Conto Erótico - Emma - Capitulos 11, 12 e 13


Capitulo 11


Cheguei à cozinha, mamãe estava preparando um fígado acebolado. Nossa! Deu água na boca, aquele cheiro de cebola refogada no azeite me fez babar. Aproximo-me e já vou roubando um bife, ela me bate na mão. — Quer parar, dona Emma, desse jeito não saio hoje desta cozinha... Por que você não rouba as beterrabas? – Questiona com sarcasmo, sorrindo meio torto e virando os bifes com atenção para não espirrar óleo quente nela. — Você não vai me contar como foi à conversa? – Estava demorando, sabia que ela não se aguentaria de curiosidade. — Anda Emma, conta logo! Vai ficar aí com cara de poste? — Não sabia que poste tinha cara. – Brinco. Ela me devolve a brincadeira em forma de careta risonha. — Otávio ficou muito feliz mamãe e eu não duvido se no almoço ele coloque um lindo anel de noivado neste dedo. – Mostro o dedo anelar da mão direita a ela. — Mas tenho outra novidade. – Minha mãe me olha com espanto. — Eita, mãe, pelo seu olhar, já até adivinho o que pensou. Não, eu não estou grávida. – Ela respira aliviada. — Engraçadinha. – Brinco. — Consegui me inscrever no congresso de Flores em Leopoldina, será segunda, terça e quarta. Viajo na segunda pela manhã cedo e volto na quarta à noite. — Emma, como eu vou dar conta do Dylan e da floricultura sozinha! – Exclama já apavorada. — Não se preocupe, peço ao pai do Dylan para ajudá-la. – Falo sem pensar, arrependo-me na hora, pois logo escuto o maior sermão. — Como assim, o pai do Dylan, Emma Lancaster? Pensei que a senhorita, antes de aceitar o pedido de casamento do Otávio, tinha contado a verdade sobre o pai do Dylan. – Ela se aproxima, senta-se ficando de frente para mim, segurando minhas mãos. — Filha, não faça isso. Otávio não merece, ele precisa saber a verdade. – Minha mãe levanta-se e me observa longamente. — Emma, se você continuar escondendo as coisas do Otávio vai terminar perdendo ele também. E lhe digo mais, perdendo-o para sempre e quem vai sofrer mais com isso será o Dylan. Conte a verdade, Emma. Enquanto é tempo. Não podia dizer a verdade para Otávio, pois já sabia que ele ia me obrigar a contar ao Ricardo sobre o Dylan. Não, não vou contar. Um dos principais motivos de ter aceitado o pedido de casamento do Otávio foi o fato de deixá-lo assumir a paternidade do Dylan, assim não correria o risco do Ricardo descobrir sobre ele. — Não! E eu a proíbo de falar qualquer coisa sobre isso ao Otávio. Vamos encerrar o assunto. Otávio é o pai do Dylan e pronto. – Digo isso e saio sem olhar para trás. Por que é tão difícil minha mãe entender? Não posso voltar atrás, o que fiz escondendo o filho do Ricardo não tem conserto. É tarde demais para arrependimentos, sei que não tenho perdão, todos que me conhecem jamais entenderão os meus medos. Principalmente Ricardo. Sei que se ele descobrir sobre o Dylan vai tomá-lo de mim. Não, não posso arriscar o melhor mesmo é continuar mantendo minha mentira e fugindo do Ricardo, já o perdi mesmo. Passo a manhã toda em completa desarmonia. Minha cabeça dói, a conversa com mamãe não me fez bem. Sempre que o assunto é o Ricardo fico assim. Droga! Xingo alto, batendo minha mão no balcão com força. O sino da porta da floricultura avisa que alguém entrou, escuto uma vozinha bem conhecida por mim. Nossa, as horas passaram que eu nem senti. Dylan vem correndo até mim. — Mamãe, mamãe! – Eufórico, ele joga-se em meus braços. — Toma! – Ele me mostra um cartão, eu o pego das mãozinhas dele e verifico do que se trata, Otávio me observa de longe. Cacete, é o cartão de visitas do Ricardo, rezei para que o Dylan se esquecesse desse assunto. Dei um riso amarelo para o meu filho, procurando uma desculpa para fazê-lo desistir de ligar para Ricardo. Não sabia o que dizer, merda! — Filho, olha o horário. A esta hora, o seu amigo deve estar almoçando, vamos deixar para outra hora. Depois veremos isso, ok? Dylan cruza os bracinhos enchendo a bochecha de ar, bufa sua contrariedade e diz. — Não! O tio disse que posso ligar para ele quando quiser e a “ola” que eu quiser... “Agola”, mamãe, eu “quelo” ligar “agola”! – Ele olha para o Otávio como se estivesse esperando apoio. Otávio vem até nós, e o que ele me diz não é nada animador. — Querida, o que custa ligar para o amigo dele, tome o telefone, faça logo isso, só assim o Dylan sossega. Filho da mãe. Não era essa ajuda que eu queria, o que menos preciso nesse exato momento é o Ricardo rodando em minha volta. Dylan me olha com um sorriso vitorioso. — Liga, mamãe, por favor! – Ele me pede juntando as mãozinhas em súplica. Não tive alternativa, peguei o celular do Otávio e disquei o número. Assim que chamou, entreguei o aparelho para o Dylan. Ele o pegou todo feliz, ficou esperando o Ricardo atender, rezei para que ele não atendesse. Otávio e eu ficamos na expectativa. Minhas esperanças foram água abaixo, quando vi expressão feliz na voz do meu filho. — Tio! Sou eu, o Dylan. – Ele espera o Ricardo falar. — Você vem quando aqui me vê, eu tô com saudade de você, a mamãe dei-xou eu ligar... Do celular do meu papa. Você vem quando “bincar” com eu. Dylan falava sem vírgulas. Com certeza, Ricardo estava tentando responder, mas Dylan não dava espaço. Então, meu filho fica em silêncio. Não consegui escutar o restante da conversa, pois neste instante entram três pessoas na floricultura, viro-me e vou atendê-los deixando meu filho sob a supervisão do Otávio. Só o vi ir até uma poltrona e se deitar nela, sem tirar o aparelho celular da orelha. *** “— Campeão! Sua mamãe sabe que você está me ligando, e de quem é esse número? Calma, Dylan, eu não prometi que irei vê-lo em breve? Se prometi, ire,i não se preocupe, assim que minha agenda der uma brecha corro para lhe ver.” — Tio, você vai ficar o dia todo comigo, você “plometeu lembla”? “— Sim, sim, campeão, ficaremos o dia inteiro brincando, será só eu e você... Vamos fazer uma grande farra.” — Só nós dois! Tio, você pode ir me “bucar” na minha “ecola”, “quelo” mostrar você pra os meus amiguinhos, você pode, pode, diz que pode, por favor, tio! “— Claro que posso, é só me dizer o nome da sua escola, será um prazer ser apresentado aos seus amigos.” — “Ecola” Sonho Encantado, a roupa é azul e blanco, tio é fácil achar... Quando você vai vir, por favor, não “demola” tio. “— Não vou demorarb campeão, assim que puder, irei, farei uma surpresa. Dylan! Adorei ouvir sua voz, ganhei meu dia hoje.” — Mamãe não “quelia” deixar eu ligar, disse que ia incomodar você, mas meu papa convenceu ela. “— Diga a sua mamãe que autorizei você me ligar o horário que quiser e agradeça ao seu papa por mim. Entendeu Dylan? Você pode me ligar sempre, ok?” — Entendi tio, pela aí... (ele disse que eu posso falar com ele quando eu quiser, viu mamãe) Eu avisei a mamãe... Tio, eu “pleciso deligar”, meu papa disse que já chega. Tio... Eu amo você, viu... “Bezo”... Tchau! “— Tchau campeão... Eu também amo você.” E eu que pensei que o resto do meu dia continuaria uma merda. Enganei-me, agora posso dizer que o meu dia começou. Ouvir a voz do Dylan contagiou o meu coração e me fez feliz, não sei explicar o que sinto por este menino, só sinto o meu peito se encher de felicidade. É como se o meu mundo só seria completo com ele ao meu lado; isso é estranho, não me sinto assim nem quando estou com o Kael. Será por causa da Emma? Deve ser. Afinal, ele é filho dela e isso nos aproxima. Meu telefone toca, é minha secretária avisando-me que minha reunião começa em cinco minutos, levanto-me e volto a minha rotina. *** — Toma, papa, o celular “bigado”. – Dylan abraça Otávio com carinho, depois corre para onde estou. — Mamãe, o tio Ricardo vai à minha “ecola”, ele disse que “vamo” fazer farra, mamãe o tio é mega super fantástico não acha? – Ele fala cheio de inocência, não nego, deume uma dor no coração... O que o Dylan pensaria se descobrisse que o seu verdadeiro pai é o Ricardo e não o Otávio. Espanto os meus pensamentos e volto para o Dylan. — É sim, meu amor, o seu amigo é super mega fantástico, agora vá com seu papa, já, já o almoço será servido. Otávio espera por ele de braços abertos e os dois desaparecem escadas acima. Meia hora depois, fechei a loja e vou direto para cozinha. Já encontro Dylan fazendo birra, pois ele não queria fígado nem beterrabas, fechou a boca que nem vento passava por ela. Otávio, cheio de paciência, tentava convencê-lo a comer. Com insistência minha e do Otávio, conseguimos fazer com que Dylan comesse uma quantidade razoável da comida do seu prato. Assim que terminamos o prato principal, veio a sobremesa. Sorvete de chocolate, nem preciso dizer que o Dylan quase teve um treco de tanta felicidade. — O melhor sempre fica por último. – Diz com entusiasmo. Rimos muito com sua expansividade. Já ia me levantando quando Otávio segurou uma das minhas mãos e me pediu para sentar, sentei e ele se levantou. Não deveria ficar surpresa, mas fiquei. Otávio colocou a mão no bolso da calça e retirou de dentro uma pequena caixa de veludo preta, ele a abriu e para minha surpresa lá dentro se encontrava um par de alianças em ouro branco com arremates em ouro amarelo, a menorzinha era cravejada de brilhante em um círculo dando volta em todo o anel. Fiquei boquiaberta com a espessura e a beleza da peça. Otávio dirige-se ao Dylan e fala seriamente. — Dylan, você permite que eu me case com sua mãe? Otávio pega a minha direita e espera a resposta do meu filho. Dylan fica de pé na cadeira e grita com entusiasmo. — SIMMM! – Depois bate palmas quando vê o Otávio colocar a aliança em meu dedo, e dá um sonoro, Viva! Quando coloco a outra aliança no dedo do Otávio. Mamãe nos cumprimenta com um longo abraço, desejando-nos felicidades e nos perguntando para quando era o casamento. Otávio diz que só depende de mim. Respondi que deixava a cargo dele, e ele disse que providenciará a licença para o mais breve possível. Dylan fica muito mais feliz e, por sua vez, se joga nos braços do Otávio beijando todo o rosto dele. Depois de toda a celebração, aproveito e conto a novidade sobre minha ida a Leopoldina, na segunda pela manhã. Otávio me apoia na hora, dizendo para não me preocupar, pois cuidaria do Dylan. A semana passa rápida e logo a segunda-feira chega. Otávio me acompanha até o táxi, despedimo-nos com um longo beijo, confesso que já estava ficando com saudades dele, Otávio é um homem apaixonante, além de ser muito gostoso, mas a algo em seu olhar... Tristeza... Cheguei a Leopoldina as 8h10, o táxi me deixou no hotel Solares, ficarei hospedada nele e também é onde acontecerá o congresso. Fui direto para o meu quarto, arrumei minhas coisas e desci correndo para o início dos trabalhos. A segunda e a terça foram muito cansativas, meus dias se resumiram em palestras, demonstrações e aulas práticas, tínhamos pouco tempo para almoçar e só dez minutos de descanso nos períodos da manhã e tarde. A noite não tinha nem ânimo para sair, preferia mesmo jantar no quarto e antes de dormir ficar horas conversando com o Dylan e Otávio, a saudade estava me matando. Finalmente a quarta-feira chegou e junto com ela a certeza de que logo estaria em casa, junto daqueles que amo tanto. Como hoje era o último dia do congresso, resolvi vestir algo bem descontraído, escolhi um vestido floral bem soltinho nos quadris e acinturado com alcinhas finas. Ficou muito lindo em meu corpo, prendi os cabelos no alto na cabeça e passei uma maquiagem leve, calcei sandálias altas vermelhas, pronto! Dei uma última olhada no espelho grande do quarto, aprovando o meu visual. Desci para o restaurante, o café da manhã foi descontraído, já tinha feito amizade com todos e combinamos que após o encerramento do congresso sairíamos para comemorar no bar do hotel. Fui direto para o auditório, hoje teríamos uma palestra de Franklin Hilton, um renomado biólogo, não poderia perder isso por nada neste mundo. Foi uma das palestras mais maravilhosas de todo o congresso. Aprendi com ele e em menos tempo que todas as palestras dos dois dias anteriores. Se soubesse, só teria assistido a sua apresentação. Terminou a palestra, fui dá uma volta pelas redondezas do hotel. Desde que cheguei, não tive tempo de sair para comprar algo para os meus amores, fiz minhas compras e voltei rapidamente para o hotel indo direto para o restaurante. Esqueci-me de reservar uma mesa, tinha me esquecido completamente que o hotel estava cheio e assim o restaurante também. Sentei na primeira mesa que encontrei vazia, não havia nela sinalização nenhuma de reserva, então não vi problema em me sentar nela. Estava lendo o cardápio quando escutei uma voz bastante conhecida por mim. — Desculpe-me, senhorita, mas esta mesa já está reservada. – Retirei o livro do meu rosto levantando a cabeça em direção à voz a minha frente. — Perdão, sentei-me aqui porque não vi identificação de reserva. – Disse isso já me levantando. Porém, antes de mover os meus pés para fora da mesa, Ricardo segura em meu braço aproximando o rosto para bem próximo de mim e sussurra. — Fique... Faça-me companhia, Emma. Engoli em seco, meu corpo inteiro tremeu com o seu toque, meu coração dispara e minha respiração acelera. Deus! Inclino minha cabeça para cima lentamente, em direção ao seu olhar. Percebo que ele também ficou surpreso com o nosso encontro. Não sei o que dizer, então falo a primeira coisa que me vem à mente. — Tem certeza que quer minha companhia ou está sendo apenas gentil? – Eemma! Minha voz interior avisa-me para me desarmar. — Desculpe-me, Ricardo. Ok, aceito o seu convite. Ele abre um leve sorriso. Volto a me sentar e ele se senta à minha frente. Fizemos o pedido e por incrível que pareça escolhemos o mesmo prato e a mesma bebida. Olhamos um para o outro e sorrimos alegremente. — O que faz aqui? – Pergunta quebrando o gelo que se formou entre nós. Aponto para o imenso cartaz quase em frente da entrada do restaurante. — Vim para o congresso, termina hoje à tarde. Ele olha na direção que apontei e, para minha surpresa, é bem direto nas palavras. — Janta comigo hoje à noite? – E me olha arqueando as sobrancelhas, não sei por que, mas eu tive a impressão que deveria aceitar. Porém, lembrei-me de o que sempre acontece quando Ricardo e eu ficamos juntos, olho para minha aliança, percebi que os olhos dele também seguiram os meus. — Quando será o casamento? – Ppergunta e sua voz soou com certa tristeza. Sua mão segue em direção a minha e ele a segura passando o polegar em uma carícia sobre ela, aquele gesto aqueceu minha alma. — Logo. – Disse, retirando rapidamente minha mão da sua. — Como vai o seu casamento? Soube que se casou as escondidas com Pietra. Ele riu. — Não me casei com Pietra, isso é fofoca dos tabloides... – Ele me olha por cima dos olhos, isso me incomodou. — Pietra e eu só moramos juntos... Só me casarei quando me apaixonar por ela. – Baixei meus olhos. — E você, está apaixonado pelo... Como é o nome dele mesmo? — Otávio. – Respondi. Graças a Deus nosso almoço chegou, ficamos em silêncio durante a refeição, o garçom veio nos perguntar se gostaríamos de pedir a sobremesa, dispensei e pedi a conta. — Hei! Vá com calma, senhorita Emma Lancaster, sou um cavalheiro, pode deixar que eu pago. – Já ia protestar, mas ele abriu aquele riso lindo e eu quase peço para que ele me beijasse ali mesmo. E antes que minhas forças fossem à lona, levantei-me com toda a coragem da minha mente. — Ricardo, preciso ir, já vai começar o encerramento do congresso, foi um prazer revê-lo e obrigada pelo o almoço. – Pego minha bolsa e antes que os meus pés deem os primeiros passos, Ricardo me segura pelo antebraço. — Espero você hoje à noite, aqui mesmo neste restaurante, farei a reserva para nós agora. Não me faça ir buscá-la, pois se não estiver aqui às 20h., farei isso, irei atrás de você onde estiver, entendeu? Caracas, e agora? Pelo o olhar de intimação dele, ele estava falando sério, era tudo que precisava no momento, um encontro com Ricardo Willian... Começo a lembrar da minha mãe, se ela estivesse aqui diria logo, “Deus está lhe dando outra oportunidade”. Deus não faz isso comigo, vou me casar com outro homem, e o senhor sabe que Ricardo derruba minhas estruturas. Olho para ele, não sei como consegui dizer isso, mas disse. — Estarei aqui às 20h., agora preciso ir. – Olhei para a mão dele em meu braço, ele me solta e corro para bem longe dele.

Capitulo 12

Saí do restaurante cambaleando, meu corpo inteiro tremia, não sei como cheguei ao auditório, sentei-me na última fila, não consegui prestar atenção em nada do que estavam falando... Minha mente estava confusa. Resolvi sair, precisava espairecer, precisava de ar. Ainda atordoada, fui caminhar um pouco fora do hotel, assim que coloquei os pés na calçada recebo o ar fresco da tarde no rosto, sinto-me um pouco melhor. Quando iria imaginar que encontraria Ricardo em Leopoldina e hospedado no mesmo hotel que eu? É muita coincidência. Será? Será que coincidências existem, começo a pensar que minha mãe tem razão... Senti um arrepio na espinha, eu hein! Continuo minha caminhada. Deus, como farei isso, como me encontrar com o Ricardo sem deixar meu corpo e minha mente me entregar, pois o que sinto por ele está mais vivo que tudo em minha vida. Não posso fazer isso... Estou noiva de um homem maravilhoso, uma pessoa íntegra, não... Ele não merece isso, preciso resistir ao Ricardo... Burra, burra, por que fui aceitar o convite dele? Deveria ter dito não... E se eu não for... Será que ele vai me buscar mesmo? Não duvido, Ricardo é fogo, ele é bem capaz de bater em minha porta e me arrancar de lá a força. , Emma, agora é tarde, já que aceitou, encare o desafio, você nunca foi uma covarde. Sentome em um banco em uma praça perto do hotel, fico vendo o movimento das pessoas, meia hora depois volto para o hotel. Não voltei mais para o congresso, subi direto para o meu quarto. Resolvi ligar para Otávio. — Oi, noiva! Como estão as coisas por aí? – Otávio fala cheio de entusiasmo. — Nosso filho não para de chamar por sua mamãe, volte logo para nós, pois não vamos durar muito sem você. – E solta um riso gostoso. — Como é bom saber que sou amada com tanta força, Otávio! – Falo quase sussurrando. — Só volto para a casa amanhã pela manhã, marquei com o pessoal uma despedida no bar do hotel, você não vai ficar chateado, vai? Menti descaradamente, aquilo me partiu o coração, ele não merecia ser enganado, estou me sentindo uma sacana. — Claro que não, querida, vamos sobreviver até amanhã pela manhã, não se preocupe, eu e o Dylan vamos ficar aqui ansiosos esperando por sua volta. — Obrigada, Otávio, fiquei com a consciência pesada... Vocês aí, cheios de saudades, e eu aqui fazendo farra. — Divirta-se, querida, e comporte-se, ok? — Não se preocupe serei uma boa menina. Cadê o Dylan? — Está dormindo, brincou demais na escola. — Otávio... É só isso mesmo, você não está me escondendo nada? Ele não teve uma recaída? — Não, querida, só está cansado, só isso, não se preocupe, divirta-se. — Ok. Preciso desligar. — Querida! Amo você... — Sei disso, sei disso. Diz ao Dylan que estou morrendo de saudade dele... E claro de você também, beijos e até amanhã. — Beijo, meu amor. Ele desliga. Deitei na cama e meus pensamentos voam. Por que não consigo me apaixonar por Otávio, por que não posso mandar em meu coração, a quem estou enganado? Não nego, sinto um tesão dos infernos por ele, por algumas horas ele me faz esquecer o que sinto pelo Ricardo, preciso urgentemente tirar esse homem do meu coração, da minha cabeça e do meu corpo. Foco Emma, foco no Otávio, ele será o seu marido, e é isso que importa. Adormeci. Acordei com o barulho do celular... Ainda bem que coloquei para despertar, olho para o bendito... 19h15min, dei um sobressalto, cacete, preciso me arrumar. E agora, o que vestir? Não trouxe nada exuberante... Qual é, Emma... EXUBERANTE! Para quê? Acorda Emma, é só um jantar e pronto. Escolhi um vestido de renda preto, justo no corpo, minha produção foi completamente preta; vestido, lingerie e sapatos. Prendo os cabelos em um coque bem no alto da cabeça, maquiagem leve e para completar um par de brincos longo. Olho-me no espelho, o conjunto da obra ficou bom, apropriado para um jantar entre amigos. Verifico a hora: 20h10min. Pego minha bolsa, meu cartão chave, respiro fundo e saio... Quando cheguei à entrada do restaurante, sigo até a recepcionista e digo o meu nome. Ela chama um garçom que me acompanha até a mesa. Ricardo já estava lá. *** Quando a vi, andando em minha direção, meus olhos sorriram de alegria... Deus! Ela está linda, fiquei com uma vontade enorme de ir a sua direção e tomá-la nos braços, presenteando um beijo em seus lábios. Levantei-me, o garçom puxou a cadeira, ela se sentou, fiquei ali parado, olhando para aquela mulher linda à minha frente. Ela limpa a garganta e sorri. Volto ao planeta terra, peço desculpa e sento-me diante dela. Fiquei sem palavras, parecia um adolescente em seu primeiro encontro. Depois da minha consulta com o Dr. Bernard, esse momento estava sendo o segundo melhor do dia de hoje. Fiquei cheio de esperanças com a consulta, começarei o tratamento amanhã. Depois, minhas consultas serão duas vezes na semana. O médico disse que minhas chances de recuperação com esse tratamento são de 80%. — Ricardo! Emma me chama de volta a realidade. — Desculpe-me, fiquei hipnotizado com a sua beleza, juro que quase fui àquela mesa ali... – Aponto com o olhar para uma mesa a esquerda de nós, onde estavam dois homens jantando. Quando viram Emma, não tiraram os olhos dela. — Pedi para que eles olhassem para outra direção... — Pare, Ricardo, você está me deixando sem graça. Emma sorri com os olhos, aliás, ela ri com o rosto todo, fiquei morrendo de vontade de beijá-la, ali mesmo. O garçom traz a carta de vinho e me entrega; para o início, peço um espumante Crémant, o garçom me parabeniza pela escolha e vai buscar o vinho, ele retorna nos servindo. Espero ele retirar-se, levanto minha taça e levo até ela. — Que seja um encontro de paz. – Digo sorrindo. — Que a paz reine entre nós. – Ela sorri alegremente, encostando sua taça à minha, elas fizeram um som maravilhoso. O jantar foi servido, não conversamos muito durante a degustação. Perguntei sobre Dylan, falamos sobre nosso afilhado Kael, rimos das suas peraltices e dos seus ciúmes com a Angel... Na realidade, estava com medo de fazer perguntas e espantar a Emma para longe. Em todos os nossos encontros, sempre digo algo que a faz correr para longe, não queria isso, não queria afastá-la, não agora. Precisava ser cauteloso. Jantamos, ela não quis a sobremesa, então passamos para uma parte mais reservada do restaurante, pedi outra garrafa de vinho. Dessa vez escolhi um Torrontés, Emma me olha sorrindo e pergunta. — Quer me embebedar, Ricardo? Ai caramba, e agora, será que ela vai sair correndo, fui rápido à resposta. — Não! Esse vinho é muito gostoso, não é minha intenção embebedá-la, por favor, não pense isso. Emma solta uma gargalhada e experimenta o vinho. — Estou brincando, Ricardo, relaxa... O vinho é delicioso. – Lambe os lábios com a ponta da língua, aquilo me deixou louco. Logo me vem à cabeça uma cena... Emma deitada, jogando o vinho em seu corpo e minha boca e língua degustando todo vinho derramado sobre ela.... Meu membro pulsou, ajeite-me na cadeira espantando aquela visão da mente. Brindamos, precisava de coragem, aquela era a oportunidade que precisava para colocar tudo que sentia para fora, bebi a taça de vinho de vez, servi-me de mais. Emma não tirava os olhos de mim. Limpei minha garganta e respirei fundo. — Emma! – Precisava aproveitar o momento, talvez nunca mais tivesse esta oportunidade. — Emma... Por favor, escute-me, preciso muito ter esta conversa com você, te peço que só me escute, depois você pode dizer o que quiser... Certo? — Ricardo, você está me assustando, o que você quer me dizer de tão importante assim? — Não me interrompa, Emma, eu te peço que só me escute... – Respirei profundamente, ela aceitou e calou-se de imediato, ficou me olhando com curiosidade e apreensão. Comecei meu discurso. — Acho que precisávamos ter está conversa há muito tempo, assim não teríamos nos perdido no tempo. Quando conheci a Angel, pensei estar apaixonado por ela, logo no início tinha certeza sobre isso, mas quando saímos aquele dia, você se lembra? Ficamos só nós dois na boate, fiquei tão impressionado com você, fiquei a semana inteira com você em minha cabeça, quando descobri que a Angel estava apaixonada pelo Daimon, não fiquei triste, senti até um certo alívio, foi aí que comecei a pensar com mais força em você. Então, na noite que fizemos amor e descobri que fui o primeiro, quase enlouqueci, não quis me casar com você por obrigação, não soube explicar direito a minha intenção... Emma... Fui educado por minha mãe de forma a respeitar uma mulher e sempre fazer a coisa certa, nunca fui irresponsável, sexo pra mim não é algo que se faça sem emoção, e a primeira vez de uma mulher tem que ser com amor... Eu me senti no céu quando soube que você me escolheu, fiquei feliz e foi então que descobri que algo muito intenso e especial nasceu em mim. Mas, como sempre, você entendeu tudo errado e me julgou. Achou que eu estava querendo substituir a Angel por você e só queria me casar por ter tirado sua virgindade... Nunca, nunca Emma, pensei desta forma. Fiquei louco quando descobri que o preservativo tinha furado, entrei em desespero, não seria justo com você engravidá-la na sua primeira relação, fui irresponsável e me senti um idiota; por isso corri até a sua porta, mas juro, Emma, juro que eu já sabia que estava apaixonado por você, e rezei muito para você engravidar, pois só assim, quem sabe, você me aceitaria. Mas não aconteceu, aí surgiu a chance quando a Angel tentou nos juntar, mas você me colocou pra correr, fiquei tão puto que resolvi desistir deste sentimento. No casamento da Angel surgiu outra oportunidade, porém, mais uma vez, você me entendeu errado, você me deixava louco com os seus pensamentos em relação a mim... Eu estava me declarando e você me colocava pra bem longe da sua vida, resolvi esquecê-la de vez, e quando eu menos espero, você surge novamente em minha vida, no dia do casamento do John... Estava disposto a tudo, eu a queria com tanta força, não me importava com nada nem ninguém, só queria você. Pietra sempre soube dos meus sentimentos por outra mulher, ela quis correr o risco, nunca a enganei, ela sabia que a qualquer hora eu poderia ir embora... Eu queria você, Emma, eu a queria em minha vida em minha cama, em minha casa, em meu mundo. Só que você conseguiu distorcer tudo. Humilhoume e me colocou abaixo de um cachorro; pra mim foi o bastante, fiquei tão decepcionado que resolvi desistir de você e dar uma chance para Pietra. Doce ilusão. Nunca consegui esquecê-la. Minha vida tornou-se vazia, sem graça. Pietra é minha válvula de escape, uma ilusão, um engano... Quando a reencontrei em Suzano, foi meu fim, minhas muralhas caíram de vez... Emma, eu amo você, estou te dizendo de peito aberto... Amo você com toda força do meu coração, não me importo com nada, nem com Pietra nem com o Otávio, só quero você, preciso de você em minha vida, você é tudo que eu preciso... Por favor, acredite em mim. Eu estava tão emocionado que nem percebi que a Emma estava chorando... Suas lágrimas desciam por seu rosto como cachoeiras, ela soluçava... Segurei em suas mãos, estávamos trêmulos... — Meu amor, nos dê esta chance, eu te amo tanto, Emma... Ela puxa suas mãos das minhas, e entre soluços ela fala. — É-é tarde demais para nós, Ricardo... – Ela levanta-se. — Mas eu também preciso lhe dizer algo... Também amo muito você, e te peço perdão, perdão por todo o sofrimento que lhe fiz passar e que um dia eu possa fazer. Perdão, meu amor... Adeus. – Ela sai correndo pelo restaurante. Levanto-me, chamo o garçom e entrego o meu cartão. Peço que coloque a despesa em minha conta e saio correndo atrás da Emma... Não, não, desta vez ela não me escaparia... Consigo alcançá-la no elevador, seguro-a pelo braço e nós dois entramos na cabine. — Você não vai fugir de mim... Não depois do que me disse não depois que sei que sente o mesmo por mim. –Joguei-a com força na parede fria do elevador e roubei-lhe a boca. Ela fala tentando se soltar da minha boca, lutando contra o seu desejo. — Não, não Ricardo, por favor, não é certo, isso não é certo. — Para o inferno com o que é certo ou errado. –Puxo Emma pelos cabelos, o seu coque solta-se e eu entrelaço os dedos por entre os fios, forçando-a a me olhar. — Eu a quero, vou têla e vai ser agora... Emma, você é minha e nunca vai deixar de ser... Olha para mim... – Ordeno com força em minhas palavras. Roubo seus lábios e invado sua boca com minha língua, ela ofega, eu rosno, o toque da sua carne macia em minha boca roubou minha sanidade, aperto meu corpo contra o seu e começo a me roçar nele. — Diz para mim, diz que não me quer, Emma. – Afrouxo os meus dedos em seus cabelos olhando em seus olhos. — Diga! — Oh meu Deus... Não faz isso comigo Ricardo. – Ela começa a chorar. — Vamos, Emma, só diga que não me quer, eu a deixo ir... – Espero seus lábios moverem, porém ela não diz nada, ela aperta os olhos e uma lágrima desce. — Não precisa me dizer nada, seus olhos já me disseram o que eu queria saber. Porém, sua teimosia é maior que qualquer sentimento, ela engole o choro e responde em um murmuro. — Não! – Ela responde secamente, tentando manter a postura. E antes que ela pudesse dizer algo mais, cerquei-a pela cintura puxando-a para mim com força, minha boca devora a sua deixando-a sem ação, escorreguei minha língua por seu queixo mordendo-o em seguida. Ela ofegou. — Me solta! – Ela disse entre dentes, sua raiva se mistura ao seu desejo. — Nunca. – Falei, minha boca voltou a sua e lhe roubei a língua chupando com força. — Você me quer, Emma, com a mesma intensidade que eu a quero. — Não, eu não quero. – Ela fecha os olhos com força e outra lágrima desce, sinto sua luta interior. Minhas sobrancelhas se ergueram. — Mentirosa! – Minha mão passou por sua coxa, ela estremeceu. Meus dedos encontraram sua calcinha, afastei-a para o lado com um dedo, escorregando outro dedo em suas dobras, ela arqueia o corpo gemendo baixo. Retiro meus dedos da carne quente e molhada. — Aqui a prova que me deseja. – Mostrei meus dedos encharcados por seus sucos lambendo-os em seguida. Apertei-a contra a parede do elevador roçando o meu corpo ao seu. Ela me olha com desespero. — Por Deus. Ricardo... Nós não podemos fazer isso... — Podemos sim, eu a amo e você a mim, o que há de errado nisso? Antes que ela respondesse, uma voz surge no elevador, pedindo para que liberasse a cabine. Foi aí que lembrei que tinha o bloqueado, segurei Emma pelo pescoço fazendo pressão com o polegar, e me virei para o painel liberando-o; em seguida, apertei o botão do meu andar. Sem soltar minha mão do seu pescoço, viro-me para ela fixando o meu olhar ao dela. Ordeno duramente. — Coloque os braços em volta do meu pescoço. – Ela engole um pequeno suspiro — agora Emma! – Ela obedece, e a coloco nos braços. Emma esconde o rosto em meu pescoço. Sinto suas lágrimas molhando meu colarinho. Saio do elevador com ela em meus braços, abro a porta do meu quarto, entro... Ela me olha nos olhos, seu corpo está trêmulo, coloco-a no chão... Viro-a de costa para a porta e a encosto nela, trancando a porta com a ajuda do seu corpo, coloco meus dois braços em cada lado da sua cabeça fixando meus olhos aos dela, nem piscamos. — Você é minha, sempre foi e sempre será. Nunca mais vou deixá-la ir embora. – Nossas bocas se encontram num beijo possessivo e dominador, seguro pela nuca forçando ainda mais o beijo, ela entreabre os lábios e minha língua invade sua boca, encontrando sua carne macia e quente, ela se entrega... Emma se rende a mim. Sua reação foi como um poderoso afrodisíaco. Seus dedos passeiam por meu pescoço, acariciando-o, apertando-me, sinto os meus cabelos serem puxados e um suspiro sai da sua boca. Era tudo que queria ouvir. Afasto-a um pouco. — Levante os braços... – Ordenei. Ela assim o fez. Tirei o vestido pela sua cabeça... Lá estava ela, linda, gostosa e agora só minha. Aproximome, circulo os braços em volta do seu tronco e abro o fecho do seu sutiã, volto à posição anterior com a peça rendada em minhas mãos. Seus seios estão mais cheios, muito mais saborosos. Agacho-me ficando em frente ao que posso chamar de o monte da perdição, minhas duas mãos alcançam as laterais da sua minúscula calcinha e começo a descê-la, então eu o vejo, salivei... Puta que pariu! O meu capô de fusca continuava lindo, a única diferença era a marca da cicatriz da cesariana... Meus dedos desenharam a linha fina que se formou, ela ofegou com o toque dos meus dedos. Olhei para cima e percebi o brilho do seu olhar, ela acariciava meus cabelos com carinho, sorri para ela com ternura, meus olhos voltaram para o seu monte e minha boca o devorou com fúria e fome. Por sorte, Emma estava perto da porta e suas costas acharam a proteção necessária; com o susto, ela abriu as pernas e eu me aproveitei... Enfiei minha cara literalmente no meio das suas pernas, chupando, sugando, mordendo suas carnes, seu botão inchando e rígido. Emma gemia alto, apertava meu rosto com força em sua linda e deliciosa fenda. — Oh, meu Deus, hum, hum, coisa louca, que saudade de você, que saudade da sua boca, da sua língua... Oh, Cristo... Chupa, chupa aí, humm Ricardo, Ricardo, meu amor... A-amor humm. Ela jorrou todo o seu precioso líquido em minha boca, e sedento por ela, lambi e mordi suas carnes... Quando percebi que os seus espasmos cessaram, levantei-me ficando de frente para ela. Emma abriu um vasto sorriso. — Resisti o quanto pude, agora me segure, senhor coisa louca, pois minha fome por você extrapola minha razão. – Ela tira meu blazer e os botões da minha camisa voam pelo quarto... — Ai, que saudade desse momento, – digo sorrindo — pode rasgar minhas camisas à vontade, juro para você que comprarei uma confecção de camisas só para não lhe privar deste prazer, minha gatinha safada. Os trapos da camisa são largados ao chão, ela desafivela o meu cinto puxando-o com força... Emma me olha com um brilho perverso no olhar, escuto o som do cinto sendo batido com força ao chão, afasto-me, ela me chama com o dedo indicador. Digo não, ela sorri lascivamente batendo outra vez com a ponta do cinto ao chão, volta a me chamar com o dedo, e dou um sorriso de canto de boca, ela dá um passo em minha direção me alcançando e me puxa pelo cós da calça. Suas mãos são ágeis, em minutos minha calça está aos meus pés, eu a tiro junto com os sapatos. Emma ajoelha-se.... Aquela posição me deixou louco, eu já sabia o que vinha em seguida... Emma puxou minha boxer de vez, e com força. Ela sussurra. — Minha tora continua linda! – Não tive tempo de pensar em uma resposta, pois o choque da sua boca quente em meu membro me levou ao delírio. — Hum... Hum. – Emma chupava meu membro e o retirava da boca lambendo todo eixo, mordia a cabeça da seta, sugava o líquido da pequena abertura, depois o devorava completamente. Rosnei com força, segurei em sua cabeça enlaçando os dedos em seus cabelos e comecei a estocar meu membro em sua boca. Emma estava faminta, pois até as minhas bolas ela chupou, quase gozo... — Humm, isso minha gatinha safada, me devora, mate sua fome de mim, assim meu amor... Humm! O calor da língua quente de Emma mais os seus movimentos de vai e vem e o barulho de prazer que ela fazia me levou ao êxtase, gozei, gozei gostoso, gozei como há muito tempo não gozava... Olhei para baixo e lá estava a mulher que amo mais do que qualquer coisa nesse mundo, saboreando o meu líquido. Não perdi tempo, puxei para mim e a coloquei nos braços, levando-a para cama com cuidado; deitei-a sobre os travesseiros, inclinome sobre o seu corpo e saboreio os seus seios, mordendo cada mamilo e os puxando para mim, a marca dos meus dentes e da minha saliva ficaram. Queria deixar minha marca, queria marcá-la como minha só minha... Espanto meus pensamentos sórdidos, fixo em seu corpo e em seus seios lindos. — Coisa louca, quero você dentro de mim, não me tortura, tanto tempo esperei por isso, por favor, meu amor me possua agora. — Não precisa pedir novamente meu amor... – Se ela soubesse que na maioria das vezes transava com a Pietra pensando nos nossos momentos. Encaixei minha rigidez em sua abertura e empurrei lentamente, ela estava tão molhada para mim, tão escorregadia... Os gemidos que vinham da sua garganta só me deixaram mais possessivo, retirei o membro da sua entrada. Emma me olha com necessidade. Ofegante, ela protesta. Agarrei o seu cabelo, segurando firme enquanto me esfregava nela, provocando-a. Emma começou a respirar com pressa e a tremer... — Você é minha – murmurei com os olhos em chamas, volto a me esfregar em seu corpo, minha rigidez passa por suas dobras fazendo fricção em seu clitóris, ela gemia com força, - puxei os seus cabelos com mais força. — Eu quero ouvir você dizer isso. — Oh Deus! Eu... Sou... Sua! – Ofegava em seu prazer. — Novamente. — Sou sua... Coisa louca da minha vida. Puxei os seus cabelos com mais força, ela ofegava cada vez mais rápido, afastei-me, estiquei o braço abro a gaveta, pego um preservativo e o vesti em meu membro, mesmo sabendo que não podia engravidá-la ainda, não posso correr o risco, só depois que os resultados dos meus exames chegarem e souber que estou limpo de qualquer doença. Aí sim, nada ficará entre mim e ela. Coloquei meu membro em sua abertura e presenteei sua boceta com uma invasão dura e forte, meu membro escorregou bem fundo dentro de suas carnes. Emma arqueou o quadril com força fazendo assim a penetração mais profunda, minhas estocadas foram fortes, rosnava alto, estar dentro dela era como estar no paraíso, entrei e saí com força, ela gemia. — Eu amo você, moça teimosa. Sempre amei, minha linda moça teimosa. – Ela entrelaçou as pernas em volta da minha cintura e intensificamos o nosso ritmo de entra e sai. Ela gritou alto quando o seu prazer chegou e um grunhindo saiu da minha garganta. Nosso êxtase foi intenso, meus espasmos duraram por minutos. Aos poucos nos acalmamos, nossos corações voltaram ao normal, levei-a para um banho demorado, cheio de carinho e promessas, voltei com ela em meus braços, não vesti nada nem ela, cobri-a com o meu corpo, puxando-a para bem perto de mim, joguei o edredom sobre nós. Dormimos abraçados e felizes.

Capitulo 13

Acordei sentindo a respiração suave do Ricardo, Deus! Então é verdade, não foi um sonho... Aconteceu tudo aquilo realmente e desta vez sem brigas e discussões. Nem consigo me mover, tenho medo de acordá-lo e assim quebrar a magia, fiquei ali deitada em seu peito, mal respirava, ele dormia tão gostoso agarrado a mim, passo a mão levemente sob o seu peito, inspiro profundamente o seu cheiro. — Amo você, senhor coisa louca. – Sussurro. Não posso ficar aqui, preciso ir embora antes que ele acorde; ainda não estou pronta para lhe contar a verdade... Sim, sim eu vou lhe dizer que o Dylan é o seu filho, não posso mais continuar mentindo para ele, não agora que eu sei o quanto ele me ama e o quanto sou louca por ele... Sei que corro o risco de perdê-lo, eu sei... Aliás, tenho certeza de que ele me odiará, talvez pelo resto da minha vida, porém eu devo isso a ele e ao Dylan. Sustento meu corpo pelo antebraço e fico admirando Ricardo. “Eu não desistirei de você, Ricardo, lutarei por seu amor, mesmo que você me jure ódio eterno, farei de tudo para reconquistá-lo”, falo em pensamento. Mas, por hora, não posso enfrentá-lo, preciso de um tempo para tomar coragem. Sento-me com cuidado a cama, coloco os meus pés ao chão e quando já estou para me levantar, escuto o protesto de uma voz. — Onde a senhorita pensa que vai! Sua voz soa com certa dureza, olho por cima dos ombros, em direção a ele. Ricardo estava apoiando o corpo sobre os braços e me olhando desconfiado. — Por acaso pensava em fugir por aquela porta, sem se despedir de mim? – Ele aponta com o queixo em direção a porta. — Sinto lhe dizer, moça teimosa, a senhorita nunca mais vai fugir de mim, pois não irei permitir. – e me puxa para ele, caio sobre o seu peito e os nossos rostos ficam próximos. — Nunca mais, Emma Lancaster, vou deixá-la ir... Você é minha para sempre, sem volta e sem devolução. – E me beija a boca, roubando-me a língua; entrego-me ao calor do momento. Ricardo me afasta um pouco analisando o meu rosto, devo estar ruborizada, pois sinto minhas bochechas queimarem. — Então, não vai se defender? Limpo a garganta e me ajeito sentando na cama. — Só ia tomar um banho. – Menti descaradamente. — Sem mim! – Ele ri. — A partir de hoje faremos tudo junto, aprenda isso, moça teimosa. – Ele brinca com o meu queixo. Senta-se e se recosta à cabeceira da cama, olhando-me com certa desconfiança. — Emma, posso fazer uma pergunta? Senti um frio na espinha, mesmo assim respondi. — Pode. Ele me segura às mãos e as puxa para perto dele, baixo os olhos, tento controlar minhas lágrimas, ele me segura pelo queixo forçando-me olhar em seus olhos. — Por que o Otávio? Por que você aceitou se casar com ele e não comigo, já que você não o ama. Respirei fundo, precisava ser sincera... — Um dos motivos foi por que fiquei com raiva quando soube que você se casou às escondidas com Pietra, fiquei com raiva e triste ao mesmo tempo; então pensei que deveria dar uma chance ao Otávio já que ele me ama. — E o outro motivo? – Ele me olha por cima da sobrancelha. Esse motivo eu não poderia lhe contar, não agora. Baixei meus olhos, precisava encontrar uma saída para fugir desta pergunta, meu queixo começa a tremer. — Ok, posso reformular a pergunta! – Ele acaricia meus cabelos, mas não tira os olhos do meu rosto. — Porque esse medo de se envolver e de se comprometer? A Angel me disse que foi por causa do abandono do seu pai, mas não consigo entender como uma mulher tão forte e decidida como você deixar-se abalar dessa forma. Alívio... Foi o que senti. Essa pergunta também era difícil; no entanto, essa eu podia responder. — A Angel só conhece uma parte da história, nunca contei tudo... – Ricardo pega uma das minhas mãos e leva aos lábios, sinto o calor do seu hálito sobre ela. — Emma, você tem um sério problema de confiança... Nem para sua melhor amiga você se abre completamente. Angel ama você como uma irmã, mesmo assim você não confia nela. É mentira minha? — Eu sei disso... Ela foi a pessoa com quem mais me abri, porém, é muito difícil escancarar os meus medos. Eu sinto vergonha. Sei lá. — Então me conte o que aconteceu de verdade, para deixá-la assim tão arredia. Respirei fundo e olhei para ele. Uma lágrima desce por meu rosto, confessar aquilo para Ricardo ia ser muito difícil, mexer em meu passado, lembrar tudo que passei seria muito dolorido para mim... Então começo... — Fui criada em um lar cheio de amor... Pelo menos era o que eu pensava. Meu pai tratava a mim e a minha mãe com tanto amor, tanto respeito, mamãe era tratada como uma rainha por meu pai, ela não fazia nada dentro de casa, pois ele não deixava. Vivíamos bem, nossa casa era muito confortável, eu estudava no melhor colégio particular de Florence, mamãe tinha o seu próprio carro, tínhamos empregada, tudo que uma mulher deseja em um homem, minha mãe tinha. Ele a cobria de atenção carinho, nunca vi o meu pai discutir com a mamãe, era meu amor, minha vida, minha paixão, meu mundo, era assim que ele a tratava, as amigas da mamãe morriam de inveja dela. Vivia dizendo que o meu futuro marido teria que ser igual ou melhor que o meu pai... Eu amava muito meu pai, ele era o meu céu o meu mundo, o exemplo de homem que eu queria para mim... – Comecei a chorar, aquelas lembranças abriram uma ferida em meu coração. — Hei! Não fica assim meu amor, shhh, calma, Emma. Se não quiser continuar, pode parar, ok? – Ricardo me abraça com força, senti as batidas fortes do seu coração, foi o que me deu força para continuar. — Minha mãe acordava todos os dias com um sorriso no rosto, ela era cheia de vida, cheia de alegria e muito, muito linda, minha mãe era uma mulher feliz, meu pai a fazia feliz, e eu o amava por isso, queria que Deus me desse um marido igual a ele... Então, uma bela tarde, a polícia invade a nossa casa, e leva a mim e a minha mãe para a delegacia. Fomos quase arrancadas de dentro de casa, à força, eles falavam coisas horríveis sobre o meu pai e diziam que minha mãe era cúmplice dele, ficamos horas lá. Eles nos separaram, só ouvia o choro e os gritos da minha mãe. Como não tinham mais argumentos, eles acreditaram nela, e nos deixaram ir embora. Meu pai roubou a empresa em que trabalhava e fugiu, depois descobriram que a cúmplice dele era sua secretária, 20 anos mais nova que ele. Dois dias depois fomos mandadas embora de nossa casa, só com direito de levar nossos pertences pessoais... Escondi meu rosto no peito do Ricardo, comecei a sentir tudo aquilo novamente, a mesma dor e desespero de muitos anos atrás. — Eu só tinha 14 anos, Ricardo, era uma menina que ainda brincava de bonecas, ficamos na rua sem destino, se não fosse por uma policial que nos deu o endereço de um abrigo, teríamos dormindo na rua. No dia seguinte, fomos ao banco verificar nossa conta e para nossa tristeza meu pai tinha encerrado a conta e levado todo o dinheiro que existia. Minha mãe ficou desesperada, por sorte ainda tínhamos nossas joias, vendemos todas, só fiquei com um crucifixo que guardo até hoje, foi esse dinheiro que nos ajudou por um bom tempo. Com ele, alugamos um quarto e sala e compramos alguns móveis usados, só o essencial, minha mãe me matriculou em uma escola pública, e tentamos levar a vida com dignidade. No início, ela vivia dizendo que logo o meu pai voltaria para nos buscar, e me mandava colocar um prato a mais a mesa... Depois, ela passou para a revolta, vivia xingando ele de todos os nomes possíveis; veio à fase pior, a depressão, ela perdeu a vontade de viver, acordava chorando e dormia chorando, não saia da cama, não queria comer... Oh, meu Deus! – Gritei. — Emma, é melhor pararmos, você não vai suportar, não precisa continuar mais, meu amor, já entendi o porquê de tudo. – Ricardo não me solta, fica me acalentando. Mas eu preciso ir até o fim. Continuei... — O dinheiro acabou, e me vi obrigada a procurar um emprego, mas quem daria um emprego a uma garota de 14 anos, quem!? Estudava pela manhã e toda vez que saía do colégio batia de porta em porta, em lanchonetes, mercados, até em casas particulares, procurava saber se suas donas não precisavam de uma babá ou mesmo uma empregada doméstica. Então, quando vi a fome apertar, comecei a pedir esmolas, saía do colégio, vestia outra roupa e ficava nos fundos dos restaurantes pedindo sobras... — Até que um dia um senhor que tinha uma lanchonete me viu no colégio e perguntou o que estava acontecendo, contei toda a verdade, foi aí que ele resolveu me ajudar, comecei a trabalhar no período da tarde em sua lanchonete. O dinheiro que recebia dava pra pagar o aluguel e comprar alguma coisa para comermos, eu completava com as sobras da lanchonete. Estudava pela manhã, trabalhava à tarde e quando chegava em casa cuidava do jantar e do almoço do outro dia. Lavava roupa e arrumava a bagunça. Na madrugada, fazia minhas atividades escolares e estudava um pouco, mamãe não se animava pra nada, só fazia xingar os homens e ao meu pai, o seu discurso era sempre o mesmo “homem não presta, são todos iguais, quando encontram outra mulher mais nova e interessante larga você por ela; não confie em homem, Emma, eles só querem usar você”. Eu escutava isso todo santo dia. — Meses depois, quando cheguei em casa, encontrei minha mãe desmaiada no chão, entrei em pânico, corri para um telefone público e chamei uma ambulância. Mamãe sofreu um AVC, ficou sem os movimentos das pernas e sem movimentar o lado esquerdo do corpo, mas o médico me disse que era reversível, foi o meu alívio, ela só ia precisar de fisioterapia. Graças a Deus, o governo fornecia esse tratamento de graça e domiciliar. Foram anos de luta, eu sozinha para tudo, enquanto as meninas da minha idade se divertiam, eu fazia cálculos financeiros, contava centavos, mantinha uma casa e cuidava de uma doente. — E como se não bastasse, denunciaram-me para o serviço social, quase enlouqueço, iam levar minha mãe para uma clínica do governo e me colocariam em um orfanato. Meu patrão conseguiu um advogado e ele conseguiu minha emancipação, respirei aliviada. Depois, conheci a Angel e foi aí que as coisas melhoraram, eu já estava calejada pela vida e minha armadura contra homens era muito forte, não me deixava apaixonar. Muitas vezes eles diziam que eu era fria como uma pedra de gelo, não ligava, só queria me divertir. E quando eles tentavam avançar o sinal, eu os colocava pra correr... O restante você já sabe. Ouvi a respiração pesada do Ricardo, ele não me soltava, comecei a chorar compulsivamente... A dor da lembrança era muito forte, Ricardo beija o alto da minha cabeça. — Nós dois sofremos com o mesmo problema... Abandono da figura paterna. Só que no meu caso, tive a proteção da minha mãe até a minha maior idade; já você, criou-se sozinha e ainda cuidou da sua mãe. Shhh, meu amor, se antes eu já tinha o maior orgulho de você, agora tenho muito mais. Desprendo-me dos seus braços e muito emocionada, digo. — Ricardo, sei que o que passei não justifica o que fiz a você. Em momento algum, quero me justificar nem quero que sinta pena de mim, mas quero que saiba que as minhas ações foram por medo do abandono... Ainda tenho medo de ser abandonada e talvez esse medo nunca vá passar, mas peço que me perdoe... Por favor, Ricardo me perdoe, me perdoe... – Meu corpo tremia por meus soluços, um nó formou-se em minha garganta. Ele me puxa para si, apertando-me em seus braços. — Emma, Emma... Não tenho nada que perdoar você, fique calma meu amor, pelo amor de Deus, desse jeito você passará mal. Não conseguia me controlar, meu corpo tremia com força, meu medo triplicou, estava apavorada, a sensação de perdê-lo para sempre tomou conta do meu ser. Desesperada, prendo-me a ele e imploro. — Prometa-me, Ricardo, prometa-me que aconteça o que acontecer, você nunca vai me abandonar, nunca vai desistir de nós... Prometa-me, por favor. Ele me segurou o rosto com as duas mãos beijando-o por várias vezes, e a cada beijo dizia: — Prometo... Prometo... Prometo... Prometo... Meu amor, não fique assim, já disse que nunca mais deixarei você ir, você é minha para sempre... Meu corpo não me obedecia, pois meus tremores aumentaram, comecei a me sentir mal, minha respiração ficou acelerada, eu me apertava ao corpo dele. Ricardo percebeu meu pavor... — Emma. Respire, respire. Meu anjo, pelo amor de Deus! Emma... Emma! Não conseguia responder, minha voz sumiu, não conseguia respirar, queria gritar e não conseguia, segurava Ricardo com força, ele alcançou o telefone e eu o ouvi falar com a recepção, pedindo um médico para o seu quarto, com urgência. Não sei quanto tempo levou para o médico chegar. Quando percebi, estava sendo avaliada por um estranho, procurei por Ricardo e logo o vi ao meu lado, segurando minha mão. Estava assustado e com um olhar de preocupação, o médico afasta-se um pouco e o chama, mas consegui escutar o que ele disse para Ricardo. — Sua noiva teve um ataque de pânico, ela já está melhor, o que precisa agora é descansar, você sabe o que desencadeou esse ataque? — Sim, eu sei. — Então evite que isso aconteça novamente... Para o bem dela. Não vou passar nenhuma medicação, pois não sei se ela faz algum tratamento, deixe-a descansar. O médico foi embora, percebi o colchão afundar do meu lado. Ricardo me pegou com cuidado. colocando-me em seu peito, o seu abraço é tão bom, tão reconfortante... Oh, meu Deus, o que eu fiz? Por que eu fui tão burra, tão egoísta? Vou perdê-lo, sei que vou... Minhas lágrimas voltam e molham o seu peito. — Ei, moça teimosa, não chore, estou aqui para você, shhh. – Adormeci. Acordei com o som do meu celular, pulei da cama e corri para atendê-lo. — Alô! — Querida! Você está bem, aconteceu alguma coisa? — Otávio... Oi, não, não aconteceu, por quê? — Por quê! Você sabe que horas são? Já era para senhorita estar em casa há horas. Verifico as horas, e já são mais de 11h. da manhã. Deus do céu e agora? — Desculpe-me. Otávio... Perdi a hora mesmo, ontem fui dormir muito tarde e não coloquei o celular para despertar, não se preocupe, pois já estou indo embora. Cadê o Dylan? — Está aqui cheio de perguntas, ele quer saber onde a mamãe dele está... Emma! – Otávio faz uma pausa depois me pergunta — Você está bem? — Sim. Estou bem, diz ao Dylan que já estou indo, tá! — Ei, amo você, moça bonita, estou com muita saudade... – Ele espera uma resposta. — Emma! Percebo que alguém me observa, viro-me e vejo o Ricardo recostado no batente da porta do banheiro. — Ok, Otávio, daqui a pouco estou em casa, diz ao Dylan que não demoro, tchau... — Ei, ei! Emma! Ele me chama com pressa. — Beijo. – Ele fala todo cheio de emoção. — Outro, tchau. – Desligo rapidamente, Ricardo continua me olhando.

Continua amanhã

Comentários

  1. Q lindos tomara q agora ela faz a coisa certa

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  2. Até que enfim eEmma e Ricardo ❤

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  3. Nossa agora sim, espero que sai alguma coisa 🤗🤗🤗😍😍😍

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  4. Vai dar cagada!!! Pois tem sempre uma coisa ruim pra acontecer. Espero que não.

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