Conto Erótico - Meu delegado - Capítulos 33 e 34

Meu Delegado
Autora: k.Monteiro

33° CAPÍTULO

Sophia

Finalmente chegou o grande dia. O dia do meu casamento.
Vou realizar um sonho que ficou por tanto tempo adormecido dentro de mim, na verdade
esquecido mesmo. Eu não queria mais saber de homem nenhum na minha vida, pra mim,
qualquer homem que encostasse-se a mim seria para me machucar. Mas com o Rodrigo foi
completamente diferente. Ele foi o único homem que eu, em momento nenhum, me senti
ameaçada perto. Muito pelo contrário. Desde o inicio ele me passava total confiança, o
jeito como ele ama e cria o meu filho como se fosse dele, o que de fato eu acho que passou
a ser, pois a partir do primeiro dia em que eles se viram e o Gustavo o chamou de pai, sem
ao menos o conhecer direito. Essa ligação que os dois têm um com o outro é muito linda.
O Rodrigo inclusive disse que faz questão de, depois que passar o casamento, entrar com
um processo na justiça para adotar o Gustavo e passar o seu nome pra ele. Eu não ousei
discordar, pois eu sabia que ele não iria desistir e eu também não me importei. Eu fiquei
bem feliz em saber que ele queria que o meu… quer dizer, nosso filho tenha o sobrenome
dele. Ele disse que uma das muitas razões para ele querer essa adoção é que ele não quer
que o Gustavo se sinta diferenciado dos irmãozinhos que virá por ai. Isso foi ele que disse.
Irmãozinhos… Meu Deus! Pra mim, só mais um filho está ótimo, mas estou vendo que se
for pelo Rodrigo, montaríamos um time de futebol.
- Sophia, mulher! Vem colocar o vestido. – diz a Camila já desesperada.
Passamos a tarde inteira em casa nos arrumando, elas contrataram um spar para vir aqui e
fazer todo o trabalho. Eu nunca fiquei tão relaxada em toda a minha vida. Quero me casar
mais vezes pra ter esse tipo de tratamento.
O Rodrigo ficou o dia inteiro com o Gustavo e os outros homens da casa se arrumando,
eles ficariam responsáveis por arrumar o Gustavo, que levará as alianças, e eu já cansei de
pedir pra Julia e minha mãe irem ver o que eles estão fazendo com o meu filho, pois se
depender do Rodrigo, o Gustavo vai de sunga. Se ele falar que não quer colocar o terninho
o Rodrigo não vai obriga-lo a colocar o terninho. Ele tem um coração muito mole quando
se trata do Gustavo.
Quem diria! Rodrigo Albuquerque com um coração mole. Se me dissessem isso há um
ano e meio, quando eu cheguei àquela casa, eu não acreditaria.
- Anda Sophia, o Rodrigo vai ficar louco se você demorar mais um minuto.
- Ai! Tá! Tá! Estou indo.
Levanto-me da cadeira e olho pela ultima vez a leve maquiagem feita em minha pele e não
pude deixar de sorrir tamanha era a minha felicidade.
Retiro o roupão e vou até a Mila e a tia Patrícia que estavam com o vestido em mãos para
me ajudar a vestir. Demorou um tempinho, mas conseguimos colocar o vestido sem borrar
a maquiagem.
- Você está linda, Soph, mas não se vira ainda que vou colocar isso em você. – diz a tia
Patrícia.
Ela vai até a mesa no canto do quarto, pega um potinho em suas mãos, que depois eu fui
ver que continha flores dentro. Ela mexe nos meus cachos, pois sim eu fiz questão de
deixar o meu cabelo natural, que por uma obra divida de Deus os meus cachos hoje
estavam especialmente lindos. Eu achei que super combinou com o clima praiano do
casamento e eu não queria deixar nada muito artificial demais, eu queria tudo simples.
Ela distribuía as pequenas flores, uma por uma pelo meu cabelo enquanto a Camila
arrumava a pequena caldo do meu vestido.
- Agora pode se virar.
Com um pouquinho de tremedeira nas pernas, eu me viro, dando de cara com uma Sophia
nunca vista por mim, antes. Eu estou me achando a noiva mais linda do mundo nesse
momento. O vestido não poderia ser mais lindo, eu acho que nem se eu idealizasse todos
os tipos de vestidos não daria nesses, ele ficou perfeito. Ele é todo delicado e ao mesmo
tempo em que tem uma pegada um pouco praiana, pelas rendas que o revestia, ele era
sofisticado, por conta do enorme decote nas costas. A estilista conseguiu superar todas as
minhas expectativas de vestido perfeito para essa ocasião… Todas.
Eu não consigo parar de me olhar.
Isso parece até ser um sonho… Na verdade, nem nos meus sonhos mais fantasiosos eu me
imaginei assim.
Sinto uma lágrima escorrendo pelo meu rosto e eu imediatamente a seco, pois eu sei que
quando elas começam a descer é difícil parar.
- Vamos amiga, já está na hora. – diz a Mila com o buquê nas mãos e um enorme sorriso
no rosto.
- Vamos. – pego o buquê de suas mãos e antes que eu possa ir, ela me para.
- Eu estou tão feliz por vocês. Você sabe que eu mais do que ninguém torci por isso que
vai acontecer aqui agora. Torci pela felicidade de vocês. Antes de vocês se conhecerem a
minha torcida era que você encontrasse um homem legal pra sua vida e de que ele também
encontrasse uma mulher que o aguentasse. Mas eu nunca imaginei que o que você
precisava estava nele e o que ele precisava estava em você… – diz e sorri. – Minha
irmãzinha e o meu segundo irmão protetor, juntos… Vocês encontraram um no outro o que
faltava em si… E eu vou te falar o mesmo que falei pra ele: Cuida bem do meu
irmãozinho, não deixe que nenhuma vagaba assanhada destrua esse amor lindo de vocês…
- Jamais vou deixar isso acontecer. Eu já senti o quão ruim é tê-lo longe de mim, não quero nem pensar na possibilidade disso acontecer novamente… Demorou um pouco, mas
eu acho que consegui crescer como mulher, lógico que eu ainda tenho muito que aprender,
mas é aos poucos que conseguimos.
- É isso ai amiga. Agora me dá um abraço.
Sem pensar duas vezes abraço a minha irmã. Pois a Mila pra mim não é apenas uma
amiga, mas sim, irmã. Ela sempre esteve do meu lado quando eu precisei dela, uma das
poucas pessoas que conseguem descobrir o que estou sentindo apenas com o olhar e sabe
como ninguém me confortar. Mas que também não poupa esforços para me encher de
bronca e jogar a verdade nua e crua na minha cara quando é preciso. Eu acho que nem se
fossemos irmãs de sangue teríamos uma ligação tão forte como a que temos.
- Agora vamos logo que o Rodrigo está ficando maluco já. – ela diz limpando as lágrimas
do meu rosto e eu fazia o mesmo com ela.
- Vamos que eu não quero que ele venha me buscar pelos cabelos… Vai estragar toda a
magia do casamento a noiva entrando arrastada. – digo rindo e elas me acompanham.
- Aah pois não duvide da capacidade dele de realmente fazer isso.
- Mas eu não duvido mesmo não.
Saímos do quarto e descemos as escadas. Encontro o Douglas no pé da escada à minha
espera, ele que me levará até o Rodrigo.
- Vamos logo que o Rodrigo já está impaciente.
- Vamos. – digo nervosa. As borboletas em meu estomago aumentaram e minhas pernas
tremiam demais.
- Está muito linda, Sophia. – ele diz me olhando.
- Muito obrigada, Douglas. – agradeço um pouco envergonhada.
Olho ao meu redor e não vejo mais a tia e nem a Mila na sala, o que significa que elas já
foram para a praia. Ouço os primeiros acordes da musica Kiss Me – Ed Sheeran já do
lado de fora e o Douglas começa a andar.
Lembro-me que eu fiz questão de escolher a musica junto com ele, o que foi um pouco
complicado, pois ele não é muito de ouvir musica. Mas assim que nós ouvimos essa
musica, sabíamos que teria que ser essa.
Eu e o Douglas saímos da casa e já podia ver o sol se pondo, dando um charme a mais em
toda a arrumação linda que foi feita na praia.
Uma chão de madeira foi posto sobre a areia da praia, dando caminho para a pequena
cabana descoberta, onde há uma pequena mesa onde se encontra o Juiz de Paz e o Rodrigo
lindo em um terno branco. Posso ver agora a sua expressão relaxar ao me ver e seu olhar
tomou o meu pra si, tirando-me toda a atenção de qualquer coisa a minha volta. Eu só
consigo olhar pra ele apenas pra ele.
Andamos mais alguns metros de dentro de casa até chegar de fato a praia. Piso sobre a madeira e agora a distancia que nos separava era pouca e nesse momento a vontade que eu
tenho é de correr para os seus braços, mas me contenho.
Pareceu uma eternidade o pequeno caminho até chegar a ele, mas assim que sinto suas
mãos nas minhas eu finalmente pude respirar em paz.
O Douglas diz algo antes de se retirar, que eu não fiz questão de prestar a atenção, pois
estava focada demais admirando a beleza desse homem a minha frente. Ao olhar os seus
lindos olhos da cor do mar, percebo que estão cheios de lágrimas e ao perceber isso, foi
impossível não derramar as minhas por completo.
Sinto as mãos do Rodrigo limpando o meu rosto delicadamente,porém não adiantou de
nada, pois as lágrimas insistiam em descer. Mas agora é por um motivo muito bom, eu
estou feliz. Eu estou prestes a me casar com o homem da minha vida. Sinto os seus braços
em minha cintura e o seu corpo se colando no meu. Ele não beija a minha boca, apenas me
abraça forte em seus braços e deixa um beijo no meu pescoço.
- Você está tão linda, meu amor… Tão linda. – suas mãos acariciavam de leve as minhas
costas nuas e aquilo de fato estava conseguindo fazer com que eu me acalmasse.
Posso ouvir alguns choros e umas palmas também. Algumas pessoas falavam algo como
“fofos”, “ai que lindos”, “que amor”. Mas eu não fiz questão de olhar pra ver quem era.
Afasto-me levemente do Rodrigo e o encaro. Posso ver o seu rosto também levemente
molhado. Eu sorrio e repito os seus gestos: seco o seu rosto.
- Podemos começar a cerimônia? – diz o Juiz, bem humorado, fazendo-me soltar uma leve
gargalhada.
- Sim senhor. – digo segurando firme na mão do Rodrigo e fazendo nos virar de frente
para o Juiz.
Ele sorri, acena e diz para os convidados se sentarem.
O Juiz lê um versículo da bíblia, diz algumas palavras para nós dois e não demora muito,
faz a bendita pergunta.
- Sophia Santos, você aceita o Rodrigo Albuquerque como o seu legitimo esposo?
Olho para o Rodrigo e sorrio apertando com força a sua mão.
- Sim.
- Rodrigo Albuquerque, você aceita a Sophia Santos como sua legitima esposa?
Ele repete os mesmo movimentos que eu fiz e diz.
- Sim.
- Então, que tragam as alianças.
O juiz anuncia e nessa hora o Gustavo aparece no final do corredor com uma cara um
pouco assustada e com uma almofadinha nas mãos. Ele dirige o seu olhar para o Rodrigo e
não desvia até chegar onde estamos. O Rodrigo se agacha perto dele, pega a almofada de
suas mãos e deixa um beijo em sua cabeça. Valeu filhão.
- De nada papai. – diz com um sorriso enorme no rosto.
Antes que ele saia eu deixo um beijo também em seu rosto e depois volto a minha atenção
para o Rodrigo. O Juiz faz um sinal para que o Rodrigo pegasse a aliança. E assim ele faz,
logo em seguida depositando a almofadinha sobre a mesa.
- Fique à vontade para dizer os seus votos, Rodrigo. – diz o Juiz.
O Rodrigo me encara por alguns segundos, segura na minha mão e respira fundo, agora
sem desgrudar os nossos olhos dos meus.
- Sophia… Meu amor. Eu quero que você receba essa aliança como uma das provas do
meu amor por você… E-eu tenho tanto, mas tanto o que te agradecer. Agradecer por ter
aparecido na minha vida e mesmo sem querer me mud… Na verdade não acho que você
me mudou… – ele diz pensativo e logo em seguida, solta um sorriso. – Não. Eu acho que
mesmo sem perceber, eu mesmo fui me moldando ao seu jeito, sem deixar o meu de lado.
– ele solta uma gargalhada e todos o acompanha. –Eu quero que você saiba que eu sempre,
sempre estarei do seu lado. Eu quero você todos os dias enfrentando tudo e todos os
problemas que tivermos, ao meu lado. Pois pra mim não existe vida longe de você, sem
você ao meu lado nada faz sentido pra mim. Eu te amo Sophia, nunca duvide disso. – ele
diz e enfia a aliança por completo.
- Nunca. – digo em um fio de voz.
As lágrimas caiam sem parar. Sinto os seus lábios na minha mão e o olho encontrando-o
quase do mesmo estado que eu.
- Sua vez Sophia. – diz o Juiz.
Seco o meu rosto um pouco e pego a aliança em minhas mãos.
Eu não tinha preparado os meus votos, foi tanta correria que eu me esqueci disso, mas eu
não poderia deixar de dizer tudo que estou sentindo agora.
Pego sua mão e aperto firme e ele logo retribui o aperto. Respiro fundo e por alguns
segundos fecho os meus olhos tentando me acalmar.
- Eu nunca pensei que um dia de fato eu estaria aqui me casando. Eu já havia perdido
todas as minhas esperanças e sonhos há muito tempo. Eu não acreditava mais em nada,
muito menos no amor de homem e mulher… Até você aparecer na minha vida. No
começo eu fiquei confusa. Eu não sabia o que estava sentindo, o que eu estava vivendo,
aquilo tudo foi muito novo pra mim. Mas aos poucos eu fui começando a entender todas
aquelas misturas de sentimentos, todas aquelas sensações que você provocava e provoca
em mim, todas as vezes que me olha… Todas as vezes que me toca. Eu entendi que eu
pertenço á você, só á você. Você foi o primeiro e único amor que eu vou levar pra vida
inteira… Eu já experimentei a sensação que é ficar longe de você. – paro um minuto e
respiro fundo tentando controlar a minha voz. – E é horrível, eu me sentia mal, parecia que
eu não era eu ,na verdade… E eu não quero nunca mais passar por isso novamente… Eu
agradeço muito por você não ter mudado nada, pois foi exatamente pelo seu jeito ogro e meio arrogante de ser, que eu me apaixonei. – todos riem me fazendo rir também – Você
era exatamente tudo que faltava na minha vida… Na verdade eu acho que fui feita
especialmente pra você. Rodrigo você foi o meu primeiro e único amor e eu tenho certeza
de que, se eu não me casasse com você, eu não me casaria com mais ninguém, pois o amor
que eu sinto por você eu não sou capaz de sentir por ninguém mais e isso eu te afirmo com
absoluta certeza… Bom, estou vendo que estou falando demais já.
Digo e todos sorriem inclusive o Rodrigo que na mesma hora deixa uma lágrima cair.
- Mas uma ultima coisinha. Eu só quero te agradecer por tudo que você fez por mim…
Sim de novo. – digo sorrindo. – Pois eu sinto que nunca é o suficiente… – ele segura
firme minha mão e abaixa a cabeça chorando agora de verdade. – Eu quero que você
receba essa aliança como prova de todo o meu amor por você… Eu quero você do meu
lado, pra sempre e mais se nos for possível.
Assim que enfio a aliança por completo em seu dedo e deixo um beijo nele, repetindo os
seus gestos anteriores, eu sinto o meu corpo ser puxado rapidamente para o dele me
envolvendo em um abraço.
O Rodrigo não me beijou, apenas me teve em seus braços e eu entendi essa ação dele. Ele
me abraça forte e coloca sua cabeça em meu pescoço, com bastante dificuldade pelo fato
de ele ser maior que eu.
- Eu te amo tanto, Sophia. – sinto suas mãos passando carinhosamente pelas minhas costas
me fazendo arrepiar.
- Eu também… te amo… meu amor… muito. – eu dizia com um pouco de dificuldade por
conta das lágrimas.
Minhas mãos corriam lentamente pelos seus cabelos.
- Então… O noivo pode beijar a noiva, agora.
Ao ouvir isso, o Rodrigo levanta a sua cabeça e segura o meu rosto entre suas mãos
limpando de leve as minhas lágrimas que desciam. Eu tentava fazer o mesmo com ele. Ele
aproxima o seu rosto do meu e eu desço minhas mãos segurando de leve sua cintura. Sinto
seus lábios tocarem no meu, lentamente, e eu o abro dando passagem para a sua língua
entrar e ele faz com maestria.
O beijo foi lento e apaixonante, mas ao mesmo tempo também bem excitante. Não sei
quanto tempo ficamos ali, mas nos separamos quando ouvimos as palmas dos convidados.
Ele deixa um selinho de leve em minha boca.
Nos viramos para o Juiz, assinamos o livro e em seguida os padrinhos, o Douglas e a
Camila, fazem o mesmo.
Finalmente estamos casados.
Depois de cumprimentar todos os convidados, que a maioria eram familiares do Rodrigo,
os mesmo que estavam no Natal na casa da Mila: as primas e os tios. Da minha parte a
única convidada foi apenas a Jessica mesmo. Eu até chamei a Isabela, liguei pra ela
avisando do meu casamento e ela ficou muito feliz por mim. Eu e a Isabela ficamos um
pouco próximas depois do meu cárcere em sua casa. Não posso dizer que somos melhores
amigas, pois não somos, mas ela me pediu pra não afastar o Gus dela e eu não me
importei. Bem ou mal ela é tia dele e eu não vejo nenhum problema em deixa-la vê-lo. O
que não acontece com tanta frequência assim. O Rodrigo não gosta muito que eu sei, mas
ele também não fala nada.
A desculpa de ela de não vir era de que ela estava namorando o Marcelinho, o mesmo que
ajudou ela a me… Enfim, ela assumiu um compromisso com ele e por conta da ocupação
da UPP, eles não se encontram mais lá na Rocinha. Eu não perguntei mais nada sobre isso,
pois eu não quero ficar sabendo de coisas que eu sei que não acrescentará nada em minha
vida.
Enfim… Depois de falar com todos nós fomos para a festa, que seria aqui mesmo na praia
também.
A arrumação está linda, havia poucas cabaninhas montadas ao longo do espaço próximo a
casa e todos já estavam sentados, alguns nas cadeiras, outros em um dos pufes espalhados
por ali. Todos estavam sendo muito bem servidos e eu estou satisfeita por estar indo tudo
perfeitamente bem.
Eu estou muito feliz por ter conseguido realizar o meu sonho e melhor ainda, com o
homem que eu amo ao meu lado.
- Gostou amor? – diz ele baixinho no meu ouvido.
Nós estamos sentados juntos com algumas primas e primos do Rodrigo. Foi a ultima
cabana que fomos e ele resolveu ficar um tempinho por aqui e me fez sentar em seu colo.
E eu odiei, pois ele continuou me atiçando… E não. Ontem realmente não rolou nada, tipo
nada mesmo.
Enquanto ele conversava com as pessoas, sua mão subia e descia lentamente pelas minhas
costas nuas e aquilo estava começando a me deixar acesa. E depois que ele sussurrou em
meu ouvido então que piorou tudo.
- Sim amor, foi tudo maravilhoso. – deixo um selinho em sua boca. – Obrigada.
- Não precisa agradecer. – solta um sorriso malicioso e sua mão desce apertando a minha
cintura.
Posso sentir o seu membro começando a endurecer em minha bunda e isso é uma merda,
pois não podemos fazer nada aqui. Vamos sair daqui. – ele diz e eu entendi bem o porquê de ele quer sair. Mas agora ele
também vai ver.
- Nada disso. A gente não pode deixar os convidados assim.
- Podemos sim.
- Não podemos não.
Ele revira os olhos e aperta minha cintura novamente deixando um beijo em meu pescoço.
- Golpe baixo, Rodrigo. – sussurro em seu ouvido.
- Vão procurar um quarto, por favor. – como sempre a Camila.
Olho para ela e sinto o meu rosto queimar imediatamente, estavam quase todos que
estavam na cabana nos olhando com sorrisos bem maliciosos no rosto.
- É o que eu estou tentando fazer.
- Rodrigo. – o repreendo sentindo o meu rosto queimar mais ainda. O que fazem todos ali
rirem. Todos já tinham ido embora, já era quase onze da noite. Algumas pessoas voltariam para o
Rio, outras, como a minha mãe, o Gus, a Mila, o Douglas, o Nando, a tia Patrícia e o
senhor Jorge, seu marido, ficariam em uma pousada da região. Ou seja, a casa todinha
para a gente até terça-feira, que seria quando voltaríamos para o Rio.
O Rodrigo queria arrancar o meu vestido inteiro de uma vez, mas eu não deixei. Se a Mila
souber que eu não usei a lingerie que ela me deu especialmente para essa ocasião, ela me
mata. Então eu entrei no banheiro e me tranquei nele. Segurei a minha excitação por um
tempinho, eu sei que vai valer muito apenar depois.
Resolvo tomar um banho rápido coloco a minúscula calcinha rendada branca, que devo
dizer, não tampa nada, e o sutiã da mesma cor, inclusive a cinta-liga, que é daquelas que
tampa mais a barriga do que a bunda, na verdade ela nem chega à bunda.
Me afasto um pouco, me olho por completa no espelho e devo dizer que gosto bastante do
que eu estou vendo.
Eu consigo ver a diferença da nossa primeira vez para o jeito que estou hoje. Eu sentia
vergonha de ficar completamente nua na frente dele no começo e agora estou eu aqui
vestindo uma lingerie super sexy e sem nem um pingo de vergonha. Muito pelo contrario.
A cada minuto que passa e eu estou aqui dentro eu fico mais excitada e morrendo de
vontade de saber o que ele quer fazer comigo…
Deixo os pensamentos de lado e vou até a bancada. Passo um pó compacto de leve no
rosto e só, não gastaria o meu tempo passando batom e outras coisas não. Já o meu cabelo
eu deixei exatamente do jeito que estava, nele eu não mexi.
Respiro fundo antes de abrir a porta e assim que a abro e entro no quarto não o encontro
mais ali. Olho para todos os lados e antes que eu possa chamar por ele, o mesmo abre a
porta e merda. Sério que ele vai fazer isso?!
- Assim você dificulta as coisas, Sophia. – diz ele lentamente e logo em seguida morde o
lábio me olhando de baixo pra cima.
Merda! Eu acho que acabei de ter um orgasmo agora mesmo, só com essa olhada.
Imagine agora.
Um homem de um metro e oitenta, lindo, gostoso… E fardado te olhando do jeito que ele
está me olhando.
Isso é pedi pra perder a lucidez.
Até armado ele estava. E quando eu falo armado é com uma arma de verdade.
Os seus braços estavam cruzados e ele começa a andar lentamente até a mim e
imediatamente o meu corpo começa a tremer. Eu posso jurar que a qualquer momento eu cairei aqui no chão, pois minhas pernas não me aguentarão por muito tempo.
Assim que o Rodrigo chega à minha frente, ele não faz nada, nem sequer me toca, apenas
olha o meu corpo por completo outra vez. E ainda nessa postura imponente, ele dá a volta
no meu corpo e para nas minhas costas.
Ai meu deus!
Sinto as suas mãos passarem pela minha cintura e logo em seguida o seu corpo se encosta
ao meu, fazendo-me soltar um gemido por sentir sua excitação roçando em minha bunda.
- Sinto muito lhe informar… – ele diz e deposita beijos molhados pelo meu pescoço e suas
mãos acariciavam a minha barriga. – Mas a senhorita está presa.
- Aaah Rodrigo!
- É Senhor Delegado, pra você. – ele diz rígido e aperta mais o seu corpo contra o meu.
- O-okay. – eu já estou ofegante. E ele nem sequer me tocou lá.
- Okay o quê? – ele diz e morde minha orelha.
- O-okay senhor Delegado… Mas eu posso saber o por quê de eu estar sendo presa?
- Não! Não pode.
Ele diz e rapidamente me vira pra ele e toma a minha boca na sua violentamente. E eu
amo esse lado dele. É tão bom.
Suas mãos descem para a minha bunda e a aperta com força fazendo-me gemer em sua
boca.
- E o que o senhor… vai fazer… comigo, em? – pergunto ofegante.
Ele aproxima sua boca do meu ouvido e diz.
- Não sou de falar, sou de fazer.
Na mesma hora sinto suas mãos nas minhas pernas me levantando e eu enrolo as minhas
pernas em sua cintura e ele busca a minha boca novamente. Não demorou muito e eu senti
as minhas costas baterem no colchão macio da cama.
O Rodrigo esfrega a sua ereção na minha intimidade lentamente e eu gemo mais uma vez
em seus lábios. Suas mãos apertam com força as minhas coxas e eu tenho certeza que
ficaram marcadas depois, mas eu não me importo. Sinto suas mãos subindo pelo meu
corpo e ele retira os meus braços, que estavam envolto em seu pescoço, os colocando para
cima. De repente eu ouço um barulho de algo de ferro sendo fechada e logo em seguida
ouço novamente, só que agora sinto algo gelado em meu braço e quando separo minha
boca do Rodrigo e olho, posso ver que ele tinha me algemado na cabeceira da cama.
Não acredito.
Sem perder muito tempo ele pega o outro braço e faz o mesmo.
- Ro-rodrigo pra que… Isso. – falo com dificuldade, pois ainda estava bem ofegante.
-Pra você não me atrapalhar a fazer o que eu tenho que fazer.
Ele diz beijando o meu pescoço lentamente.
- Você vai me bat…
- Nunca faria uma coisa dessas com você. – diz agora me olhando. – A menos que você
me peça. - Diz e sorri maliciosamente.
Nunca pedirei, mas não falarei nada também.
O Rodrigo deixa um beijo rápido em minha boca e depois desce para os meus seios,
colocando-os para fora do sutiã e na mesma hora começou a chupá-los, um de cada vez.
Eu já me contorcia embaixo dele, estava agoniada com minhas mãos presas, eu queria
tocá-lo. Mas eu também tenho que admitir que é bem excitante.
Quando ele se sente satisfeito com os meus seios, ele desce seus beijos para a minha
barriga e para de frente para a minha buceta. O Rodrigo passa a sua mão por ela e eu
me contorço de prazer. Eu estou á ponto de gozar e ele não fez nada praticamente.
O Rodrigo se ajoelha no chão à minha frente e puxa o meu corpo mais para a beirada da
cama, deixando-me completamente esticada. Sinto sua barba por fazer passar sobre minha
intimidade, ainda tampada pela calcinha, e mesmo assim esse contato me fez soltar um
alto gemido.
- Você está tão gostosa nessa lingerie.
Assim que ele acaba de falar, sinto minha calcinha sendo rasgada.
- Rodrigo. – digo o repreendendo.
Cacete isso foi caro.
Ele aperta com força a minha coxa e me diz sério.
- É Senhor Delegado pra você.
Não sei o que me deu, que só de ouvi-lo falando assim eu deixo um gemido alto sair de
minha boca.
Cacete ele só disse isso.
Que merda.
Sinto os seus dedos passarem de leve em toda a minha buceta, logo me penetrando
com dois deles e depois sinto sua língua encostar-se ao meu clitóris. Eu já não conseguia
prender os gemidos e muito menos o meu corpo, que se contorcia sobre a cama. Minutos
depois, sinto os seus dedos, que me estocavam, sendo substituídos pela sua língua.
Começo a sentir algo vibrando fortemente em meu clitóris e eu não gemo mais, mas sim,
grito de prazer.
Obrigo os meus olhos a abrirem e tentar olhar o que ele estava fazendo e assim que vi, eu
entendi. Ele está com uma espécie de vibrador na mão sobre o meu clitóris, não era um
vibrador com formato de um páu, esse é diferente, não sei explicar, mas é diferente.
Não sei de onde ele conseguiu tirar isso, pois eu posso jurar que não vi nada em seus bolsos. Mas também, em seus bolsos foram os últimos lugares no qual eu prestei
realmente atenção.
O Rodrigo mexia algumas vezes o vibrador em meu clitóris e sua língua me penetrava e
chupava com precisão.
- De-delegado… AAAAAAH!!!
Não consigo terminar, pois o meu orgasmo veio violentamente, fazendo todo o meu corpo
tremer sobre a cama. Fecho com força as minhas pernas e o Rodrigo retira o vibrador
dentre elas. O olho e posso ver o seu sorriso malicioso e safado estampado em sua cara e
desejo, muito desejo em seus olhos.
- Tão gostosa… Tão minha.
Sem desviar os seus olhos dos meus, ele retira o coldre de sua cintura jogando-o em
qualquer canto do quarto. Eu ainda estou tentando me recuperar do orgasmo que tive, mas
eu também não consigo não olhá-lo se despindo tão excitantemente pra mim. Ele leva as
suas mãos para a beirada da blusa de seu uniforme levantando-a lentamente, deixando os
seus maravilhosos músculos de fora. O Rodrigo desce sua mão e segura forte o seu
membro e solta um leve gemido, ele desabotoa a calça, a retira e junto com ela a sua bota
preta, ficando somente de boxer na minha frente.
- Ro-rodrigo… me-me solta. – minha respiração aos poucos voltava ao normal, mas ainda
está ofegante.
- Quem é Rodrigo aqui?
Diz sério.
Ele realmente não saia da fantasia um minuto.
- Senhor Delegado, me solta. Por favor.
Eu quero tocá-lo. Quero senti-lo e eu não quero fazer isso algemada.
O Rodrigo se abaixa e pega as chaves no bolso da calça. Ele se dita sobre mim e cola sua
boca na minha em um beijo lento, mas bom. Muito bom. Ele desgruda nossas bocas e se
senta na minha cintura, fazendo com que suas pernas ficassem uma de cada lado do meu
corpo, não deixando o seu peso cair sobre o meu corpo. Suas mãos vão até as algemas as
abrindo e me deixando livre, ele as joga em qualquer lugar e toma a minha boca na sua
novamente. Sinto suas mãos nas minhas costas e em seguida ele abre o sutiã e o retira de
mim, jogando-o longe.
Ele aperta os meus seios novamente com força, não chegou a doer, muito pelo contrário,
foi bem gostoso.
- Porra eu não aguento mais. Eu preciso de você… agora.
O Rodrigo diz cheio de desejo e sem me dar chances de dizer algo, ele se levanta e retira a
sua boxer. O seu pau salta para fora dela. Ele se coloca por cima de mim, gruda
nossas bocas e ao mesmo tempo sinto-o me preenchendo com facilidade, pois eu
realmente estou bastante molhada. Aaaah… – gemo logo após separar nossas bocas.
Ele sem esperar mais nenhum segundo me preencheu por completo e rapidamente
começou a me estocar. O Rodrigo segura a minha coxa com força e estocava cada vez
mais fundo. Ele diz coisas desconexas e safadas no meu ouvido.
Ele nos vira na cama e me faz ficar por cima dele. Percebi que ele gosta muito dessa
posição e não vou negar que também gosto. Sinto-me no controle. Começo a rebolar e ao
mesmo tempo a subir e descer em seu pau. O Rodrigo apertava com força minha
cintura, já posso sentir o meu orgasmo chegando novamente e começo a fazer os
movimentos com mais rapidez. Não demorou muito eu me desfiz em seus braços. O
Rodrigo também se desmanchou dentro de mim chamando o meu nome.
Deixo o meu corpo cair por completo sobre o dele e suas mãos envolvem minha cintura
em um abraço.
Ambos estávamos ofegantes e suados. Posso sentir suas mãos agora me acariciando
levemente.
- Eu Te amo, Sophia. – diz fazendo-me olhar em seus olhos.
- Eu te amo, Meu Delegado.


34° CAPÍTULO

Sophia

Cinco anos depois…
Finalmente conseguimos conciliar as nossas férias e pudemos viajar.
Resolvemos voltar para um dos lugares que mais marcou a nossa vida, Arraial.
Eu nunca mais vi e verei esse lugar, essa praia, essa casa, com outros olhos. Eu vou
sempre me lembrar daqui como um lugar mágico e muito especial no qual eu realizei um
dos meus sonhos… E fantasias também, devo deixar claro.
Consegui umas férias na clinica em que eu trabalho, pois sim eu finalmente consegui fazer
a minha faculdade de fisioterapia e inclusive já tenho um emprego, em uma clinica ótima
por sinal. Eu posso dizer que não poderia estar mais realizada na vida, como eu estou
agora. Eu finalmente tinha me achado em algo que me sentia bem fazendo e eu consegui,
apesar de alguns sacrifícios, terminar a minha faculdade. Foram quatro anos de estudos e
trabalho intenso, mesmo o Rodrigo não querendo que eu continuasse trabalhando na loja
eu não dei ouvidos a ele e continuei, pois eu usava aquele dinheiro para pagar a minha
faculdade. Naquela época era tudo muito cansativo, pois eu tinha que trabalhar, estudar,
dar atenção ao meu filho, marido e casa. Mesmo tendo a dona Maria, que ainda continuou
trabalhando conosco, eu não deixava de me preocupar com as coisas que tinha que fazer
em casa.
E eu não preciso nem falar que tinha que cuidar do Rodrigo, pois as mulheres atacam sem
pena. Até na época da faculdade quando ele ia me buscar as meninas ficavam todas
assanhadas, parecia que nunca tinham visto homem na vida, mas como todos sabiam que
ele era o meu marido, nenhuma delas tinham coragem de dar em cima dele… Bom… Eu
acho que não.
Por conta disso eu ficava bastante cansada, por sorte eu tenho um marido compreensível e
ele me entendia quando eu não podia, por conta das provas ou por estar muito cansada
demais, para sair com ele os finais de semana, ou às vezes até mesmo para o sexo. O
Rodrigo queria que eu parasse de trabalhar por conta do meu cansaço, muitas vezes eu
chegava em casa e só tinha tempo de tomar um banho e já caia na cama e dormia na hora.
Ele deixou claro várias vezes que pagava a faculdade pra mim sem problemas nenhum.
Mas apesar do cansaço que eu ficava todos os dias, eu me sentia bem assim, me sentia
bem tendo que trabalhar. Eu sei que quando a gente casa não tem mais essa de: “Essas
coisas são minhas e essas as dele”. Quando nós casamos não existe essa divisão, o que é
de um é de outro e fim. Mas eu gostava tanto da minha “independência” financeira que
acabava não ligando muito para o cansaço que essa carga horária louca me causava no final do dia. E foi assim, nesse ritmo, que depois de quatro anos, eu consegui me formar
sendo a primeira da turma.
Eu me senti tão bem, tão realizada quando eu peguei o meu diploma nas mãos e vi que eu
finalmente me formei, vi que eu finalmente encontrei algo que eu gostava
verdadeiramente de fazer.
Por conta da faculdade, também, que adiamos os planos do segundo filho. Obviamente
que o Rodrigo não gostou muito da ideia, mas depois ele conseguiu me entender e
concordou comigo que não seria uma boa hora pra mim, por conta da faculdade. Eu queria
ter a minha profissão certinha pra depois pensar em mais filhos. Mas logo depois que eu
me formei, ele voltou com a história de filhos novamente, mas ai eu teria mais uma etapa
dessa jornada a cumprir, que era conseguir um novo emprego. Só que agora na minha
área. A fisioterapia.
Coincidência ou não, eu tive a oportunidade de trabalhar na clinica da Fisioterapeuta que
me ajudou na minha recuperação. Faz quase um ano que eu estou lá e posso dizer que eu
consegui aprender bastante coisa, não só com a Simone, como com os pacientes que eu
atendo.
Uns cinco meses depois de eu finalmente ter conseguido um trabalho na minha área, ele
voltou com essa ideia de filho e eu vou confessar que já estava me sentindo preparada pra
ser mãe novamente. Desde aquele dia eu parei de tomar os meus remédios, mas até agora
nada.
- Vem amor, já chegamos. – diz o Rodrigo tirando-me dos meus devaneios.
Olho ao redor e posso ver que estávamos na garagem da nossa casa em Arraial e as
lembranças daquele dia mágico novamente me invade.
- Vamos sim, amor, pega o Gustavo pra mim.
Ele abre a porta do carro, tira o sinto que prendia o Gus no banco e o pega no colo.
Resolvemos viajar a noite para aproveitar a praia logo cedo e o Gus acabou dormindo pelo
caminho. E pelo tamanho que ele está agora, eu não aguento mais pegá-lo no colo.
Também, são oito anos.
Quem olha o Gustavo assim nem diz que ele é aquele garoto de olhos azuis de cinco anos
atrás. Acredite se quiser, mas ele não tem mais os olhos azuis, eles agora são uma mistura
de mel com verde claro. Mas o cabelo continua o mesmo, só que mais um pouco curto,
pois com o passar do tempo ele foi se enjoando daquele cabelo jogado no rosto. Ele está
um rapazinho lindo. O Gustavo fica indignado todas as vezes que vê suas fotos de quando
era bebê e em todas elas ele está com aquelas bolotas azuis arregaladas e hoje em dia a
tonalidade de seus olhos está completamente diferente.
A minha mãe acha que com o tempo ele ainda vai mudar muita coisa em sua aparência,
que está apenas começando. Isso eu não sei, mas que ele está enorme e esperto, ele está.
Ele diz que quer ser policial igual o pai. Preciso dizer que o Rodrigo fica todo orgulhoso
com isso? Acho que não, né? Desço do carro, abro o porta malas e tiro algumas malas de lá colocando-as no chão. Não
demora muito, o Rodrigo volta para a garagem e me ajuda com as malas e com algumas
poucas sacolas de comida que nós trouxemos.
Colocamos as malas na sala e eu levei as sacolas com as comidas para a cozinha. Minutos
depois o Rodrigo entra na mesma e vai direto para a geladeira, abrindo-a.
- Ah esqueci que não tem nada aqui… Estou morrendo de sede, amor.
- Coloca as garrafas de água que nós trouxemos, dentro do congelador pra mim, por favor.
Ela faz o que eu peço e eu me viro de frente para a pia para guardar as compras que
trouxemos. De repente sinto os braços do Rodrigo envolvendo a minha cintura.
- Está com fome, amor?
Ele deixa um beijo em meu pescoço e mesmo depois de alguns anos, ele sempre consegue
me deixar louca com apenas esse gesto. E eu agradeço muito por isso.
- Sim… Estou morrendo de fome. – ele morde de leve a minha orelha e aperta a minha
cintura. – Fome de você.
Ele me vira e busca a minha boca, solto o saco de arroz na pia e passo os meus braços pelo
seu pescoço trazendo-o para ainda mais perto de mim. Ele desce suas mãos para a minha
bunda e me levanta, colocando-me sobre a bancada. Suas mãos passavam lenta e
precisamente por todo o meu corpo, ele desabotoa o meu shorts e eu o paro cortando o
beijo.
- Aqui não, amor, o Gustavo pode acordar.
- Ele não vai. – busca a minha boca de novo e já ia enfiando a mão novamente dentro do
meu shorts.
- Rodrigo… – o repreendo, mas saiu mais como um gemido.
- Que porr@! – ele desfere nitidamente raivoso e me pega em seu colo, o movimento foi
tão rápido que eu pensei que cairia e envolvi os meus braços novamente em volta de seu
pescoço.
- Está me levando pra onde?
- Pra porr@ do quarto. Eu preciso me enterrar fundo dentro de você.
Me beija sem parar de andar em direção as escadas. Ouço-o abrindo a porta e logo depois
trancando-a. Não demorou muito ele me jogou na cama e veio pra cima de mim beijando-
me, suas mãos exploravam todo o meu corpo o que me fazia ficar ainda mais excitada a
cada toque. Sinto aquele gosto amargo na minha boca e tudo que eu pude fazer foi correr. Correr
muito para não sujar o quarto inteiro. Por sorte eu consegui chegar até o vaso e deixar o
vômito cair dentro dele. Não sei exatamente quanto tempo eu fiquei abaixada colocando
tudo o que eu havia comido para fora, eu só sinto as mãos do Rodrigo em meus cabelos,
segurando-os em um rabo de cavalo muito desarrumado. E depois uma de suas mãos
desce lentamente pelas minhas costas.
- Rodrigo sai da… – não consigo terminar de falar e vomito mais um pouco.
- Na saúde e na doença, lembra?
- Mas eu estou nojenta. – digo já me sentindo um pouco melhor.
Já não sentia mais o vomito querendo vir, mas continuo ajoelhada. Tampo o vaso e dou
descarga. Levanto-me de vagar, pois sinto uma leve tontura, mas logo minha visão volta
ao normal. Eu vou até a pia, pego a minha escova de dente e levando até a boca
escovando-os. Olho o reflexo do Rodrigo pelo espelho e não entendo o porquê daquele
sorriso estampado na cara.
- Posso saber por que você está rindo? Botei as tripas pra fora e você acha engraçado?
Ele vem até mim e assim que eu termino de lavar a minha boca ele abraça a minha cintura,
deposita o seu queixo no meu ombro e fala me olhando pelo reflexo do espelho.
- Relaxa, amor é só o nosso filhinho avisando que está chegando.
Ele passava agora as suas mãos lentamente sobre minha barriga fazendo-me arrepiar.
- Vo-você acha?
- Sim, morena, eu acho. – ele deixa um beijo no meu pescoço e continuava acariciando a
minha barriga. – Já faz tempo que a gente tenta.
- Você tenta desde quando me conheceu. – digo divertida fazendo-o rir.
- Bobinha. – diz me apertando em seus braços. – Mas é sério. Já faz tempo que você parou
de tomar o anticoncepcional e eu nunca uso camisinha.
- Amor eu… Eu não quero matar suas esperanças assim, eu sei o quanto você quer e o
quanto eu também quero muito esse bebê. Mas é que eu menstruei esse mês e o mês
passado também. Pode parecer pessimismo, mas é que eu não quero que a gente se apegue
novamente em falsas esperanças. Nós mais do que ninguém sabemos o quanto isso é
horrível.
- Eu sei que não, amor… – ele continuava com suas mãos acariciando a minha barriga –
Mas dessa vez é diferente.. e-eu não sei explicar, mas eu sinto… Eu só sinto.
Ele abaixa o seu olhar para a minha barriga, que pra mim esta exatamente do mesmo jeito de sempre, e suas mãos continuavam acariciando-a. O Rodrigo disse com tanta convicção
que eu resolvi que tirar essa duvida amanhã mesmo, se eu pudesse faria hoje, mas já está
muito tarde. Acordo e não vejo o Rodrigo ao meu lado. Olho as horas no celular e me assusto ao ver
que já são onze da manhã. Meu Deus! Eu dormi muito. Nem fiz o café da manhã, daqui a
pouco já está na hora do almoço, o Gustavo deve não ter comido nada.
Levanto-me da cama, vou até o banheiro e faço minha higienes. Faço um coque no meu
cabelo, troco de roupa colocando uma bermuda jeans e uma blusinha floral que deixava
uma parte da minha barriga de fora. Apesar do frio do ar condicionado da pra ver que o
calor do lado de fora está castigado, apenas pelo sol brilhando do lado de fora.
Arrumo a cama e depois vou até o quarto do Gustavo, mas ele não estava lá então. Desço
e também não os encontro na sala, vou até a cozinha e vejo a mesa ainda posta, parece que
o Rodrigo preparou o café.
Calço os chinelos e abro a porta da sala, que dá praticamente dentro da praia, e de lá eu
posso ver o Gustavo com uma sunga e o Rodrigo com uma bermuda fina, estilo surfista,
jogando bola, ou tentando, porque tinha uma biscate com o fio dental que eu acho que ela
chamava de biquíni, no corpo.
Não pensei duas vezes e fui andando até os dois. Bem quieta e séria.Quando eu estava
chegando próximo deles ouço o Rodrigo dizendo.
- Não sei se percebeu, mas eu sou casado. – ele levanta a mão e praticamente esfrega a
aliança na cara dela. – E se me der licença, eu quero continuar brincando com o meu filho.
- Mãe! Eu pensei que não ia acordar mais. – diz o Gus quando eu estava já bem próximo
deles.
O que fez o Rodrigo e aquela mulherzinha me olhar.
Ignoro a mulher do lado dele e dou um beijo no Rodrigo. Um beijo de verdade. Pra deixar
bem claro pra essa assanhada que ele tem dona.
Separo as nossas bocas, mas continuo abraçada a ele.
- Bom dia, amor. – digo olhando nos olhos do Rodrigo, mas logo depois eu viro para o
Gustavo e digo – Filho eu perdi a noção da hora, mas podia ter me acordado.
- O papai não deixou.
Volto minha atenção para o Rodrigo e a Mulher, que estava ao nosso lado agora com uma
cara azeda e completamente sem graça.
- Oi desculpa, não te vi. – tentei fazer a melhor cara de sonsa e sorri, claramente falso,
para ela. – Você é a?
- Joyce.
- Algum problema aqui Joyce, perdeu algo no meu marido?
- Não eu…eu só estava pedindo informação… é..é que eu não sou daqui.. e como eu vi ele saindo daquela casa pensei que…
- Pensou errado, o meu marido não é guia turístico… Tantos quiosques pela praia, ali
mesmo tem um. Por que não foi até lá?
- E-eu não sabia que ele era casado. – ela praticamente assumiu que estava dando em cima
dele.
Como se eu já não soubesse.
- Impossível, só um cego não vê essa enorme aliança na mão dele. – digo mostrando a
mão do Rodrigo.
Posso ouvir uma pequena risada do Rodrigo e eu me viro pra ele com a cara feia e ele
rapidamente fica sério.
Ridículo! Se não fosse tão gostoso eu não teria esse problema.
- Espero que esteja bem claro pra você agora que ele é casado, muito bem por sinal, e que
ele não é guia turístico, não tem necessidade de você ficar vindo aqui e perguntando isso
ou aquilo. – seguro na mão do Rodrigo e começo o arrastar, mas antes que eu saia de fato
de perto dela eu volto. – Ah e da próxima vez que eu ver você dando em cima do meu
marido, pode ter certeza de que eu não serei tão educada.
Ela ficou lá com aquela cara de put@ azeda e eu fui puxando o Rodrigo e com isso o
Gustavo veio atrás.
- Hey, calma amor. – diz assim que chegamos ao quintal de casa.
- ESSAS MULHERES NÃO TEM VERGONHA NA CARA NÃO? – tudo que eu não
gritei pra bisc@tezinha eu vou gritar pra ele.
Ele é o culpado, ninguém manda ser tão irresistível.
- Eu falei que ela não ia gostar, pai. – o Gustavo falava aquilo com um sorriso no rosto.
- O que ela queria?
- Ah amor ela… Ela me chamou pra ir no quiosque tomar um suco com ela. Mas eu logo
cortei e disse que eu não queria, pois eu sou casado e só tenho olhos para a minha linda
esposa.
Ele diz lentamente e passa os braços pela minha cintura e começa a me beijar.
- Ai que nojo… – ouço o Gustavo falar e não aguento e me solto começando a ri.
Quando vou ver, ele nem esta mais do nosso lado.
- Acredita em mim, né?
- Claro que acredito… Mas essas mulheres me deixam loucas de raiva, elas fazem isso de
proposito. Até um dia eu de fato descer do salto e enfiar a mão na cara de uma.
Eu sei que nem todas são assim, tem mulheres que sabem respeitar um homem casado e a
sua esposa. Mas têm outras que, quanto maior for a aliança no dedo dele, maior é o
interesse. E isso me tira do sério. Eu sei quando uma mulher quer algo com o meu marido ou não. E não, eu não faço isso com todas as mulheres que chegam perto dele, mas tem
algumas que merecem.
Ele sorri jogando a cabeça pra trás.
- Não sei qual a graça.
- Eu amo os seus ciúmes, sabia? – diz beijando o meu pescoço.
- Rodri…
- Aah! Vem cá. Eu tenho uma coisa pra você. – ele pega na minha mão e me leva para
dentro de casa.
Passamos pela sala e vi o Gustavo sentado no chão brincando com o seu tablet.
O Rodrigo me leva para o quarto, vai até o banheiro e volta com uma sacola nas mãos.
- O que é isso?
- Pra gente ter certeza que o nosso bebezinho está ai dentro.
- Onde estava que eu não vi? Quando você comprou isso?
Vou até ele e pego a sacola de suas mãos e abro vendo vários testes de farmácia lá dentro.
- Enquanto você estava dormindo e eu guardei no armário… Agora vai lá anda.
Ele diz me empurrando para o banheiro e entrando comigo.
- Sério que você vai ficar aqui, amor?
- Qual o problema?
- O problema é que eu não quero que você me veja fazendo xixi dentro de um potinho.
- Ah Soph para, estamos casados há tanto tempo, já te assisti fazendo coisa pior.
- Eu não vou conseguir fazer xixi com você me olhando, vou me sentir sob pressão.
- Aaaah tá bom… Mas não demora.
Ele sai e deixa a porta encostada.
Abro todos os testes e leio a bula de cada um, depois eu pego dois deles e faço.
- Amor, acabou? – diz o Rodrigo entrando no banheiro.
- Calma, tem que esperar alguns minutinhos agora.
O Rodrigo passa as mãos pelos cabelos apressadamente, bagunçando-os de leve. Ele está
nervoso.
Os minutos se passaram, eu fui até a bancada e peguei os testes.
E de acordo com a bula de cada um deles… Eu estava grávida.
- Vai Soph, fala… O que esses dois pontinhos ai significa? – Ele estava nervoso e sem
paciência atrás de mim. Viro-me de frente pra ele e posso sentir os meus olhos cheios de lágrimas sorrio para ele,
que imediatamente entende e me abraça fortemente.
- Eu sabia, eu sabia, amor. – posso sentir sua voz embargada e sei que ele também está
emocionado.
O Rodrigo se ajoelha na minha frente e começa a beijar a minha barriga amostra.
- Meu Deus… Grávida! Você está grávida. Tem um bebezinho aqui dentro. – ele a essa
altura já chorava muito, passava suas mãos sobre minha barriga e beijava toda ela. –
Nosso outro filho… Aqui dentro… Obrigado, muito obrigado.
Ele se levanta, me abraça forte e eu não conseguia retribui. Eu apenas chorava… Chorava
de felicidade e um pouco surpresa também. Eu realmente não imaginava que estava
grávida, por mais que eu quisesse, eu não imaginava que já tinha um bebê aqui… Dentro
de mim.
Agora eu consigo entender por que eu tive que passar por tudo que passei. Por que eu tive
que perder uma parte de mim pelo caminho. Porque ainda não era a hora certa. Aquele não
era o momento certo. Mas agora é, eu sinto que é. Eu me sinto mais preparada, o meu
psicológico está bem pra gerar uma outra criança agora. O que naquele momento, no meio
daquela loucura toda, eu de forma nenhuma estava.


Amanhã tem os capitulos finais, ansiosas?

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