Conto Erótico - Imprevisível Amor - Capitulo 06

💞Imprevisível Amor 💞 - Capítulo 6
Autora: Adriele Lima

Ficamos conversando um pouco até que acabamos adormecendo. Acordei no outro dia as nove da manhã com um pulo que ele deu da cama.
– Caramba, tô ferrado, tô ferrado. ( Falava ele agoniado vestindo a roupa).
– O que houve? ( Perguntei levantando na cama).
– Toma veste isso, preciso ir embora o mais rápido possível pra faculdade. ( Falou ele jogando minhas roupas).
Eu vesti minhas roupas e saímos com ele dirigindo o mais rápido que ele conseguia.
– Qual o problema? ( Perguntei ainda sem entender).
Ele estava tão aflito que nem me respondeu, ao chegar na faculdade tinha várias viaturas paradas e policiais na entrada. Ele parou o carro e baixou a cabeça sobre o volante.
– Droga, não acredito. ( Disse ele ).
– Meu Deus porque tanta polícia. ( Perguntei vendo aquele monte de policiais todos com armas nas mãos interrogando os supervisores . Então ele saiu do carro com sua bolsa nas costas. Eu fiquei dentro do carro observando. Ao se aproximar todos os policiais apontaram as armas pra ele.
– Mãos na cabeça vagabundo. ( Gritava o comandante).
E assim ele fez jogando sua bolsa no chão e erguendo as mãos até sua cabeça. Um dos policiais revistaram ele logo em seguida outro se aproximou e deu um soco em seu estômago fazendo ele gritar e ficar de joelhos com a dor.
– Tá achando que agente tá de brincadeira seu malandro, falei que tava de olho em você.
Ele não falava nada, só ficou esquivado no chão com as mãos no estômago.
– Vai voltar pra prisão, falei que você não podia vacilar... Veio pra cá pra trabalhar e depois iria está livre. Mas você não estava aqui quando eu cheguei, não está cumprindo direito com a condicional.
Ouvindo aquilo saí do carro e me aproximei, um dos policiais já estava se preparando para chuta-lo quando comecei a falar;
– Parem por favor!
Todos olharam pra mim, inclusive um dos supervisores falou;
– Melissa? O que está fazendo aqui, foi você que trouxe esse rapaz?
– Sim... ( Respondi enquanto todos continuaram a me olhar, e o meu estranho que tinha me dado a melhor noite da minha vida olhou pra mim com um olhar que me mandava ir embora dali).
– Com certeza você não sabe quem é esse homem, não é mocinha? Nem muito menos o que ele fez. ( Disse o comandante se aproximando de mim).
– Não ... Eu... Eu não o conheço, mas hoje eu tava ali com meu carro quebrado no caminho e ele passou e me ajudou... Então me ofereci pra vim deixar ele, não vi problema... E ele não faltou com respeito comigo.
Todos se calaram e olharam pra ele ficaram pensando, Mas eu conseguia ver o ódio que eles sentiam dele então continuei;
– Por favor, deixem esse homem trabalhar, a culpa foi minha... Eu que pedi ajuda a ele.
– É... Senhor Ethan Stiller, parece que a moça aqui é sua salvação.
Outro policial levantou ele entregou sua bolsa e o mandou entrar pra trabalhar, ele olhou em meus olhos e depois saiu ...
– Cuidado moça, com quem você pede ajuda, Esse rapaz é muito perigoso.
Todos saíram e eu fui até a sala de informática da faculdade. Pesquisei seu nome no Google, até que apareceu uma reportagem. Com fotos dele ao lado do corpo de um homem totalmente despedaçado. A reportagem com o título de " Psicopata esquarteja policial e se entrega imediatamente a polícia".
A reportagem dizia;
" homem conhecido como Ethan Stiller Fonseca, mata e esquarteja policial em sua própria casa... O assassino ficou no local do crime até a chegada da polícia sem ter reação de fuga, o homem não esclareceu o motivo do crime, disse apenas que matou por vingança."
Aquela reportagem partiu meu coração, naquele momento eu entendi porque ele não quis me falar seu nome, ele sabia que eu iria pesquisar o que ele tinha feito. E naquele momento eu só pensava em uma coisa, eu dormi com um psicopata. Um cara que esquartejou uma pessoa a sangue frio e não teve coragem nem de dizer o motivo. Senti, raiva, ódio,nojo daquele homem... Mas um sentimento falava mais alto que tudo. Eu estava apaixonada por ele, e apesar de saber de tudo aquilo eu queria acreditar que ele era uma boa pessoa. Eu estava completamente perdida, meu pai nunca iria me aceitar com um assassino, e minhas amigas?... Ninguém iria aceitar, ninguém iria entender e nem eu queria aceitar. Fui pra casa imediatamente, deitei na minha cama e não conseguia tirar aquelas imagens da minha cabeça. Chegou a hora da aula me arrumei e fui. Passei a aula toda com a cabeça na lua, na hora do intervalo vi os trabalhadores saindo então aproveitei e fui até a área de obras cheguei lá ele estava sem camisa e sua barriga estava vermelha do soco que tinha levado. Ele olhou nos meus olhos e não falou nada.
– Você matou uma pessoa a sangue frio, esquartejou, você é um psicopata.
Ele virou-se sem falar nada e sentou numa janela com vista pro pátio da faculdade.
– Não vai falar nada, nenhuma explicação?
Ele continuou calado de cabeça baixa. Eu me aproximei dele.
– É por isso que você não me disse o seu nome, porque não queria que eu soubesse o que você fez... Não queria que eu soubesse o psicopata que você é.
Depois disso ele pulou da janela, se aproximou de mim e falou;
– Olha aqui, tudo o que eu fiz eu tive meus motivos pra fazer, já paguei pelo que fiz... Não sou obrigado a tá ouvindo mais ninguém me julgando aqui sem saber de nada não tá bom... E sim, eu não quis dizer meu nome pra você não saber dessas coisas mesmo... Porque não tem necessidade alguma de ninguém querer saber disso, e se você me acha psicopata porque ainda está aqui perdendo seu tempo comigo?
Comecei a chorar e ele se calou voltando pra janela.
– Melhor você ir embora, não sou o tipo de cara que garotas como você deve se envolver. Procura alguém da sua mesma classe, eu também não quero me envolver com ninguém.
Ainda chorando saí e voltei pra aula. No final da aula não fiquei com as meninas esperando os pais delas. Fui direto pro meu carro, quando entrei vi uma coisa no piso do carro. Era um celular que só podia ser dele. Ao ligar o celular vi uma linda foto dele na tela. Aqueles olhos verdes que tomaram minha atenção imediatamente. Olhei tudo mais não encontrei nada que o incriminasse. Guardei o celular na minha bolsa pra no dia seguinte entregá-lo.

Contínua amanhã Capítulo 7