho? Sem minhas princesinhas? Ah não!
- Papai… não.. olha, a gente vai voltar. – diz a Giulia parecendo estar com um pouco de
pena do pai, Ela passa as mãos pelo rosto do pai levemente. – Mamãe vai ficar aqui com
você.
- Poxa, então tá bom, mas não demorem, viu?
- Não papai, a gente não vai demorar. – diz a Alicia e deixa um beijo em sua bochecha e o
abraça fazendo com que a Giulia fizesse o mesmo.
- Então vamos né gostosas, a Natasha já deve estar louca porque vocês não chegam.
- Vamos titia. – diz a Alicia.
O Rodrigo as coloca no chão e deixa um ultimo beijo nelas.
- Se cuidem. E voltem logo. – diz o Rodrigo.
Elas acenam, vem para perto da gente e seguram nas mãos da Mila.
- Deixa um beijão na Nath e pode deixar que iremos buscá-las amanhã, assim eu mato as
saudades da minha afilhada.
- Tudo bem. Espero vocês para o almoço então.
Ela se despede de mim e do Rodrigo e sai com as meninas.
- Finalmente a sós. A casa só nossa agora. – digo indo até o Rodrigo e envolvendo os
meus braços em seu pescoço.
Busco sua boca para um beijo e suas mãos descem lentamente para a minha bunda,
apertando-a de leve.
- Graças a Deus. – ele diz assim que separo nossas bocas.
- Tenho planos para a gente essa noite. – digo arranhando minha unha levemente em sua nuca, fazendo-o se arrepiar.
- Huum… Então foi tudo de caso pensado, Senhora Albuquerque?
- Pior que não, apenas aproveitei que teríamos a casa só para a gente. – deixo um beijo de
leve em seu pescoço e ele aperta a minha bunda com força.
- E eu posso saber que planos são esses?!
Eu não sei como ele vai reagir ao que eu tenho em mente, mas espero que goste.
Vejo que já está quase escurecendo e resolvo não enrolar mais, até porque, com ele
apertando a minha bunda desse jeito não dá.
Fico na ponta dos pés e mordo sua orelha de leve, dizendo.
- Me leva para o quarto e descobrirá.
Sinto os seus braços fortes me levantando rapidamente e eu enrolo as minhas pernas em
seu corpo. Suas mãos ainda estão em minha bunda apertando-a com força contra o seu
corpo.
- Você é a minha perdição.
- E você a minha. – digo e busco os seus lábios.
Sinto-o andando e logo em seguida subindo as escadas e não demorou muito para que eu
ouvisse a porta do quarto batendo.
O Rodrigo me joga sobre a cama e rapidamente retira a sua camisa, voltando para cima de
mim novamente, devorando a minha boca. Suas mãos tocam precisamente todas as partes
do meu corpo fazendo-me ficar ainda mais acesa. Mas eu não posso deixá-lo comandar
hoje. Hoje não. Então com muito sacrifício, eu consigo ficar por cima dele na cama.
Continuo o beijo e para tentar tirar o foco dele para o que eu vou fazer, começo a rebolar
lentamente sobre o seu membro, fazendo gemidos altos saírem da boca de ambos.
Estico a minha mão até o criado mudo o abrindo e retiro de lá de dentro a algema dele,
que eu já havia deixado estrategicamente aberta para facilitar o meu trabalho. Mudo a
algema de mão e ainda rebolando sobre o seu pau para distraí-lo, eu levo a minha
mão livre até a minha bunda onde ele a apertava com força. Levanto sua mão lentamente e
para ajudar na distração aprofundo ainda mais o beijo fazendo nossas línguas brigarem
excitantemente por espaço. Quando finalmente consigo ter sua mão no alto, sem pensar
muito eu fecho a algema em seu pulso junto à cabeceira da cama.
O Rodrigo rapidamente separa as nossas bocas e me olha espantado, logo em seguida
olhando para o seu braço preso.
- Porra Sophia, pra quê isso?! – diz parecendo um pouco nervoso agora e puxa com força
o braço preso.
- Nós vamos brincar um pouco.
- Mas pra isso precisa me prender, porra?
- Sim… Faz parte. Agora seja um menino bonzinho e me dê a outra mão pra fazer o mesmo.
- Não… Me solta. – ele diz sério. Mas eu sei que se eu insistir, ele deixa.
- Amoor. – digo rebolando lentamente sobre o seu pau, fazendo um gemido sufocado
sair de sua boca. Deixo um beijo em seu pescoço e logo em seguida uma mordidinha de
leve. – Deixa vai… Você vai gostar. – ou não. – Eu prometo.
Beijo carinhosamente o seu pescoço e continuo rebolando sobre ele.
- Porra, anda logo, antes que eu me arrependa.
Rapidamente pego a outra algema dentro da gaveta e prendo sua outra mão.
Deixo um beijo rápido em sua boca e saio de cima dele.
- Onde você vai?
- Espera que eu já volto. – digo entrando no closet.
- Que merda Sophia, volta aqui… EU JÁ ESTOU ARREPENDIDO.
Sorrio com isso e pego a fantasia, que estava escondida entre as minhas coisas, e começo a
vesti-la.
Eu sempre ouvi falar que de vez em quando é sempre bom variar a hora do sexo. Por mais
que eu nunca tenha me cansado do sexo do Rodrigo é bom fazer coisas novas de vez em
quando, apesar de que, o que eu vou fazer hoje não é tão novo assim, pois ele já fez
comigo. Mas vai ser novo pra ele. Ah se vai. Do jeito que esse homem é, eu aposto que
mulher nenhuma nunca teve coragem de fazer o que eu irei fazer… Dominá-lo. Mas vai
ser bom fazer o Rodrigo provar do seu próprio veneno… Veneno delicioso, devo dizer.
Coloco o vestido extremamente curto sobre a lingerie que eu já tinha posto
antecipadamente, para adiantar o meu trabalho. O vestido é preto e vai até a beiradinha da
minha bunda, fecho apenas alguns dos botões, deixando um decote generoso e coloco a
meia preta que vai até a metade das minhas coxas.
- SOPHIA, PORRA!
- Olha a boca, amor… – digo sorrindo. Eu sei o quanto ele está irritado, pois sei como ele
odeia esperar, ainda mais quando está excitado. – Calma que eu já estou indo.
Coloco os acessórios dá fantasia, um cinto que tem um cassetete meio que emborrachado
pendurado nele e o coldre, só não colocaria nenhuma arma ali, mas tudo bem.
Olho-me no enorme espelho e pego um salto, também na cor preta, colocando-o. Dou
mais uma ultima olhada e respiro fundo.
Pego o meu celular e já o preparo, pois precisarei dele.
Vou para o quarto e encontro um Rodrigo muito vermelho e aparentando está nervoso e
sem paciência. Ele puxa os seus braços na tentativa de se soltar, mas de nada adianta.
Coloco o celular sobre a mesinha ao lado da porta e fico em pé de frente pra ele, com
meus braços cruzados e as pernas levemente abertas olhando-o com a cara fechada. São muitos anos de convivência, acho que consegui pegar um pouco da marra desse homem
pra mim.
Não digo nada e continuo observando-o até ele reparar a minha presença ali e parar
imediatamente o que está fazendo e me olhar, visivelmente surpreso. Sua boca está aberta
mostrando incredulidade, eu acho, e seus olhos transbordam desejo.
- Puta que pariu, Sophia.
- O senhor tem uma boquinha muito suja, sabia? – digo lentamente olhando-o por
completo ainda do mesmo jeito que anteriormente. – Isso não é jeito de se falar com uma
autoridade.
- Merda! Eu não estou acreditando! Tire-me daqui, eu preciso arrancar essa roupa de você
e te foder. Agora! – posso vê-lo se mexendo meio incomodo sobre a cama.
Retiro o cassetete da minha cintura e ando lentamente até ele.
- Eu já falei que isso não é maneira de se falar… Ah e antes que eu me esqueça, é senhora
Delegada pra você.
- Sophia, não faz isso, você vai me deixar louco… Porra!
Subo lentamente na cama, me sento sobre o seu membro e debruço sobre ele falando
baixinho em seu ouvido.
- Essa é a intenção. – deixo uma mordida na sua orelha e rebolo de leve em seu colo
fazendo-o gemer em meu ouvido.
- Porra o que eu estou fazendo da minha vida… Deixando você me dominar. – diz
parecendo não se conformar com a situação.
Quem diria! Um dominador, sendo dominado.
Solto uma gargalhada e falo olhando em seus olhos.
- Eu já te dominei há muito tempo.
- Filha da… – bato com o cassetete de leve em sua perna direita, fazendo-o pular. – Porra
você me ba…
- Olha o que você vai dizer, em… O seu castigo pode ser pior… Então eu sugiro que fique
caladinho e me deixe fazer o meu trabalho. – eu rebolava de leve sobre o seu membro e
distribuía leves mordidas em seu pescoço.
- Porra, eu não estou acreditando nisso. – diz ele se rendendo. – QUE MERDA!
Solto uma gargalhada e deixo um selinho rápido em sua boca, desço beijando todo o seu
peitoral descoberto. Jogo o cassetete no chão e começo a arranha-lo de leve, fazendo com
que gemido contidos saíssem de sua boca.
Chego ao cós da sua calça e desabotoo-a lentamente, a retiro junto com os sapatos,
jogando em um canto qualquer do quarto, seu membro está praticamente estourando
dentro da sua boxer. Passo minhas mãos sobre ele, apertando-o de leve e o Rodrigo geme
mais alto. Sorrio com isso e levo minhas mãos até a sua cintura abaixando a boxer lentamente, fazendo com que o seu membro pulasse para fora, jogo-a em qualquer lugar e
volto minha atenção para o homem maravilhoso, nu e algemado a minha frente.
Ah Rodrigo! Quem diria!
- Porra Sophia, pelo menos faça alguma coisa, eu não aguento mais.
- Isso não é maneira de se falar… Cadê a educação? – digo séria, mas ao mesmo tempo
tinha um leve sorrisinho no rosto.
- Por favor, faz alguma coisa.
Cruzo os meus braços e fecho a cara esperando ele falar o que eu quero ouvir.
Ele respira fundo e revira os olhos.
- Por favor, senhora Delegada… Faça alguma coisa.
Ando lentamente e subo novamente na cama ficando sobre ele, me sento sobre o seu
pau e posso senti-lo pulsar. Seguro toda a minha vontade de desamarrá-lo e deixá-lo
fazer o que quiser comigo e respiro fundo.
Hoje sou eu que comando.
Deixo um beijo no seu pescoço e levo minha mão até o seu pau, segurando-o de leve.
- Quem é a sua dona? A quem você pertence?
Digo lentamente e os movimentos em minhas mãos também são lentos e torturantes.
- Porra, não faz isso.
Passo minha língua lentamente pelo seu pescoço, fazendo todo o seu corpo se arrepiar e o
seu membro tremer na minha mão.
- Eu ainda não ouvi a resposta.
- Porra. VOCÊ! – ele praticamente grita e isso me faz sorrir ao ver o tamanho do seu
desespero.
- Muito bem…
Desço rapidamente e antes de leva-lo até minha boca, passo minhas mãos em sua extensão
mais algumas vezes.
- AAH SOPHIA.
Ele geme alto assim que eu o ponho na minha boca, minha língua rodeava toda sua glande
e depois o levava até onde conseguia… E assim eu fiquei por alguns minutos, até perceber
que ele já estava quase no seu limite, seu membro pulsava forte em minhas mãos….
- Ah Sophia e-eu.
Antes que ele possa gozar eu paro e o retiro de dentro da minha boca. O Rodrigo me olha
parecendo não acreditar.
- Cacete, por-porque vo-você parou?! – ele estava incrédulo. Não quero que você goze agora.
- Porra!! Me solta. Anda, me solta! Eu quero te tocar. Quero tirar essa porra dessa roupa ai
e te…
- Eu posso fazer isso por você. – me levanto e fico por cima dele fazendo nossas bocas se
encostarem. – Um showzinho especial. O que você acha? – passo minha língua
contornando lentamente os seus lábios.
- Faz o que você quiser. Só, por favor, me deixa te tocar.
- Eu posso te soltar, com uma condição…
- Qualquer coisa.
- Enquanto eu estiver fazendo o que eu tenho que fazer, você vai ficar aqui, paradinho
apenas assistindo…
- Porra, tá, só me tira daqui. – diz me interrompendo.
- Se não eu não termino o que comecei. – continuo.
- Tudo bem, amor, agora me solta.
Sei que vou me arrepender.
Estico o meu braço até o criado mudo, pego as chaves das algemas e destranco-as. No
mesmo momento que eu retiro a segunda, eu sou surpreendida pelos braços fortes do
Rodrigo em minha cintura, agarrando-me com força nos virando na cama fazendo-o ficar
por cima de mim.
Sem me dar tempo para nada, ele gruda nossas bocas em um beijo carnal e excitante. Por
um momento eu acabei me esquecendo do que eu disse minutos atrás e me entreguei. Ele
esfrega o seu membro com força em minha intimidade já totalmente encharcada, sinto sua
mão nos meus seios os apertando com força.
- Ro-Rodrigo… – tento tirá-lo de cima de mim, mas é quase impossível. – Você prometeu.
- Porra! – ele aperta mais uma vez o meu seio e se separa um pouco de mim.
Eu o jogo para o lado e me levanto da cama.
- Fica ai. – digo.
- O que você vai fazer? – diz ele sentando agora na cama e levando sua mão ao seu
membro completamente duro.
- Você não quer me ver sem essa roupa? – digo indo até a mesinha onde deixei o celular.
- Isso é o que eu mais quero… E depois te foder.
Ignoro o seu ultimo comentário… Na verdade não ignoro nada, pois uma coisa dessas
vinda do Rodrigo não se pode ignorar.
- Então eu vou fazer esse trabalho por você, amor.
- Não prec…
Shiiiiu. – faço um sinal para que ele se calasse e logo a musica que escolhi, PillowTalk –
Zayn Malik, é reproduzida pelo aparelho de som que tem no quarto.
Conectei o celular para que reproduzisse a musica por eles e ficar bem melhor pra fazer o
que eu tenho em mente.
Eu nunca havia feito isso, mas também não sinto um pingo de vergonha. Acho que com o
tempo de casado que temos, vergonha é uma coisa que não tenho mais com ele quando se
trata de sexo.
Deixo o ritmo sexy da musica me levar e começo a balançar o meu corpo lentamente,
passo as minhas mãos sobre os meus seios e bunda, lentamente. Olho para o Rodrigo que
tem novamente aquela expressão em seu rosto: De quem não está acreditando no que está
vendo.
Levo minhas mãos até o cinto em minha cintura e desabotôo-o, fazendo o mesmo com o
coldre, jogando-os no chão em seguida.
- Porra eu não estou acreditando. – ele dizia enquanto acariciava de leve o seu membro.
E essa visão é maravilhosa.
Começo a desabotoar o meu vestido lentamente deixando aos poucos o vermelho da
minha lingerie rendada aparecer.
Ele ama quando eu uso lingerie vermelha.
Assim que consigo deixar o vestido totalmente aberto, paro um pouco e deixo o meu
corpo levar pela batida da musica, sem desgrudar os meus olhos do dele, eu desço
rebolando lentamente até o chão. Vejo-o apertando seu membro com um pouco mais de
força e eu sorrio de uma maneira sexy pra ele.
Subo lentamente, passando as mãos pelo meu corpo e retiro o vestido do meu corpo,
jogando-o para ele, que rapidamente o pega no ar. Ele o leva até o rosto cheirando e logo
em seguida o deixando de lado voltando a prestar atenção em mim.
Passo minhas mãos pelo meu corpo, agora coberto apenas pela lingerie. Posso dizer que
depois de duas gestações e uma delas sendo de gêmeas, o meu corpo melhorou. Na
verdade eu comecei a malhar e isso ajudou também a deixá-lo ainda melhor, pois eu
realmente não engordei quase nada na minha gestação… Eu acho que é a genética.
Retiro os sapatos e vou andando lentamente até a cama, coloco uma das minhas pernas
sobre ela.
- Tira. – falo me referindo à meia.
O Rodrigo rapidamente vem para a beirada da cama se sentando ali, suas mãos vão para a
minha coxa, ele deixa um beijo nela e logo em seguida começa a descer a meia. Mas eu o
paro.
- Nada disso. – digo e faço um sinal de negação com o dedo. – Tira com a boca.
Ele me olha parecendo um pouco surpresa, mas faz o que eu mandei, sem me contrariar.Assim que ele consegue tirá-la, ele deixa um tapa nela na minha coxa. Sorrio e
coloco a outra perna na cama e ele faz o mesmo.
Antes que eu possa pensar muito, já estou jogada na cama com ele por cima de mim
devorando a minha boca. Mas eu não recuo. Deixo que ele faça agora o que ele quiser
comigo.
A quem eu quero enganar? Eu amo quando ele toma conta da situação. Eu amo quando ele
me domina. Eu aguentei até tempo demais.
- Rodrigo, eu preciso de você… – digo enquanto suas mãos estavam ocupadas em arrancar
o meu sutiã fora.
Ele me olha e sorri malicioso.
- Eu vou te dar o que você quer.
Assim que ele tira o meu sutiã ele desce para a calcinha retirando-a de mim. Seu corpo
volta para cima do meu e com um movimento rápido, sinto-o me penetrando por
completo, fazendo-me gemer alto.
- OH RODRIGO!!!
Ele começa a estocar com força e rapidez, o que me fazia ficar ainda mais louca e
excitada, em poucos minutos já consigo sentir o meu orgasmo chegando e eu o aviso.
O Rodrigo para, nos virando na cama e se senta, fazendo-me ficar por cima dele. Tudo
isso sem sair de dentro de mim.
- Vai rebola. – diz e deixa um tapa na minha bunda.
Rapidamente começo a me movimentar e ele leva suas mãos para a minha cintura.
A musica novamente repetia. Não sei quantas vezes ela já foi tocada, mas ajudava no
clima. A batida sexy e a letra faziam um grande contraste com o momento.
Já estava sentindo novamente os espasmos me atingir e sinto que o Rodrigo também está
chegando ao seu limite.
Suas mãos fortes sobem pelas minhas costas e uma delas segura com força o meu cabelo.
O Rodrigo gruda nossas bocas em um beijo raivoso.
- Fucking you… – ele canta roucamente uma parte da musica ainda com nossas bocas
próximas e logo em seguida morde de leve o meu lábio inferior, puxando-o pra si.
Essas simples palavras e os seus gestos foram suficientes para que eu chegasse ao meu
limite, desmanchando-me em seus braços. E não demorou muito para ele fazer o mesmo.
Nossas respirações estavam ofegantes e fora isso o único som no quarto é o da musica.
Suas mãos subiam e desciam pelas minhas costas, de vez em quando apertando-a, o que
fazia o meu corpo reagir a isso.
- Porra isso foi… Foda.
Sorrio apenas e deixo um beijo em seu pescoço.
Você me surpreende a cada dia que passa. – diz passando sua mão retirando os cabelos
do meu rosto.
- E isso é bom? – deixo um beijo rápido em sua boca e volto minha atenção aos seus
olhos.
- Maravilhosamente bom.
Ele junta nossas bocas em um beijo calmo e terno. Suas mãos passam lentamente pelas
minhas costas fazendo-me grudar mais em seu corpo. Ele para o beijo e me faz olhá-lo e
em meio a todo esse clima gostoso ele faz como sempre e diz.
- Eu te amo, Morena.
- Eu também te amo, Meu Delegado, hoje e pra sempre.
- Pra sempre.
FIM…
Gostaram do conto?
Eu amei cada capítulo
ResponderExcluirAMEI muito, obrigada por tornar minhas noites excitantes,feliz natal e ano novo, prá todos nós 🙏
ResponderExcluirAmérico😍
ResponderExcluirJá quero os próximos contos
ResponderExcluirQue conto, gente, adorei.
ResponderExcluirMaravilhosoooooo,amei cada estrofe.....
ResponderExcluirAmei esse conto❤️
ResponderExcluirQue fim lindo ....gostei muito desse conto,na verdade ameiiii.
ResponderExcluirAmei que história linda parabéns
ResponderExcluirPerfeito...me fez ate chorar em algumas partes.
ResponderExcluirParabéns
Perfeito muito bom emocionante
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