Conto Erótico - Consequências - Capitulos 17 e 18
🔥Consequências...
❗Manuela e Bernardo❗
✔Capítulo 17
Bernardo
Acordei com os carinhos da minha linda, ela me beijava e acariciava o meu peito.
- Bom dia minha linda… eu disse ainda de olhos fechados e a abraçando.
- Bom dia meu lindo, está melhor? Ela perguntou.
- Muito melhor, seu carinho me renova… eu disse beijando sua testa.
- Que bom… espero que o dia hoje no trabalho seja de progresso… ela disse.
E eu me lembrei de como seria esse maldito dia hoje… voltando a aquela casa, tendo que lidar com os pensamentos ruins que inundariam a minha mente, tendo que ver todos aqueles lugares em que eu vivi os piores momentos da minha vida perdido na minha obsessão, perdido na minha doença de dominador, não sei se consigo suportar, mas vou ter que ser forte pra aguentar, forte pela minha família que preciso proteger.
- Amor? Amor? Tá pensando em que? Pergunta Manuela.
- Não, em nada, só nas coisas que preciso resolver hoje… mas, enfim, vamos ver as meninas… eu disse levantando.
- Elas devem estar tomando café já… ela disse se levantando também.
Tomei um banho e me vesti, depois fui pra cozinha tomar café e ver minha pequenas.
- Cadê as princesas do pai? Eu disse entrando na cozinha.
- Papai! Elas vieram correndo pra me abraçar, peguei as duas no colo abraçando-as.
- Estão comendo tudo? Perguntei.
- Sim papai… elas disseram.
- E você pequena, está melhor? Perguntei pra Lívia.
- Sim papai, já melolei… ela disse.
- Ótimo, hoje a noite quando o pai chegar nós vamos brincar muito… eu disse
- Ebaaaa! Elas gritaram.
- Isso, agora vamos terminar o café pra ir pra escola… disse Lena, coloquei as duas no chão e ela foram se sentar novamente.
Peguei somente um café e tomei, me despedi das meninas e de Lena e fui me despedir de Manuela, ela estava saindo do banho.
- Já vou mulher, não devo chegar tarde hoje tá bem?
- Ok amor, bom dia… disse ela me dando um selinho.
- Bom dia… me liga se precisar de alguma coisa.
- Sim, pode deixar, até mais tarde.
- Até… eu disse pegando firme em sua cintura e dando um beijo em seu pescoço… gostosa! Sussurro em seu ouvido e ela sorri.
Estou tentando fazer como nos outros dias, agindo normalmente, pra que ela não perceba a minha tensão, o meu nervosismo, mas eu não estava nada bem, em pouco tempo eu estarei naquela casa de novo, revendo tudo, relembrando de tudo, já se passaram tantos anos, eu espero suportar tudo aquilo… eu tenho a total certeza de que estou curado de tudo, só que relembrar de tudo não me faz bem, voltar a tudo aquilo não me faz bem, e por coisa alguma eu voltarei a me tornar aquele homem que eu fui antes, jamais, por conta dos meu inúmeros erros hoje estou começando a ver as consequências e estou ciente de que somente eu tenho que pagar por elas, não a minha família.
Sai de casa e peguei meu carro, e depois de muito pensar eu fui em direção a aquela casa, já imaginando o que me aguardava por lá.
Manuela
Depois do café eu recebi a ligação de Ben pedido que eu fosse a agência pra agendar alguns desfiles pessoalmente com os clientes, então ajudei Lena a por as meninas pra escola e depois fui me aprontar pra sair.
Terminando peguei minha bolsa e sai de casa, peguei um táxi e fui pra agência, chegando encontrei com Ben.
- Oi gatona… ele disse me abraçando.
- Oi gatão… eu sorri e o abracei também.
- Vamos resolver logo com os clientes tudo porque eu tô cheio de trabalho hoje… disse ele.
- Quanto antes melhor, tenho coisas pra fazer hoje também… eu disse, e fomos pra reunião com os clientes.
Duas horas depois…
Terminando a reunião eu estava indo pegar um táxi para casa quando recebi uma ligação de um número desconhecido.
- Alô? Eu digo atendendo.
- Alô, boa tarde, quem está falando é Manuela? Perguntam.
- Sim, eu mesma, quem fala?
- Manu, nossa que bom que consegui falar com você, sou eu Luan… diz ele.
- Luan? Não acredito, é você! Nossa que saudade! Digo.
- Também estou com saudades, estamos no Rio, queremos vê-la.
- Claro, claro que sim, me diz onde vocês estão?
- Estamos em um hotel em Copacabana, tem compromisso agora? Ele pergunta.
- Não, não tenho, me diz o nome do hotel e eu vou até aí… digo.
- É um hotel famoso, Copacabana Palace… ele diz.
- Ah sei, tá bom, chego aí logo logo, beijos.
Desligo e peço um táxi, nossa nem acredito que eles estão aqui no Rio, que saudades que eu tenho da minha família da Índia, principalmente da mãe de Lohan, que foi como uma mãe pra mim, mesmo depois dele ter morrido eles não se esqueceram de mim, sempre ligando e se preocupando comigo, e eu claro tenho o maior carinho por eles.
Chegando eu perguntei em qual quarto eles estavam e me informaram, peguei o elevador e fui… toquei a campainha e quem atendeu a porta foi Luan…
- Manu! Diz ele sorridente me abraçando.
- Luan, que saudade! Digo apertando ele.
- Muita Manu, você está linda como sempre! Diz ele.
- E você também… digo… e sua esposa veio também? Perguntei.
- Sim, ela é minha mãe somente, os outros não vieram… vamos entrar… disse ele e entramos.
A mãe de Lohan estava na sala sentada no sofá, quando a vi algumas lágrimas já brotaram em meu rosto, então fui abraça-la.
- Minha querida você está maravilhosa! Disse ela.
- Que saudade mamadi… eu disse, pois era assim que ela gostava que eu a chamava, porque ela sempre me considerou sua filha é lá eles chamam suas mães assim.
- Como você está preciosa! E suas meninas, estão bem? Ela perguntou.
- Sim, estão ótimas e muito lindas… E eu estou bem também… sorri.
- Quero vê-las… ela disse.
- Claro, marcamos e eu as trago aqui… eu disse me sentando no sofá.
- E a Nila, cadê? Perguntei a Luan.
- Deve está se trocando, não deve demorar… ele disse.
- Vocês vão adorar o Rio, é lindo demais… e também, se quiserem podemos marcar algo e vocês conhecerem o Bernardo pessoalmente… eu disse.
- Claro, vamos sim… disse mamadi.
Enquanto conversávamos Nila veio até a sala.
- Nila! Eu disse e fui abraça-la… nossa, está muito linda!
- Oi Manuela… obrigado, você também… disse ela.
Nós sentamos e ficamos conversando, eles me contavam as novidades e eu contava as minhas também, Nila como sempre não fazia muita questão de nada, ela sempre se achou muito superior a mim e nunca me considerou muito, já eu não tinha e nem tenho nada contra ela, sempre quis que fossemos amigas, mas ela nunca me deu muito espaço, quando morávamos juntos na mesma casa, mamadi pedia que ela me ajudasse a se adaptar, mas ela nunca fez, eu aprendi sozinha, digamos que ela teve que me suportar e deve ser por isso que ela não foi muito com a minha cara, porque antes era só ela em casa, quando cheguei ela teve a atenção dividida, mas agora ela deve está feliz da vida de novo, pois é somente ela outra vez.
Conversamos muito, almoçamos juntos, depois comi muitos doces que trouxeram, os doces que eu mais amava lá da Índia, nossa foi um dia maravilhoso, eu estava super feliz, mas já estava na hora de ir, as meninas estavam pra chegar da escola e Bernardo do trabalho.
✔Capítulo 18
Bernardo
Fazer todo aquele caminho em direção a aquela casa me deixou muito mal, eu pensei que não fosse conseguir chegar até lá, parei no caminhos muitas vezes, tomei muitos calmantes mas nada fazia efeito, parecia que meu corpo não respondia a nada, como pode isso? Eu só queria uma boa desculpa pra não ter que ir lá, como o carro ter quebrado ou eu ter passado muito mal, mas nada disso aconteceu, eu até estava mal, mas de nervosismo, minha pressão deveria está a mil pois eu sentia uma dor muito forte na nuca e suava muito e quanto mais eu ia chegando mais o meu coração disparava, eu não podia está tendo uma crise, não aqui sozinho, sem Manuela pra me ajudar… e infelizmente eu cheguei.
Parando em frente eu não conseguia olhar para aquela casa, minhas mãos tremiam no volante, eu respirava fundo tentando me controlar… devagar eu saí do carro e me virei de frente pra casa, levantei meu olhos e olhei e quando a vi parece que toda a minha vida ali passou diante dos meus olhos… meu corpo travou e eu não conseguia fazer nenhum movimento, só repetia na minha mente que eu precisava ser forte, por Manu e pelas minhas filhas, eu teria que suportar e enfrentar tudo isso por elas.
Reuni forças e fui em direção a entrada e quando os seguranças me viram se assustaram, eram os mesmos que trabalhavam pra mim… cumprimento os dois e entro passando pelo jardim, me aproximando da porta o meu coração apertava no peito, eu não sei se aguentaria, realmente eu estava a ponto de ter uma crise… chegando a porta eu abri e quando entrei senti aquela dor no coração, fiquei olhando em volta e tudo era exatamente como antes, não havia ninguém ainda na casa, mas tudo estava como antes… dei alguns passo pra dentro e quando olhei a escadaria imensa na minha frente eu me lembrei do primeiro dia em que vi Manuela… e parece que aquele momento se repetia ali na frente, eu me via descendo as escadas e indo ver as novas meninas que haviam chegado, é lá no fim da fila estava ela, tão frágil e com medo, chorando muito… meus olhos não acreditavam, mas parecia mesmo que eu estava revendo tudo aquilo… e no momento em que eu bati os olhos nela eu já a quis pra mim, ela era linda, tão inocente, aquilo me deixava louco, eu procurava isso numa menina naquele momento e achei nela… com muito custo eu consegui subir as escadas da casa e entrei no corredor e fui passando e passando até chegar a porta do quarto que era meu e que também foi dela.
Abri a porta do mesmo e entrei… é assim que entrei outra vez as lembranças vieram a minha mente, como se eu estivesse vendo a cena novamente.
Lembrança de Bernardo…
- Qual seu nome?
- Manuela…
- Manuela, pra você eu sou Chefe OK?
- Sim…
- Sabe meu nome?
- Não…
- Me chamo Bernardo, mas aqui ninguém me chama pelo nome, somente de chefe, entendeu?
- Sim chefe…
- Boa menina…
- Manuela eu sei que você não queria está aqui… que você foi mandada como pagamento de uma dívida a minha casa de luxo, então eu vou ficar com você…
- Que?
- Isso, vou ficar com você por um tempo e depois vejo o que você pode fazer aqui.
- Eu não quero ter problemas com a Marisol.
- Problemas? Porque teria? Eu que mando aqui, ela faz o que eu mando senão é castigada… Preste atenção, aqui não é a mansão dos sonhos, é trabalho, eu não sou o cara romântico e apaixonado que trata as mulheres com carinho, se fizer algo errado eu te castigo, então seja boazinha.
- OK…
- Agora vá para o banheiro, tome um banho, faça tudo que tiver que fazer, pegue na gaveta uma camisola, vista e volte aqui… não demore.
Meu corpo inteiro tremia, os meus olhos queimavam, eu não era um cara de chorar, mas naquele momento eu não consegui me conter... me ajoelhei ali mesmo onde eu estava e chorei, porque lembrar de tudo aquilo me fez sentir uma dor muito grande dentro de mim, e me fez pensar novamente em como eu pude ser um cara assim durante anos da minha vida, um cara frio, sem sentimentos, sem compaixão de ninguém, eu não expressava nada, só rancor e ódio, por ter sido um dia magoado por alguém, e por conta disso eu estraguei a minha vida, eu me fechei, eu me enchi de ódio e não soube me superar, eu só queria fazer com todos o que fizeram comigo, me magoaram, me trocaram, me descartaram como se eu fosse um objeto e foi isso que eu fiz com as pessoas todos aqueles anos... voltar aqui e lembrar de tudo isso acabou comigo agora.
Respirei fundo tentando me recompor e me levantei limpando as minhas lágrimas, sai daquele quarto onde eu não pretendia voltar mais, desci as escadas novamente e pra minha surpresa na sala estava Jonas, que trabalhava pra mim e era o meu braço direito naquela época.
- Jonas... eu disse indo até onde ele estava, e se virando pra onde eu estava ele se assustou e ficou até sem fala... sei que você deve ta se perguntando se sou eu mesmo aqui, mas é, sou eu mesmo... eu disse.
- Mas... mas... ele dizia... o que você ta fazendo aqui chefe? É, quer dizer Bernardo...
- Outra vez estou aqui Jonas, é uma longa história, mas eu vou ter tempo de te contar tudo.
- Caramba eu juro que pensei que nunca mais veria o Senhor... ele disse.
- Eu também pensei que jamais voltaria aqui, mas pra você, são consequências do meu passado.
- Mas eu não entendo, porque o senhor voltou? Não é o Pedro o dono de tudo agora? Ele perguntou.
- Vamos pro escritório e eu lhe conto toda a história... eu disse e fomos.
Entramos no escritório, nos sentamos e eu expliquei tudo a Jonas, tudo que aconteceu comigo e porque eu estava ali novamente, e também disse que eu precisava muito da ajuda dele pra conseguir me livrar de tudo isso e em troca eu daria a ele tudo que um dia ele sempre quis, ser dono de tudo, ele ficaria com tudo e eu bem longe e claro, ele aceito.
- Pode contar comigo chefe, vou conseguir que todos os caras percam a confiança em Pedro e quando eu disser que o Senhor está no comando novamente eles vão com certeza tirar o Pedro da jogada... disse ele.
- Obrigado Jonas, eu só estou aqui mesmo por causa da minha família e é por isso que eu preciso apagar esse passado... eu disse.
- Finalmente achei você Bernardo... diz Pedro entrando no escritório.
- Como pode ver, estou aqui pronto pra trabalhar... eu digo.
- Então pode começar... as contabilidades estão uma bagunça, estamos com pouca renda, faça o que você sabe fazer, me arrume clientes e meninas como aquelas que você tinha e faça essa casa funcionar, quero ver lucros!
- Não me diga o que tenho que fazer, sei muito bem como isso aqui funciona e faço esse trabalho melhor do que ninguém Pedro, não é atoa que você me ameaçou pra está aqui, você depende de mim agora então vamos colocar as coisas nos seus lugares, você não é o meu superior, somos como sócios, faz o seu trabalho que é muito fácil e eu faço o meu, e ninguém se mete no setor de ninguém, entendido? Eu só quero mesmo Jonas pra me ajudar, não preciso de nenhum empregado seu, Jonas sabe muito bem o que ele tem fazer, e eu, também sei e se você não tem mais nada pra dizer, se retira do meu escritório e me deixa colocar essa merda aqui pra funcionar... eu disse, em tom firme e Pedro ficou apenas me encarando, até que saiu da sala batendo a porta.
- Caraca chefe, o senhor é o melhor... disse Jonas rindo.
- Isso é pra ele ver que não está lidando com qualquer um, eu não deixo ninguém me dar ordem... Eu disse, estava com muita raiva dentro de mim e se é pra eu acabar com tudo isso que seja como antes.
- Sou seu fã, quero ser como o Senhor... disse ele.
- Menos em Jonas, agora vamos trabalhar, preciso que me consiga umas meninas e você já sabe onde ir... eu disse.
E o resto do dia foi assim, trabalhando e trabalhando, tentando colocar pelo menos algumas coisas em ordem, pois colocar tudo iria demorar um pouco... nunca me imaginei fazendo isso novamente, mas é preciso, e agora eu vou acabar com isso de vez, vou fazer com que isso aqui suma assim que eu recuperar tudo novamente.
Continua amanhã...
❗Manuela e Bernardo❗
✔Capítulo 17
Bernardo
Acordei com os carinhos da minha linda, ela me beijava e acariciava o meu peito.
- Bom dia minha linda… eu disse ainda de olhos fechados e a abraçando.
- Bom dia meu lindo, está melhor? Ela perguntou.
- Muito melhor, seu carinho me renova… eu disse beijando sua testa.
- Que bom… espero que o dia hoje no trabalho seja de progresso… ela disse.
E eu me lembrei de como seria esse maldito dia hoje… voltando a aquela casa, tendo que lidar com os pensamentos ruins que inundariam a minha mente, tendo que ver todos aqueles lugares em que eu vivi os piores momentos da minha vida perdido na minha obsessão, perdido na minha doença de dominador, não sei se consigo suportar, mas vou ter que ser forte pra aguentar, forte pela minha família que preciso proteger.
- Amor? Amor? Tá pensando em que? Pergunta Manuela.
- Não, em nada, só nas coisas que preciso resolver hoje… mas, enfim, vamos ver as meninas… eu disse levantando.
- Elas devem estar tomando café já… ela disse se levantando também.
Tomei um banho e me vesti, depois fui pra cozinha tomar café e ver minha pequenas.
- Cadê as princesas do pai? Eu disse entrando na cozinha.
- Papai! Elas vieram correndo pra me abraçar, peguei as duas no colo abraçando-as.
- Estão comendo tudo? Perguntei.
- Sim papai… elas disseram.
- E você pequena, está melhor? Perguntei pra Lívia.
- Sim papai, já melolei… ela disse.
- Ótimo, hoje a noite quando o pai chegar nós vamos brincar muito… eu disse
- Ebaaaa! Elas gritaram.
- Isso, agora vamos terminar o café pra ir pra escola… disse Lena, coloquei as duas no chão e ela foram se sentar novamente.
Peguei somente um café e tomei, me despedi das meninas e de Lena e fui me despedir de Manuela, ela estava saindo do banho.
- Já vou mulher, não devo chegar tarde hoje tá bem?
- Ok amor, bom dia… disse ela me dando um selinho.
- Bom dia… me liga se precisar de alguma coisa.
- Sim, pode deixar, até mais tarde.
- Até… eu disse pegando firme em sua cintura e dando um beijo em seu pescoço… gostosa! Sussurro em seu ouvido e ela sorri.
Estou tentando fazer como nos outros dias, agindo normalmente, pra que ela não perceba a minha tensão, o meu nervosismo, mas eu não estava nada bem, em pouco tempo eu estarei naquela casa de novo, revendo tudo, relembrando de tudo, já se passaram tantos anos, eu espero suportar tudo aquilo… eu tenho a total certeza de que estou curado de tudo, só que relembrar de tudo não me faz bem, voltar a tudo aquilo não me faz bem, e por coisa alguma eu voltarei a me tornar aquele homem que eu fui antes, jamais, por conta dos meu inúmeros erros hoje estou começando a ver as consequências e estou ciente de que somente eu tenho que pagar por elas, não a minha família.
Sai de casa e peguei meu carro, e depois de muito pensar eu fui em direção a aquela casa, já imaginando o que me aguardava por lá.
Manuela
Depois do café eu recebi a ligação de Ben pedido que eu fosse a agência pra agendar alguns desfiles pessoalmente com os clientes, então ajudei Lena a por as meninas pra escola e depois fui me aprontar pra sair.
Terminando peguei minha bolsa e sai de casa, peguei um táxi e fui pra agência, chegando encontrei com Ben.
- Oi gatona… ele disse me abraçando.
- Oi gatão… eu sorri e o abracei também.
- Vamos resolver logo com os clientes tudo porque eu tô cheio de trabalho hoje… disse ele.
- Quanto antes melhor, tenho coisas pra fazer hoje também… eu disse, e fomos pra reunião com os clientes.
Duas horas depois…
Terminando a reunião eu estava indo pegar um táxi para casa quando recebi uma ligação de um número desconhecido.
- Alô? Eu digo atendendo.
- Alô, boa tarde, quem está falando é Manuela? Perguntam.
- Sim, eu mesma, quem fala?
- Manu, nossa que bom que consegui falar com você, sou eu Luan… diz ele.
- Luan? Não acredito, é você! Nossa que saudade! Digo.
- Também estou com saudades, estamos no Rio, queremos vê-la.
- Claro, claro que sim, me diz onde vocês estão?
- Estamos em um hotel em Copacabana, tem compromisso agora? Ele pergunta.
- Não, não tenho, me diz o nome do hotel e eu vou até aí… digo.
- É um hotel famoso, Copacabana Palace… ele diz.
- Ah sei, tá bom, chego aí logo logo, beijos.
Desligo e peço um táxi, nossa nem acredito que eles estão aqui no Rio, que saudades que eu tenho da minha família da Índia, principalmente da mãe de Lohan, que foi como uma mãe pra mim, mesmo depois dele ter morrido eles não se esqueceram de mim, sempre ligando e se preocupando comigo, e eu claro tenho o maior carinho por eles.
Chegando eu perguntei em qual quarto eles estavam e me informaram, peguei o elevador e fui… toquei a campainha e quem atendeu a porta foi Luan…
- Manu! Diz ele sorridente me abraçando.
- Luan, que saudade! Digo apertando ele.
- Muita Manu, você está linda como sempre! Diz ele.
- E você também… digo… e sua esposa veio também? Perguntei.
- Sim, ela é minha mãe somente, os outros não vieram… vamos entrar… disse ele e entramos.
A mãe de Lohan estava na sala sentada no sofá, quando a vi algumas lágrimas já brotaram em meu rosto, então fui abraça-la.
- Minha querida você está maravilhosa! Disse ela.
- Que saudade mamadi… eu disse, pois era assim que ela gostava que eu a chamava, porque ela sempre me considerou sua filha é lá eles chamam suas mães assim.
- Como você está preciosa! E suas meninas, estão bem? Ela perguntou.
- Sim, estão ótimas e muito lindas… E eu estou bem também… sorri.
- Quero vê-las… ela disse.
- Claro, marcamos e eu as trago aqui… eu disse me sentando no sofá.
- E a Nila, cadê? Perguntei a Luan.
- Deve está se trocando, não deve demorar… ele disse.
- Vocês vão adorar o Rio, é lindo demais… e também, se quiserem podemos marcar algo e vocês conhecerem o Bernardo pessoalmente… eu disse.
- Claro, vamos sim… disse mamadi.
Enquanto conversávamos Nila veio até a sala.
- Nila! Eu disse e fui abraça-la… nossa, está muito linda!
- Oi Manuela… obrigado, você também… disse ela.
Nós sentamos e ficamos conversando, eles me contavam as novidades e eu contava as minhas também, Nila como sempre não fazia muita questão de nada, ela sempre se achou muito superior a mim e nunca me considerou muito, já eu não tinha e nem tenho nada contra ela, sempre quis que fossemos amigas, mas ela nunca me deu muito espaço, quando morávamos juntos na mesma casa, mamadi pedia que ela me ajudasse a se adaptar, mas ela nunca fez, eu aprendi sozinha, digamos que ela teve que me suportar e deve ser por isso que ela não foi muito com a minha cara, porque antes era só ela em casa, quando cheguei ela teve a atenção dividida, mas agora ela deve está feliz da vida de novo, pois é somente ela outra vez.
Conversamos muito, almoçamos juntos, depois comi muitos doces que trouxeram, os doces que eu mais amava lá da Índia, nossa foi um dia maravilhoso, eu estava super feliz, mas já estava na hora de ir, as meninas estavam pra chegar da escola e Bernardo do trabalho.
✔Capítulo 18
Bernardo
Fazer todo aquele caminho em direção a aquela casa me deixou muito mal, eu pensei que não fosse conseguir chegar até lá, parei no caminhos muitas vezes, tomei muitos calmantes mas nada fazia efeito, parecia que meu corpo não respondia a nada, como pode isso? Eu só queria uma boa desculpa pra não ter que ir lá, como o carro ter quebrado ou eu ter passado muito mal, mas nada disso aconteceu, eu até estava mal, mas de nervosismo, minha pressão deveria está a mil pois eu sentia uma dor muito forte na nuca e suava muito e quanto mais eu ia chegando mais o meu coração disparava, eu não podia está tendo uma crise, não aqui sozinho, sem Manuela pra me ajudar… e infelizmente eu cheguei.
Parando em frente eu não conseguia olhar para aquela casa, minhas mãos tremiam no volante, eu respirava fundo tentando me controlar… devagar eu saí do carro e me virei de frente pra casa, levantei meu olhos e olhei e quando a vi parece que toda a minha vida ali passou diante dos meus olhos… meu corpo travou e eu não conseguia fazer nenhum movimento, só repetia na minha mente que eu precisava ser forte, por Manu e pelas minhas filhas, eu teria que suportar e enfrentar tudo isso por elas.
Reuni forças e fui em direção a entrada e quando os seguranças me viram se assustaram, eram os mesmos que trabalhavam pra mim… cumprimento os dois e entro passando pelo jardim, me aproximando da porta o meu coração apertava no peito, eu não sei se aguentaria, realmente eu estava a ponto de ter uma crise… chegando a porta eu abri e quando entrei senti aquela dor no coração, fiquei olhando em volta e tudo era exatamente como antes, não havia ninguém ainda na casa, mas tudo estava como antes… dei alguns passo pra dentro e quando olhei a escadaria imensa na minha frente eu me lembrei do primeiro dia em que vi Manuela… e parece que aquele momento se repetia ali na frente, eu me via descendo as escadas e indo ver as novas meninas que haviam chegado, é lá no fim da fila estava ela, tão frágil e com medo, chorando muito… meus olhos não acreditavam, mas parecia mesmo que eu estava revendo tudo aquilo… e no momento em que eu bati os olhos nela eu já a quis pra mim, ela era linda, tão inocente, aquilo me deixava louco, eu procurava isso numa menina naquele momento e achei nela… com muito custo eu consegui subir as escadas da casa e entrei no corredor e fui passando e passando até chegar a porta do quarto que era meu e que também foi dela.
Abri a porta do mesmo e entrei… é assim que entrei outra vez as lembranças vieram a minha mente, como se eu estivesse vendo a cena novamente.
Lembrança de Bernardo…
- Qual seu nome?
- Manuela…
- Manuela, pra você eu sou Chefe OK?
- Sim…
- Sabe meu nome?
- Não…
- Me chamo Bernardo, mas aqui ninguém me chama pelo nome, somente de chefe, entendeu?
- Sim chefe…
- Boa menina…
- Manuela eu sei que você não queria está aqui… que você foi mandada como pagamento de uma dívida a minha casa de luxo, então eu vou ficar com você…
- Que?
- Isso, vou ficar com você por um tempo e depois vejo o que você pode fazer aqui.
- Eu não quero ter problemas com a Marisol.
- Problemas? Porque teria? Eu que mando aqui, ela faz o que eu mando senão é castigada… Preste atenção, aqui não é a mansão dos sonhos, é trabalho, eu não sou o cara romântico e apaixonado que trata as mulheres com carinho, se fizer algo errado eu te castigo, então seja boazinha.
- OK…
- Agora vá para o banheiro, tome um banho, faça tudo que tiver que fazer, pegue na gaveta uma camisola, vista e volte aqui… não demore.
Meu corpo inteiro tremia, os meus olhos queimavam, eu não era um cara de chorar, mas naquele momento eu não consegui me conter... me ajoelhei ali mesmo onde eu estava e chorei, porque lembrar de tudo aquilo me fez sentir uma dor muito grande dentro de mim, e me fez pensar novamente em como eu pude ser um cara assim durante anos da minha vida, um cara frio, sem sentimentos, sem compaixão de ninguém, eu não expressava nada, só rancor e ódio, por ter sido um dia magoado por alguém, e por conta disso eu estraguei a minha vida, eu me fechei, eu me enchi de ódio e não soube me superar, eu só queria fazer com todos o que fizeram comigo, me magoaram, me trocaram, me descartaram como se eu fosse um objeto e foi isso que eu fiz com as pessoas todos aqueles anos... voltar aqui e lembrar de tudo isso acabou comigo agora.
Respirei fundo tentando me recompor e me levantei limpando as minhas lágrimas, sai daquele quarto onde eu não pretendia voltar mais, desci as escadas novamente e pra minha surpresa na sala estava Jonas, que trabalhava pra mim e era o meu braço direito naquela época.
- Jonas... eu disse indo até onde ele estava, e se virando pra onde eu estava ele se assustou e ficou até sem fala... sei que você deve ta se perguntando se sou eu mesmo aqui, mas é, sou eu mesmo... eu disse.
- Mas... mas... ele dizia... o que você ta fazendo aqui chefe? É, quer dizer Bernardo...
- Outra vez estou aqui Jonas, é uma longa história, mas eu vou ter tempo de te contar tudo.
- Caramba eu juro que pensei que nunca mais veria o Senhor... ele disse.
- Eu também pensei que jamais voltaria aqui, mas pra você, são consequências do meu passado.
- Mas eu não entendo, porque o senhor voltou? Não é o Pedro o dono de tudo agora? Ele perguntou.
- Vamos pro escritório e eu lhe conto toda a história... eu disse e fomos.
Entramos no escritório, nos sentamos e eu expliquei tudo a Jonas, tudo que aconteceu comigo e porque eu estava ali novamente, e também disse que eu precisava muito da ajuda dele pra conseguir me livrar de tudo isso e em troca eu daria a ele tudo que um dia ele sempre quis, ser dono de tudo, ele ficaria com tudo e eu bem longe e claro, ele aceito.
- Pode contar comigo chefe, vou conseguir que todos os caras percam a confiança em Pedro e quando eu disser que o Senhor está no comando novamente eles vão com certeza tirar o Pedro da jogada... disse ele.
- Obrigado Jonas, eu só estou aqui mesmo por causa da minha família e é por isso que eu preciso apagar esse passado... eu disse.
- Finalmente achei você Bernardo... diz Pedro entrando no escritório.
- Como pode ver, estou aqui pronto pra trabalhar... eu digo.
- Então pode começar... as contabilidades estão uma bagunça, estamos com pouca renda, faça o que você sabe fazer, me arrume clientes e meninas como aquelas que você tinha e faça essa casa funcionar, quero ver lucros!
- Não me diga o que tenho que fazer, sei muito bem como isso aqui funciona e faço esse trabalho melhor do que ninguém Pedro, não é atoa que você me ameaçou pra está aqui, você depende de mim agora então vamos colocar as coisas nos seus lugares, você não é o meu superior, somos como sócios, faz o seu trabalho que é muito fácil e eu faço o meu, e ninguém se mete no setor de ninguém, entendido? Eu só quero mesmo Jonas pra me ajudar, não preciso de nenhum empregado seu, Jonas sabe muito bem o que ele tem fazer, e eu, também sei e se você não tem mais nada pra dizer, se retira do meu escritório e me deixa colocar essa merda aqui pra funcionar... eu disse, em tom firme e Pedro ficou apenas me encarando, até que saiu da sala batendo a porta.
- Caraca chefe, o senhor é o melhor... disse Jonas rindo.
- Isso é pra ele ver que não está lidando com qualquer um, eu não deixo ninguém me dar ordem... Eu disse, estava com muita raiva dentro de mim e se é pra eu acabar com tudo isso que seja como antes.
- Sou seu fã, quero ser como o Senhor... disse ele.
- Menos em Jonas, agora vamos trabalhar, preciso que me consiga umas meninas e você já sabe onde ir... eu disse.
E o resto do dia foi assim, trabalhando e trabalhando, tentando colocar pelo menos algumas coisas em ordem, pois colocar tudo iria demorar um pouco... nunca me imaginei fazendo isso novamente, mas é preciso, e agora eu vou acabar com isso de vez, vou fazer com que isso aqui suma assim que eu recuperar tudo novamente.
Continua amanhã...
Nossa aí sim
ResponderExcluirSmando
ResponderExcluirAff ... pq quer tem q ser assim... anciosa pros próximos capítulos...
ResponderExcluirCaramba...
ResponderExcluirQue sufoco ela está passando!
ResponderExcluirIsso nao vai acabar bem, já tô até vendo 😞😒
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