Conto Erótico - Emma - Capitulos 07 e 08
CAPITULO 07
— Papa casou com a mamãe, papa casou com a mamãe! – Acordamos com Dylan em cima de nós, pulando no colchão eufórico. — Filho, você vai se machucar. – Otávio fala com toda a paciência. — Filhão, por favor, pare antes que se machuque. — Papa casou com a mamãe. – Ele joga-se nos braços do Otávio, fico sem ação, fechei os olhos. — “Agola” o papa vai mimi aqui todos os dias? Diz que vai, diz que vai papa. Ele estava impossível. — Dylan! Filho. – Chamo-lhe a atenção. — Você lembra que a mamãe disse que o Otávio poderia dormir aqui de vez em quando! Pois é, hoje foi o dia. – Ele ri e começa a beijar o Otávio e a mim. — “Agola” eu “quelo” “acoda” todos os dias com o meu papa aqui... Por favor, mamãe “dessa...” – Ele olha para o Otávio. — Por favor, mamãe dei-xa o papai dor-mi todos os dias aqui, acertei papa? — Acertou filhão! – Otávio fala todo orgulhoso, ele vive corrigindo o Dylan em sua forma de falar e conseguiu grande sucesso, o Dylan já está soletrando algumas palavras perfeitamente. — Dylan já disse, uma vez ou outra o Otávio vai dormir aqui, ok? – Enfatizo e encerro o assunto. — Ok. Posso mimi um pouquinho aqui com o papa e você? – Ele joga-se entre o Otávio e eu, colocando uma perna por cima de mim e a outra por cima do Otávio. — Só um pouquinho, está quase na hora de levantar. – Otávio lhe diz. Fingi que dormi, porém Otávio e Dylan adormeceram. Levantei, tomei um banho, vesti algo confortável e desci para a cozinha. Mamãe já tinha preparado o almoço e o cheiro estava bom demais. Resolvi não abrir a Floricultura; hoje, daria folga a mim para curtir o meu filho e ao meu namorado. Uma hora depois Otávio e o Dylan acordaram e já desceram de banhos tomados e completamente arrumados... Bem... Otávio estava de calça social e com a camisa da noite anterior. Almoçamos e depois fomos até a casa do Otávio, ele precisava trocar a roupa, e surge vestido de bermuda e camisa polo. Fomos para o parque levar o Dylan, ele cismou que queria soltar pipa. Passamos o dia do sábado pajeando o Dylan. Quando voltamos para casa já era tarde, quase oito da noite. Dylan já dormia, assim que o Otávio o colocou a cama, ele acordou. Otávio aproveitou e deu um banho nele, logo após o colocou para dormir, ele não demorou a adormecer. Quanto a mim, estava morta de cansada, Otávio me olhou cheio de desejo e fomos para o banho juntos, fizemos sexo embaixo do chuveiro, foi muito bom, Otávio estava me saindo um excelente amante. Acordamos bem tarde e estranhamos que o Dylan não veio nos acordar. Tomamos banho e descemos a procura do Dylan. Ele estava na brinquedoteca, quando nos viu correu para nos abraçar. — Papa, mamãe, a vovó me disse que vocês saíram, ela é “mentilosa...” – Ele cruza os braços e faz bico. Otávio coloca-o no colo. — Humm, vamos brigar com a vovó porque mentiu para o meu Dylan. O domingo foi tranquilo, passamos a manhã em casa, depois fomos almoçar; à tarde, levamos Dylan para matinê, no cinema, e à noite saímos para jantar. Otávio esperou Dylan dormir para ir embora. Assim que ele adormeceu, Otávio despediu-se com um beijo erótico, dizendo-me que já estava cheio de tesão. Na manhã seguinte, eu estava atendendo a um cliente na floricultura quando Dylan entra todo eufórico, seguido por Otávio. — Mamãe, mamãe...! – Ele puxa minha saia. — Mamãe... MAMÃE! – Grita. — Filho, espere sua mamãe terminar. – Otávio chama a atenção do Dylan e some subindo as escadas. Agacho-me e falo para o Dylan pausadamente olhando em seus olhos. — Quantas vezes a mamãe já lhe disse para você esperar quando eu estiver ocupada... – Ele enche a bochecha de ar com impaciência. — Tá... Desculpa mamãe, mas tenho uma coisa mega super fantástica pra falar. Fiquei sem argumento, quando Dylan vem com essas duas palavras mágicas “mega super” é importante para ele. Sorri para o meu filho lindo e o coloquei nos braços, sentando-o no balcão da loja. — Ok! Rendo-me, o que é tão importante assim? – Pergunto, fazendo cara de surpresa. Ele segura em meu queixo com as duas mãozinhas e fala cheio de entusiasmo. — Papa vai me levar pra vê o tiranossauro rex, no museu, ele é bem “gandão”, desse tamanhão. – Ele abre os bracinhos me mostrando o tamanho do dinossauro. — Gigante, mamãe, papa me disse que tem outros dinossauros, mas eu só “quelo” vê o meu Rex, não é mega super isso... Eu não consigo esconder minha risada. — É sim, filho, é mega super fantástico. Agora, diga pra mim, onde é esse museu? Pelo que sabemos aqui nós não temos museus... – Então ouço uma voz vinda do alto da escada dizendo o que eu não gostaria de ouvir. — Em Florence, o museu está apresentando em curta temporada os dinossauros em tamanho real. Iremos amanhã, a exposição acaba na quarta-feira. – Otávio cerca-me pela cintura, beijando o alto da minha cabeça. Quase tenho uma síncope... Florence é igual a Ricardo... Deu-me um frio na espinha. “Pare com isso, Emma. Ricardo tem mais o que fazer qual a chance de ele estar em um museu em plena semana... Nenhuma”. — Humm! Quer dizer que os dois homens da minha vida vão passear sem minha presença... – Encaro o Otávio e depois olho fixamente para Dylan, e digo em tom de brincadeira. — Olho nele, filho, não deixe nenhuma moça bonita se aproximar do seu papa. – Dylan solta uma gargalhada sonora. — Pode deixar mamãe, se uma moça olhar para o meu papa, digo logo assim... “Epa, moça, meu papa é da minha mamãe”. Certo? – Ele levanta a mãozinha para o alto para que eu possa bater. Eu bato e lhe respondo. — Certo! Otávio pega Dylan nos braços e o leva para cozinha. — Vamos lá, estraga prazer, vamos almoçar... Advinha qual será o almoço do meu filhão hoje? — “Pocariaaa!” – Dylan responde levantando os bracinhos. — Erroou! Feijão, arroz, salada de agrião com beterraba e fígado, e para acompanhar suco de cenoura com laranja. Oba! – Otávio diz. — Eca, que nojo! E a “soblemesa” é boa? – Consegui ouvir perguntar ao Otávio. Respondo de onde estou. — Pudim de chocolate. – Escuto o gritinho dele de felicidade. Ainda estava na floricultura quando sinto duas mãos passearem por minha bunda. Otávio suspende minha saia e vai se agachando, e junto vai descendo minha calcinha. Então, suspendo um pé, depois o outro e ela é retirada completamente. Otávio coloca-a no bolso da calça. Ele vai subindo por minhas pernas deixando um rastro de beijos e lambidas até chegar a minha bunda, enterrando a boca bem no meio dela, ofeguei. Sinto seus dentes em minhas carnes, gemi baixo... Ofegante e cheia de tesão, pergunto. — O-Otávio, e o Dylan? — Dormindo com sua mãe. – Ele levanta-se e morde o lóbulo da minha orelha e me diz. — Não se mova, já volto. – Otávio foi até a porta e a tranca. Ele volta para onde estou, coloca uma mão em cada lado do balcão me cercando, começa a roçar a sua rigidez em mim; para facilitar, subo em um banquinho ficando na mesma altura que ele. Otávio morde o meu pescoço. — Minha delícia, que tesão eu sinto por você... – Ele abre o zíper da calça retirando seu comprimento, cacete! Minha fenda encharcou. Otávio espalha minhas pernas e inclina um pouco o meu corpo, eu sinto sua rigidez me penetrar, ele me segura pelos quadris e começa a me estocar lentamente. — Humm, minha gostosa, huum. – Jesus! Vou gozar. Inclino minha bunda para trás com força. — Mais rápido, mais rápido, hum, hum. – Otávio estoca com força, gemi baixinho... Ele sibila, sua calça desce completamente e começa a acelerar o entra e sai, uma de suas mãos encontra o meu clitóris e os seus dedos os fricciona, gemi alto. — Porra, eu vou go-gozar. — Rebola essa bunda, minha delícia – Ele fala cheio de tesão, rebolei. Chegamos ao clímax, extasiados. Otávio vira meu rosto para ele e me rouba um beijo, chupando minha língua. Desço do banco, enquanto ele sobe suas calças e ajeita a camisa. Otávio me puxa cercando minha cintura com um dos braços, com a outra mão segura em meu queixo e fala bem perto da minha boca; sinto o calor do seu hálito fresco. — Você me deixa louco. – Sorri em sua boca. — Amanhã; passo bem cedo para pegar o Dylan. – Diz. Olho seriamente para ele e pergunto. — Você não vem mais hoje aqui, senhor Otávio, e por quê? Otávio abre um vasto sorriso. — Minha namorada está desconfiada de mim? – E arqueia as sobrancelhas, e me responde. — Tenho um jantar de negócio que deve terminar bem tarde, depois levarei os clientes ao hotel; aí, você já sabe, tenho que fazer companhia para um drink, por isso é melhor ir direto para minha casa. Explicado, minha namorada! — Sim senhor! – Acompanhei-o até a porta e nos despedimos com um longo beijo, então eu me lembro da minha calcinha. — Hei moço! – Ele me olha. — Minha calcinha! Otávio bate no bolso da calça e sorri. — Vai ficar comigo... Quando bater a saudade eu a cheiro. – Pisca o olho e vai embora. Dylan acorda com a corda toda, hoje ele não vai à escola, é o grande dia do passeio com o Otávio. Não parava de falar no tal dinossauro, sabia tudo sobre o bicho, me deu uma aula. Otavio chega e o chama, Dylan pula da cama e nem espera terminar de vesti-lo, desce as escadas a toda velocidade sem camisa. Ele pula nos braços do Otávio, reclamando do seu atraso. — Papa o senhor está “atasado”, “calamba!” — Moço apressado, não estou a-tra-sa-do... Viu senhor ca-ram-ba!. – Otávio leva Dylan para cozinha, antes me beija os lábios. — Bom dia, namorada! Sonhei com você. – Diz ao meu ouvido. O café da manhã foi cheio de euforia, Dylan não parava de reclamar, queria logo ir para o carro. Com muito custo, Otávio convenceu-o a comer o bolo e beber a vitamina de frutas. Meia hora depois, os dois seguem para sua aventura, fico rezando e me apegando a todos os santos para que Ricardo fique bem longe do museu. Seja o que Deus quiser. Minha mãe percebe minha preocupação, fica me avaliando e solta o verbo. — Emma Lancaster, se você não quer contar a verdade para o Ricardo, pelo menos conte para o Otávio. Ele merece saber quem é o pai do Dylan, ouça o que vou lhe dizer... Conserte isso enquanto é tempo, ou então você vai terminar ficando sozinha e odiada. Ela nem me deixou argumentar, virou pelos calcanhares e sumiu no corredor. Mais que droga... Minha mãe sempre tem que me deixar com essa intranquilidade no peito, não vou contar nada a ninguém, nem para o Ricardo nem para o Otávio, eu só os faria sofrer. Estou pensando seriamente em aceitar o pedido de casamento do Otávio e, quem sabe, não seria melhor ele registrar o Dylan como filho, assim acabaria de vez com esse medo do Ricardo entrar por minha porta reivindicando o direito de me tomar o Dylan. Meus pensamentos são espantados com a entrada do meu primeiro cliente do dia. Abro um sorriso e desejo um bom dia, e assim o meu dia começa.
CAPITULO 08
... Restaurant Lumminaris Não gosto de mentiras, mas precisei mentir para Emma, o que ia lhe dizer: “Bem querida, sinto muito... Hoje eu não posso vir à noite, porque irei me encontrar com a Simone...” No mínimo, ela me bateria na cara e mandaria me foder, não quero nem pensar o máximo em que isso chegaria. Espero que Simone não se atrase, não quero prolongar essa conversa, não sei o que ela ainda tem a me dizer, só espero que ela não queira reviver o passado. Graças a Deus o restaurante não estava cheio, escolhi o Lumminaris porque ele é um local para reuniões de negócios e se alguém me visse e resolvesse contar a Emma, pelo menos, imaginaria que falei a verdade. Já tinha reservado a mesa desde a tarde, entrei e o garçom me encaminhou até à mesa. Sentei-me e pedi um vinho, precisava de algo para beber, não estava me sentindo confortável com este encontro. Simone chegou vinte minutos depois, confesso que já estava com vontade de ir embora... Nossa! Fiquei observando ela se aproximar, caramba, a mulher é de deixar qualquer homem de queixo caído, ela vestia uma saia preta, bem justa, com o comprimento abaixo dos joelhos na qual desenhava os seus redondos quadris; e pelo o olhar dos homens, a sua bunda magnífica estava sendo evidenciada, a blusa de seda vermelha chamava a atenção para sua pele e os seus negros cabelos, que estavam soltos e emolduravam o seu rosto lindo e sensual. Como não podia faltar, ela calçava sapatos altíssimos. Levantei-me e lhe puxei a cadeira para que se sentasse. Ela me oferece um sorriso encantador. — Desculpe a demora... É que... Demorei a decidir o que vestir. Percebi o seu embaraço. — Tudo bem Simone, agora você já está aqui e isso é o que importa. – Acho que fui muito seco, limpei a garganta e tentei corrigir o meu descaso. — Valeu a pena a demora... Você está linda! – Agora acertei, ela riu com os olhos. — Obrigada! Simone parecia nervosa, não entendi o porquê, pois foi ela mesma quem fez questão de nos encontrar. O garçom chega e me entrega o cardápio e a carta de vinho. Escolhemos os nossos pratos e o vinho. Jantamos em silêncio, aquilo estava me incomodando. Terminamos e ela pediu um Chateou Petrus, o garçom trouxe a garrafa de vinho e nos serviu. Pelo que conheço da Simone, ela queria me dizer algo importante, fui direto e quebrei o gelo. —Qual a urgência deste encontro Simone, porque não poderia ser em meu escritório? – Ela baixa os olhos e começa a desenhar a borda da taça com os dedos. — Não me sentiria à vontade, lá... – Ela enche o peito de ar e solta lentamente. — A Emma sabe que você foi casado e que teve um filho chamado Dylan? – Eu tinha quase certeza que ela tocaria neste assunto. — Não! E não vai saber. – Fui duro na resposta. — Eu a proíbo de contar qualquer coisa sobre o meu passado a Emma. – Fiquei com vontade de me levantar e ir embora. — Você a ama? Quer mesmo casar-se com ela... – Simone me olha com desespero. — Vou refazer a pergunta... Você quer se casar com ela por amor ou por causa do filho de vocês... Otávio... Ele não é o nosso filho Dylan. Pode ser seu filho com ela, mas não é o nosso Dylan. – Ela estende o braço e segura em minha mão. — Foi você quem escolheu o nome do menino, não foi? — Foi... E eu sei que ele não o nosso Dylan, não estou louco. – Aquela conversa estava caminhando para um lugar que eu não queria ir... O passado. — Simone! Escolhi seguir em frente, não se preocupe, estou bem, amo a Emma, temos um filho lindo, o que há de errado em querer ser feliz. – Não fui convincente, ela me olha desconfiada. — Então porque não contou a Emma sobre o seu passado, sobre o seu filho... Sobre nós dois Otávio... Por que você fugiu de mim? Nunca lhe culpei pela morte do nosso filho... Não foi sua culpa. Caramba homem, foi um bêbado estúpido que tirou o nosso filho de nós, não foi você... O nosso amor merecia uma chance... Ainda amo você, depois que nos divorciamos não consegui me envolver com ninguém, não consegui lhe esquecer, foram os sete anos mais difíceis da minha vida, fiquei sem meu filho e sem você... Otávio olha para mim! Eu não conseguia, não conseguia erguer meu olhar... Lembrar tudo aquilo doía demais, fiquei tanto tempo anestesiado e agora o meu passado volta e junto com ele a dor mais dilacerante que uma pessoa pode sentir... A perda de um filho. Meu filho Dylan tinha três anos quando foi arrancado de mim. Simone estava trabalhando e fui buscá-lo na escola, estávamos andando pela calçada, ele segurava uma bola na mão, a sua preferida, não largava a bendita para nada, passamos perto de um vendedor de algodão doce e ele me pediu, soltei a sua mão por um milésimo de segundo quando a bola escapou das suas mãozinhas e ele correu para pegá-la. Então, um carro veio em alta velocidade e o pegou em cheio, jogando-o a metros de distância, corri para pegar meu filho... Deus! Deus! Segurei o seu corpo sem vida em meus braços, como eu queria ter voltado ao tempo e não ter soltado a mãozinha do meu filho, ele estaria vivo junto a mim e sua mãe... — A culpa foi minha! – Gritei, bati forte à mesa, todos olharam em nossa direção, baixei o tom da minha voz e repeti a frase. — A culpa foi minha, Simone, fui displicente, soltei a mão dele, ele só tinha três anos, sou culpado, fiz você sofrer e lhe tirei o Dylan, tirei o seu riso... Simone levanta-se e vem até mim, senta-se ao meu lado e me cerca com os braços. Sinto o seu cheiro gostoso e o seu carinho. Simone sempre foi tão alegre cheia de vida, ela se parece muito com a Emma em sua expansividade, com ela não tem tempo ruim... Tirei tudo isso dela, Simone ficou triste, não sorria, ficava o tempo todo dentro do quarto do Dylan, chorando, aquilo acabou comigo, a culpa tomou conta da minha mente, a minha falta de atenção tirou de mim as duas pessoas que mais amei na vida... Meu filho e minha mulher. Não conseguia olhar para Simone, a culpa me consumiu, resolvi ir embora, meses depois meu advogado acertou meu divórcio e lhe entregou uma carta, onde eu lhe pedia para não me procurar e que fosse feliz com outra pessoa; nunca mais soube notícias sobre ela. Meses depois, conheci a Emma e descobri que ela estava grávida e o pai da criança a abandonou, e como não bastasse pediu para que ela abortasse a criança. Emma foi minha tábua de salvação, estava me afundando na tristeza e na culpa, a bebida era minha companheira, meus negócios andavam mal; a partir daí, minha vida mudou, apeguei-me àquela moça de olhos tristes e ao seu filho, sem querer e sem saber, Emma me salvou e me ergueu, deixando-me assumir o papel que não era meu, mas que assumi com o maior prazer. Quando seu filho nasceu, ela ainda me presenteou com a escolha do nome da criança. Dylan nasceu e me amou assim que saiu da barriga da Emma, pois quando o peguei nos braços. ele calou-se e é assim até hoje, posso não ser o seu pai biológico, mas sou seu pai de alma e de coração... Simone afasta-se um pouco me dando um pouco de espaço, e me fala com lágrimas nos olhos. — Otávio, quando vi você no consultório e o nome do nosso filho, fiquei surpresa, minha reação foi me jogar em seus braços, mas me contive, pois pensei que Emma era sua esposa. Fiquei com ciúmes quando vi outra mulher ocupando o meu lugar e morri de raiva, pois pensei que você tinha substituído o nosso filho... Não se preocupe, a raiva foi momentânea, passou assim que você me disse que vocês não eram casados... Fiquei com uma vontade louca de beijar-lhe a boca, ela estava ali, diante de mim... Contudo, o meu passado também veio junto com ela e a dor da perda também. Não, entre mim e Simone não havia mais possibilidades de reconciliações, nosso amor morreu junto com o nosso filho... Mesmo a querendo, não poderia mais tê-la. — Simone, não sei se você forçou sua vinda para Suzano, mas quero que saiba que estou feliz com a Emma e pretendo me casar com ela. Basta ela aceitar o meu pedido, esqueça nosso passado, me esqueça... E, por favor, eu lhe peço, não conte a Emma sobre o nosso passado nem sobre o nosso filho. Você é minha colega de faculdade, o que não deixa de ser verdade, mas só isso, e agora você é a pediatra do meu filho, e pronto. Chamo o garçom e peço a conta. Simone volta a sua cadeira, sinto a sua decepção e percebo os seus olhos lacrimejarem. Fiquei com uma vontade louca de abraçá-la, confortá-la. Resisti, foi difícil, mas resisti. Paguei a conta, levantei-me e a ajudei a levantar. Seguimos pelo restaurante em silêncio. Ofereci-me para levá-la até em casa. Simone aceitou, fomos em silêncio o caminho todo, não tínhamos mais o que falar, sei que ela ainda me ama, mas não há recomeço para nós, não posso fazê-la feliz. Cheguei em frente ao seu prédio, parei o carro e quando já ia abrindo a porta para sair, ela me puxou, agarrando-me o pescoço e me beijando a boca com desespero. Fui pego de surpresa e, por um momento, tentei resistir, mas meu corpo e minha mente me traíram. Uma das minhas mãos cercou sua nuca entrelaçando os meus dedos em seus cabelos e a outra segurou o seu queixo, forcei o beijo e nossas línguas se encontraram saciando a saudade uma da outra. Mordi o seu lábio inferior, depois a sua língua quente e minha mão escorregou por seu pescoço chegando aos seus seios. Simone arfou. Minha mão encontrou o botão da sua blusa, abri dois botões e meus dedos encontram a renda do sutiã, senti o seu mamilo rígido, deslizei o dedo sobre ele, Simone murmura. — Otávio... Humm, eu preciso tanto de você... – Despertei do meu delírio e a afastei do meu corpo, fechei os dois botões da sua blusa; sem entender o que aconteceu, ela me olhou atordoada, piscando os olhos várias vezes. Desci do carro, dei volta e abri a porta do carona. Estendi a mão e a ajudei a sair do carro. Beijei-lhe a testa. — Boa noite, Simone, perdoe-me, mas entre mim e você não existe mais nenhuma chance de dar certo. Acabou não quero e não posso magoar você novamente. Agora vá. Afastei-me dando espaço para ela passar à minha frente e seguir para o prédio. Simone me segura às mãos e beija cada uma. — Eu amo você e sei que você ainda me ama. Não faça isso com a gente nem com a Emma. Um relacionamento não é feito só de sexo, Otávio, não se engane. Puxo minhas mãos e lhe mostro o caminho, ela traga o ar com força e caminha para o interior do prédio, espero ela entrar. Quando ela some da minha visão, entro no carro e vou para casa. Estava dando adeus ao meu passado. *** Hoje será um daqueles dias, já estou até sentindo o meu cansaço no final do dia, não sei porque aceitei sair com a Pietra, à noite, minha vontade era ligar para ela e remarcar para outro dia. Minha empresa está patrocinando a exposição dos dinossauros, em tamanho natural, no museu da cidade, prometi que acompanharia a exposição, não pude vir na abertura e amanhã já tenho compromisso. Agora, vendo o alvoroço, nem sei como vou suportar ficar em um museu o dia inteiro. Realmente são impressionantes as figuras gigantescas, os bichos até parecem ser de verdade, eu juraria que eles estão me olhando e loucos para me devorarem. Pensei em mandar buscar Kael, mas como o meu irmão ele não gosta muito de bichos pré-históricos, prefere carros de corridas e cavalos, quando eu era criança tinha uma coleção inteira de todos os dinossauros, ficava horas brincando com eles. Começo a andar por todo o salão. Quando, de repente, duas mãozinhas abraçam minhas pernas. Olho para baixo e vejo uma linda cabecinha loira. A cabecinha ergue-se para cima fixando os seus lindos olhos em mim e os seus lábios abrem um lindo sorriso, meu coração acelera quando ouço a sua voz. — Tio, tio Ricardo, o senhor também gosta do Rex? – Dylan, o filho de Emma fala com toda a euforia de uma criança da sua idade. Olho para todos os lados a procura de Emma e quando não a vejo preocupo-me, agacho-me e lhe pergunto. — Oi, amigão, sim, sim eu adoro o Rex. – Olho mais uma vez em minha volta. — Amigão, onde está a sua mamãe? – Ele abre um sorriso e me responde. — Mamãe ficou em casa, tio. – Ele joga-se em meu pescoço, abraçando-me. — Tio, fiquei com saudade de você. – Ele afasta-se um pouco e me fala seriamente. — Você mentiu para o Dylan, disse que voltava para brincar e não voltou! – Ele enche a bochecha em contrariedade, cruzando os bracinhos. Não resisti e abri uma gargalhada. Toma, Ricardo Willian, vai fazer promessas para uma criança, agora se vire na desculpa. — E quem lhe disse que não vou, é claro que voltarei à sua casa, quando você menos esperar, passo lá e vamos brincar um dia inteiro. – Fico sério, estava preocupado com ele. — Campeão, você veio com sua escola, cadê sua professora? – Dylan cerca-me com os bracinhos novamente. Ele ri e responde. — Eu não vim com a cola, não. Eu vim com o meu papa. Fui pego de surpresa, aquela palavra dita por ele me apertou o peito, não sei explicar, mas me deu uma dor profunda que quase fico sem ar, era para ficar feliz, já que a desmiolada da Emma resolveu escutar meus conselhos e procurar o pai do Dylan, mas fiquei triste. Por quê? Ele pega em meu queixo me chamando a atenção. — Papa me disse que hoje é dia dos meninos, meninas não podem participar. – Fiquei com ciúmes, juro que queria estar no lugar do pai do Dylan. Enquanto conversamos, escuto alguém no microfone chamando o nome do Dylan. Coloco-o no colo e o levo até o balcão de informação. Ainda um pouco distante, avistei a figura de um homem completamente transtornado, tinha a certeza de que aquele homem era o pai dele. Dylan o viu e começou a chamá-lo. — Papa, papa. O homem corre em nossa direção. — Deus do céu, meu filho, quase morro, vem cá meu amor, nunca mais saia do meu campo de visão. – Ele toma o Dylan dos meus braços, a sensação que senti foi como me tirassem um pedaço de mim. — Sua mãe já me ligou umas dez vezes, nem atendi porque sabia que ela ia querer falar com você. – Ele abraça o Dylan, com carinho. — Papa, esse é meu amigo Ricardo, ele é muito legal. – Dylan nos apresenta. — Ai, desculpa! Fiquei tão preocupado que esqueci a boa educação. Muito obrigado por ter encontrado o meu filho, meu nome é Otávio Toledo. – Ele estende a mão em cumprimento. — O prazer é meu, Ricardo Willian. – Otávio me olha com espanto. — Empresas Willians? – Pergunta. Assenti com a cabeça. — Tio, cadê o cainho que dei para você? Enfio a mão no bolso e mostro o carrinho vermelho para ele; Dylan abre um lindo sorriso e fala com alegria. — Você fez um chaveiro! – Otávio não entendeu nada. Então expliquei. — Eu já conhecia o Dylan de Suzano. Um dia fiquei perdido por lá e fui bater na floricultura. Conheci essa figurinha maravilhosa e terminei ganhando um carrinho de presente. – Não quis prolongar a história e tão pouco contar que já conheço a Emma. Otávio sorri meio desconfiado, mas não me diz nada. O celular do Otávio toca, ele me pede licença, Dylan me dá os braços jogando-se para mim, Otávio ficou sem alternativa a não ser entregá-lo a mim. — É a mamãe no celular, eles são “mamolados...” – Dylan me diz isso com a maior alegria, morri de ciúmes. Finjo interesse. — Que bom! Agora você tem um papai por tempo integral. – Digo, mas um nó ficou em minha garganta. — Siimm, às vezes, ele mimi lá com a mamãe. Acabou de vez minha alegria, comecei a não gostar do Otávio, não fosse o Dylan iria embora imediatamente, segurei-me para não partir para cima daquele estranho. Ele logo se volta e toma o Dylan nos meus braços. — Venha, filho, sua mãe quer falar com você. – Dylan pega o celular e começa a falar com Emma, diz que me encontrou no museu, juro que gostaria muito de ver a cara que ela fez, mas pela quantidade de vezes que Dylan a chamou, sabia qual foi à sua reação. — Mamãe, mamãe, mamãe... Papa a mamãe ficou muda. – Otávio pega o celular e começa a chamar por Emma, mas ela não responde. Otávio desliga e diz que depois retorna à ligação. Aproveito e me despeço dos dois, Dylan me faz prometer que voltarei a casa dele, prometo, ele vem para os meus braços novamente e me abraça com força. Sou surpreendido com suas palavras. — Tio, eu amo você muitão. – Ele beija o meu rosto, meus olhos lacrimejam e o meu coração pula de felicidade. — Também amo você, campeão... Tchau! – Devolvo Dylan para Otávio e vou embora completamente emocionado.
Continua amanhã
— Papa casou com a mamãe, papa casou com a mamãe! – Acordamos com Dylan em cima de nós, pulando no colchão eufórico. — Filho, você vai se machucar. – Otávio fala com toda a paciência. — Filhão, por favor, pare antes que se machuque. — Papa casou com a mamãe. – Ele joga-se nos braços do Otávio, fico sem ação, fechei os olhos. — “Agola” o papa vai mimi aqui todos os dias? Diz que vai, diz que vai papa. Ele estava impossível. — Dylan! Filho. – Chamo-lhe a atenção. — Você lembra que a mamãe disse que o Otávio poderia dormir aqui de vez em quando! Pois é, hoje foi o dia. – Ele ri e começa a beijar o Otávio e a mim. — “Agola” eu “quelo” “acoda” todos os dias com o meu papa aqui... Por favor, mamãe “dessa...” – Ele olha para o Otávio. — Por favor, mamãe dei-xa o papai dor-mi todos os dias aqui, acertei papa? — Acertou filhão! – Otávio fala todo orgulhoso, ele vive corrigindo o Dylan em sua forma de falar e conseguiu grande sucesso, o Dylan já está soletrando algumas palavras perfeitamente. — Dylan já disse, uma vez ou outra o Otávio vai dormir aqui, ok? – Enfatizo e encerro o assunto. — Ok. Posso mimi um pouquinho aqui com o papa e você? – Ele joga-se entre o Otávio e eu, colocando uma perna por cima de mim e a outra por cima do Otávio. — Só um pouquinho, está quase na hora de levantar. – Otávio lhe diz. Fingi que dormi, porém Otávio e Dylan adormeceram. Levantei, tomei um banho, vesti algo confortável e desci para a cozinha. Mamãe já tinha preparado o almoço e o cheiro estava bom demais. Resolvi não abrir a Floricultura; hoje, daria folga a mim para curtir o meu filho e ao meu namorado. Uma hora depois Otávio e o Dylan acordaram e já desceram de banhos tomados e completamente arrumados... Bem... Otávio estava de calça social e com a camisa da noite anterior. Almoçamos e depois fomos até a casa do Otávio, ele precisava trocar a roupa, e surge vestido de bermuda e camisa polo. Fomos para o parque levar o Dylan, ele cismou que queria soltar pipa. Passamos o dia do sábado pajeando o Dylan. Quando voltamos para casa já era tarde, quase oito da noite. Dylan já dormia, assim que o Otávio o colocou a cama, ele acordou. Otávio aproveitou e deu um banho nele, logo após o colocou para dormir, ele não demorou a adormecer. Quanto a mim, estava morta de cansada, Otávio me olhou cheio de desejo e fomos para o banho juntos, fizemos sexo embaixo do chuveiro, foi muito bom, Otávio estava me saindo um excelente amante. Acordamos bem tarde e estranhamos que o Dylan não veio nos acordar. Tomamos banho e descemos a procura do Dylan. Ele estava na brinquedoteca, quando nos viu correu para nos abraçar. — Papa, mamãe, a vovó me disse que vocês saíram, ela é “mentilosa...” – Ele cruza os braços e faz bico. Otávio coloca-o no colo. — Humm, vamos brigar com a vovó porque mentiu para o meu Dylan. O domingo foi tranquilo, passamos a manhã em casa, depois fomos almoçar; à tarde, levamos Dylan para matinê, no cinema, e à noite saímos para jantar. Otávio esperou Dylan dormir para ir embora. Assim que ele adormeceu, Otávio despediu-se com um beijo erótico, dizendo-me que já estava cheio de tesão. Na manhã seguinte, eu estava atendendo a um cliente na floricultura quando Dylan entra todo eufórico, seguido por Otávio. — Mamãe, mamãe...! – Ele puxa minha saia. — Mamãe... MAMÃE! – Grita. — Filho, espere sua mamãe terminar. – Otávio chama a atenção do Dylan e some subindo as escadas. Agacho-me e falo para o Dylan pausadamente olhando em seus olhos. — Quantas vezes a mamãe já lhe disse para você esperar quando eu estiver ocupada... – Ele enche a bochecha de ar com impaciência. — Tá... Desculpa mamãe, mas tenho uma coisa mega super fantástica pra falar. Fiquei sem argumento, quando Dylan vem com essas duas palavras mágicas “mega super” é importante para ele. Sorri para o meu filho lindo e o coloquei nos braços, sentando-o no balcão da loja. — Ok! Rendo-me, o que é tão importante assim? – Pergunto, fazendo cara de surpresa. Ele segura em meu queixo com as duas mãozinhas e fala cheio de entusiasmo. — Papa vai me levar pra vê o tiranossauro rex, no museu, ele é bem “gandão”, desse tamanhão. – Ele abre os bracinhos me mostrando o tamanho do dinossauro. — Gigante, mamãe, papa me disse que tem outros dinossauros, mas eu só “quelo” vê o meu Rex, não é mega super isso... Eu não consigo esconder minha risada. — É sim, filho, é mega super fantástico. Agora, diga pra mim, onde é esse museu? Pelo que sabemos aqui nós não temos museus... – Então ouço uma voz vinda do alto da escada dizendo o que eu não gostaria de ouvir. — Em Florence, o museu está apresentando em curta temporada os dinossauros em tamanho real. Iremos amanhã, a exposição acaba na quarta-feira. – Otávio cerca-me pela cintura, beijando o alto da minha cabeça. Quase tenho uma síncope... Florence é igual a Ricardo... Deu-me um frio na espinha. “Pare com isso, Emma. Ricardo tem mais o que fazer qual a chance de ele estar em um museu em plena semana... Nenhuma”. — Humm! Quer dizer que os dois homens da minha vida vão passear sem minha presença... – Encaro o Otávio e depois olho fixamente para Dylan, e digo em tom de brincadeira. — Olho nele, filho, não deixe nenhuma moça bonita se aproximar do seu papa. – Dylan solta uma gargalhada sonora. — Pode deixar mamãe, se uma moça olhar para o meu papa, digo logo assim... “Epa, moça, meu papa é da minha mamãe”. Certo? – Ele levanta a mãozinha para o alto para que eu possa bater. Eu bato e lhe respondo. — Certo! Otávio pega Dylan nos braços e o leva para cozinha. — Vamos lá, estraga prazer, vamos almoçar... Advinha qual será o almoço do meu filhão hoje? — “Pocariaaa!” – Dylan responde levantando os bracinhos. — Erroou! Feijão, arroz, salada de agrião com beterraba e fígado, e para acompanhar suco de cenoura com laranja. Oba! – Otávio diz. — Eca, que nojo! E a “soblemesa” é boa? – Consegui ouvir perguntar ao Otávio. Respondo de onde estou. — Pudim de chocolate. – Escuto o gritinho dele de felicidade. Ainda estava na floricultura quando sinto duas mãos passearem por minha bunda. Otávio suspende minha saia e vai se agachando, e junto vai descendo minha calcinha. Então, suspendo um pé, depois o outro e ela é retirada completamente. Otávio coloca-a no bolso da calça. Ele vai subindo por minhas pernas deixando um rastro de beijos e lambidas até chegar a minha bunda, enterrando a boca bem no meio dela, ofeguei. Sinto seus dentes em minhas carnes, gemi baixo... Ofegante e cheia de tesão, pergunto. — O-Otávio, e o Dylan? — Dormindo com sua mãe. – Ele levanta-se e morde o lóbulo da minha orelha e me diz. — Não se mova, já volto. – Otávio foi até a porta e a tranca. Ele volta para onde estou, coloca uma mão em cada lado do balcão me cercando, começa a roçar a sua rigidez em mim; para facilitar, subo em um banquinho ficando na mesma altura que ele. Otávio morde o meu pescoço. — Minha delícia, que tesão eu sinto por você... – Ele abre o zíper da calça retirando seu comprimento, cacete! Minha fenda encharcou. Otávio espalha minhas pernas e inclina um pouco o meu corpo, eu sinto sua rigidez me penetrar, ele me segura pelos quadris e começa a me estocar lentamente. — Humm, minha gostosa, huum. – Jesus! Vou gozar. Inclino minha bunda para trás com força. — Mais rápido, mais rápido, hum, hum. – Otávio estoca com força, gemi baixinho... Ele sibila, sua calça desce completamente e começa a acelerar o entra e sai, uma de suas mãos encontra o meu clitóris e os seus dedos os fricciona, gemi alto. — Porra, eu vou go-gozar. — Rebola essa bunda, minha delícia – Ele fala cheio de tesão, rebolei. Chegamos ao clímax, extasiados. Otávio vira meu rosto para ele e me rouba um beijo, chupando minha língua. Desço do banco, enquanto ele sobe suas calças e ajeita a camisa. Otávio me puxa cercando minha cintura com um dos braços, com a outra mão segura em meu queixo e fala bem perto da minha boca; sinto o calor do seu hálito fresco. — Você me deixa louco. – Sorri em sua boca. — Amanhã; passo bem cedo para pegar o Dylan. – Diz. Olho seriamente para ele e pergunto. — Você não vem mais hoje aqui, senhor Otávio, e por quê? Otávio abre um vasto sorriso. — Minha namorada está desconfiada de mim? – E arqueia as sobrancelhas, e me responde. — Tenho um jantar de negócio que deve terminar bem tarde, depois levarei os clientes ao hotel; aí, você já sabe, tenho que fazer companhia para um drink, por isso é melhor ir direto para minha casa. Explicado, minha namorada! — Sim senhor! – Acompanhei-o até a porta e nos despedimos com um longo beijo, então eu me lembro da minha calcinha. — Hei moço! – Ele me olha. — Minha calcinha! Otávio bate no bolso da calça e sorri. — Vai ficar comigo... Quando bater a saudade eu a cheiro. – Pisca o olho e vai embora. Dylan acorda com a corda toda, hoje ele não vai à escola, é o grande dia do passeio com o Otávio. Não parava de falar no tal dinossauro, sabia tudo sobre o bicho, me deu uma aula. Otavio chega e o chama, Dylan pula da cama e nem espera terminar de vesti-lo, desce as escadas a toda velocidade sem camisa. Ele pula nos braços do Otávio, reclamando do seu atraso. — Papa o senhor está “atasado”, “calamba!” — Moço apressado, não estou a-tra-sa-do... Viu senhor ca-ram-ba!. – Otávio leva Dylan para cozinha, antes me beija os lábios. — Bom dia, namorada! Sonhei com você. – Diz ao meu ouvido. O café da manhã foi cheio de euforia, Dylan não parava de reclamar, queria logo ir para o carro. Com muito custo, Otávio convenceu-o a comer o bolo e beber a vitamina de frutas. Meia hora depois, os dois seguem para sua aventura, fico rezando e me apegando a todos os santos para que Ricardo fique bem longe do museu. Seja o que Deus quiser. Minha mãe percebe minha preocupação, fica me avaliando e solta o verbo. — Emma Lancaster, se você não quer contar a verdade para o Ricardo, pelo menos conte para o Otávio. Ele merece saber quem é o pai do Dylan, ouça o que vou lhe dizer... Conserte isso enquanto é tempo, ou então você vai terminar ficando sozinha e odiada. Ela nem me deixou argumentar, virou pelos calcanhares e sumiu no corredor. Mais que droga... Minha mãe sempre tem que me deixar com essa intranquilidade no peito, não vou contar nada a ninguém, nem para o Ricardo nem para o Otávio, eu só os faria sofrer. Estou pensando seriamente em aceitar o pedido de casamento do Otávio e, quem sabe, não seria melhor ele registrar o Dylan como filho, assim acabaria de vez com esse medo do Ricardo entrar por minha porta reivindicando o direito de me tomar o Dylan. Meus pensamentos são espantados com a entrada do meu primeiro cliente do dia. Abro um sorriso e desejo um bom dia, e assim o meu dia começa.
CAPITULO 08
... Restaurant Lumminaris Não gosto de mentiras, mas precisei mentir para Emma, o que ia lhe dizer: “Bem querida, sinto muito... Hoje eu não posso vir à noite, porque irei me encontrar com a Simone...” No mínimo, ela me bateria na cara e mandaria me foder, não quero nem pensar o máximo em que isso chegaria. Espero que Simone não se atrase, não quero prolongar essa conversa, não sei o que ela ainda tem a me dizer, só espero que ela não queira reviver o passado. Graças a Deus o restaurante não estava cheio, escolhi o Lumminaris porque ele é um local para reuniões de negócios e se alguém me visse e resolvesse contar a Emma, pelo menos, imaginaria que falei a verdade. Já tinha reservado a mesa desde a tarde, entrei e o garçom me encaminhou até à mesa. Sentei-me e pedi um vinho, precisava de algo para beber, não estava me sentindo confortável com este encontro. Simone chegou vinte minutos depois, confesso que já estava com vontade de ir embora... Nossa! Fiquei observando ela se aproximar, caramba, a mulher é de deixar qualquer homem de queixo caído, ela vestia uma saia preta, bem justa, com o comprimento abaixo dos joelhos na qual desenhava os seus redondos quadris; e pelo o olhar dos homens, a sua bunda magnífica estava sendo evidenciada, a blusa de seda vermelha chamava a atenção para sua pele e os seus negros cabelos, que estavam soltos e emolduravam o seu rosto lindo e sensual. Como não podia faltar, ela calçava sapatos altíssimos. Levantei-me e lhe puxei a cadeira para que se sentasse. Ela me oferece um sorriso encantador. — Desculpe a demora... É que... Demorei a decidir o que vestir. Percebi o seu embaraço. — Tudo bem Simone, agora você já está aqui e isso é o que importa. – Acho que fui muito seco, limpei a garganta e tentei corrigir o meu descaso. — Valeu a pena a demora... Você está linda! – Agora acertei, ela riu com os olhos. — Obrigada! Simone parecia nervosa, não entendi o porquê, pois foi ela mesma quem fez questão de nos encontrar. O garçom chega e me entrega o cardápio e a carta de vinho. Escolhemos os nossos pratos e o vinho. Jantamos em silêncio, aquilo estava me incomodando. Terminamos e ela pediu um Chateou Petrus, o garçom trouxe a garrafa de vinho e nos serviu. Pelo que conheço da Simone, ela queria me dizer algo importante, fui direto e quebrei o gelo. —Qual a urgência deste encontro Simone, porque não poderia ser em meu escritório? – Ela baixa os olhos e começa a desenhar a borda da taça com os dedos. — Não me sentiria à vontade, lá... – Ela enche o peito de ar e solta lentamente. — A Emma sabe que você foi casado e que teve um filho chamado Dylan? – Eu tinha quase certeza que ela tocaria neste assunto. — Não! E não vai saber. – Fui duro na resposta. — Eu a proíbo de contar qualquer coisa sobre o meu passado a Emma. – Fiquei com vontade de me levantar e ir embora. — Você a ama? Quer mesmo casar-se com ela... – Simone me olha com desespero. — Vou refazer a pergunta... Você quer se casar com ela por amor ou por causa do filho de vocês... Otávio... Ele não é o nosso filho Dylan. Pode ser seu filho com ela, mas não é o nosso Dylan. – Ela estende o braço e segura em minha mão. — Foi você quem escolheu o nome do menino, não foi? — Foi... E eu sei que ele não o nosso Dylan, não estou louco. – Aquela conversa estava caminhando para um lugar que eu não queria ir... O passado. — Simone! Escolhi seguir em frente, não se preocupe, estou bem, amo a Emma, temos um filho lindo, o que há de errado em querer ser feliz. – Não fui convincente, ela me olha desconfiada. — Então porque não contou a Emma sobre o seu passado, sobre o seu filho... Sobre nós dois Otávio... Por que você fugiu de mim? Nunca lhe culpei pela morte do nosso filho... Não foi sua culpa. Caramba homem, foi um bêbado estúpido que tirou o nosso filho de nós, não foi você... O nosso amor merecia uma chance... Ainda amo você, depois que nos divorciamos não consegui me envolver com ninguém, não consegui lhe esquecer, foram os sete anos mais difíceis da minha vida, fiquei sem meu filho e sem você... Otávio olha para mim! Eu não conseguia, não conseguia erguer meu olhar... Lembrar tudo aquilo doía demais, fiquei tanto tempo anestesiado e agora o meu passado volta e junto com ele a dor mais dilacerante que uma pessoa pode sentir... A perda de um filho. Meu filho Dylan tinha três anos quando foi arrancado de mim. Simone estava trabalhando e fui buscá-lo na escola, estávamos andando pela calçada, ele segurava uma bola na mão, a sua preferida, não largava a bendita para nada, passamos perto de um vendedor de algodão doce e ele me pediu, soltei a sua mão por um milésimo de segundo quando a bola escapou das suas mãozinhas e ele correu para pegá-la. Então, um carro veio em alta velocidade e o pegou em cheio, jogando-o a metros de distância, corri para pegar meu filho... Deus! Deus! Segurei o seu corpo sem vida em meus braços, como eu queria ter voltado ao tempo e não ter soltado a mãozinha do meu filho, ele estaria vivo junto a mim e sua mãe... — A culpa foi minha! – Gritei, bati forte à mesa, todos olharam em nossa direção, baixei o tom da minha voz e repeti a frase. — A culpa foi minha, Simone, fui displicente, soltei a mão dele, ele só tinha três anos, sou culpado, fiz você sofrer e lhe tirei o Dylan, tirei o seu riso... Simone levanta-se e vem até mim, senta-se ao meu lado e me cerca com os braços. Sinto o seu cheiro gostoso e o seu carinho. Simone sempre foi tão alegre cheia de vida, ela se parece muito com a Emma em sua expansividade, com ela não tem tempo ruim... Tirei tudo isso dela, Simone ficou triste, não sorria, ficava o tempo todo dentro do quarto do Dylan, chorando, aquilo acabou comigo, a culpa tomou conta da minha mente, a minha falta de atenção tirou de mim as duas pessoas que mais amei na vida... Meu filho e minha mulher. Não conseguia olhar para Simone, a culpa me consumiu, resolvi ir embora, meses depois meu advogado acertou meu divórcio e lhe entregou uma carta, onde eu lhe pedia para não me procurar e que fosse feliz com outra pessoa; nunca mais soube notícias sobre ela. Meses depois, conheci a Emma e descobri que ela estava grávida e o pai da criança a abandonou, e como não bastasse pediu para que ela abortasse a criança. Emma foi minha tábua de salvação, estava me afundando na tristeza e na culpa, a bebida era minha companheira, meus negócios andavam mal; a partir daí, minha vida mudou, apeguei-me àquela moça de olhos tristes e ao seu filho, sem querer e sem saber, Emma me salvou e me ergueu, deixando-me assumir o papel que não era meu, mas que assumi com o maior prazer. Quando seu filho nasceu, ela ainda me presenteou com a escolha do nome da criança. Dylan nasceu e me amou assim que saiu da barriga da Emma, pois quando o peguei nos braços. ele calou-se e é assim até hoje, posso não ser o seu pai biológico, mas sou seu pai de alma e de coração... Simone afasta-se um pouco me dando um pouco de espaço, e me fala com lágrimas nos olhos. — Otávio, quando vi você no consultório e o nome do nosso filho, fiquei surpresa, minha reação foi me jogar em seus braços, mas me contive, pois pensei que Emma era sua esposa. Fiquei com ciúmes quando vi outra mulher ocupando o meu lugar e morri de raiva, pois pensei que você tinha substituído o nosso filho... Não se preocupe, a raiva foi momentânea, passou assim que você me disse que vocês não eram casados... Fiquei com uma vontade louca de beijar-lhe a boca, ela estava ali, diante de mim... Contudo, o meu passado também veio junto com ela e a dor da perda também. Não, entre mim e Simone não havia mais possibilidades de reconciliações, nosso amor morreu junto com o nosso filho... Mesmo a querendo, não poderia mais tê-la. — Simone, não sei se você forçou sua vinda para Suzano, mas quero que saiba que estou feliz com a Emma e pretendo me casar com ela. Basta ela aceitar o meu pedido, esqueça nosso passado, me esqueça... E, por favor, eu lhe peço, não conte a Emma sobre o nosso passado nem sobre o nosso filho. Você é minha colega de faculdade, o que não deixa de ser verdade, mas só isso, e agora você é a pediatra do meu filho, e pronto. Chamo o garçom e peço a conta. Simone volta a sua cadeira, sinto a sua decepção e percebo os seus olhos lacrimejarem. Fiquei com uma vontade louca de abraçá-la, confortá-la. Resisti, foi difícil, mas resisti. Paguei a conta, levantei-me e a ajudei a levantar. Seguimos pelo restaurante em silêncio. Ofereci-me para levá-la até em casa. Simone aceitou, fomos em silêncio o caminho todo, não tínhamos mais o que falar, sei que ela ainda me ama, mas não há recomeço para nós, não posso fazê-la feliz. Cheguei em frente ao seu prédio, parei o carro e quando já ia abrindo a porta para sair, ela me puxou, agarrando-me o pescoço e me beijando a boca com desespero. Fui pego de surpresa e, por um momento, tentei resistir, mas meu corpo e minha mente me traíram. Uma das minhas mãos cercou sua nuca entrelaçando os meus dedos em seus cabelos e a outra segurou o seu queixo, forcei o beijo e nossas línguas se encontraram saciando a saudade uma da outra. Mordi o seu lábio inferior, depois a sua língua quente e minha mão escorregou por seu pescoço chegando aos seus seios. Simone arfou. Minha mão encontrou o botão da sua blusa, abri dois botões e meus dedos encontram a renda do sutiã, senti o seu mamilo rígido, deslizei o dedo sobre ele, Simone murmura. — Otávio... Humm, eu preciso tanto de você... – Despertei do meu delírio e a afastei do meu corpo, fechei os dois botões da sua blusa; sem entender o que aconteceu, ela me olhou atordoada, piscando os olhos várias vezes. Desci do carro, dei volta e abri a porta do carona. Estendi a mão e a ajudei a sair do carro. Beijei-lhe a testa. — Boa noite, Simone, perdoe-me, mas entre mim e você não existe mais nenhuma chance de dar certo. Acabou não quero e não posso magoar você novamente. Agora vá. Afastei-me dando espaço para ela passar à minha frente e seguir para o prédio. Simone me segura às mãos e beija cada uma. — Eu amo você e sei que você ainda me ama. Não faça isso com a gente nem com a Emma. Um relacionamento não é feito só de sexo, Otávio, não se engane. Puxo minhas mãos e lhe mostro o caminho, ela traga o ar com força e caminha para o interior do prédio, espero ela entrar. Quando ela some da minha visão, entro no carro e vou para casa. Estava dando adeus ao meu passado. *** Hoje será um daqueles dias, já estou até sentindo o meu cansaço no final do dia, não sei porque aceitei sair com a Pietra, à noite, minha vontade era ligar para ela e remarcar para outro dia. Minha empresa está patrocinando a exposição dos dinossauros, em tamanho natural, no museu da cidade, prometi que acompanharia a exposição, não pude vir na abertura e amanhã já tenho compromisso. Agora, vendo o alvoroço, nem sei como vou suportar ficar em um museu o dia inteiro. Realmente são impressionantes as figuras gigantescas, os bichos até parecem ser de verdade, eu juraria que eles estão me olhando e loucos para me devorarem. Pensei em mandar buscar Kael, mas como o meu irmão ele não gosta muito de bichos pré-históricos, prefere carros de corridas e cavalos, quando eu era criança tinha uma coleção inteira de todos os dinossauros, ficava horas brincando com eles. Começo a andar por todo o salão. Quando, de repente, duas mãozinhas abraçam minhas pernas. Olho para baixo e vejo uma linda cabecinha loira. A cabecinha ergue-se para cima fixando os seus lindos olhos em mim e os seus lábios abrem um lindo sorriso, meu coração acelera quando ouço a sua voz. — Tio, tio Ricardo, o senhor também gosta do Rex? – Dylan, o filho de Emma fala com toda a euforia de uma criança da sua idade. Olho para todos os lados a procura de Emma e quando não a vejo preocupo-me, agacho-me e lhe pergunto. — Oi, amigão, sim, sim eu adoro o Rex. – Olho mais uma vez em minha volta. — Amigão, onde está a sua mamãe? – Ele abre um sorriso e me responde. — Mamãe ficou em casa, tio. – Ele joga-se em meu pescoço, abraçando-me. — Tio, fiquei com saudade de você. – Ele afasta-se um pouco e me fala seriamente. — Você mentiu para o Dylan, disse que voltava para brincar e não voltou! – Ele enche a bochecha em contrariedade, cruzando os bracinhos. Não resisti e abri uma gargalhada. Toma, Ricardo Willian, vai fazer promessas para uma criança, agora se vire na desculpa. — E quem lhe disse que não vou, é claro que voltarei à sua casa, quando você menos esperar, passo lá e vamos brincar um dia inteiro. – Fico sério, estava preocupado com ele. — Campeão, você veio com sua escola, cadê sua professora? – Dylan cerca-me com os bracinhos novamente. Ele ri e responde. — Eu não vim com a cola, não. Eu vim com o meu papa. Fui pego de surpresa, aquela palavra dita por ele me apertou o peito, não sei explicar, mas me deu uma dor profunda que quase fico sem ar, era para ficar feliz, já que a desmiolada da Emma resolveu escutar meus conselhos e procurar o pai do Dylan, mas fiquei triste. Por quê? Ele pega em meu queixo me chamando a atenção. — Papa me disse que hoje é dia dos meninos, meninas não podem participar. – Fiquei com ciúmes, juro que queria estar no lugar do pai do Dylan. Enquanto conversamos, escuto alguém no microfone chamando o nome do Dylan. Coloco-o no colo e o levo até o balcão de informação. Ainda um pouco distante, avistei a figura de um homem completamente transtornado, tinha a certeza de que aquele homem era o pai dele. Dylan o viu e começou a chamá-lo. — Papa, papa. O homem corre em nossa direção. — Deus do céu, meu filho, quase morro, vem cá meu amor, nunca mais saia do meu campo de visão. – Ele toma o Dylan dos meus braços, a sensação que senti foi como me tirassem um pedaço de mim. — Sua mãe já me ligou umas dez vezes, nem atendi porque sabia que ela ia querer falar com você. – Ele abraça o Dylan, com carinho. — Papa, esse é meu amigo Ricardo, ele é muito legal. – Dylan nos apresenta. — Ai, desculpa! Fiquei tão preocupado que esqueci a boa educação. Muito obrigado por ter encontrado o meu filho, meu nome é Otávio Toledo. – Ele estende a mão em cumprimento. — O prazer é meu, Ricardo Willian. – Otávio me olha com espanto. — Empresas Willians? – Pergunta. Assenti com a cabeça. — Tio, cadê o cainho que dei para você? Enfio a mão no bolso e mostro o carrinho vermelho para ele; Dylan abre um lindo sorriso e fala com alegria. — Você fez um chaveiro! – Otávio não entendeu nada. Então expliquei. — Eu já conhecia o Dylan de Suzano. Um dia fiquei perdido por lá e fui bater na floricultura. Conheci essa figurinha maravilhosa e terminei ganhando um carrinho de presente. – Não quis prolongar a história e tão pouco contar que já conheço a Emma. Otávio sorri meio desconfiado, mas não me diz nada. O celular do Otávio toca, ele me pede licença, Dylan me dá os braços jogando-se para mim, Otávio ficou sem alternativa a não ser entregá-lo a mim. — É a mamãe no celular, eles são “mamolados...” – Dylan me diz isso com a maior alegria, morri de ciúmes. Finjo interesse. — Que bom! Agora você tem um papai por tempo integral. – Digo, mas um nó ficou em minha garganta. — Siimm, às vezes, ele mimi lá com a mamãe. Acabou de vez minha alegria, comecei a não gostar do Otávio, não fosse o Dylan iria embora imediatamente, segurei-me para não partir para cima daquele estranho. Ele logo se volta e toma o Dylan nos meus braços. — Venha, filho, sua mãe quer falar com você. – Dylan pega o celular e começa a falar com Emma, diz que me encontrou no museu, juro que gostaria muito de ver a cara que ela fez, mas pela quantidade de vezes que Dylan a chamou, sabia qual foi à sua reação. — Mamãe, mamãe, mamãe... Papa a mamãe ficou muda. – Otávio pega o celular e começa a chamar por Emma, mas ela não responde. Otávio desliga e diz que depois retorna à ligação. Aproveito e me despeço dos dois, Dylan me faz prometer que voltarei a casa dele, prometo, ele vem para os meus braços novamente e me abraça com força. Sou surpreendido com suas palavras. — Tio, eu amo você muitão. – Ele beija o meu rosto, meus olhos lacrimejam e o meu coração pula de felicidade. — Também amo você, campeão... Tchau! – Devolvo Dylan para Otávio e vou embora completamente emocionado.
Continua amanhã
Que lindo... Pai e filho juntos e gostando da mesma coisa... ♥️
ResponderExcluirLaços de sangue e muito forte
ResponderExcluirHummm maravilhoso up
ResponderExcluirLindooo
ResponderExcluirO mundo parece tao grande...mas um dia as pedras se encontram ...
ResponderExcluirQuando o Amor é verdadeiro nada é nem ninguém separa 😍😍😍